A China não é a culpada pela falência da indústria nacional de áudio e instrumentos musicais, mas as nossas próprias decisões, seja como País, empresários e cidadãos. A morte já esta entre nós, o pior cego é aquele que não quer enxergar
Vamos ao brilhante artigo escrito pelo nosso mestre Marcelo Barros, a China não está destroçando a indústria brasileira do áudio, nós somos as próprias vítimas das nossas decisões, não é novidade para ninguém, que todos os seres humanos buscam o melhor para o seu dinheiro, este tipo de análise, vale para todo o mundo, quem não resiste a tentação de comprar um produto barato, o problema é saber o que realmente esta decidindo.
Os consumidores do mundo todo, tem o mesmo raciocínio, são orientados a buscar o melhor para sua família, a China montou sua operação, na busca do melhor valor para o seu dinheiro, com foco total na decisão do consumidor e toda a cadeia de venda, pois ele não enxerga nenhum problema nisso, aliás, ele vê como uma vitória pessoal para a sua família, também não queiram cobrar dele, uma análise complexa, de como todo o mundo será afetado por sua escolha de simples consumidor, afinal, ele é uma pessoa comum, não tem PHD em física ou economia, para saber quais serão os efeitos nefastos de levar aquele produto para casa.
Uma vez compreendido isto, discute-se muito sobre o tema protecionismo ou abertura, que eu pessoalmente acho inapropriado, eu sugeriria equilíbrio ou desequilibro, eu explico, um país, precisa estar em equilibro, para poder gerir suas contas, cuidar da sua população, garantir seus interesses, para depois surfar nas decisões de excelência.
Quando o autor fala sobre programas de outros países, significa em primeiro lugar, houve um planejamento, em segundo lugar, houve uma união de forças entre estado, empresários e população, algo tipo, o estado, em conversa com empresários, se uniram para gerar riqueza e beneficiarem a população, você pode fazer vários programas, você precisa gerir eles com eficácia, para assegurar que a riqueza gerada, seja realmente distribuída e alcance as metas estipuladas, pois o governo vai prestar contas a população que o elegeu e nada melhor, que gerar riquezas para o país, para o povo, para os empresários, enfim, para toda a economia, que receberá os resultados de braços abertos, claro que nada vem de graça, vem do fruto de um bom planejamento, de profissionais dedicados, sejam eles funcionários públicos, empresários ou dos próprios funcionários, todos reunidos sobre uma só “bandeira”, pois na minha opinião, é em casos como estes, que se faz sentido, agir em defesa da pátria, capaz de me fazer reunir, com meu mais acirrado competidor local, para construir uma solução nacional, conquistando espaço no exterior, ao ponto de virarmos uma só empresa, o que as vezes, até acontece mais rápido que possamos imaginar, basta citar a BRF no Brasil e a KIA/HYUNDAI na Coréia por exemplo.
Problema, o nosso governo até 2018, não tinha planejamento, o inepto Ministério da Indústria e Comércio, que não é lembrado por nenhum dos seus afazeres, se perguntar a 100 empresários, o que eles perdem com o fim do ministério, certamente 90% dirão que não sabem o que perdem, digo isto, por que o que vi em Brasília, nestes últimos 20 anos, foram políticos construindo máquinas de votar, bolsa isso, ajuda aquilo, subsídios, proteção, tudo para assegurar caixa dois e votos necessários a sua reeleição, projeto de um país nem pensar, para que perder tempo com isso.
Alguns mais críticos, podem dizer que o Brasil teve a APEX, um projeto brilhante, de execução impecável, mas com um foco de vitrine, sem abordar o Brasil, com o respeito que ele devia, algo como fazer Photoshop em paciente de câncer em fase terminal, falo com propriedade, nossa empresa foi uma das pouquíssimas que conheço a receber um prêmio individual, por sua performance neste programa, o troféu esta comigo até hoje, tudo isso por que, o nosso câncer, não somos competitivos para nada na indústria, pagamos tudo do mais caro do mundo eletricidade, gasolina, juros, encargos, justiça do trabalho, etc.., todo mundo sabe que o preço é determinante na compra, você sempre será comparado com o seu concorrente, sempre haverá uma construção de valor, diante de um quadro tão claro, nós estamos sendo surrados pela nossa própria incompetência, de não saber nos comunicar com o nosso parceiro governo, de que necessitamos juntar os braços e fazer um trabalho de excelência, construir um planejamento a quatro, seis ou a oito mãos, para gerar riqueza, gerar empregos, gerar impostos, mas acima de tudo, como país, derrotar o outro país, que é o nosso inimigo e está disposto a fazer um excepcional trabalho, para levar nossos recursos embora.
