A ONErpm é uma empresa de distribuição de música digital que vem trabalhando há 10 anos no mundo todo. Esse trabalho tem sido reforçado na distribuição e consumo de música durante a pandemia.
A ONErpm oferece uma variedade de serviços de distribuição, marketing, gerenciamento de direitos, publicidade, branding e muito mais para que músicos e bandas de todo o mundo possam vender suas músicas em plataformas digitais como iTunes, Spotify, Apple Music e outras.
Em pouco tempo, a ONErpm se posicionou como a maior network de música da América Latina e uma das maiores do mundo, com mais de 3 mil canais do YouTube que geram mais de 8,5 bilhões de views por mês.
Ela tem escritórios e estúdios em Nova York, Nashville, Miami, Atlanta, Los Angeles, San Francisco, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Goiânia, Lima, Santiago, Buenos Aires, Bogotá, Cidade do México, Kingston, Madri, Kiev, Lagos e Moscou. A empresa atua como gravadora e distribuidora, com sua própria tecnologia, marketing, análise e suporte para fornecer soluções de negócios para mais de mais de 100 mil artistas, gravadoras e criadores de vídeos em todo o mundo.
Este ano de 2020, marca o 10º aniversário da empresa e ao mesmo tempo reporta um crescimento no mercado global de 127% em volume de lançamentos.
ONErpm em números
Desde o começo do isolamento social pela Covid-19, a desenvolvedora digital apresentou um aumento representativo em lançamentos globais. Da primeira semana da quarentena até a primeira semana de julho (de 16 de março a 6 de julho), houve um crescimento de 55% no total de álbuns publicados em comparação com o período anterior (25 de novembro a 15 de março). O crescimento exponencial no lançamento de álbuns, em relação ao mesmo período do ano passado, chegou à marca de 244% e reflete a mudança no comportamento de consumo de música neste momento de cancelamento geral de todas as agendas de shows e implementação de restrições sociais.
Os países da América Latina onde a ONErpm tem escritório também se destacam com aumento de audiência, sendo no geral um crescimento de 53% no Brasil, 93% no México e crescimento médio de 128% na Argentina, no Chile, no Peru e na Colômbia. Entre os gêneros que tiveram mais álbuns publicados no período nos territórios citados, estão o rock, com aumento de 71%, gospel com 66%, trap com 63%, pop com 61%, hip hop/rap com 41% e funk com 40%.
Outro efeito direto da quarentena foi o desenvolvimento dos canais de música da network de YouTube da ONErpm, que quase dobraram sua audiência. O número de inscritos nas 16 semanas de isolamento social em relação ao período anterior teve um incremento de 88%.
No YouTube, a empresa se destaca com o acréscimo de mais de 1 bilhão de visualizações na networking principal, apenas no período referente à quarentena. Com alguns dos maiores canais de música brasileiros, a network da ONErpm recebeu um total de 27 milhões de inscritos novos, também durante o isolamento, resultando em um avanço de 105%.
Já a transmissão de lives marcou um crescimento acima da média nos canais de artistas, mais de dez canais da network da empresa ganharam cerca de 500 mil seguidores nas transmissões, batendo um recorde de acréscimos em um único dia para muitos deles.
Fenômeno durante a quarentena, as lives tiveram recordes históricos de audiência, com crescimento de 13.300% em visualizações e 37.866% em tempo assistido entre 16 de março e 5 de julho em relação aos 112 dias anteriores (25 de novembro e 15 de março).
Entrevista com Arthur Fitzgibbon
A seguir, Arthur Fitzgibbon, presidente da ONErpm Brasil, conta mais sobre o aniversário da empresa e o consumo de música digital.
M&M: Como e quando nasceu a ideia de criar a ONErpm?
Arthur: A ideia do conceito ONErpm existe há mais de dez anos. O fundador, Emmamuel Zunz, queria uma empresa com estrutura sólida de tecnologia, que estivesse à disposição de artistas e selos que buscassem transparência na relação digital.
M&M: A ONErpm está fazendo dez anos no mundo todo ou só no Brasil?
Arthur: Esta é uma celebração global. A ONErpm foi fundada em Nova York, em 2010 — apesar de o conceito ter um pouco mais de tempo. O desembarque no Brasil começou em 2011, por meio de alguns contratos e apresentações ao mercado. Em 2012 deu-se início ao escritório regional brasileiro em São Paulo.
M&M: Como começou o trabalho no Brasil e como evoluiu nesses dez anos?
Arthur: O trabalho real começou em maio de 2012, em um escritório bastante modesto — dentro de uma garagem do selo YB, que continua conosco até hoje — e com apenas uma pessoa. Passamos inicialmente a acreditar na música de valor que trabalha às margens do mainstream brasileiro. Pouco a pouco fomos crescendo, passamos por outros escritórios, fomos contratando mais pessoas, até chegarmos a 2020 com diversos e modernos escritórios pelo País e mais de uma centena de funcionários. Evoluímos de uma startup de tecnologia e música para nos tornar uma das mais influentes desenvolvedoras de talentos musicais do mundo, e o Brasil lidera essa transformação global da ONErpm. São centenas de milhares de artistas que possuem uma atividade segura, financeiramente saudável, e que conseguiram isso por meio da parceria com a ONErpm ao longos desses dez anos de muito trabalho e dedicação.
M&M: Estão preparando alguma comemoração especial por esses dez anos? Algum serviço diferente para os usuários, talvez?
Arthur: Todo ano, nessa mesma época, fazemos nossa atualização em todas as frentes: plataforma, negócios e artísticos. Este ano estamos lançando novas ferramentas aos que distribuem seus conteúdos conosco, como campanhas de marketing personalizadas, relatórios completamente transparentes e exclusivos com rastreamento de músicas e vídeos, apostas em novos talentos, um estúdio completamente modernizado, novos modelos de investimentos em artistas e selos, que poderão se beneficiar imediatamente desses recursos.
M&M: Como você vê o mercado musical pós-pandemia? As pessoas vão seguir consumindo música on-line ou o consumo deve cair?
Arthur: Este momento é uma fase de muita maturidade para os artistas e empresas que têm se concentrado no desenvolvimento de sua audiência digital. Ao longo dos últimos anos lideramos uma revolução de consumo digital com nosso discurso de mudança no comportamento de consumo do fã de música e, mais do que nunca, nossos investimentos têm sido confirmados. Ano a ano esse crescimento mostra que o único caminho que existe é o aumento dessa audiência. A pandemia aumentou a relevância e a importância de todo o nosso trabalho. Esta década que estamos vivendo é a consolidação de que o consumo de música se torna cada vez mais sólido no digital e que o artista que criar, desenvolver e manter essa audiência junto conosco terá uma longa e próspera carreira.