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Momento de transição e sucessão na Datrel

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Fundador da Datrel, Mauro José de Sá, cede o passo para a nova geração da família e começa a atual como conselheiro da empresa. Veja como está sendo essa transição a seguir.

A história da Datrel nasceu em 1987, ideia do seu fundador Mauro José de Sá, que naquela época era um jovem estudante e havia montado uma empresa com outros quatro jovens amigos, no fundo do escritório do pai de um deles. 

Alguns anos depois, a empresa começou a crescer e se transformou em três unidades fabris. Foi aí quando Mauro, sócio majoritário, resolveu abrir seu próprio caminho e fundou a Datrel, na cidade de Marília/SP e em 1995, mudou sua sede para a cidade de Garça/SP, onde funciona atualmente no Distrito Industrial.

A história da empresa volta a mudar hoje com a sucessão de Mauro pelos seus filhos, encabeçados por Paulo Henrique, depois de um grave problema de saúde de Mauro que percebeu as capacidades dos seus filhos e funcionários para operar a empresa, nome destacado no mercado de áudio brasileiro.

Conheça mais nesta entrevista com Mauro e Paulo Henrique.

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Mauro conta como aconteceram as mudanças

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M&M: Sabemos que em 2021 você teve um acidente. Como você se vê como empresário hoje? 

Sim, sofri um acidente no dia 21 de novembro de 2021. Tem um antes e um depois desse acidente. Eu tinha 12 atividades, 5 das minhas empresas e outras 7 onde eu era voluntário. Eu saía cedo, voltava para casa para almoçar, levava meu filho mais novo para a escola e voltava a trabalhar, resolver as coisas dos outros. Depois das 17-18h eu ficava na empresa, começava a desenvolver os meus projetos. Só chegava em casa depois das 22h.

Então eu tinha uma sobrecarga enorme, quatro anos sem tirar férias, sempre sedentário sem fazer exercícios e achava que era o Super-Homem. Só que de repente um dia, um domingo de manhã, levantei, percebi que não estava me sentindo bem e quando tentei voltar para o quarto tive um apagão. Cai, bati a cabeça, fiz oito pontos, tive uma compressão da medula e fiquei tetraplégico. 

E aí então começou uma longa história: hospital, fiz cirurgia, prótese, uma bactéria que eu peguei no hospital, mais duas infecções que eu peguei que eu tive que retornar para o hospital, depois voltei peguei uma outra em casa. O médico estava cuidando de tudo e graças a Deus consegui me recuperar das infecções. Fiquei 100 dias com colar cervical, não podia me mexer. Minha filha é fisioterapeuta e desde que eu estava no hospital ela já começou a cuidar de mim. 

No dia que eu saí da cama e vim para a cadeira de rodas, eu falei: “Pessoal, eu vou trabalhar”.

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M&M: Como foi isso? Para uma pessoa tão ativa, ficar 100 dias completamente imobilizado.

Então a primeira coisa que aconteceu quando eu cheguei em casa foi falar para minha esposa e os meus filhos que eu iria precisar de um psicólogo, porque o meu médico falou “Você vai ter que passar de quatro a cinco fases para se recuperar”. Eu decidi não pensar nessas fases e focar no objetivo que era a minha reabilitação. A partir daí eu fui no psicólogo, comecei a fazer terapia e, junto com a fisioterapia, eu decidi que a minha principal atividade, minha principal preocupação, iria ser a minha reabilitação.

A partir daquele momento, que eu comecei a pensar nisso, eu foquei na reabilitação, mas também não deixei de participar nas minhas atividades como voluntário e das minhas empresas. Eu não parei de viver. Tudo isso não me fez parar. Eu queria continuar, queria sair, ir na rua, ver pessoas. Aquilo para mim era a vida.

