Behringer está processando em 250 mil dólares a Dave Smith Instruments e mais 20 usuários anônimos do fórum Gearslutz
Em processo apresentado na Corte Superior do Condado de São Francisco, em 9 de junho, a Music Group, que detém os direitos da marca Behringer, buscou indenização por calúnia, difamação e depreciação do produto da empresa. Baseado em comentários feitos em um tópico no fórum do Gearslutz, onde Tony Karavidas, engenheiro da Dave Smith Instruments e 20 usuários anônimos do fórum foram acusados de terem feito declarações “falsas e difamatórias” sobre os produtos da Behringer. Um dos comentários se referia ao testador de cabo 6-em-1 da Behringer CT100 como uma “cópia descarada, exceto para a pintura” do testador de cabo Ebtech 6 em 1.
Compare e tire suas conclusões
Não aceito
O Supremo Tribunal da Califórnia aparentemente não comprou o argumento da empresa.
Em vez disso, eles concordaram com o argumento de Dave Smith Instruments de que o processo era um “processo estratégico contra a participação pública” (SLAPP) – um processo destinado a censurar, intimidar e silenciar os críticos, sobrecarregando-os com o custo de uma defesa legal.
A Corte determinou que “todas as alegações da Music Group contra ela decorrem de atividade protegida pelo estatuto anti-SLAPP, porque todas as reivindicações são baseadas em declarações feitas em um fórum público sobre uma questão de interesse público”. Os processos judiciais continuam, no entanto, enquanto a Dave Smith Instruments tenta recuperar mais de US $ 100 mil gastos em honorários legais no caso.
O estatuto anti-SLAPP procura impedir ações judiciais destinadas a censurar os críticos de ir a julgamento. A Dave Smith Instruments está agora tentando recuperar os custos financeiros do processo.
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Clones e seus preços competitivos
A Behringer, que lançou recentemente sua própria versão do clássico sintetizador Model D da Moog, dobrou sua estratégia de clonagem de sintetizadores antigos nos últimos meses, exibindo réplicas dos Sequential Circuits Pro-One, da bateria Roland TR-808 e da ARP. Odyssey no show do Superbooth deste ano. Música & Mercado esteve na sede da empresa em 2017 e viu o processo de engenharia reversa de vários produtos. Se para as empresas desenvolvedoras dos produtos os clones de equipamentos com patentes vencidas ainda é doloroso, para os músicos não, considerando que o valor do original sai por 3.500 dólares e a versão Behringer por 299 dólares.
Behringer Model D: clone com preço para caber no bolso.
Outra notícia que veio à tona na semana passada é que a Behringer também ameaçou processar o blog de tecnologia chinês Midifan. Até o momento, nenhum processo judicial foi aberto.
E você? Concorda com os clones de produtos de patentes vencidas? Qual sua opinião? Deixe seus comentários abaixo.
A Harrison Audio anunciou o lançamento do Harrison DeNoiser Plug-in, uma ferramenta de limpeza de diálogo e voz com latência zero, desenvolvida para engenheiros de pós-produção, broadcasters, técnicos de som ao vivo e criadores de conteúdo.
Reconhecida por seu papel histórico no som de Hollywood, a empresa traz para o ambiente das DAWs parte da tecnologia presente em suas consolas MPC, usadas em grandes produções cinematográficas.
Ao longo de mais de cinco décadas, a Harrison esteve por trás do som de franquias como Indiana Jones, Spider-Man, James Bond, Jurassic Park, Harry Potter, Bohemian Rhapsody e Ford v Ferrari. O novo plug-in busca aplicar esse padrão de processamento a tarefas cotidianas, como diálogos gravados em ambientes desafiadores, vozes com baixo nível de sinal ou registros comprometidos por ruído ambiente.
O DeNoiser oferece redução de ruído rápida e transparente, preservando o timbre original da voz sem introduzir artefatos perceptíveis. Para isso, incorpora cinco faixas de denoise, quatro modos de relação sinal-ruído (SNR) e seis controles multibanda, que permitem ajustes precisos por frequência. Sua tela de espectro dinâmico exibe em tempo real o sinal de entrada, a impressão do ruído e a redução aplicada.
O sistema opera com zero amostras de latência, o que facilita seu uso em transmissões ao vivo, fluxos acelerados de pós-produção ou setups híbridos de estúdio. Além disso, conta com presets projetados para problemas comuns de voz e diálogo, entregando soluções rápidas em projetos com prazos apertados.
