Label
Gibson anuncia sua própria gravadora, Gibson Records
Publicado
4 anos agoon
A Gibson apresentou recentemente a Gibson Records, sua própria gravadora, que já lançou o primeiro álbum com Slash.
A Gibson lançou a Gibson Records, com sede em Music City, Nashville, TN, em conjunto com uma parceria estratégica com a BMG.
A empresa reconhece que muitos álbuns icônicos foram gravados com instrumentos da marca, então a Gibson Records agora trabalhará com os artistas da Gibson para produzir, gravar e promover suas músicas para fãs ao redor do mundo, sempre focando na guitarra.
“Lançar uma gravadora a serviço de nossos artistas é a evolução natural de nossos 127 anos de história. A Gibson Records trabalhará com os artistas da Gibson para capturar, gravar e promover sua música em uma parceria amigável com os artistas”, disse Cesar Gueikian, presidente de marca da Gibson Brands. “A Gibson Records manterá todos nós da Gibson focados em nossa cultura de “o artista primeiro”, engajada e conectada à música. Estamos entusiasmados com o lançamento da Gibson Records e em anunciar que Slash é nosso primeiro artista contratado e que firmamos uma parceria com a gravadora BMG.”
Isso mesmo, a Gibson Records fez uma parceria estratégica com a BMG para este lançamento da Slash, a quarta maior gravadora do mundo.
“É uma honra ser o primeiro lançamento da nova Gibson Records”, disse Slash. “É um ápice em nossa associação, sem dúvida, e tendo trabalhado tão próximo à Gibson por tanto tempo, eu sei que será uma gravadora que genuinamente apoiará seus artistas de maneiras criativas. Não só eu, mas todos os artistas com quem eles escolheram trabalhar. É perfeito.”
“A parceria com a Gibson Records e a BMG apresenta uma oportunidade única e empolgante de explorar novas idéias para marketing e promoção de um disco”, acrescenta Jeff Varner, co-fundador do Revelation Management Group (gerente de longa data do Slash). “Isso mostra um compromisso real da Gibson com a comunidade artística e servirá como um modelo para futuros lançamentos de artistas. Trabalhar com Cesar e a equipe da Gibson proporcionou um novo enfoque em como podemos apoiar o lançamento de um álbum.”
“A BMG parabeniza a Gibson pelo lançamento da sua nova gravadora e tem orgulho de ser parceira da Gibson Records no lançamento de seu álbum inaugural”, disse Thomas Scherer, presidente da BMG Repertoire e Marketing de Nova York e Los Angeles. “Esta é a combinação perfeita de duas marcas globais com uma reverência incomparável por artistas icônicos e respeito por servir seus talentos criativos. Estamos entusiasmados em ser o parceiro mundial do novo álbum de Slash com Myles Kennedy and The Conspirators e esperamos trazer sua nova música para fãs ao redor do mundo.“

Primeiro lançamento da Gibson Records com a BMG: o novo álbum de Slash com Myles Kennedy and The Conspirators
Você pode gostar
-
NAMM Show 2025: Indústria musical se une para apoiar as vítimas dos incêndios florestais em Los Angeles
-
Apreensão histórica de guitarras Gibson falsas nos EUA: Mais de US$ 18 milhões em produtos confiscados
-
Dean Guitars vence processo judicial contra Gibson
-
Gibson tem nova Les Paul signature para Charlie Starr
-
Gibson lança edição limitada com jacarandá brasileiro
-
Novos violões Gibson Studio
Artigos
Exportação de música brasileira, uma boa ideia!
O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é preciso
Publicado
3 anos agoon
19/12/2022
O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é preciso
Escritórios de exportação de música são algo relativamente novo. A French Export Bureau foi a pioneira da área, criada em 1993, e, atualmente, a maioria dos países europeus, já possuem seus próprios escritórios de exportação, enquanto seus modelos e orçamentos variam. Existem também entidades culturais com presença internacional – como o Institut Français, Goethe Institute e o British Council.
Alguns países possuem Centros de Informação Musical, geralmente focados na música folk local e música clássica, porém também com um foco em exportação. A maioria dos escritórios de exportação oferecem uma gama similar de serviços, frequentemente com uma série de diferentes parceiros locais. Por exemplo, a estrutura de exportação do Reino Unido envolve diferentes fontes de financiamento, de diversas entidades, para realização de uma variedade de serviços e atividades.
