Projeto idealizado por Dino Vicente e contemplado pelo ProAc, tem participações especiais de Ricardo Vignini, Edgard Scandurra, Toninho da Viola, Fábio Miranda e Kátya Teixeira.
Criar novos sons a partir do recorte de violas brasileiras em vários fragmentos, reagrupados de maneira diferente. Partindo dessa busca de novas perspectivas sonoras e artísticas para o instrumento, símbolo da cultura popular brasileira, foi desenvolvido o projeto musical e audiovisual ‘Viola Avançada’ que será apresentado no próximo dia 20 de fevereiro, às 14h, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.
Idealizado pelo músico, produtor e artista sonoro Dino Vicente, o Projeto Musical ‘Viola Avançada’ é composto pela pesquisa sonora; um curta-documentário dirigido por Mário de Almeida, da Maravilha Filmes; um EP conceitual disponível nas plataformas digitais; cinco vídeos experimentais e o plugin ‘Adeus Viola’, um aplicativo desenvolvido por Paulo Itaboraí para manipulações sonoras.
‘Viola Avançada’ é uma produção do Programa de Ação Cultural (ProAC Direto 38/2021, Maravilha Filmes e Maracujá Cultural. Realização Cult SP e Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Participam do Projeto ‘Viola Avançada’ os músicos: Ricardo Vignini (violeiro e fundador da banda Matuto Moderno e do duo Moda de Rock); Edgard Scandurra (fundador, guitarrista e compositor do IRA!); Toninho da Viola (violeiro, arranjador e tocador de ‘Cururu’ de Piracicaba); Fábio Miranda (Mestre em Música, produtor cultural, arte-educador) e Kátya Teixeira (cantora, instrumentista e compositora paulistana, pesquisadora da cultura popular brasileira).
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Para participar do lançamento, que terá a presença de Dino Vicente, Mário de Almeida, Paulo Itaboraí e Ricardo Vignini, é preciso se inscrever gratuitamente neste site.As vagas são limitadas.
Palestrantes
Dino Vicente: Músico, produtor, artista sonoro e vem atuando em diversas áreas ao longo de 50 anos de carreira. Trabalhou com diversos artistas como Cesar Camargo Mariano, Arrigo Barnabé, Rita Lee, Belchior. Produtor e compositor de trilhas sonoras para longas e documentários.
Mário de Almeida: Documentarista, diretor, roteirista e produtor. Pesquisa cultura e música popular, temáticas sobre as quais já realizou diversos documentários de curta e longa-metragem.
Paulo Itaboraí: Artista-pesquisador, tecnólogo musical, e físico. Atua na área de computação musical e performance com eletrônica em tempo real. Pesquisa aplicações de tecnologias emergentes (como computação quântica), na música experimental e contemporânea.
Ricardo Vignini: Membro fundador da banda Matuto Moderno (1999), pioneira na fusão de rock com música caipira, também faz parte do duo Moda de Rock com o violeiro Zé Helder, apresentando releituras de clássicos do rock. Tem diversos álbuns solos gravados, entre eles, os mais recentes “Cubo” (2020) e “Raiz” (2021).
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O Projeto
O ponto de partida da viagem musical do ‘Viola Avançada’ foi registrar em áudio e vídeo os violeiros convidados em seus habitats, os diferentes tipos de viola, de gestos e repertório, compondo assim um grande banco sonoro. Dino Vicente explica que desde a captação do áudio e durante as filmagens do projeto ‘Viola Avançada’ foram utilizadas diversas ferramentas digitais, analógicas e mecânicas. “Nossa proposta fio descobrir novas possibilidades sonoras para as violas brasileiras, a partir do encontro da mesma com a música eletrônica experimental, desconstruindo esse tradicional instrumento. Podemos usar como imagem a ideia de picotar, recortar uma viola brasileira em milhões de pedacinhos até se tornarem grãos e reorganizá-los de outras formas. E daí surge o questionamento: Que tipo de música seria possível obter com esse novo instrumento virtual?”, indaga Vicente.
