Lojista
Fidelização de cliente é foco na Casa do Músico
Uma loja com produtos legais, preços acessíveis e bom atendimento que atrai clientes de várias cidades no interior de São Paulo
A Casa do Músico foi inaugurada em 18 de junho de 2011 em Chavantes, cidade com pouco mais de 12 mil habitantes no interior de São Paulo, partindo de um sonho do então jovem empresário James Barbosa, com apenas 22 anos. Com facilidades no pagamento e atendimento diferenciado, a loja foi ganhando destaque e caindo no gosto dos músicos da região. Hoje atende cerca 
“Desde 2011 temos conseguido fidelizar nossos clientes, e isso tem sido muito importante para o crescimento da empresa. O feedback desse trabalho tem gerado bons resultados ano após ano”, disse James Barbosa, proprietário.
Dentro da loja
Com ampla variedade de equipamentos, hoje praticamente 50% dos instrumentos de cordas disponíveis na loja são Tagima e Memphis, e os outros 50% são de marcas variadas, como Strinberg, Takamine, Yamaha, Washburn, SX, Squier, ESP Ltd, Michael, Giannini, Jahnke e mais. Mas a Casa do Músico também tem amplificadores Meteoro e Marshall, marcas de áudio como Behringer, Mackie, TSI, Shure, Ciclotron, Wattsom, CSR, Voxstorm, Mark Audio, WLS, AKG, Santo Angelo, Tiaflex e HJH, instrumentos de sopro Jahnke, Dolphin, Weril e Yamaha, e instrumentos de teclas Yamaha e Tokai.
Há ainda outras marcas nacionais no catálogo, como RMV, Krest, Orion, Izzo, Datrel e Tokai. “No geral, por questão de preço, as marcas nacionais acabam vendendo relativamente bem, quando comparado seu valor com produtos importados de qualidade equivalente. Mas quando o cliente é muito exigente e não se preocupa com preço, na grande maioria das vezes o que acaba vendendo é o produto importado”, comentou James, destacando que os produtos mais procurados na loja atualmente são os violões para iniciantes, as caixas com USB, conectores e fios/cabos em geral, microfones de até R$ 150, acessórios para violão, percussão, áudio e instrumento de sopro.
Outros serviços
Além da venda de equipamentos, a Casa do Músico conta com outros serviços destacados para os clientes, como montagem e manutenção de cabos/multicabos, em que o cliente escolhe o cabo, a quantidade e os conectores e a loja monta de acordo com a necessidade, sejam cabos P10, multicabo, RCA, P2, XLR, entre outros.
Também realizam projetos e instalações. Visitam o local onde o cliente deseja instalar o som, analisam quanto o cliente está disposto a investir, fazem um projeto e executam o serviço. Além disso, a loja realiza análise de espectro para os projetos de áudio.
O serviço de luthieria Tamise está presente na loja para troca de cordas, polimento dos trastes, limpeza e hidratação das escalas, polimento do corpo e braço do instrumento, e pequenas regulagens.
“O que eu prezo muito é a questão de nossos vendedores não forçarem a venda, deixarem o cliente à vontade na loja, estando ali apenas para ouvi-lo, orientá-lo e sanar suas dúvidas, e claro, por um preço justo. Antes de ser lojista, fui cliente por muito tempo de certa loja, e uma das coisas que marcou era a necessidade que o vendedor tinha de ‘empurrar’ algo para eu comprar. Acabava sendo inconveniente e irritante a maneira como me atendiam. Acho que esse seria o principal diferencial”, destacou o proprietário.
Só na loja física
Ainda que hoje só atue como loja física, a Casa do Músico fez uma tentativa de viabilizar uma loja on-line no passado. James explica: “Tivemos um ano de experiência com loja on-line, porém administrar acabava tomando muito tempo e exigia um rigoroso controle de estoque da loja física, vinculado com o estoque da loja virtual. Interessante sempre é, porém exige tempo e dedicação, quem sabe no futuro voltamos. Por enquanto temos anunciado no Mercado Livre, em que a visibilidade é bem maior e não precisa ter muitos produtos cadastrados. Toda semana acontece pelo menos uma venda”.