Juntamente com os escritórios de exportação europeus, outros países com escritórios de exportação bem-organizados incluem o Canadá, a Austrália e a Coréia do Sul. Orçamentos são geralmente estabelecidos em uma base de 2 anos e podem variar de € 100 mil até valores próximos de € 1 milhão. Considerações orçamentárias são muito importantes, no auxílio a especificar se nosso projeto é puramente cultural (e simbólico) ou comercial (onde estamos competindo com outros escritórios de exportação pelo nosso espaço no mercado internacional).
O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional – sendo as mais comuns o idioma, distância, burocracia, e a escassez de apoio financeiro.
A repercussão internacional de artistas como Anitta e Pablo Vittar ainda é uma incógnita; Seriam eles apenas produtos do maquinário marqueteiro por trás da Sony e Warner, ou talvez estariam abrindo um nicho onde outros artistas e companhias brasileiras podem participar no mercado internacional?
E será que outros artistas brasileiros podem seguir estes passos sem o suporte de gravadoras internacionais e playlists do Spotify? Existe algum público real e numericamente relevante no exterior? Uma base de fãs?
E quanto a nova geração de cantores de MPB? Conseguem se estabelecer no exterior, assim como Caetano, Gil, Marisa Monte, Céu, e Vanessa da Mata tem feito no passado, agora sob circunstâncias diferentes?
O papel de um escritório de exportação é criar a fundação de trabalho, estabelecer uma estrutura de networking e oportunidades para que empresas e futuros talentos possam colher os benefícios de seus trabalhos. O foco de qualquer escritório de exportação deve depender de demandas realistas, necessidades e participação ativa do setor. E, assim como o setor se encontra em constante fluxo (novas tecnologias, novas tendências, novos modelos de negócios), o escritório de exportação também deve ser flexível o suficiente para se adaptar a estas mudanças.
A maneira com o qual tratamos nossas indústrias criativas, reflete em como nos consideramos enquanto uma nação. Basta pensar em países que queimaram livros e perseguiram seus artistas para entender a política e visão cultural daqueles no poder – e o impacto resultante que é gerado na economia criativa local e na imagem que o país retrata mundo afora.
A força econômica e visão da Coreia do Sul, por exemplo, é refletida no sucesso que o K-Pop tem tido ao redor do mundo. Artistas como U2, Abba, Daft Punk e Kraftwerk tem gerado soft power para seus respectivos países muito além de suas conquistas puramente musicais – e, frequentemente, mais que os esforços de seus representantes diplomáticos. Você não precisa gostar da música, mas são inegáveis as coberturas de imprensa positivas e oportunidades comerciais de longo termo.
Embora o Brasil tenha tradicionalmente um longo histórico de exportação de compositores, músicos e cantores de sucesso, o país tem sido amaldiçoado no exterior com uma imagem mainstream que retrata o exótico e erótico. Garotas de biquíni na praia com o pano de fundo de adolescentes carregando metralhadoras fugindo das favelas enquanto milícias policiais corruptas disparam contra elas, acompanhadas por uma trilha sonora de batucada e batidas de funk. Enquanto a maioria das sociedades ocidentais possuem seus próprios problemas sociais equivalentes, no Brasil estas características são constantemente retratadas como definidoras da sociedade, e pouco ou quase nada é feito para apresentar uma outra imagem e diferentes realidades do país.
O Brasil nunca teve nenhum projeto de exportação a longo termo com apoio contínuo, tanto da indústria quanto de políticas governamentais. Essa fragmentação e falta de continuidade é frustrante tanto para a indústria local, assim como para parceiros internacionais que ficam receosos de investir em projetos que necessitam um aporte financeiro inicial proveniente do lado brasileiro.
O Brasil, geralmente através dos Ministérios da Cultura e Turismo, tem, tradicionalmente, investido grandes quantias de dinheiro em diversos eventos musicais internacionais esporádicos, que vem a gerar um retorno financeiro para aqueles diretamente envolvidos com a produção do evento, mas que causam poucos resultados de longo prazo, especialmente no que diz respeito a estabelecer um público internacional para consumir nossa música. Caipirinhas gratuitas e uma noite de gringos dançantes não criam um mercado.