O curta-documentário Viola Avançada, dirigido por Mário de Almeida, acompanha todo processo de produção, desde as saídas para as gravações até as captações dos áudios e imagens dos artistas em seus habitats. “Não é apenas um registro do que acontece, o curta faz parte do processo do registro. Filmar e gravar é uma coisa só. Tanto que os próprios áudios das filmagens e gravações foram utilizados para fazer as faixas do EP e nós estamos presentes enquanto tudo está sendo produzido, criado. Essa faceta do projeto ser o fluxo das coisas acontecendo, não é apenas transmitido ou abordado pelo documentário, ele é próprio documentário”, explica Almeida.
Entre as curiosidades do elenco está a participação de Toninho da Viola, violeiro, arranjador e tocador de ‘Cururu’ de Piracicaba, cidade que durante metade do século 20 reuniu muitos tocadores e cantores do Cururu. Outro destaque do Projeto é presenciar Edgard Scandurra, fundador, guitarrista e compositor do IRA!, tocando viola pela primeira vez.
Serviço
Lançamento do projeto Viola Avançada
Data: 20/02, das 14h às 17h30
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar, Bela Vista – São Paulo
Evento gratuito encerra ciclo anual com showcases, debates, workshops e rodadas de negócios.
A última etapa da edição 2025 da FIMS – Feira Internacional da Música do Sul acontece de 11 a 13 de dezembro, em Foz do Iguaçu (PR). Gratuito e aberto ao público, o evento reúne artistas, produtores, selos, festivais, gestores culturais e representantes do mercado latino-americano para três dias de showcases, debates, workshops e encontros profissionais.
Criada em 2016, a FIMS se consolidou como um dos principais pontos de conexão da música no Brasil. A etapa em Foz encerra um ano marcado pela expansão territorial do projeto, que passou por Curitiba, São Paulo, Belém e Brasília por meio do circuito Drops FIMS, ampliando redes regionais e fortalecendo a circulação de artistas.
Programação destaca diversidade e integração latino-americana
A edição de Foz do Iguaçu ocupará diferentes espaços da cidade. Entre os confirmados estão Gilsons, Kaê Guajajara, Leminskanções, Sebastián Piracés (Francisco, el Hombre) e a cantora indígena Djuena Tikuna. A agenda formativa contará com profissionais como Dani Ribas (Instituto Abramus), Danieli Correa (UBC), Alice Ruiz, Roberta Martinelli, Evandro Okan, Tony Aiex (Tenho Mais Discos Que Amigos!) e Benjamin Taubkin.
Os painéis abordam temas centrais para a cadeia musical, como internacionalização de carreiras, divulgação no ambiente digital, direitos autorais, impactos da IA, festivais latino-americanos, políticas do Sul Global e o papel contínuo do rádio.
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Também estão previstas rodadas de negócios, pitching e atividades de formação para quem busca profissionalizar sua atuação no setor.
Encontro para fortalecer redes e criar novas oportunidades
Para Téo Ruiz, diretor e idealizador da FIMS, o evento segue cumprindo seu papel de articulação: “A FIMS nasceu do desejo de unir quem faz, quem cria e quem viabiliza a música. Só com essa rede colaborativa é possível garantir um futuro mais justo, diverso e sustentável para o mercado musical.”
Com mais de 70 shows, cerca de 200 reuniões de negócios e mil participantes por edição, a FIMS figura hoje entre as conferências mais relevantes do setor no país. Duas vezes indicada ao Prêmio Profissionais da Música, atua como plataforma de desenvolvimento, visibilidade e aceleração de carreiras.
Compromisso com diversidade e inclusão
O evento mantém ações afirmativas para ampliar o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade e garantir a participação de mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+ na curadoria, programação e produção.
A falta de demanda para uma nova área temática dentro da Light + Building 2026 precipita o fim do histórico salão alemão, enquanto a marca ganha força na Ásia.
A Prolight + Sound — durante anos considerada uma das feiras mais importantes do mundo nos setores de iluminação profissional, áudio, integração de sistemas e tecnologias para eventos — deixará de acontecer em Frankfurt. A organização confirmou que já não existem condições suficientes para manter uma edição local, encerrando assim sua trajetória no centro de exposições da cidade alemã.
Durante décadas, a feira foi referência global. Conectou fabricantes, distribuidores, engenheiros, designers de iluminação, técnicos de áudio, integradores e profissionais do entretenimento em um ponto de encontro essencial para lançamentos, networking e formação. Sua relevância nos anos 2000 e 2010 a consolidou como termômetro de tendências na Europa e vitrine obrigatória para marcas internacionais.
