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Teste de guitarras: O gênesis da semiacústica

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Neste review de guitarras semiacústicas foram testados cinco modelos diferentes de marcas brasileiras e estrangeiras. Confira.

Sempre com o objetivo de aumentar o volume da guitarra quando tocada junto com outros instrumentos – como alguns guitarristas até hoje insistem – luthiers e marcas começaram a tentar instalar captadores eficientes no instrumento.

Em 1936, a Gibson, tradicionalmente famosa pela sua série de guitarras deste modelo, lançou sua série ES-150s, a Electric Spanish Series, apontada como a pioneira entre as semiacústicas.

A ES-150 foi seguida pela ES-250 e em 1949 foram lançados os modelos ES-175 e ES-5, incorporando as características da semiacústica dos anos 1930 com as das guitarras de corpo sólido modernas. O tipo de construção escolhido foi o arch-top, que curvava as madeiras dos tampos dianteiro e traseiro, enquanto as guitarras de corpo maciço obviamente tinham estas partes planas. A patente do arch-top é de Orville Gibson registrada em 1898 para um bandolim.

Aqui a história do arch-top se confunde com a da Lyon & Healy, uma parceria de George Washburn Lyon e Patrick J. Healy iniciada em 1864, que em 1888 lançou banjos, bandolins e guitarras usando a marca Washburn. Não se pode afirmar que a Washburn precedeu a Gibson na construção de semiacústicas, pois a empresa também fazia reparos e melhoramentos de instrumentos, além de construir outros para os dealers, além de terceirizar construções.

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Seja como for, a Washburn mantém desde seu catálogo de 1892 – que anunciava 100 mil unidades vendidas anualmente – modelos de semiacústica e acústica, como as atuais HB35 e J600. Entre as semiacústicas existem as construídas com um bloco de madeira maciça central, denominadas por isso de center block, que visam amenizar os problemas de feedback causados pelas aberturas em forma de “F”, o que também é uma característica das semiacústicas.

AS GUITARRAS

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Para os testes, contei com a colaboração de outros três guitarristas, Alexandre Ivo de São Paulo, que testou sozinho a Epiphone 339, Ederson Riedel, de Porto Alegre, que testou a HB17, e James Liberato, de Porto Alegre, que participou dos testes com sua Condor JC-502, além de eu próprio, que também testei as Washburn HB35 e HB17 e a Michael Jazz Action GM115N. Um teste a 4 mãos.

WASHBURN HB-35

 

 

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O modelo testado foi uma HB35NK, com acabamento natural realçando o Flame Maple do arch-top da frente. As laterais e fundo também são em Maple laminado, e aqui entramos na polêmica do uso de madeira maciça ou laminada. Além de serem mais baratas, as semiacústicas de madeira laminada são piores do que as de madeira maciça? Sim e não:

As madeiras maciças têm maior ressonância acústica, podem até melhorar com a sua “idade” – ou seja, com o tempo de uso – mas são mais afetadas por humidade e temperatura. Então a durabilidade das maciças as colocam em primeiro lugar, mesmo que sejam usadas apenas no arch-top da frente (top).

Já as madeiras laminadas são fabricadas, não apenas “cortadas” de pedaços de árvores, e outras coisas devem ser consideradas, como até mesmo a cola com que se juntam as lâminas. Uma guitarra de madeira laminada bem fabricada pode ser tão boa quanto uma de madeira maciça, se bem construída.

Convivi por algum tempo com um luthier paulistano – o Tico – que montou sua oficina em uma escola de Santo André/SP, e nas horas vagas acompanhei a construção de vários instrumentos. Coincidentemente, mantinha uma amizade com o gerente de vendas para a América do Sul da Washburn, Dee Tatum, que enviou alguns modelos para a escola.

A comparação foi muito didática, e faz parte da minha modesta formação guitarrística. A Taylor, afamada marca, realizou um teste construindo uma guitarra com madeira de pallets usando a perícia de seus luthiers, e muita gente “especialista” se enganou citando madeiras nobres… O que mostra que, além da madeira, é importante como lidar com ela.