Você perguntou como eu era antes e depois do acidente. Antes era essa vida louca e depois eu comecei a enxergar que a vida é feita de pequenos momentos. Os momentos passam muito rápido e dali por diante eu comecei a entender alguns valores que até então para mim não existiam. Há uma inversão de valores. Antes era trabalho, família e Deus, mas na verdade tinha que ser Deus, família e trabalho.

M&M: Como foi essa situação para a família?

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Naquele momento a família estava muito unida. Já era unida, ficou mais unida ainda. Acho que houve uma mudança de tudo no hospital com os meus filhos, minha esposa e a empresa. Nós resolvemos alguns problemas dentro do hospital, levavam o computador e eu dava assessoria para eles. Eu não mexia em nada mas via os números e aconselhava. Então aí eu percebi que tinha chegado o momento de fazer a transição. Por minha sorte, a minha empresa estava muito mais estruturada do que eu imaginava. Eu tenho uma equipe que segurou muito bem. Na minha opinião, até melhorou porque hoje eu estou fazendo a função de vida que eu devia ter feito lá atrás. Eu fazia tudo: desenvolvia, projetava, etc. apesar de ter os profissionais para fazer tudo isso, mas eu estava envolvido em tudo. Hoje não. Hoje eu estou na gestão. Hoje eu tenho eles que fazem a empresa e eu sou justamente um conselheiro. Eu sou o sujeito que enxerga uma coisa e faço a gestão. Eu vou alguns dias na empresa, mas mesmo assim eu vejo que não tem tanta necessidade. A empresa anda muito bem. Essa foi a diferença de uma empresa que, apesar de ser uma empresa familiar, ela já vinha sendo preparada. O Paulo Henrique já estava lá dentro, a Amanda já estava dentro, e aí tinha um pessoal que já estava ali, vinha sendo estruturado. Todos eles já tinham sua autonomia e sabiam o que tinha que ser feito.

M&M: Falando nisso, quais são os passos principais para uma sucessão eficiente?

Então é isso. Eu tive que descobrir. Eu achava que era cedo, que eu tinha muito tempo ainda. Mas percebi que estavam todos muito bem preparados, porque eles vivem o dia a dia. Hoje a empresa roda muito bem. Às vezes a sucessão acontece de forma que não percebemos. Precisamos preparar nossos filhos, tanto dentro quanto fora da empresa. Pegue já seus filhos, ponha eles para trabalhar em outras empresas, não dentro da sua. A partir do momento que eles tiverem visão de outras empresas, vão trazer essa bagagem para sua empresa. E aí você vai ter uma transição muito mais fácil, você vai ter uma sucessão profissional. Só que eu não tive tempo de fazer tudo isso certinho. Eles já estavam trabalhando comigo e eles continuarão as atividades. A Datrel tem 35 anos na indústria do áudio e tenho certeza que meus filhos conseguirão levar por mais uma geração.

M&M: Como você enxerga o futuro da Datrel?

Com muito crescimento. Não sei em termos econômicos ou macroeconômicos se nós vamos ter condições para isso. Esperamos que sim. Nós somos empresários, empreendedores. Acreditamos no nosso país, na economia e temos que acreditar no nosso governo. Eu vejo que a Datrel tem um futuro promissor porque desde o começo nosso foco foi ter produtos de giro. Temos capacidade para fabricar produtos premium, claro que sim, mas a ideia sempre foi, e ainda é, que os nossos produtos têm que chegar no nosso cliente, nos nossos lojistas e girar. Eles têm que ter uma reposição natural e é justamente isso que vem acontecendo. Você não vai entrar nas lojas e ver produtos Datrel velhos, sempre vai ver produtos fresquinhos. Graças a Deus, a gente vêm trabalhando sempre nesse sentido.

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M&M: Dentro da sua carreira de 35 anos no áudio, quais foram seus maiores acertos e erros?