Isso não quer dizer que a música e artistas brasileiros não tenham carreiras internacionais. Muitos tem, através de uma mistura de trabalho duro, talento, sorte e uma rede de parceiros internacionais com mentes afins. Mas empresas individuais não podem competir com o poder financeiro e profissionalismo de escritórios de exportação internacionais.
Sem dados, sem números
Uma grande dificuldade é a carência de informação do quanto a musica brasileira realmente gera no mercado internacional. Sem números, se torna difícil fazer lobby para conseguir apoio governamental. As principais fontes de renda são:
- royalties de execução pública
- vendas de música gravada (CDs, LPs, streaming, downloads)
- sync
- branding/marketing
- caches/merchandising
Somos um país notoriamente carente de transparência sobre quanto nosso setor musical realmente vale – tanto no Brasil quanto no exterior.
É mais do que óbvio que o setor musical brasileiro requer um escritório de exportação, organizado pela indústria musical local e financiado por uma colaboração mista do governo e um coletivo de associações como a Abramus e UBC. É importante que o próprio setor musical esteja envolvido no financiamento de atividades de exportação, aproximando players do mercado mainstream e independente. O sucesso massivo no Brasil de, por exemplo, música sertaneja, indica que o país tem profissionais altamente competentes com uma riqueza de experiência e know-how.
Assim como os incentivos de ICMS no passado (Disco É Cultura) ajudaram a estimular o crescimento da produção de música local, nós precisamos de uma “taxa sobre o sucesso” para estimular novos entrantes no mercado. Mas é como se nós tivéssemos medo de exigir que a maioria que mais se beneficia, devesse dar algo de volta ao setor de onde eles emergiram. O tamanho do mercado local ilustra como poucos afortunados – e a indústria que os apoia – podem prosperar em um glorioso isolamento, às custas da maioria.
Apesar da grande variedade de sons e gêneros dentro da música brasileira, internacionalmente ela é categorizada dentro do gênero “world music”. Com a música brasileira, nós flutuamos entre mundos. Os grandes artistas vendem bem o suficiente no mercado interno a ponto de não precisarem se preocupar com o mercado internacional (ou não podem tomar o risco de investir tempo e dinheiro no exterior). O mercado latino não dialoga muito com o brasileiro (e vice-versa). O próprio setor de world music não considera a música brasileira com world music! E o setor de indie/rock ainda nos percebe com referências, já antigas, dos anos 60, com Tropicália e Tom Zé! E para o nosso mais notório gênero musical, o samba, são pouquíssimos os fãs internacionais da música que saberiam dizer o nome de qualquer artista do gênero.
O Brasil tem um histórico de sucessos internacionais esporádicos, da bossa nova até atos como Carrapicho, Sepultura, Cansei de Ser Sexy, Michel Telo, e recentemente Anitta e Pablo Vittar. O país também tem um forte impacto em mercados de nicho como metal e jazz – mas normalmente sucessos pontuais, sem continuidade de outros artistas, e raramente sem um impacto mainstream.
Continuamos a sermos relegados pelo exótico, com sucesso dependendo mais do interesse de companhias internacionais (selos, agencias, fãs etc) do que de trabalho focado gerado aqui no Brasil.
Isso, para ser franco, é um desastre. A música brasileira contemporânea merece uma audiência internacional. Infelizmente, a audiência internacional não está ciente da nossa existência. Até mesmo os grandes nomes das décadas de 60 à 90 estão lentamente se tornando desconhecidos à medida que o público internacional (inclusive jornalistas e DJs de rádio) tem envelhecido e não é substituído por uma nova geração. O legado – em termos de imagem e financeiro – está sendo abandonado.
Claro, quando comentamos sobre um público internacional, nós ainda estamos pensando em termos tradicionais – EUA, Europa, talvez Japão. Regiões como o continente africano, boa parte da Ásia, China e Índia ainda são desconhecidas para nós – e nós para eles – mas há um potencial massivo para explorar nosso catálogo de 100 anos de música. A medida que conglomerados internacionais continuam comprando catálogos musicais – com a intenção de gere retorno ao investimento – o que podemos fazer para impulsionar nosso “back catalogue” para frente? Se uma geração de japoneses (ou DJs do Reino Unido e hipsters dos EUA) acolheram nossa música dos anos 60 e 70, seria possível acharmos um novo público de ouvintes em outros territórios onde a sonoridade dos Beatles é tão nova quanto a de Os Mutantes?