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Principais recursos
Processamento em tempo real com latência zero Cinco faixas de redução e quatro modos SNR Seis deslizadores multibanda para ajuste por frequência Limpeza transparente, sem artefatos Visualização em tempo real do espectro e da redução aplicada Presets para problemas recorrentes de voz e diálogo
Uma atualização do CDX14-3030 com melhorias em linearidade, durabilidade e resposta em altas frequências
A Celestion anunciou o CDX14-3035, um driver de compressão de alta frequência com saída de 1,4 polegada e diafragma de titânio em peça única. O novo modelo, parte da linha CDX14, substitui o CDX14-3030 e traz melhorias voltadas a maior potência, sensibilidade otimizada e flexibilidade para aplicações de reforço sonoro.
O CDX14-3035 eleva a potência nominal para 120 W AES e a potência contínua para 240 W, superando os valores de seu antecessor. O driver também oferece 108 dB de sensibilidade e um ponto mínimo de crossover de 800 Hz (12 dB/oct), ampliando seu campo de aplicações em relação ao modelo anterior. Segundo a empresa, seu desempenho em altas frequências é equivalente ao do CDX14-3045 — versão com ímã de neodímio —, mas em um formato com ímã de ferrita pensado para instalações fixas e sistemas de grande porte, onde custo e robustez são fatores decisivos.
O projeto utiliza um diafragma e suspensão de titânio em peça única, com geometria revisada para melhorar a linearidade do movimento. Um anel de fixação em polímero de alta temperatura ajuda a reduzir a distorção, enquanto a bobina móvel edgewound de 3 polegadas (75 mm), feita de alumínio revestido de cobre, foi projetada para suportar maiores demandas térmicas e mecânicas. O driver opera com impedância nominal de 8 ohms e possui saída de 35 mm / 1,4 polegada.
No lançamento, Ken Weller, Marketing Manager da Celestion, destacou que o modelo “oferece o desempenho de alta frequência característico da marca em um conjunto com ferrita voltado a soluções economicamente viáveis”, ressaltando a combinação de 108 dB de sensibilidade e 240 W contínuos como fatores essenciais para aplicações que exigem confiabilidade e alto nível de pressão sonora.
Uma nova ferramenta 3D para controlar o Logic Pro e moldar o som no espaço.
A Neumann anunciou o VIS – Virtual Immersive Studio, um aplicativo desenvolvido para o Apple Vision Pro que introduz uma abordagem tridimensional para a mixagem de áudio espacial. Com a ferramenta, a empresa inaugura uma nova etapa na produção imersiva ao permitir que criadores manipulem fontes sonoras como objetos visíveis em realidade aumentada.
O VIS substitui interfaces planas tradicionais por um ambiente 3D no qual é possível visualizar, mover e posicionar elementos sonoros por meio de gestos das mãos. A automação se torna uma ação física, e a mixagem passa a ter um caráter mais performático. Segundo a empresa, a intenção é permitir que o usuário “toque” o som e o molde de forma natural.
A aplicação se integra diretamente ao Logic Pro no Mac. Após o emparelhamento, o VIS aparece como um dispositivo dentro do software e pode ser exibido em uma tela virtual ajustável no Vision Pro. A baixa latência do sistema pass-through possibilita interagir com o equipamento físico do estúdio enquanto se trabalha em um espaço de mixagem virtual.
O VIS suporta monitoramento tanto por alto-falantes quanto por fones. Para fluxos móveis ou setups sem monitores físicos, inclui o RIME, plug-in proprietário da Neumann que processa áudio espacial em até 7.1.4. Combinado ao rastreamento avançado de cabeça do Vision Pro, o sistema oferece uma percepção espacial consistente, útil tanto em estúdios profissionais quanto em ambientes remotos.
Desenvolvido com base nas tecnologias AMBEO, o VIS incorpora algoritmos de acústica virtual projetados para criar uma sensação mais realista do espaço sonoro. Essa infraestrutura técnica torna a experiência imersiva mais precisa e acessível, reduzindo a complexidade comum dos fluxos de trabalho em áudio 3D.
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Principais recursos
Ambiente visual 3D para mixagens espaciais no Apple Vision Pro
Posicionamento de fontes sonoras por gestos
Integração completa com o Logic Pro no Mac
Visualização geral de todos os objetos de áudio
Rastreamento de cabeça com 3 graus de liberdade
Compatibilidade com monitoramento por alto-falantes ou fones via RIME
Com o VIS, a Neumann incorpora a computação espacial ao fluxo profissional de mixagem e oferece um sistema que combina hardware, software e gestos em um único ambiente. A empresa destaca que a tecnologia faz parte de uma estratégia mais ampla para impulsionar o uso de áudio imersivo e apoiar a evolução dos formatos tridimensionais.