Na verdade, nesses 35 anos nós tivemos muitos erros porque para você ter alguns acertos você tem que errar também. Eu sempre falo de cada mil “Não”, talvez você tenha um “Sim”, e como empresário, eu passei todas as fases que o Brasil passou. Desde aquela época que tínhamos uma inflação de 80-90% e de repente éramos expert em trabalhar com inflação, com produtos dolarizados. Depois de repente a inflação zerou e tivemos que reaprender a trabalhar em um sistema diferente, com outro panorama. Antes compensava ter estoque, depois não.

Chegou um momento que eu tinha um mês inteiro de produção na fábrica e tivemos três meses sem vendas.

Nós tivemos vários momentos. Eu saia pelo Brasil inteiro para vender até 80% do nosso estoque, muitos clientes nem sabiam que eu era o dono da empresa, porque estava fazendo esse trabalho. Eu vendia, eu pagava, eu recebia, eu enviava, fazia tudo. Até que um dia cheguei para visitar um cliente, ofereci o produto, ele olhou tudo, olhou a tabela e falou: “Olha isto que eu tenho aqui. Um produto importado, muito bom, com preço muito melhor do que eu seu, é americano, lindo”. Isso foi há uns 25 anos e me jogou no chão, foi um tapa na cara mas percebi que ele tinha razão. Comparei os dois produtos e percebi que nós precisávamos melhorar. “Nós” quero dizer “Brasil”. Voltei para a empresa e comecei a redesenhar os nossos produtos. Um exemplo disso foi que nós só oferecíamos caixas grandes, então pensei em diminuía-las,  recalculei as caixas. consegui um belo projeto e voltei para o mercado. Foi uma época em que o dólar começou a variar muito para aquele produto importado e o nosso, remodelado e com bom preço, começou a ficar viável. Naquele momento houve abertura de mercado. Se eu não tivesse tomado aquele tapa na cara, eu não seria o empresário de hoje. Você aprende com os erros.

A partir daí, o mercado de áudio mudou completamente. O mercado nacional começou a mudar, as grandes empresas com outra tecnologia foram para outros mercados e “sobrou” mercado. Naquela época, fazíamos só caixas acústicas e eu me tornei um fornecedor de caixa acústica importante. Depois nós entramos com outras linhas de multiuso, cubos de guitarra, de baixo, amplificadores de potência mas naquele momento o meu produto era a caixa acústica.

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M&M: Que sugestão você daria para os seus sucessores?

Só vou falar uma coisa que fez com que a Datrel ficasse no Brasil. Já tive uma proposta para produzir da China, mas um amigo meu sempre falava nas nossas reuniões: “Gente, vocês podem montar empresas onde vocês quiserem mas não desativem as suas plantas no Brasil. Mantenham as suas plantas no Brasil. O momento está difícil mas isso muda”. Isso foi importante para mim então eu diria para eles da mesma forma: acreditem no nosso país, acreditem no Brasil, que nós seremos ainda uma grande nação, uma grande economia, porque o Brasil tem essa tendência. Nós somos seres do mundo, nós somos fornecedores de alimento, nós somos a nação que vai prover o mundo de alimento então uma nação que tem essa vocação de nação produtora de alimento para o mundo jamais vai ter problemas internos… quer dizer, vai ter problemas internos porém ela vai continuar sendo muito maior que os seus problemas. Então eu acho que os meus sucessores, pensando nessa linha, eles têm que investir e fazer essa empresa crescer com alguma diferença. Eu tive que focar mas agora eles têm que diversificar.

Paulo Henrique, o atual diretor 

M&M: Como foi para vocês, filhos, ter que se encarregar da empresa quando aconteceu aquele acidente com seu pai? 

Eu sempre trabalhei na empresa mas comecei trabalhando na linha de produção e fui subindo conforme fui me destacando. Quando ocorreu o acidente, eu estava como encarregado de produção. Graças a Deus eu tinha alguém que eu vinha treinando para assumir o meu lugar e eu pedi muito para Deus me ajudar a tomar decisões e me guiar, então abracei a empresa e comecei a trabalhar. Fizemos algumas mudanças que surtiram um efeito positivo no andamento da empresa.