Houveram diversos incentivos para promover a música brasileira no exterior. Um dos primeiros foi em 1945, quando o Ministério de Relações Exteriores anunciou:
O crescente interesse pela música brasileira exterior e uma excelente oportunidade de defender o Estado das Relações Exteriores de maneira efetiva, a Secretaria de Estado das Relações Exteriores está usando uma escolha mencionada de uma discoteca mínima da música, em seu aspecto erudito e popular, para ser remetida a importantes Missões diplomáticas e Consulados de carreiras do Brasil, bem como, por suas coleções intermediárias, às emissoras mais acreditadas e, eventualmente, representantes culturais a que possam fazer parte do interesse, o recebimento de uma dessas coleções . AHI (Rio de Janeiro) DCI/540.36/Circular 171.
Em 2001 a BM&A foi criada com financiamento do APEX-Brasil (de R$ 1 a 4 milhões por projeto), focada principalmente em organizar a participação brasileira em feiras internacionais de câmbio como a Midem, Womex, etc. O Ministério da Cultura e escritórios regionais de cultura também investiram recursos em atividades promocionais e atividades, assim como no auxílio nos custos de viagens internacionais.
Embora os gastos, a logística e a visão envolvidos na participação em feiras internacionais tenham impedido a maioria das empresas de participar, o recente crescimento das feiras virtuais – muitas vezes gratuitas – não trouxe um aumento significativo da participação brasileira. Isso é algo para refletir! Por que os artistas e suas respectivas empresas não estão participando?
A participação da música brasileira nas playlists das rádios internacionais e na imprensa especializada continua caindo a cada ano. Uma reclamação do setor internacional é que eles não têm mais acesso às novas gravações brasileiras e têm poucas informações sobre os desdobramentos aqui. Links enviados por e-mail para o Spotify não são suficientes!
Além dos profissionais da música brasileira que já têm uma rede internacional (criada por meio de turnês, participação em feiras, ou acordos de licenciamento, ou por meio de pesquisas!), muitas empresas nacionais carecem do básico para contatar possíveis clientes internacionais.
As bases
As bases para a exportação de música já foram criadas e testadas por escritórios internacionais de exportação que continuam inovando e reagindo às mudanças na indústria – seja devido ao recente episódio do corona vírus ou às mudanças tecnológicas em andamento na indústria. Sua existência e crescimento contínuos apenas reforçam nossa necessidade de tratar o setor musical brasileiro com o suporte profissional e financeiro que merece.
Uma configuração básica seria a seguinte:
1. Criar um Conselho de Exportação da Música Brasileira com representantes de todos os setores relevantes para coordenar com o governo nacional e local, indústria mainstream e independente, com um número de consultores dos diferentes setores, contratados por sua área de especialização, em uma base de projeto por projeto.
2. Estabelecer uma série de estratégias de exportação de 2 anos, identificando e focando em áreas que já geram resultados e em outras que devem ser desenvolvidas. Isso pode variar desde o apoio ao setor de MPB/world music já existente, até os novos setores de funk e hip hop, mas também incluindo serviços como estúdios, produção de vídeo e TI. É fundamental que o principal financiamento venha do próprio setor. Na Europa, 75% dos escritórios de exportação recebem financiamento das sociedades de gestão locais, geralmente cerca de 25% do seu orçamento total. No caso do Reino Unido, Hungria, Portugal e Itália, as sociedades são responsáveis por pelo menos 75% do orçamento total. No caso do French Music Export Office, 57,7% vem do financiamento do governo (soft power!), enquanto o restante vem das sociedades de cobrança e dos membros que pagam uma taxa anual.
3. Prestar assistência consular internacional aos exportadores de música que necessitem de apoio no terreno (vistos, networking, showcases e espaço físico para reuniões com clientes). Isso também envolveria a identificação das embaixadas em países que têm um circuito de turnês estabelecido para artistas brasileiros, bem como países que sediam conferências de música e feiras. Também seria importante identificar os principais atores que já apoiam a música brasileira no exterior e entender suas necessidades, criando um banco de dados dentro das embaixadas. Playlists atualizadas e boletins informativos sobre o setor musical brasileiro também seriam recomendados para todas as embaixadas.