Competitividade
Como o Brasil é um país milionário, um dos mais ricos que conheço no mundo, nos últimos 20 anos, nada disso nos fazia falta, afinal, ter uma corrupção de crescente no país…., não fazia falta, não me afetava, enfim, chegamos a um ponto, que continuar com uma politica descabida, tem seu preço, agora, é hora de nos unirmos, como país, para com sabedoria e união, escolher o que pode nos colocar em uma situação de COMPETITIVIDADE, precisamos construir o nosso futuro, transformar este país, analisar exaustivamente nossos potenciais concorrentes, estudar cenários, observar nossas riquezas, para escolher que tipo de indústria queremos ter, que tipo de emprego queremos ter, que tipo de guerra queremos ter, para definir o sucesso que teremos, vamos enfrentar a China, vamos conquistar a Europa, vamos roubar os clientes dos EUA, ou vamos acabar com todos eles de uma vez, criando a “nossa praia”, chegou a nossa hora, precisamos nos resolver.
Um gigante me vem a mente, EMBRAER, a qual tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, tiro o chapéu para estes caras, na minha opinião, eles fizeram um excelente planejamento, seu posicionamento foi fantástico, optaram por construir aviões médios, os americanos dominam o mercado de pequenos, o mercado de grandes aviões já tem duas empresas de peso, BOEING e AIRBUS, a EMBRAER escolheu brigar com a famosa BOMBARDIER, a estratégica não poderia ser mais brilhante, pois quando a BOMBARDIER se aliou a AIRBUS, o jogo estava claro, a gigante BOEING teve que se amparar na EMBRAER.
Competitividade é um jogo que passa pelo planejamento, pela vocação, pelos valores, pela riqueza de um país, uma EMBRAER tem uma vocação, ajudar o seu país, que é enorme, a ter aviões para todo o tipo de trabalho, estava certo o militar que determinou sua criação, o Brasil é uma das maiores riquezas musicais do planeta, nossa empresa esta há pouco mais de 100 anos por aqui, para afirmar com todas as letras, equipamentos oriundos do Brasil, sempre serão percebidos ao redor do mundo, com maior valor agregado, experimente competir com a Coreia, nos podemos colocar uma música brasileira para tocar e será um show, seja um samba de tremer a alma, seja uma composição de Villa Lobos, Tom Jobim e para os mais liberais, do nosso querido Michel Teló, o Brasil é um dos raríssimos países, que pode convidar uma plateia para assistir um espetáculo com música brasileiro, músicos brasileiros e produtos brasileiros, nada se compara a um espetáculo musical destes.
Cabe a nós, deste rico segmento, juntar a nossa força tarefa, para chamar o novo governo, para planejar justos o nosso futuro, aonde ficar preso ao tema, “ABERTURA ou PROTEÇÃO é o mesmo que dar vitória a China por W.O., ou seja, não estaremos presentes a batalha, desculpem o termo chulo, o buraco é muito mais embaixo, nosso dever é estudar com muita profundidade, para gerir uma solução, que seja complexa de construir, mas extremamente fácil de aplicar, exatamente como a China tem feito e tem devastado diversas indústrias, para finalmente, trazer esta riqueza para nosso país, desfrutando do que ele tem de melhor, gerando emprego, pagando impostos, distribuindo lucro, enfim, agindo como um país muito bem planejado, muito bem resolvido, capaz de reagir sob ameaça e destruição, construindo um cenário de deixar a Coreia com inveja, afinal eles e nenhum outro país do mundo, tem uma música como a nossa.