M&M: Seu pai disse que a equipe estava muito melhor preparada do que ele imaginava. Como você pessoalmente vivenciou isso? 

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Sim, nós trabalhamos em conjunto e cada um teve que assumir responsabilidade pelo seu setor. Eu gosto de trabalhar de uma forma que cada pessoa que tem uma função de liderança exerça ela e seja cobrada por ela, isso faz com que nós, que somos os diretores, tenhamos mais tempo para estar fazendo o nosso trabalho e não se preocupando muito com o trabalho dos lideres. Visualizamos tudo mas não precisamos ficar falando o que fazer e como fazer o tempo todo, cada um tem a responsabilidade de seu setor. 

M&M: Como vem sendo o processo de sucessão? 

É uma responsabilidade muito grande, pois existem muitas famílias que dependem da nossa empresa e como eu disse foi uma situação que aconteceu do dia para a noite, não tive um treinamento exato do que fazer. Graças a Deus ele tem me guiado e sinto como se já estivesse preparado para assumir a empresa. É uma rotina totalmente diferente, preocupações diferentes mas temos uma equipe muito boa que vem sendo essencial. 

M&M: Que ensinos seu pai deixou que você irá continuar usando na sua carreira e na empresa? 

Ele me ensina muito como lidar com pessoas e situações, ele é um conselheiro para mim. Algumas vezes estou com um pensamento e quando conversamos ele vai me explicando, me ensinando e eu vou aprendendo a como lidar em determinadas situações, e vejo o quanto ele merece estar onde ele está hoje como empresário. 

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M&M: O que mudou desde aquele momento até agora na empresa?

Fizemos algumas mudanças que eram necessárias. Estamos construindo mais uma unidade na nossa cidade (Garça – SP), que é a nossa quarta unidade, um barracão de 1000m2 onde vamos aumentar muito nossa capacidade produtiva. Mudamos nossa metodologia comercial e administrativa também, onde os membros da nossa equipe se tornem mais eficientes cada um em seu setor. Estamos com lançamentos de produtos na linha de cubos para guitarra, uma linha de produtos de extrema qualidade. Vem mais por aí! 

M&M: Seu pai disse que não gostaria que a Datrel fabricasse na China. O que você acha disso? 

Eu concordo com ele, mas essa é uma decisão que o mercado toma, pois temos que trabalhar conforme o mercado dita e se para a empresa for melhor assim temos que seguir o caminho ou se para empresa o melhor é fabricar somente no Brasil vamos fazer assim. 

M&M: Quais os planos da Datrel para o futuro? 

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Nossos planos são os de continuarmos sendo conhecidos como a melhor empresa para se trabalhar na cidade, valorizando muito nossos colaboradores. Estamos focando muito na nossa linha de cubos para instrumentos, e estamos com o lançamento da nossa linha de cubos para instrumentos musicais. É uma linha que vem tendo uma aceitação enorme e vamos continuar trabalhando para ser melhores a cada dia e continuarmos colocando o nome DATREL entre os melhores do mercado. 

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Palmer atualiza sua linha de controladores de monitor com a série MONICON

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Quatro modelos analógicos redesenhados para um controle de escuta mais preciso em estúdios de todos os tamanhos.

A Palmer apresentou neste ano a série MONICON, uma nova geração de controladores de monitor analógicos que renova por completo uma família de produtos já consolidada em estúdios domésticos e profissionais.

Embora não seja um lançamento recente, a série já está disponível no mercado e se destaca pelo design modernizado, operação intuitiva e processamento totalmente analógico, sem latência ou conversão digital.

Voltada para músicos, produtores e engenheiros que buscam um controle confiável da monitoração — mesmo em espaços reduzidos — a linha é composta por quatro modelos: MONICON S, MONICON M, MONICON L e MONICON XL. Todos foram desenvolvidos do zero e são oferecidos em duas versões estéticas, com laterais na cor preta ou prateada, para combinar com o estilo de cada estúdio.