4. Publicar anualmente um levantamento de dados de todos os setores da música brasileira, incluindo exportações. Também seria recomendado publicar atualizações regulares sobre atividades na indústria local para publicações como IQ, Billboard, etc.
5. Apoiar a participação continuada de empresas e artistas brasileiros em eventos e feiras internacionais do mercado musical.
6. Explorar a utilização do conteúdo musical brasileiro em feiras envolvendo os demais setores de exportação (alimentos, cosméticos, cinema, café, etc), bem como branding e marketing com grandes marcas.
7. Implementar mentoria e treinamento para aspirantes a empreendedores da área de exportação de música em colaboração com órgãos nacionais como o Sebrae em conjunto com entidades como ABMI, UBC e Abramus.
8. Coordenar com festivais e eventos de música brasileira a participação de profissionais da indústria musical internacional (bookers, jornalistas, supervisores de música) para vitrines e atividades de networking.
9. Investigar estratégias de apoio a programas de empresas envolvidas em projetos de tecnologia musical e start-ups empresariais.
David McLoughlin
Artigos
12 previsões para o futuro da música
Os “números oficiais da indústria” mostrarão que o negócio da música está crescendo, mas esses números serão altamente enganosos
Publicado
4 anos agoon
02/02/2022
Se você ganha a vida com música, algumas dessas mudanças podem ser um choque.
Deixe-me espiar minha bola de cristal e prever a próxima década na música. Sou corajoso (ou imprudente) o suficiente para dizer o que vejo, mas você pode querer se sentar primeiro. Se você ganha a vida com música, algumas dessas mudanças podem ser um choque.
Mas não me culpe, sou apenas o mensageiro. É a maldita bola de cristal que está irritada.
Significado de Previsão – Dicionário Michaelis
- Ato ou efeito de prever; antevisão, presciência.
- Suposição; antecipação de algo que ainda não aconteceu; conjectura.
- Cálculo de tudo o que é necessário para a execução de um programa ou de um projeto; estimativa, orçamento.
- V prevenção, acepção 5.
- ETIMOLOGIA: lat prævisĭo, -onis.
- Veja também: Conceito da palavra previsão.
Autor: Ted Gioya
Então prepare-se para A-Pop da África, I-Pop da Índia ou Indonésia, e toda uma série de sons e estilos concorrentes da América Latina, China, Europa Oriental, etc. mostrando algum gosto e mente aberta – isso promete ser uma tendência positiva, expandindo o escopo criativo de nossas vidas musicais.)
Os “números oficiais da indústria” mostrarão que o negócio da música está crescendo, mas esses números serão altamente enganosos
Por exemplo, o Spotify pegará o fluxo de caixa gerado pela música e o usará para adquirir direitos de podcasts etc. – e, em geral, a cultura musical ficará sem fundos porque agora precisa pagar as contas de outros negócios. (A bola de cristal me diz que o maior sonho do Spotify é entrar no vídeo e competir com Netflix e YouTube, usando músicas para pagar o custo de conseguir isso – mas isso não pode ser verdade, pode? Eles teriam que gastar bilhões de dólares para tocar nessas grandes ligas, e não há dinheiro suficiente na música para cobrir essas despesas.
Apenas o ego, e não a lógica, os empurraria nessa direção, não?) De qualquer forma, os mesmos números que serão divulgados como sinais da saúde da indústria da música realmente indicarão o escopo crescente dos drenos de dinheiro e talento no setor criativo/ lado artístico do negócio.
No entanto, eles poderiam ter um grande impacto positivo na cultura se quisessem, dados os enormes recursos à sua disposição. Assim, os gostos musicais dos CEOs da Apple, Google, etc. podem acabar tendo um impacto surpreendentemente grande em como as coisas acontecem.
A maioria das pessoas que trabalham na indústria da música será mal paga, com poucas oportunidades de avanço. Novas vagas no topo normalmente vão para familiares e amigos íntimos dos chefes da velha escola – tornando o nepotismo a única tradição do negócio de discos que sobreviverá, não importa o quê.
E quem pode culpá-los? Depois de desmoronar a economia do negócio fonográfico, eles claramente precisam de um novo campo para destruir.