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A HB-35 foi fabricada na China, assim como muitas outras marcas que, em alguns casos como os de equipamentos eletrônicos, usam a mesma linha de montagem. Não sei como é gerenciada a produção da Washburn lá, mas a qualidade sempre me pareceu ser um guia para toda a sua linha de instrumentos.

Isso explica as tarrachas Grover usadas, e outros cuidados, como a escala em Rosewood com inlays de bom gosto, a qualidade dos dual humbuckers, seus knobs de volume e tonalidade e chave de 3 posições. Me parece a única semiacústica de sua faixa de preço que não precisa de trocar peças para soar como semiacústicas mais caras.

O hardware da guitarra é completado com ponte Tune-O-Matic. A tocabilidade agrada pelo  shape do braço em V, e os trastes médios, que possibilitam o uso de encordoamentos atípicos para uma semiacústica, como o 0.10 por exemplo. Mas obtive melhores resultados com encordoamento 0.11/0.49 com a corda sol revestida, padrão.

Quanto à captação, com um bom contraste entre o humbucker da ponte, aberto, e o do braço, fechado, funcionam melhor juntos, o que não impede que palhetar seja mais interessante mais perto do braço. Com alguns efeitos como overdrive, e mesmo controlando o feedback – perfeito com o center block – melhor usar a posição central.

Prós: a melhor semiacústica semelhante à Gibson 335 por um preço menor

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Contras: poderia ter uma versão De Luxe / Special com algumas opções 

WASHBURN HB-17 (Por Ederson Riedel)

 

 

O primeiro impacto sem dúvida é o visual, a cor preta tanto na madeira quanto nas ferragens causam uma impressão de força e robustez. Não somente observada por mim mas pelos alunos que puderam ver a guitarra em ação. Testei a guitarra com amplificadores Vox e Fender (VoxMV 50 Clean e Fender Hot Hod Deluxe).

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Minha impressão no primeiro momento, sem tocar a guitarra é que com aqueles captadores ao estilo ativo high gain teria um super volume ou até mesmo aquele clic da palheta. Ao tocar essa expectativa já não existiria mais, só boa frequência de médios graves e agudos secos. Na minha opinião o único ponto fraco do instrumento.

Gostei dos graves bem equilibrados e até com certa flexibilidade. Importante salientar que particularmente não encontrei versatilidade de timbre, outra expectativa criada pelo visual mais agressivo da HB17. O visual é muito diferente, creio que esta característica mais “rock” funcione para os apegados em questões de estética.

É um apelo diferente na escolha de guitarra para jazz e blues por instrumentistas não chegados aos estilos em questão. A madeira foi uma grata surpresa: a HB17 desligada tem um volume considerável e um ótimo sustain. Plugada, mantém essa característica das semiacústicas, diminuindo assim que o volume é acionado acima dos 50%

Creio que o universo das semiacústicas ainda causa estranheza aos alunos iniciantes, neste caso específico nossos alunos adoraram o visual da guitarra. Com o devido conhecimento de lojistas na hora da venda, em diferenciar o instrumento, não tenho dúvida que seria uma ótima indicação de compra de entrada para os alunos.

A HB17 não é uma semiacústica, e sim uma guitarra acústica derivada da linha “J” da marca. O corpo é de mogno laminado, escala em pau-ferro e um acabamento Matte Black (preto fosco) de grande personalidade. Tem apenas um cutway, e a espessura naturalmente maior do que as semiacústicas, por óbvio.

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Os captadores Duncan USM são um destaque. Frutos de uma parceria da Seymour Duncan com a U.S. Music Corporation, são exclusivos das marcas Washburn e Parker, e dois modelos: HB-102 e HB-103. Os HB-103 é um humbucker de alta saída, com poderosos magnetos de cerâmica, mas conservando clareza corda-a-corda.

Já os HB-102 são humbuckers clássicos com magnetos de Alnico 5, sendo o da ponte de saída alta e o do braço menos um pouco. A ponte da HB17 é móvel, de pau-ferro, um dispositivo trapezoidal mantido no arch-top sob pressão das cordas. No unpacking da guitarra, mesmo dentro do case, precisamos fazer um regulagem, sem problemas.

