Uma atualização recente posiciona a Televisa na vanguarda da produção global com sua nova sala 7.1.4 para mixagem e masterização imersiva, equipada com Genelec.
A história da Televisa está ligada às origens da indústria de broadcast no México. Agora parte da Univision, esta emissora cresceu e adaptou-se aos novos desafios que enfrentou ao longo dos anos, sempre cumprindo os mais recentes padrões exigidos pela sua audiência global.
Seu complexo de estúdios em San Ángel, um dos dois que possui na Cidade do México junto com as instalações de Chapultepec e uma terceira localização em Santa Fé, reflete perfeitamente esta filosofia, liderada pelo Ingeniero Elías Rodríguez, Diretor Geral de TV e Operações. Gravando em média 15 novelas e séries de televisão por ano, a unidade de San Ángel abriga 16 estúdios digitais, todos preparados para produção em 4K, e mais de 20 salas de edição de vídeo HD e 4K. Além disso, San Ángel conta ainda com 13 salas de design sonoro e pós-produção, além de 6 salas de gravação, edição e Foley. Mas é a sua atualização mais recente que mantém a Televisa na vanguarda da produção global: uma nova sala 7.1.4 para mixagem e masterização imersiva.
A mudança para a produção imersiva foi motivada pela demanda comercial. “O mundo espera conteúdo nesse formato”, afirma Rafael Alfaro, Engenheiro de Áudio e Coordenador de Projetos na Televisa. “As produtoras de televisão mais importantes do mundo, como a Televisa Univisión, devem ter séries em Atmos para transmissão e plataformas.”
O Studio 7 é a maior sala de pós-produção de San Ángel e acabou sendo o melhor lugar para converter em um ambiente de mixagem imersiva.
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O estúdio era anteriormente uma sala 5.1 e foram as dimensões deste espaço que pressionou a equipe do projeto Televisa, em estreita colaboração com o distribuidor local VARI e Miguel Domínguez da Genelec para escolhê-lo para a atualização.
A Televisa usa Genelec há mais de 20 anos, contando com os conceituados monitores de duas vias 1031 e 1032 antes de atualizar para a tecnologia Smart Active Monitor (SAM), incluindo a família de monitores coaxiais de 3 vias ‘The Ones. “Começamos a usar monitores Genelec por volta do ano 2000”, lembra Rafael Alfaro. “Comparamos a qualidade de muitas marcas e descobrimos que a Genelec é a melhor para nossos propósitos.”
“A qualidade do som da Genelec me cativou pessoalmente”, acrescenta Raúl Oropeza, Gerente de Engenharia de Áudio da área de pós-produção de San Ángel. “Para mim, Genelec é sinônimo de qualidade e, acima de tudo, confiabilidade. É uma delícia trabalhar em meus projetos com a Genelec.”
O tempo da Televisa trabalhando com monitores Genelec dá uma perspectiva à sua equipe único ao comparar designs SAM equipados com DSP e modelos analógicos clássicos de 2 vias. “Os modelos tradicionais foram meus preferidos, gosto do som doce e qualidade”, reflete Rafael Alfaro. “No entanto, os avanços tecnológicos dão aos monitores The Ones qualidades adicionais, como o software de calibração GLM, e eles são monitores muito bons.”
Hoje, percorrendo toda a área de pós-produção de San Ángel, você encontrará mais de 200 monitores Genelec entre as diferentes salas de edição, incluindo monitores 8351 coaxiais em muitas das salas 5.1. Com este uso histórico da Genelec, não é surpreendente que o espaço imersivo do Estúdio 7 confiou mais uma vez na Genelec para seu monitoramento. “Trabalhar com a Genelec em todas as salas de controle nos permite ter certeza de que cada gravação tem a melhor qualidade sonora”, afirma Rafael Alfaro. “Não importa em que sala você termina a mixagem porque todas usam a mesma marca.”