Ai! Isso foi doloroso. Quero quebrar esta bola de cristal e comprar uma nova ou talvez eu precise consultar meu horóscopo, ou estudar as entranhas dos pássaros. Tem que haver uma maneira melhor de prever o futuro. Porque, embora todos gostemos de estar certos, este é um caso em que prefiro estar errado.
Artigos
Como mudou o consumo de música digital nos tempos de Covid19
Como estão se comportando as pessoas em casa? Em particular: como mudou o consumo de música digital neste período?
Publicado
6 anos agoon
21/05/2020
Como estão se comportando as pessoas em casa? Em particular: como mudou o consumo de música digital neste período?
O distanciamento social por conta do Covid-19 em São Paulo iniciou na semana de 16 de março (a Tratore entrou em trabalho à distância em 17 de março). No final de semana seguinte houve um decreto municipal fechando o comércio, seguido do decreto estadual na segunda-feira. Já se passaram dois meses, portanto.
Na época, a Tratore anunciou várias medidas para tentar compensar o total derretimento do negócio da música ao vivo e amenizar um pouco as perdas financeiras dos artistas, como um bônus especial nos relatórios e a isenção de taxas de cadastro para os distribuídos durante este período.
Antes do mês de março, o consumo de música digital nas plataformas de streaming (aquelas em que você não compra a música, mas apenas paga uma taxa para ter acesso, como o Spotify, a Deezer e a Apple Music) seguia um padrão semanal bastante previsível: nos fins de semana e feriados havia um pouco menos de atividade e o consumo se concentrava durante a semana, em particular na sexta-feira, dia em que tradicionalmente se lança música nova (conhecido no ramo como New Music Friday).
Então, o gráfico da semana era mais ou menos assim:

Este é um gráfico de número de plays aproximados nas plataformas e não tem necessariamente a ver com o faturamento, que é calculado por rateio.
E o gráfico de diversas semanas fica com essa cara, mais ou menos:

Por que as pessoas ouvem menos música nos fins de semana? Não seria normal esperar o contrário? Na verdade, não. As pessoas dirigem mais durante a semana, pegam mais transporte coletivo durante a semana, podem estar trabalhando num cubículo ou dentro de um caminhão, ou seja, coisas que fazem com que se ouça mais música. E no fim de semana, antes de março, era comum ficar em casa e arrumar as coisas, ver filmes, cozinhar, cuidar das crianças, ver os amigos… Algumas dessas coisas deixamos de fazer, mas outras continuamos fazendo.
Analisando os dados reais da Tratore de fevereiro até maio, temos o seguinte:

Pode-se ver claramente nos 45 dias anteriores ao distanciamento o padrão repetitivo das semanas mostrado acima, interrompido por um soluço durante o carnaval, mas a periodicidade é bem clara. Isto segue até o distanciamento, e a partir daí não existe mais nenhuma periodicidade e o comportamento do streaming passa a ser totalmente imprevisível. Temos picos nas sextas como antes, mas também nos sábados e até nos domingos. O que está acontecendo?
Primeiramente, a média de audições caiu um pouco, aproximadamente 8%. A linha mostra a média anterior e a nova:

Isso já foi identificado em outras análises de outros agregadores e gravadoras. O consumidor está ouvindo um pouco menos de música. Por quê? Um palpite inicial era que os planos de assinatura de streaming estivessem sendo cancelados como medida de economia frente a uma possível ou real crise financeira. Mas não.
Duas coisas nos levam a pensar diferente disso. Em primeiro lugar o numero de audições não está caindo mais. Ele se moveu abruptamente para um novo patamar e parou por aí. Um movimento frente a uma crise seria diferente. Os ouvintes cancelariam seus planos gradativamente conforme fossem sentindo dificuldade em pagar. Isso, portanto, não explica.
Além disso, essa queda de 8% no streaming foi igual em todos ou quase todos os países.
Uma possibilidade de explicação aparece quando olhamos a média dos FINS DE SEMANA no período anterior ao confinamento.

A linha cinza mostra a média de número de streams apenas durante os fins de semana, mais baixa portanto do que a média geral. Este é o patamar para onde foi o novo consumo de música. Na verdade, o consumo se reduziu para os patamares dos fins de semana, agora em todos os dias. Isso vale para a Tratore e os números utilizados se referem apenas à Tratore. Seria interessante saber se outros agregadores estão vendo o mesmo.