Assim como a HB35, as ferragens e parte eletrônica são de ótima qualidade, o que elimina gastos extras para aproximar esta acústica de boa relação custo/benefício da famosa Gibson 335. As tarrachas Grover completam a preocupação em oferecer o melhor que seu valor pode oferecer ao guitarrista.

Prós: escolha acertada da madeira, sustain e volume, equilíbrio tonal

Contras: captadores poderiam seguir a linha agressiva da construção

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MICHAEL JAZZ ACTION

 

 

Em termos de relação custo-benefício, a semiacústica da Michael atende muito bem ao guitarrista iniciante e ao intermediário, e não deixa o profissional descontente. A primeira impressão ao abrir a caixa em que foi enviada – veio sem case – é a de um instrumento robusto, pelos seus trastes jumbo e o cavalete prendendo a ponte à lateral inferior.

Dois humbuckers abertos e bem cromados aumentam a sensação de uma guitarra forte, e os marcadores de trastes com formato geométrico de paralelograma em madrepérola se harmonizam com o aspecto geral. Knobs giratórios de volume e tonalidade para cada captador complementam a ideia de uma guitarra bem planejada.

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Parece ser a evolução da GM115N, que já levava na sua construção Maple laminado, braço colado de Hard Maple e escala em Blackwood, com o tradicional center block, alívio para os guitarristas apreciadores de ganho e distorção sem feedback. O som, em resumo, é macio e deve agradar os violonistas que trabalham dedilhados com punch.

A Jazz Action é fruto do desenvolvimento de semiacústicas da marca desde 2009, e o modelo GM1159 chegou ao mercado entre 2014 e 2015, com direito a matéria na Música&Mercado em 05/02/2015. O modelo analisado mais recentemente é na cor Wine Red (WR), uma das duas opções que inclui também o preto metálico (BK).

Segundo Débora, especialista da Michael, está nos planos uma terceira cor, Grey (GY) para breve. Mesmo não tendo planos para versões personalizadas ou assinadas por instrumentistas de renome, a marca está aberta para parcerias, com uma equipe interna de desenvolvimento de produtos atenciosa e dedicada.

A Michael tem como conceito sempre atuar em todas as linhas, e com este modelo não é diferente. O objetivo da Jazz Action é de continuidade e evolução, atendendo assim aos músicos dedicados ao blues, jazz, MPB, e outros estilos a cujo timbre estão associadas as características sonoras da semiacústica.

Na contramão de marcas como a Giannini e Tagima, que estão paralisando a produção de semiacústicas, e talvez por isso mesmo, o produto é muito procurado na linha Michael principalmente pelo requinte que oferece, e seu volume de venda cresce cada vez mais no mix de guitarras, completa Débora.

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Prós: a semiacústica de melhor custo/benefício e fabricada no Brasil

Contras: trastes poderiam ser médios, combinando com o shape do braço

EPIPHONE ES-339 (Por Alexandre Ivo)

 

 

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A princípio a ES-339 poderia ser classificada como algo entre uma Les Paul e uma ES-335, lembrado que as letras “ES” são a sigla de Electric Spanish, logo, estamos falando de semiacústicas. Sua principal característica  são os captadores humbuckers Alnico Classic, que podem ser “transformados” por um dispositivo push/pull em singles.

Como a maioria das semiacústicas, são de Maple laminado no corpo e headstock, braço “D” Slim Taper em Mahogany, e escala de 22 trastes em Pau Ferro. Há knobs de tonalidade e volume para cada captador, e uma chave toggle de 3 posições. Acabamentos em Vintage Sunburst, Ebony, Natural, Cherry e Black. Pesa mais do que uma 335.

O braço é magro, sem ser super slim, mas não tem a pegada dos braços vintage Gibson, assim como sua simulação de captação single é eficiente, mas não exatamente igual a um single “real”. O que não a impede de ser uma guitarra versátil, soando bem, com um amp valvulado, para jazz, blues principalmente, e outros estilos amigos de semiacústicas.