Para atualizar para 7.1.4 o Estúdio 7 foi equipado com sete monitores 1238 de três vias muito compacto em profundidade, incluindo os cinco modelos 1238CF originais (o primeiro a serem vendidos na América Latina) e dois novos 1238DF, idênticos em tamanho e formato. Quatro monitores coaxiais de três vias 8351A que a Televisa já possuía foram instalados nesta sala para os canais superiores, junto com o par original de subwoofers 7271A que controlam as frequências graves. “Esses eram os monitores certos para nós em relação ao tamanho da sala, à qualidade dos monitores e o suporte que essa tecnologia nos proporciona”, indica Rafael Alfaro.
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O software de calibração GLM é essencial no suporte desta tecnologia. “O GLM foi a chave para superar os desafios que enfrentamos na sala”, lembra Rafael Alfaro. “Nós usamos para analisar, comparar e fazer ajustes que nos permitam obter automaticamente a melhor resposta naquela sala. É um software maravilhoso e a capacidade adicional de fazer ajustes manuais tornam-no ainda melhor.”
Com o Estúdio 7 instalado e funcionando para produção imersiva, Raúl Oropeza considera a atualização um sucesso. “Quando surgiu o formato 7.1.4 não hesitamos em optar por um sistema de monitoramento Genelec”, reflete.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado obtido com a integração deste sistema e com a precisão das configurações de calibração do GLM em termos de fase, delay, equalização e nível de pressão sonora. Eles são extremamente precisos, o que me permitiu tomar decisões precisas em meus processos de mixagem e masterização sem problemas.”
Embora o Estúdio 7 tenha sido o primeiro local a se tornar imersivo, não será o último. O plano é atualizar a maioria das salas 5.1 para 5.1.4 ou 7.1.4.
“Nosso plano para este ano e o próximo é continuar criando novos conteúdos em 4K HDR e som Atmos. Portanto, definitivamente planejamos adicionar mais monitores às nossas salas de áudio!” finaliza Rafael Alfaro.
A Harrison Audio anunciou o lançamento do Harrison DeNoiser Plug-in, uma ferramenta de limpeza de diálogo e voz com latência zero, desenvolvida para engenheiros de pós-produção, broadcasters, técnicos de som ao vivo e criadores de conteúdo.
Reconhecida por seu papel histórico no som de Hollywood, a empresa traz para o ambiente das DAWs parte da tecnologia presente em suas consolas MPC, usadas em grandes produções cinematográficas.
Ao longo de mais de cinco décadas, a Harrison esteve por trás do som de franquias como Indiana Jones, Spider-Man, James Bond, Jurassic Park, Harry Potter, Bohemian Rhapsody e Ford v Ferrari. O novo plug-in busca aplicar esse padrão de processamento a tarefas cotidianas, como diálogos gravados em ambientes desafiadores, vozes com baixo nível de sinal ou registros comprometidos por ruído ambiente.
O DeNoiser oferece redução de ruído rápida e transparente, preservando o timbre original da voz sem introduzir artefatos perceptíveis. Para isso, incorpora cinco faixas de denoise, quatro modos de relação sinal-ruído (SNR) e seis controles multibanda, que permitem ajustes precisos por frequência. Sua tela de espectro dinâmico exibe em tempo real o sinal de entrada, a impressão do ruído e a redução aplicada.
O sistema opera com zero amostras de latência, o que facilita seu uso em transmissões ao vivo, fluxos acelerados de pós-produção ou setups híbridos de estúdio. Além disso, conta com presets projetados para problemas comuns de voz e diálogo, entregando soluções rápidas em projetos com prazos apertados.
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Principais recursos
Processamento em tempo real com latência zero Cinco faixas de redução e quatro modos SNR Seis deslizadores multibanda para ajuste por frequência Limpeza transparente, sem artefatos Visualização em tempo real do espectro e da redução aplicada Presets para problemas recorrentes de voz e diálogo
Uma atualização do CDX14-3030 com melhorias em linearidade, durabilidade e resposta em altas frequências
A Celestion anunciou o CDX14-3035, um driver de compressão de alta frequência com saída de 1,4 polegada e diafragma de titânio em peça única. O novo modelo, parte da linha CDX14, substitui o CDX14-3030 e traz melhorias voltadas a maior potência, sensibilidade otimizada e flexibilidade para aplicações de reforço sonoro.
