A Minuano é uma fabricante que faz acordeões no Brasil, com base no Rio Grande do Sul. Conheça-a.
A Minuano está no mercado há mais de 38 anos. Ela foi fundada por João Carlos Loureiro, já falecido, que focou a fabricação de acordeões, pois outras fábricas tinham parado suas atividades e ainda havia uma grande demanda no mercado local.
A fábrica da Minuano está situada em Tuperendi (RS), contando com uma planta de 400 m2 e uma equipe de aproximadamente 20 colaboradores, para fazer uma variedade de acordeões diatônicos e pianadas pequenas.
A empresa hoje trabalha com acordeões de 8 a 80 baixos diatônicos e de 40 baixos pianados, mas também vem desenvolvendo vários produtos novos que espera ter prontos em breve.
Além de fabricar acordeões, a empresa conta com outros serviços relacionados, como afinações, tampas, teclados, confecção de foles, palhetas, notas de reposição, peças sob medida, reformas em geral, polimentos e restaurações.
Dentro da fábrica
A fabricação de cada acordeão é praticamente toda manual — cerca de 70% —, sendo os restantes 30% feitos com maquinário.
Resumindo o processo de manufatura, tudo começa com a escolha da madeira de qualidade e bem seca. O segundo passo é o desdobramento dessa madeira para fazer as caixas, seguido pela aplicação de celuloide ou pintura. Depois é realizada a montagem de mecânicas, seguida pelo fole, o musicamento, o enceramento da música, a afinação e o teste do acordeão antes da entrega.
“Nossa matéria-prima é quase toda nacional, sendo 80% nacional e 20% importada”, comenta Diego Severo, um dos sócios-administradores da Minuano. “Acho que ter qualquer tipo de fábrica no Brasil é difícil, pois há muita burocracia e impostos altos, então fica complicado mesmo.”
A Minuano fabrica anualmente em torno de 500 a 800 acordeões, quantidade que oscila conforme as variações do mercado. Com a pandemia, esse número caiu e, apesar do fato de toda a produção ser consumida no Brasil, a empresa também pensa em exportar no futuro.
O acordeão é um instrumento usado no mundo todo, particularmente no Brasil, como explica Diogo: “Cada região tem seu próprio estilo, por exemplo, no sul, temos a música gaúcha; no norte, o forró. É um instrumento muito peculiar, pois dificilmente haverá uma pessoa que possa executar tudo que um acordeão pode fazer. Além disso, nossos acordeões, sendo produzidos aqui, tornam-se mais baratos do que os instrumentos importados”.