O que aconteceu?
Após semanas de conversas com expositores e uma análise detalhada sobre o futuro do evento, a Messe Frankfurt constatou que não havia demanda suficiente para criar, dentro da Light + Building 2026, uma área temática dedicada exclusivamente à Prolight + Sound. Essa alternativa havia sido proposta como forma de manter a presença do salão na cidade, mas não recebeu o apoio necessário para garantir uma oferta sólida e atrativa para empresas e visitantes.
Diante dessa falta de respaldo, a organização tomou a decisão — considerada “difícil” — de não realizar mais a Prolight + Sound em Frankfurt.
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Integração a outras feiras e novos caminhos
Alguns dos expositores convidados a participar da área temática já optaram por se apresentar diretamente nos segmentos tradicionais da Light + Building, onde poderão se conectar principalmente com escritórios de arquitetura, designers de iluminação, especialistas em tecnologia predial, instaladores elétricos e profissionais de facility management.
Mesmo com o encerramento em Frankfurt, a Prolight + Sound segue no portfólio internacional da Messe Frankfurt. A marca continua crescendo na Ásia e prepara novas edições, entre elas:
Prolight + Sound Guangzhou, que recentemente reuniu mais de 2.200 expositores e 110.000 visitantes, consolidando-se como uma das feiras mais dinâmicas do setor. Prolight + Sound Bangkok, que realizará sua edição inaugural em 2026, ampliando a presença da marca no Sudeste Asiático.
Um encerramento simbólico e um futuro redirecionado
O anúncio marca o fim de uma era para a indústria europeia do espetáculo e do entretenimento técnico. Para várias gerações de profissionais, a Prolight + Sound Frankfurt foi um ponto de encontro fundamental, onde foram apresentadas tecnologias que moldaram padrões globais em áudio, iluminação, rigging, laser, staging e soluções AV.
A organização agradeceu a colaboração da imprensa, expositores e visitantes ao longo dos anos e reforçou que continuará recebendo a comunidade em seus eventos internacionais.
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A marca se despede de Frankfurt, mas segue adiante em mercados onde o setor audiovisual mantém um ritmo de expansão mais acelerado.
O DJ brasileiro estabelece recorde latino-americano e amplia a presença do país na cena eletrônica global.
O DJ e produtor brasileiro Alok protagonizou uma das performances mais marcantes do Tomorrowland Brasil ao utilizar mais de mil drones coreografados sobre o mainstage LIFE. A apresentação estabeleceu um novo recorde latino-americano para shows musicais ao vivo com uso de drones e consolidou o artista como uma das figuras centrais do festival.
No fim de setembro, um teaser divulgado nos canais oficiais do Tomorrowland em parceria com Alok já antecipava a dimensão do projeto. A relação do artista com o festival vem se fortalecendo a cada edição, marcada por espetáculos que combinam tecnologia, narrativa visual e música. Em 2023, Alok já havia surpreendido o público ao integrar 600 drones, fogos de artifício, lasers e iluminação em seu show no Parque Maeda — apresentação que lhe rendeu o prêmio de Melhor Performance de 2024 no Electronic Dance Music Awards (EDMAs).
A produção mais recente expandiu esse conceito. O espetáculo foi desenvolvido em colaboração entre a equipe criativa de Alok e a produção do Tomorrowland, com o objetivo de ampliar as possibilidades de experiências imersivas em grandes eventos. O uso de mais de mil drones aumentou o impacto visual da apresentação e reforçou a tendência de integrar arte, luz e tecnologia no entretenimento ao vivo.
Durante sua atuação no Tomorrowland Bélgica, Alok destacou que o festival representa mais do que cenografia e efeitos especiais, simbolizando uma energia compartilhada que ultrapassa fronteiras e limitações técnicas.
A trajetória do artista no festival também reforça seu papel como representante da música eletrônica brasileira no cenário internacional. Sua presença contínua contribui para posicionar o Brasil como um polo criativo relevante e demonstra como a música pode conectar públicos, culturas e diferentes visões de mundo.
Com esta performance histórica no Tomorrowland Brasil, Alok não apenas apresentou um set, mas expandiu os parâmetros de produção e inovação do setor, reafirmando a força da união entre criação artística e tecnologia de ponta.