O CDX14-3035 eleva a potência nominal para 120 W AES e a potência contínua para 240 W, superando os valores de seu antecessor. O driver também oferece 108 dB de sensibilidade e um ponto mínimo de crossover de 800 Hz (12 dB/oct), ampliando seu campo de aplicações em relação ao modelo anterior. Segundo a empresa, seu desempenho em altas frequências é equivalente ao do CDX14-3045 — versão com ímã de neodímio —, mas em um formato com ímã de ferrita pensado para instalações fixas e sistemas de grande porte, onde custo e robustez são fatores decisivos.
O projeto utiliza um diafragma e suspensão de titânio em peça única, com geometria revisada para melhorar a linearidade do movimento. Um anel de fixação em polímero de alta temperatura ajuda a reduzir a distorção, enquanto a bobina móvel edgewound de 3 polegadas (75 mm), feita de alumínio revestido de cobre, foi projetada para suportar maiores demandas térmicas e mecânicas. O driver opera com impedância nominal de 8 ohms e possui saída de 35 mm / 1,4 polegada.
No lançamento, Ken Weller, Marketing Manager da Celestion, destacou que o modelo “oferece o desempenho de alta frequência característico da marca em um conjunto com ferrita voltado a soluções economicamente viáveis”, ressaltando a combinação de 108 dB de sensibilidade e 240 W contínuos como fatores essenciais para aplicações que exigem confiabilidade e alto nível de pressão sonora.
Uma nova ferramenta 3D para controlar o Logic Pro e moldar o som no espaço.
A Neumann anunciou o VIS – Virtual Immersive Studio, um aplicativo desenvolvido para o Apple Vision Pro que introduz uma abordagem tridimensional para a mixagem de áudio espacial. Com a ferramenta, a empresa inaugura uma nova etapa na produção imersiva ao permitir que criadores manipulem fontes sonoras como objetos visíveis em realidade aumentada.
O VIS substitui interfaces planas tradicionais por um ambiente 3D no qual é possível visualizar, mover e posicionar elementos sonoros por meio de gestos das mãos. A automação se torna uma ação física, e a mixagem passa a ter um caráter mais performático. Segundo a empresa, a intenção é permitir que o usuário “toque” o som e o molde de forma natural.
A aplicação se integra diretamente ao Logic Pro no Mac. Após o emparelhamento, o VIS aparece como um dispositivo dentro do software e pode ser exibido em uma tela virtual ajustável no Vision Pro. A baixa latência do sistema pass-through possibilita interagir com o equipamento físico do estúdio enquanto se trabalha em um espaço de mixagem virtual.
O VIS suporta monitoramento tanto por alto-falantes quanto por fones. Para fluxos móveis ou setups sem monitores físicos, inclui o RIME, plug-in proprietário da Neumann que processa áudio espacial em até 7.1.4. Combinado ao rastreamento avançado de cabeça do Vision Pro, o sistema oferece uma percepção espacial consistente, útil tanto em estúdios profissionais quanto em ambientes remotos.
Desenvolvido com base nas tecnologias AMBEO, o VIS incorpora algoritmos de acústica virtual projetados para criar uma sensação mais realista do espaço sonoro. Essa infraestrutura técnica torna a experiência imersiva mais precisa e acessível, reduzindo a complexidade comum dos fluxos de trabalho em áudio 3D.
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Principais recursos
Ambiente visual 3D para mixagens espaciais no Apple Vision Pro
Posicionamento de fontes sonoras por gestos
Integração completa com o Logic Pro no Mac
Visualização geral de todos os objetos de áudio
Rastreamento de cabeça com 3 graus de liberdade
Compatibilidade com monitoramento por alto-falantes ou fones via RIME
Com o VIS, a Neumann incorpora a computação espacial ao fluxo profissional de mixagem e oferece um sistema que combina hardware, software e gestos em um único ambiente. A empresa destaca que a tecnologia faz parte de uma estratégia mais ampla para impulsionar o uso de áudio imersivo e apoiar a evolução dos formatos tridimensionais.