E seu tamanho ligeiramente menor do que uma 335, a coloca entre uma 336 e uma Les Paul, soando bem com overdrive, no que o center block e braço colado ajudam bastante. O captador “híbrido” do braço com trastes jumbo médios é um Epiphone Alnico Classic PRO e o da ponte é um Alnico Classic PRO Plus.

A Gibson lançou o primeiro modelo deste tipo em 2007, com bastante sucesso, talvez baseado nos eletrônicos “Memphis Tone”, com seu áudio 500K. Este circuito preserva as frequências altas independentemente do controle de volume, substituindo linearmente 300k Ω por 500k Ω, preservando as altas à medida que o volume é reduzido.

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Na primeira pegada é mais tocável e confortável do que uma 335. Dá pra tocar de B.B. King a John Scofield, passando pelo Clapton do Cream, controlando o feedback ou fazendo uso dele. O braço tipo 30/60 preserva a pegada das semiacústicas com algo da tocabilidade dos braços de uma guitarra de corpo sólido.

Prós: instrumento versátil para diversos timbres em estúdio e ao vivo

Contras: se afasta um pouco do espírito “analógico” das semiacústicas

CONDOR JC-502 (Por James Liberato)

 

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Comprei essa guitarra usada, muito barato, baseado na fama das Condor e também em um histórico meu, pois também tive uma Les Paul da Condor que era uma maravilha. Após breve análise da guitarra constatei uma excelente construção. Boas madeiras, bom acabamento, sonoridade e afinação muito boas. A captação também é boa, tem bom timbre, mas comparada a outras captações afamadas no mercado, perde com distância.

Instalei recentemente um captador Gibson Tim Shaw que tinha em casa, na posição do braço, e fez uma diferença tremenda de sonoridade. A guitarra em termos de construção não perde facilmente para outras mais famosas. No braço temos uma alma extremamente funcional que consegue ajustar o ângulo do braço com facilidade. Vem equipada de fábrica com tarraxas Grover, ponte e cavalete de excelente qualidade.

Não sei o ano exato de fabricação da guitarra mas já deve ter uns 10 anos de batalha, e nada de pontos de ferrugem ou oxidação. O fato de não estar mais em processo de fabricação, assim como outros modelos da Condor, é de se lamentar. Uma pena. Acho a JC-502 bastante superior a guitarras nacionais de modelo similar, em valor, como Tagima e Giannini, também descontinuadas. Outra pena. Resumindo, uma grande guitarra com custo/benefício excepcional, que recomendo.

Prós: durante anos com certeza a melhor semiacústica fabricada no Brasil

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Contras: não é mais fabricada pela Condor, só conseguindo uma usada

A construção de uma Archtop

Contatamos o luthier Walter Gabriel especializado em Archtop, o tipo de construção usado nas semiacústicas, que fala um pouco sobre o assunto:

Como você definiria a construção Archtop em guitarras, em comparação com a de instrumentos de corda friccionada? 

A construção de ambos é bem semelhante, pois são escavados para proporcionar uma bombatura correta. Com relação à espessura elas são diferentes para que a frequência corra no instrumento de forma correta e rápida, retirando assim os obstáculos que possam prejudicar o som produzido.

Os instrumentos de cordas friccionadas e a guitarra usam cavaletes móveis e possuem uma pequena angulação no braço. Nas Archtops as cordas são presas em um cordal, denominado standart. O que posso dizer é que ambos possuem muita semelhança na construção.

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Quais são as madeiras utilizadas na construção Archtop? Há espécies tipicamente brasileiras?

As madeiras são similares às utilizadas em instrumentos de cordas friccionadas. A saber:

• Tampo – Abeto (Spruce)

• Fundo, Laterais e Braço – Maple

• Escala e Standart – Ebano

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Madeiras nacionais que podem ser utilizadas:

• Tampo – Caxeta (Marupa), Cedro Rosa

• Fundo, Laterais e Braço – Pau Marfim, Embuia, Jequitiba, Pau Ferro,

• Jacarandá da Bahia

• Escala e Standart – Pau Ferro e Jacarandá da Bahia

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Como se dá a sobreposição de laminados de madeira para a aglutinação que resulta em Archtops?

