A 21ª edição da Music China, realizada no Shanghai New International Expo Centre, encerrou-se em 13 de outubro, consolidando-se como um evento fundamental para a indústria musical.
Com uma participação de 119.083 visitantes de 105 países e um aumento de 10% no número de compradores internacionais em comparação ao ano passado, a feira Music China demonstrou ser um cenário ideal para a troca de ideias e expansão de negócios. Mais de 1.800 expositores de 26 países participaram do evento, oferecendo desde instrumentos clássicos até tecnologias digitais inovadoras, em um espaço de 150.000 m² distribuído em 14 pavilhões.
Daniel Neves, CEO de Música & Mercado, comentou sobre a relevância global do evento: “A Music China não apenas conecta os atores da indústria, mas também impulsiona a inovação e a criatividade, refletindo como a música é produzida e apreciada em todo o mundo”. Considerado um dos maiores pontos de encontro para profissionais da música, o evento fortalece os laços entre as indústrias do Oriente e Ocidente, abrindo oportunidades para expandir o mercado musical na China e globalmente.
Diversidade cultural e presença internacional
A Music China recebeu expositores e visitantes de várias partes do mundo, especialmente de regiões como Hong Kong, Japão, Coreia, Estados Unidos e Indonésia. Entre os pavilhões internacionais, destacaram-se os da República Tcheca, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha e Reino Unido. Judy Cheung, subgerente geral da Messe Frankfurt (HK) Ltd, afirmou: “É inspirador ver a Music China atuar como uma força dinâmica e unificadora na indústria musical global. O crescente número de participantes internacionais reflete a forte influência da feira no mercado”.
Empresas brasileiras também podiam ser vistas entre os expositores, como PHX Instrumentos, Tagima e Barkley Mouthpieces.
Marcas líderes apresentam suas novidades
Entre os principais expositores estiveram marcas como Yamaha, Fender, Sennheiser, Conn-Selmer, D’Addario, GEWA, Gretsch, KHS, Korg, M-Audio, Martin, RME, Shure, Sony, Taylor, Tascam e Focusrite/Novation, que exibiram uma ampla gama de produtos. A feira ofereceu uma oportunidade única para apresentar tecnologias inovadoras em áudio e música, como o software de síntese vocal da Dreamtonics e a linha avançada de instrumentos digitais da italiana Fatar srl. Federica Celli, gerente de vendas da Fatar, observou o interesse em teclados de alta qualidade no mercado chinês: “Nossos visitantes na China procuram teclados que ofereçam a sensação de um piano acústico. A Music China é uma plataforma proeminente para conectar com novos clientes”.
A tecnologia digital impulsiona a criatividade musical
O interesse do público por apresentações ao vivo e eventos culturais continua em alta na China, alinhando-se ao enfoque nacional no turismo cultural. Em 2023, shows e festivais de música geraram aproximadamente 2,82 bilhões de dólares em receita de bilheteria, enquanto mais de 342.000 apresentações ao vivo comerciais foram realizadas em todo o país nos três primeiros trimestres do ano. Essa tendência está impulsionando a demanda por instrumentos musicais de alta qualidade.
Um dos temas centrais desta edição da feira foi a inovação digital. Instrumentos e tecnologias avançadas abriram novas oportunidades para músicos e produtores. Segundo Jasmine Wang, gerente geral da Dreamtonics, a resposta foi excepcional: “Atraímos muitos novos usuários nesta edição, e o interesse por produtos de inteligência artificial superou nossas expectativas”.
O pavilhão de tecnologia de gravação e eletroacústica foi um dos grandes destaques, atraindo fabricantes e compradores interessados nas últimas novidades em interfaces de áudio, microfones de alta qualidade e estações de trabalho digitais. Dong Ding, CEO da Ding Dong Audio, expressou: “Nossos produtos de áudio pioneiros geraram um interesse significativo, especialmente entre fabricantes americanos e clientes europeus”.
Conectando-se com o futuro da música
Além de exibir produtos, a Music China ofereceu um robusto programa de eventos paralelos, com workshops, masterclasses e fóruns. Entre eles, destacou-se o Industry Forum, onde especialistas analisaram a educação musical e o mercado de instrumentos musicais. John Mlynczak, presidente e CEO da NAMM, elogiou o impacto do fórum: “Foi uma honra compartilhar perspectivas sobre o estado da indústria musical global. A resposta do público foi incrível”.
A edição de 2024 não só consolidou a Music China como um centro de negócios e networking, mas também como um espaço de inspiração para os profissionais do setor, permitindo explorar tendências e estabelecer parcerias estratégicas. A próxima edição da Music China ocorrerá de 22 a 25 de outubro de 2025.