Quatro opções de acordo com a necessidade do usuário

  • MONICON S: Controlador de volume passivo ultracompacto, com conectores RCA, knob de grande tamanho e botão Mono. É uma solução simples para mesas pequenas ou setups multimídia.
  • MONICON M: Inclui funções de Mono, Atenuação e Mute, além de entradas e saídas versáteis (combo XLR/jack de 6,3 mm e minijack de 3,5 mm). Pensado para home studios que precisam de maior flexibilidade.
  • MONICON L: Controlador ativo/passivo com três entradas estéreo — incluindo Bluetooth estéreo com controle de volume independente —, duas saídas estéreo e uma saída mono/sub. Conta ainda com saída de fones de ouvido com controle próprio, seletor de entrada/saída com LED de status e função PFL.
  • MONICON XL: A opção mais completa para ambientes profissionais, com função de intercom, grande VU meter em LED, três saídas de monitoração e duas saídas de fones com controle de volume independente.

Monitoração clara e sem artifícios

Todos os modelos da série mantêm a filosofia da Palmer: caminho de sinal 100% analógico, sem latência e sem processos digitais. A nova interface facilita um uso rápido e preciso para mixagem, produção musical, streaming ou broadcast.

Segundo Viktor Wiesner, diretor sênior de produto em Pro Audio, esta geração nasce após anos de evolução no mercado: “Redesenhamos nossos controladores de monitor desde o início e os aperfeiçoamos ainda mais. Nossos clientes recebem quatro soluções sob medida para suas necessidades de monitoração, com máxima qualidade e a robustez que caracteriza a Palmer.”

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Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque

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No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais importantes.

Ela é a ponte entre microfones ou instrumentos e o computador, e determinará a qualidade do som que você grava e monitora. A seguir, explico o que considerar ao escolher uma interface, seus prós e contras e alguns modelos muito populares para começar.

Por que usar uma interface de áudio?

Melhor qualidade de som: Ao contrário das placas de som integradas à placa-mãe, interfaces externas oferecem pré-amplificadores dedicados, conversores AD/DA de maior qualidade e menos ruído.

Latência reduzida: Com drivers adequados (como ASIO no Windows), é possível gravar com atraso mínimo.

Entradas e saídas úteis: Permitem conectar microfones XLR, instrumentos, monitores de estúdio e fones de ouvido.

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Alimentação phantom: Necessária para microfones condensadores, presente em muitas interfaces.

O que elas têm de bom e de ruim

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Vantagens:

  • Controle profissional sobre o ganho do microfone.
  • Maior fidelidade nas gravações e no monitoramento.
  • Opções de expansão para mais entradas/saídas conforme o estúdio cresce.
  • Compatibilidade com softwares de produção (DAW).

Desvantagens:

  • Custo: uma boa interface pode representar parte importante do orçamento.
  • Curva de aprendizado: configurar ganho, sincronização e calibragem pode ser confuso no início.
  • Requer conexão física (USB, Thunderbolt), o que reduz a mobilidade em comparação a soluções mais simples.

Modelos recomendados para iniciantes e home studios

Alguns modelos são especialmente populares entre quem está começando, por equilibrar preço, qualidade e facilidade de uso:

  • Focusrite Scarlett 2i2: provavelmente a mais recomendada para iniciantes; inclui dois pré-amps, baixa latência e drivers estáveis.
  • Focusrite Scarlett Solo: opção minimalista com uma entrada — ideal para gravar voz ou guitarra sem complicações.
  • PreSonus AudioBox iTwo: duas entradas, construção robusta e boa compatibilidade com diversos DAWs.
  • Sonicake USB Interface: alternativa muito econômica para começar, ideal para projetos simples.