Isto não tem necessariamente reflexo no faturamento das plataformas, uma vez que o cálculo de faturamento se dá por rateio e é função do número de assinaturas pagas e publicidade veiculada e não do numero de faixas ouvidas. Como o ciclo de pagamento é mais lento que o ciclo de reportes sobre o número de plays, ainda não temos como fazer esta análise.
O consumidor passou a consumir música como consumia nos fins de semana, só que agora todos os dias. Aqui na Tratore passamos a chamar isso de “efeito Morrissey”: Everyday Is Like Sunday, todo dia é domingo.
Perguntas ainda a responder:
- mudou o faturamento?
- mudou o crescimento das plataformas?
- mudaram os gêneros mais ouvidos?
- mudou a composição de faixa etária do streaming?
- mudou o BPM? (estamos ouvindo mais musicas lentas? Ou mais rápidas?)
- algum artista se destacou de repente durante a pandemia?
- o que é mais importante? Lançamentos ou catálogos? Isso mudou?
- as lives estão tendo efeito no consumo de streaming?
Áudio
BASSBOSS apresenta o Sublim8, uma coluna de som de três vias para sonorização portátil
Sistema ativo com subwoofer de 18”, design modular e foco em potência e clareza para aplicações móveis e fixas. A...
Argentina: Funktion-One chega ao país com evento histórico com Richie Hawtin
O lançamento oficial marca um novo capítulo para a marca britânica na América do Sul e reuniu mais de 3.000...
México: A versão mexicana de The Office aposta em áudio profissional
Improvisação, um grande elenco e um ambiente de radiofrequência complexo marcam o desafio sonoro de La Oficina, que chega ao...
Power Click lança o Voice Monitor MK II: controle total de retorno para cantores e locutores
Novo amplificador de fones promete independência, qualidade de áudio e praticidade no palco ou estúdio. A Power Click, marca brasileira...
WSDG aprimora o som e a segurança no estádio do River Plate na Argentina
O Estádio Más Monumental de Buenos Aires incorpora design acústico e audiovisual de nível mundial em sua transformação completa. Após...
Leia também
Iniciativa inspirada em Villa-Lobos leva concertos gratuitos a escolas públicas de SP
Brasil de Tuhu une educação, cultura e inclusão; em agosto, passa por cidades da Grande São Paulo e interior. A...
Teatro Opus Città anuncia inauguração com atrações nacionais e internacionais
Espaço cultural na Barra da Tijuca funcionará em soft opening ao longo de 2025 e terá capacidade para até 3...
Harmonias Paulistas: Série documental exalta grandes instrumentistas de SP e homenageia Tom Jobim
A música instrumental paulista ganha um novo espaço com a estreia da série Harmonias Paulistas, produzida pela Borandá Produções e...
Falece o reconhecido baterista Dudu Portes
O mundo musical despede Dudu Portes, deixando sua marca no mundo da percussão. Nascido em 1948, Eduardo Portes de Souza,...
Música transforma vidas de presos em projeto de ressocialização
A ressocialização de detentos no Brasil tem ganhado novas dimensões com projetos que unem capacitação profissional e arte. Iniciativas como...
Paraíba: Editais do ‘ICMS Cultural’ incluem projeto para estudar música
Edital do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima) planeja oferecer 392 vagas para jovens paraibanos que...
Academia Jovem Orquestra Ouro Preto abre vagas para 2024
Criado para promover o ensino da prática orquestral, projeto abre edital para jovens músicos. As inscrições vão até 20 de...
Conselho Federal da OMB emite nota de repúdio ao Prefeito de Maceió. Entenda.
Desrespeito à legislação local acende debate sobre valorização da cultura alagoana. O conflito entre a classe artística de Maceió e...
Quem Canta Seus Males Espanta: Sandra Sofiati e seu Corpo Sonoro
Nesse novo artigo de Quem Canta Seus Males Espanta, vamos sair um pouco dos instrumentos “externos”, e nos voltar para...
Talibã Queima Instrumentos Musicais no Afeganistão
Centenas de músicos fugiram do Afeganistão para escapar das restrições do Talibã à música, afetando a cultura musical O Talibã,...