Uma ferramenta que James usa é o Facebook, que ajudou a fazer a empresa se destacar na internet. Todo produto recebido é postado na página do Facebook, e isso sempre gera diversas reações, comentários, curtidas, pessoas marcando amigos para verem uma publicação em especial e mais. “Tem sido uma boa vitrine. Consigo direcionar a propaganda especificamente para pessoas que têm interesse de ver um determinado tipo de publicação.”
Mas a loja física, com a ajuda do Facebook, também tem se tornado atraente para os clientes das cidades mais próximas de Chavantes, pois atualmente 80% das vendas são para os municípios vizinhos. Em um raio de 50 km há quase 20 cidades, como Ourinhos, Santa Cruz do Rio Pardo, Ipaussu, Avaré, Pirajú e, no estado do Paraná, a loja é vizinha de Ribeirão Claro, Jacarezinho e Carlópolis, entre outras.
“Pensamos continuar fazendo nosso trabalho da mesma maneira que temos feito até agora: honestamente e dando total atenção para o cliente. O crescimento vem como consequência”, destacou.
“O ano de 2016 foi difícil para todos os tipos de clientes. Em 2017 percebemos que bandas e cantores de barzinhos continuam inseguros com o momento de instabilidade do País. Por outro lado, tivemos uma melhora significativa nas vendas para músicos do segmento gospel e igrejas de todos os portes”, concluiu Barbosa.
Mais informações: www.casadomusico.com.br
Lojista
Dicas para melhorar a logística de assistência técnica e pós-venda
Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.
Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.
Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.
- Centralizar o atendimento e padronizar processos
O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.
Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.
Boas práticas:
- Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
- Utilizar formulários online para abertura de chamados.
- Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
- Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte
O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.
Estratégias recomendadas:
- Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
- Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
- Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.
Caso real:
A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.
- Mapear indicadores de performance (KPIs)
- A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.
- Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.
Exemplo de métrica:
- Treinar e certificar assistências técnicas
- Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.
- Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
- Transformar o pós-venda em canal de relacionamento
Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.
Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.
Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.
- Comunicação clara e rastreabilidade
A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.
Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.
Checklist de comunicação eficiente:
- Envio automático de número de ordem de serviço.
- Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
- Canal direto para dúvidas pós-entrega.
A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.
Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.
Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.
Lojista
Equipamentos compactos e portáteis ganham espaço nas lojas de música
Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.
A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.
Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.
O que os clientes procuram?
- Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.
- Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.
- Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.
O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:
“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”
Como a loja pode se adaptar
- Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
- Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
- Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
- Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.
Uma mudança no modelo de consumo
O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.
Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.
Empresas
Falece aos 73 anos, Jorge Menezes, fundador da Cheiro de Música: uma trajetória de pioneirismo no varejo musica
A comunidade de música e áudio profissional do Rio de Janeiro e entorno lamenta a perda de Jorge Menezes
Fundada em 1985, originalmente com uma loja de apenas 20 m² — atuando com rádios de pilha e aparelhos domésticos — a loja Cheiro de Música evoluiu sob a liderança de Jorge Menezes para se tornar uma referência no varejo de instrumentos musicais e áudio profissional. A empresa abriu filiais e conquistou o respeito de lojistas, músicos e técnicos.
Ele deixa três filhos, sete netos e sua esposa, além de um legado de empreendedorismo no setor musical. Há alguns anos, havia passado o comando da empresa para os filhos, garantindo a continuidade familiar do negócio.
Nascido em 1952, dedicou décadas à construção de uma marca que se tornou símbolo de tradição e confiança no mercado. O setor da música perde, neste momento, um empresário visionário cuja trajetória inspira gerações — e cujo impacto se estende para além da vitrine, alcançando profissionais e entusiastas de toda a cadeia musical.
Para o setor, a Cheiro de Música simboliza a transformação do varejo: partir de um tamanho modesto, apostar em diversificação, investir em expertise e marcas, e manter-se relevante ao longo das décadas. O falecimento marca não apenas a perda de um empresário, mas o encerramento de um ciclo que reflete o amadurecimento da cultura da distribuição e do varejo especializado no Brasil.
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