Os laminados são utilizados pelas indústrias que produzem instrumentos feitos em série ou em grande escala. O trabalho possui um custo bem menor e um processo bem mais rápido, pois o tampo e fundo não são escavados e sim prensados em fôrmas para obter o formato desejado, tornando-os mais baratos.

O processo de produção consiste em colar uma lâmina na outra obtendo-se espessura ideal para que o instrumento possa ter resistência e aguentar o peso das cordas. Aplicando-se essa técnica, não se obtêm diferentes espessuras em volta do tampo e fundo, prejudicando a frequência.

Como você definiria os prós e contras na utilização de madeiras maciças escavadas ante os laminados?

A saber:

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• Madeiras Maciças: possibilita processo de construção de um instrumento de boa qualidade. O tampo e o fundo são escavados. Permite deixar espessuras diferentes em volta do tampo e do fundo para que a frequência corra de forma diferentes e mais rápida. As laterais são dobradas utilizando-se calor produzido por uma forma dotada de manta térmica, que aquece até a temperatura de 100 graus onde conseguimos dobrar as faixas sem que se quebrem, deixando no formato que desejamos sem que voltem ao ponto de origem.

• Laminados: utilizados por indústrias que produzem instrumentos feitos em série e em grande escala, pois são mais fáceis de trabalhar e o custo é bem menor. O tampo e o fundo são prensados.

Fale um pouco sobre as tuas Archtop, madeiras usadas, clientes, e como o contactar para encomendas.

Aprendi a construir uma Archtop pelo Curso em CD do Luthier Americano Robert Benedeto. Utilizo as plantas e o modelos dele. Hoje faço Archtop por encomenda, entretanto, meus conhecimentos são mais aplicados no curso de Construção de Archtop que ministro semanalmente. Meu nome é Walter R Gabriel, mas sou conhecido como o luthier Walter Gabriel. Trabalho há pouco mais de 30 anos como luthier em instrumentos de cordas. Entre meus clientes estão: Roberto Menescal, Artur Maia, Marcu Ribas, entre outros.

Meus contatos: WhatsApp: (11) 95711-5969, Instragram: wgabrielluthier, e-mail: wgluthier@yahoo.com.br.

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Guitarra

As guitarras mais vendidas no mundo em 2025 e quais tendências explicam seu sucesso

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GUITARRAS mais vendidas 750x500

Análise para o leitor de Música & Mercado sobre o que está impulsionando o mercado global de guitarras e por que certos modelos se destacam.

O mercado mundial de guitarras continua em crescimento em 2025: o segmento de guitarras elétricas está especialmente forte, e o volume de vendas já movimenta bilhões de dólares.

Este artigo analisa quais modelos estão liderando as vendas, por que estão sendo tão procurados e quais tendências globais merecem atenção. A ideia é oferecer informação útil tanto para músicos quanto para distribuidores, luthiers e profissionais do setor.

Quais modelos estão entre os mais vendidos

Embora nem sempre sejam divulgados dados exatos de volume por modelo em todos os mercados, existem pistas consistentes:

  • Um relatório da Reverb indica que as marcas dominantes em vendas em 2024 foram Fender, Gibson, PRS e Epiphone.
  • Outra análise aponta que, em 2025, as guitarras elétricas estão vendendo ao dobro do ritmo das acústicas em nível global.
  • Sobre modelos específicos: entre os mais recomendados para 2025 aparece a PRS SE CE 24 Standard pela versatilidade, qualidade de construção e bom preço.
  • No segmento de entrada, a Squier Sonic Telecaster é outro exemplo de alta rotatividade devido à sua acessibilidade.

Fatores que explicam por que se vendem tanto

A seguir, alguns dos principais motivos por trás do forte desempenho do mercado de guitarras e dos modelos mais vendidos:

Domínio da guitarra elétrica


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Segundo diversos relatórios, em 2025 o segmento elétrico cresce mais rápido que o acústico: os dados sugerem uma relação de aproximadamente 2 para 1 nas vendas de elétricas em relação às acústicas. Isso ocorre por motivos como maior versatilidade tonal, demanda em gêneros populares e influência das redes sociais, que favorecem estilos elétricos.