Outros modelos destacados segundo guias especializadas:

  • Audient iD4 MkII: muito elogiada por seu pré-amp de alta qualidade e facilidade de uso.
  • Universal Audio Volt 1 / Volt 2: indicada para quem busca um som mais “analógico”, com pré-amps que emulam válvulas.
  • Behringer U-Phoria UMC22 / UMC204HD: opções acessíveis e com boas funcionalidades para orçamentos apertados.
  • Tascam US-1×2: compacta, portátil e capaz o suficiente para gravações simples ou iniciar um home studio.

Dicas para escolher bem sua interface

  • Defina seu uso principal: vai gravar apenas voz? instrumentos? vários ao mesmo tempo?
  • Verifique a conectividade: USB atende à maioria, mas produções maiores podem exigir interfaces mais robustas.
  • Revise a latência: se pretende gravar ouvindo efeitos em tempo real, é essencial ter drivers de baixa latência.
  • Pense no futuro: se planeja expandir o estúdio, uma interface com mais entradas ou melhor conversão pode ser melhor investimento.
  • Analise o software incluso: muitas interfaces acompanham DAWs ou plugins; vale conferir o que vem no pacote.

Para quem está começando na produção musical ou no podcasting, investir em uma boa interface de áudio faz uma grande diferença.

As opções de entrada são cada vez mais potentes, acessíveis e fáceis de usar. Escolhendo uma interface adequada às suas necessidades, você constrói uma base sólida para seu estúdio em casa.

Com um pouco de paciência e prática, você terá gravações de alta qualidade e a flexibilidade para evoluir seu setup conforme avança.

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Projeto SOS Songs une IA e música para promover a saúde mental

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A plataforma analisa playlists do Spotify e propõe pausas de reflexão a partir de padrões emocionais na escuta.

O SOS Songs, criado pela agência Binder e lançado no Brasil em setembro, já alcançou pessoas em nove países além do Brasil — Estados Unidos, França, Portugal, China, Alemanha, Chile, Arábia Saudita, Áustria e Canadá — conectando tecnologia, empatia e música como ferramentas de sensibilização e cuidado.

A iniciativa surge em um cenário desafiador: o Brasil lidera os índices de depressão na América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11 milhões de brasileiros convivem com a doença, muitas vezes de forma silenciosa, expressa em isolamento social ou mudanças sutis de comportamento.

Como funciona a plataforma

O SOS Songs usa a música como espelho emocional e a inteligência artificial como forma de escuta ativa. O sistema identifica usuários que costumam ouvir com frequência músicas tristes ou de baixa energia — um padrão associado a momentos de sofrimento emocional.

Dentro do próprio Spotify, essas pessoas recebem um spot de áudio convidando à reflexão sobre o que suas escolhas musicais podem estar comunicando. Ao clicar no banner, o usuário é direcionado para um hotsite onde, após um login simples, sua playlist é analisada por um sistema inteligente.

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A tecnologia avalia atributos como energia, dançabilidade e tonalidade para criar um retrato simbólico do “clima emocional” da lista. O objetivo não é diagnosticar, mas favorecer a autopercepção e estimular escolhas que promovam maior equilíbrio emocional.

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Com a autorização do usuário, a plataforma sugere playlists personalizadas com músicas mais leves e otimistas, transformando o momento de escuta em uma oportunidade de pausa e autocuidado.

Muito além da análise: orientação e apoio

Além do acesso direto pelo site sossongs.com, ouvintes que estiverem imersos em repertórios mais densos ou melancólicos podem receber banners e mensagens de áudio dentro do Spotify sugerindo uma pausa para reflexão.

O projeto também direciona o público para canais de apoio emocional, como o Centro de Valorização da Vida (CVV)no Brasil, reforçando a importância da escuta ativa e da busca por ajuda profissional sempre que necessário.

Com seu alcance internacional crescente, o SOS Songs demonstra como música e tecnologia podem atuar juntas para promover diálogos mais amplos sobre saúde mental e construir ambientes digitais mais sensíveis e acolhedores.

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