A empresa americana fortalece sua imagem e suporte com a contratação de Gus Lozada e a apresentação do PreSonus Tour. No Brasil, estão trabalhando com a nova Soundix.
A fabricante de software, pré-amplificadores, processadores de sinal, interfaces de áudio digitais, mixers e superfícies de controle está trabalhando forte para reforçar sua presença na América Latina e educar os usuários locais sobre as ferramentas que oferece. Prova disso é a recente contratação de Gus Lozada como gerente de vendas para a região, que esteve no comando do PreSonus Tour durante os últimos meses de 2015.
O evento se apresentou no México, Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia, Guatemala, Honduras, Costa Rica, Peru, Equador e Chile, mostrando ao público as capacidades e diferentes usos dos seus mais recentes produtos. Além disso, marcou uma oportunidade ideal para que Gus visitasse cada um dos seus dealers e tivesse um panorama de cada mercado. A seguir, Gus conta seu ponto de vista sobre a região e o trabalho a ser realizado.
Como você ve o mercado latino atual?
Tenho 14 anos nessa indústria e pude ver como nossos conterrâneos têm acordado aos poucos diante da tecnologia. Tem sido uma viagem muito emocionante e um privilégio ser parte desta revolução, porque quando comecei na M-Audio, há 14 anos, visitei países e cidades que ninguém antes tinha visitado para fazer clínicas e promover o uso da tecnologia mais moderna.
A América Latina é muito nobre e receptiva, e aprecia muito que você viaje tanto para promover uma marca, educar, fazer workshops, trabalhar com artistas. É uma terra fértil, apesar dos fortes contratempos econômicos que estamos vivendo; inclusive é melhor, porque é aqui que você percebe se está fazendo um bom trabalho de desenvolvimento de marca. Quando tudo é fácil, qualquer um consegue, né?
E como vai o negócio no Brasil?
Com muito otimismo porque não tem outra saída. Afortunadamente estamos renascendo, porque antes a empresa não tinha ninguém real na América Latina. A minha presença aqui é um começo, porque já estou no território, falo o idioma, conheço os mercados, as pessoas, a idiossincrasia e no Brasil estamos mudando com a Soundix, seguindo toda a evolução que vem da Quanta. Então, ambas as partes estão partindo do zero em um mercado complicado, mas com muita vontade de trabalhar.
O que você acha do trabalho da Soundix?
O Mariano e o Fábio (da Soundix) têm uma visão de negócios muito de engenharia. Eu sou engenheiro industrial, então compreendo perfeitamente o conceito que querem aplicar de sell-through, ou seja, já não é mais “vendo para você e encho você com estoque”, pelo contrario, “eu vendo pouquinho para você, até saber que você vendeu tudo para poder renovar o seu inventário”. Eles têm uma visão claríssima, e seguir com as pessoas de suporte que antes estavam na Quanta é ótimo, porque eles sabem quem exatamente é parte do mercado profissional. Formamos uma boa equipe.
Você está encontrando diferenças nas demandas entre os países?
Com certeza. Há mercados que requerem menos explicações, e quando chega um novo produto, os usuários já estão esperando-o. Em outros você tem que fazer campanhas massivas sobre seu uso para que eles entendam. Há quem use isso 100% em estúdio. Há quem o use 100% ao vivo. O interessante é quando você explica que por isso os nossos mixers digitais se chamam ‘StudioLive’, pois servem para ambas as situações, e então eles abrem os olhos e imediatamente cada usuário vê um potencial para seu uso em aplicações onde não tinham imaginado.
Que planos a empresa tem para a região?
É simples: temos que invadir o continente inteiro e levar o conceito a todos os lados. Quando as pessoas percebem quão ridiculamente fácil é gravar agora um concerto ao vivo multicanal com essa tecnologia, nasce um novo ramo de mercado: vender a gravação de um show. Todos os nossos consoles trazem essa tecnologia e o software grátis. Mas, ao mesmo tempo, temos de abranger desde as bases, e isso significa potencializar também o segmento de produção musical e o mercado educativo — universidades e institutos — com o software Studio One e todos aqueles que requeiram uma interface de áudio pequeña, mas com muita qualidade. Também temos monitores de estúdio e sistemas de PA que as pessoas ainda desconhecem, porque a PreSonus é uma marca com uma linha muito completa. Então, a missão é enorme, mas estamos muito bem organizados e com vontade de conseguir uma melhor penetração nas preferências latino-americanas.