Modelos de valor intermediário com alta qualidade


As marcas têm oferecido modelos de “nível médio” que entregam construção, som e desempenho muito próximos aos de linhas superiores, mas com preços mais acessíveis. Isso atrai iniciantes e músicos intermediários que desejam fazer upgrade. A PRS SE CE 24, por exemplo, destaca-se nesse segmento.

Influência da internet, redes sociais e ensino online


O interesse por tocar guitarra segue elevado graças aos tutoriais online, criadores de conteúdo e maior acessibilidade aos instrumentos. O crescimento do mercado também está ligado ao avanço da educação musical online.

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Mercados emergentes e produção globalizada


Países fora do eixo tradicional EUA/Europa já representam uma parcela significativa da demanda. Ao mesmo tempo, a fabricação e a distribuição global mais eficientes têm permitido reduzir custos e ampliar o alcance das marcas.

Tendência de estilos clássicos com releituras modernas


Modelos que resgatam designs icônicos (como Telecaster, Stratocaster, Les Paul) com atualizações modernas têm boa saída. Os consumidores buscam familiaridade somada a melhorias técnicas.

Mercado de usados e renovação constante

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Embora este artigo trate de vendas de instrumentos novos, é relevante notar que o mercado de guitarras usadas também cresce e impulsiona ciclos de troca.

Quais são as implicações para a indústria musical

  • Distribuidores e lojas: investir em modelos elétricos de valor intermediário e manter bom estoque com prazos curtos de entrega.
  • Fabricantes e marcas: apostar em versões de entrada, atualizar clássicos e acompanhar a expansão dos mercados emergentes.
  • Músicos e instrutores: entender que a demanda por guitarras elétricas continua a crescer, abrindo oportunidades para ensino, conteúdo online e serviços de manutenção.
  • Mercado latino-americano (e Brasil): muitas das tendências globais também se refletem localmente — modelos elétricos, preços acessíveis, ensino online e novas gerações buscando seu primeiro instrumento.

Em 2025, o mercado de guitarras vive um momento de consolidação elétrica, com modelos bem posicionados em preço e qualidade, forte influência digital e expansão global. Embora nem todos os dados de unidades por modelo estejam disponíveis publicamente, a combinação de relatórios e guias especializadas permite identificar quais instrumentos dominam as vendas e por quê.

Para quem atua em distribuição, fabricação, ensino ou está simplesmente buscando sua próxima guitarra, compreender essas dinâmicas é fundamental para tomar melhores decisões. A guitarra não é apenas um símbolo cultural — é também um produto extremamente vivo dentro da indústria musical global.

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Guitarra

Guitarras boutique ou grandes marcas? Como escolher

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guitarras boutique 750x500

O mercado de guitarras vive um momento de expansão, com novos fabricantes, modelos especializados e uma demanda crescente tanto de músicos profissionais quanto de entusiastas avançados.

Nesse cenário, uma pergunta segue presente em estúdios, fóruns e lojas: vale mais a pena investir em uma guitarra boutique ou escolher um modelo de uma grande marca?

Não existe resposta única. Cada opção oferece benefícios e limitações — e entender esses pontos ajuda a tomar uma decisão mais informada, alinhada ao som desejado, ao orçamento e ao propósito musical.

O que define uma guitarra boutique

As guitarras boutique, geralmente fabricadas por luthiers ou oficinas especializadas, se caracterizam por:

  • Produção limitada
  • Construção manual e materiais selecionados
  • Alto nível de personalização (madeiras, perfil do braço, eletrônica, ferragens)
  • Identidade estética diferenciada

Seu principal atrativo está na sensação personalizada, no detalhamento artesanal e na possibilidade de obter um instrumento único.