Maestro Evandro Matté fala sobre o Multipalco
À frente de três orquestras, a do próprio Theatro São Pedro, e da Orquestra Jovem, fruto de um projeto social,...
Multipalco: Viagem ao centro da arte
Música & Mercado foi ao centro da capital gaúcha visitar a história cultural do Rio Grande do Sul em uma...
Como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música
Adriana Sanchez mostra como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música. Criadora da banda...
Exportação de música brasileira, uma boa ideia!
O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é...
Presidente da Anafima recebe medalha de reconhecimento cultural do Governo de SP
Daniel Neves recebeu a honraria durante o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022, na noite...
Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019
Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019. A evolução...
OneBeat Virtual: inscrições de intercâmbio virtual para músicos
Embaixada e Consulados dos EUA abrem inscrições de intercâmbio virtual para músicos até 11 de fevereiro O OneBeat Virtual busca...
Manual de procedimentos do profissional da música
Guia básico sobre conceitos que os profissionais da música deveriam aplicar nas suas carreiras e no trato com outros no...
Câmara Setorial de Instrumentos Musicais do Paraná visita presidente da câmara Municipal de Curitiba
Yuris Tomsons, destacado pela Associação Comercial do Paraná para fazer a interlocução com os presidentes das comissões permanentes da Câmara...
Make Music: Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato recebem homenagem no evento
Homenagem a Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato: produção convida músicos de todo o Brasil para participar. Saiba como...
Presidente Prudente inaugura espaço dedicado a bandas de garagem
Espaço Garagem em Presidente Prudente contou com o apoio da loja Audiotech Music Store Presidente Prudente/SP – O prefeito Ed...
Música & Mercado apoia campanha em favor de artistas impactados pela pandemia
Idealizada e promovida pela Beetools, iniciativa destinará 25% da receita líquida das matrículas nos cursos da startup para garantir uma...
Governo anuncia liberação de R$ 408 milhões em recursos para o setor de eventos
Secretaria Especial da Cultura afirma que auxílio deve ficar disponível ainda no primeiro semestre. Na última terça-feira (9), o governo...
Brasileiro promove boa saúde entre músicos
Empresário brasileiro promove boa saúde entre músicos. Marcos Mendes, empresário, investidor no ramo de nutracêuticos, é um constante apoiador na...
Opinião: Música é agente de mudança
Arte não é algo que seja isento de ideologia, porque o pensamento e o sentimento são suas bases enquanto materia-prima....
Opinião: Me lembro como se fosse hoje
O mercado da música está passando por diversas mudanças, mas também está mudando o consumidor e o músico, com uma...
Opinião: É tempo de aprender… Música!
E lá se vai 1/3 do ano trancado em casa. Desde março, pais que trabalham, filhos que estudam, todos se...
Saúde: Automotivação no mercado da música
Todos nós fazemos música, e realizamos sonhos. Nunca se esqueça disso! Você sabe o que significa a palavra motivação? O...
Música para quem vive de música – Volume 14
Continuamos apresentando grandes discos e filmes para sua cultura musical. Hoje temos Def Leppard, Sonny Rollins e Plebe Rude. Def...
Fernando Vieira: O amor à música como legado
Jornalista Fernando Vieira faleceu e deixou um imenso legado. Cabe a todos manterem a chama da música acesa. A morte...
Trending
-
Eventos2 semanas ago
Fachada da Prefeitura de São Paulo é iluminada com logo do AC/DC
-
Empresas3 semanas ago
Falece aos 73 anos, Jorge Menezes, fundador da Cheiro de Música: uma trajetória de pioneirismo no varejo musica
-
Lojista2 semanas ago
Dicas para melhorar a logística de assistência técnica e pós-venda
-
Lojista1 semana ago
O fim da Black Friday genérica? Como o varejo musical está redefinindo os descontos
-
Lojista3 semanas ago
Equipamentos compactos e portáteis ganham espaço nas lojas de música
-
Audio Profissional2 semanas ago
WSDG aprimora o som e a segurança no estádio do River Plate na Argentina
-
Eventos2 semanas ago
Monsters of Rock 2026 terá Guns N’ Roses como headliner
-
Audio Profissional2 semanas ago
Power Click lança o Voice Monitor MK II: controle total de retorno para cantores e locutores