Vantagens

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  • Qualidade de construção extremamente alta
  • Seleção rigorosa de materiais e componentes
  • Som exclusivo e bem definido
  • Ergonomia e ajustes feitos para o músico
  • Relacionamento direto com o luthier (suporte, manutenção, personalização)
Conecta+2025

Desvantagens

  • Preço significativamente mais alto
  • Valor de revenda menos previsível
  • Prazos de entrega longos
  • Variação entre unidades (não há duas guitarras idênticas)

Grandes marcas: tradição, escala e consistência

Fabricantes como Fender, Gibson, Ibanez, PRS ou Yamaha representam o padrão global de produção industrial.

Vantagens

  • Consistência entre unidades
  • Garantia e suporte global
  • Ampla disponibilidade em lojas
  • Valor de revenda mais estável
  • Catálogos diversificados (iniciante ao premium)

Desvantagens

  • Menor possibilidade de personalização
  • Algumas séries sacrificam detalhes para atender altos volumes
  • Seleção de materiais baseada em escala e logística
  • Risco de pagar mais pela marca, especialmente nas linhas superiores

Oportunidades em 2026: por que essa escolha importa mais agora

O setor musical vive um encontro entre tradição e inovação:

  • Home studio: cresce a demanda por guitarras silenciosas, com humbuckers noiseless ou configurações versáteis.
  • Palcos pequenos: instrumentos mais leves são cada vez mais procurados.
  • Música independente: muitos artistas buscam identidade sonora própria — favorecendo guitarras boutique.
  • Produção global: marcas consolidadas lançam linhas premium feitas em lotes menores, reduzindo a distância para o trabalho artesanal.

Ao mesmo tempo, luthiers latino-americanos e espanhóis ganham relevância internacional, oferecendo alta qualidade a preços competitivos.

Como escolher de acordo com seu perfil

  1. Músico profissional de estúdio / turnê

Ideal: grandes marcas ou boutique de alta estabilidade.
É essencial ter confiabilidade, fácil reposição e consistência entre instrumentos.

  1. Produtor ou criador de conteúdo

Ideal: guitarras versáteis com eletrônica moderna.
Grandes marcas costumam oferecer mais opções plug-and-play.

  1. Artista em busca de estética e sonoridade próprias

Ideal: boutique.
Instrumentos únicos, com personalidade e ampla personalização.

  1. Orçamento limitado

Ideal: linha média de grandes marcas.
Melhor custo-benefício e menor risco.

  1. Colecionador ou entusiasta avançado

Ideal: boutique ou séries especiais das grandes marcas.
Instrumentos com valor emocional, estético e histórico.

Depende de você

Não se trata de “qual é melhor”, mas de qual opção responde à sua música, às suas necessidades e ao seu investimento possível.

As guitarras boutique oferecem exclusividade, artesanato e identidade sonora única.

As grandes marcas garantem consistência, disponibilidade e estabilidade no mercado.

Em um cenário cada vez mais diverso, a melhor escolha é aquela que equilibra emoção, funcionalidade e propósito musical.

E você — prefere uma peça artesanal única ou um clássico testado em todos os palcos?

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Guitarra

Nova American Ultra Luxe Vintage da Fender com inspiração clássica e moderna

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Fender American ultra luxe 750x500.jpg

Nova série apresenta guitarras Stratocaster e Telecaster com visual retrô e recursos atualizados como captadores Pure Vintage, acabamento envelhecido e trastes de aço inox.

A Fender Musical Instruments Corporation anunciou o lançamento global da coleção “American Ultra Luxe Vintage”, que combina a essência da tradição Fender com o que há de mais refinado em construção e tecnologia sonora.
Inspirada nos modelos American Ultra II, a nova linha traz edições especiais das lendárias Stratocaster e Telecaster, com referências visuais e técnicas das décadas de 1950 e 1960. Entre os destaques estão os captadores Pure Vintage, acabamento em laca nitrocelulósica envelhecida Heirloom, trastes de aço inoxidável e recursos eletrônicos modernos, como a chave S-1 Switching.

Tamanho histórico, desempenho contemporâneo

Os modelos incluem versões ’50s e ’60s da Stratocaster, uma edição HSS equipada com humbucker Haymaker, além das Telecaster ’50s e ’60s Custom. Todos são construídos com madeiras selecionadas, contornos esculpidos e braço quartersawn em formato “D” moderno, com bordas arredondadas Ultra e marcadores Luminlay.
O hardware de performance inclui tremolo de dois pontos com selas de aço inoxidável, porca Graph Tech TUSQ e tarraxas com trava, garantindo afinação precisa e trocas de corda ágeis.

Estética vintage, ergonomia refinada

A série chega em cores clássicas como Butterscotch Blonde, 3-Color Sunburst, Ice Blue Metallic, Fiesta Red e Lake Placid Blue. Cada instrumento oferece acesso facilitado às casas agudas por meio do encaixe de braço rebaixado — um diferencial valorizado por músicos exigentes.
“Com a linha American Ultra Luxe Vintage, redefinimos o equilíbrio entre legado e inovação”, afirmou Max Gutnik, Chief Product Officer da Fender. “É uma homenagem à nossa história com os padrões mais altos da fabricação moderna.”

Veja uma demo neste vídeo.

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Como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música

Adriana Sanchez mostra como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música. Criadora da banda...

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Exportação de música brasileira, uma boa ideia!

O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é...

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Cultura3 anos ago

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Daniel Neves recebeu a honraria durante o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022, na noite...

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Cultura4 anos ago

Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019

Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019. A evolução...

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Cultura4 anos ago

OneBeat Virtual: inscrições de intercâmbio virtual para músicos 

Embaixada e Consulados dos EUA abrem inscrições de intercâmbio virtual para músicos até 11 de fevereiro O OneBeat Virtual busca...

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Manual de procedimentos do profissional da música

Guia básico sobre conceitos que os profissionais da música deveriam aplicar nas suas carreiras e no trato com outros no...

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Cultura4 anos ago

Câmara Setorial de Instrumentos Musicais do Paraná visita presidente da câmara Municipal de Curitiba

Yuris Tomsons, destacado pela Associação Comercial do Paraná para fazer a interlocução com os presidentes das comissões permanentes da Câmara...

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Cultura5 anos ago

Make Music: Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato recebem homenagem no evento

Homenagem a Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato: produção convida músicos de todo o Brasil para participar. Saiba como...

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Cultura5 anos ago

Presidente Prudente inaugura espaço dedicado a bandas de garagem

Espaço Garagem em Presidente Prudente contou com o apoio da loja Audiotech Music Store  Presidente Prudente/SP – O prefeito Ed...

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Cultura5 anos ago

Música & Mercado apoia campanha em favor de artistas impactados pela pandemia

Idealizada e promovida pela Beetools, iniciativa destinará 25% da receita líquida das matrículas nos cursos da startup para garantir uma...

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Cultura5 anos ago

Governo anuncia liberação de R$ 408 milhões em recursos para o setor de eventos

Secretaria Especial da Cultura afirma que auxílio deve ficar disponível ainda no primeiro semestre. Na última terça-feira (9), o governo...

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Cultura5 anos ago

Brasileiro promove boa saúde entre músicos

Empresário brasileiro promove boa saúde entre músicos. Marcos Mendes, empresário, investidor no ramo de nutracêuticos, é um constante apoiador na...

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Opinião: Música é agente de mudança

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Cultura5 anos ago

Opinião: Me lembro como se fosse hoje

O mercado da música está passando por diversas mudanças, mas também está mudando o consumidor e o músico, com uma...

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Cultura5 anos ago

Opinião: É tempo de aprender… Música!

E lá se vai 1/3 do ano trancado em casa. Desde março, pais que trabalham, filhos que estudam, todos se...

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Cultura5 anos ago

Saúde: Automotivação no mercado da música

Todos nós fazemos música, e realizamos sonhos. Nunca se esqueça disso! Você sabe o que significa a palavra motivação? O...

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Música para quem vive de música – Volume 14

Continuamos apresentando grandes discos e filmes para sua cultura musical. Hoje temos Def Leppard, Sonny Rollins e Plebe Rude. Def...

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Cultura5 anos ago

Fernando Vieira: O amor à música como legado

Jornalista Fernando Vieira faleceu e deixou um imenso legado. Cabe a todos manterem a chama da música acesa. A morte...

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