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Análise: O que a mudança na distribuição da Shure diz para o mercado

Mudanças de distribuidores sempre produzem teorias, muitas vezes as razões são mais amplas do que as colocadas

IsEurope

O que a separação da Musical Express com a Shure diz para o mercado?

A primeira idéia seria que a Shure iria vender direto ao setor. Mas esta é uma análise simplista. Vamos ampliar este pensamento e ser francos? Quando a Shure optou em abrir um escritório próprio no Brasil, no México e em outros países, a provável avaliação era que, como uma love brand, a marca deveria estar a frente da concorrência, trazer informações e prestar serviço de forma que sempre estivesse na primeira opção de compra. Houve problema com as empresas? Elas brigaram? Vamos deixar uma coisa clara: é uma decisão de grande porte e decisões de grande portes são maduras, pensadas e sem curvas.

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Os fatores para tal decisão são muitos, mas coloco aqui alguns que pensamos.

A Shure guia seus próprios passos

A Shure em diversos países, durante anos, foi guiada localmente, seja pelo canal de venda ou distribuidor. O distribuidor escolhia os produtos, promovia e o lojista comprava o que queria. Grande parte do investimento em tecnologia e inovação ficava parado, pois o comportamento de compra é conservador para a maioria, afinal, poucos aceitam riscos.

Para as vendas crescerem a marca entendeu que precisa desenvolver o setor, guiar o mercado, apresentar as soluções. Tudo isto não seria possível sem estar perto.

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Ao abrir seu escritório no Brasil, a Shure sutilmente disse que veio aqui para guiar a sua marca, não para ser guiada por qualquer fator que seja. Falo isto em todos os aspectos e não me refiro a qualquer única.

Ásia

A presença direta nos países é também uma resposta rápida para a conquista do amor dos consumidores e não deixar que o formato, design, entre outros fatores, não comoditize a percepção da marca Shure como um ordinário produto asiático.

Vendas, lojas e distribuição

Como uma marca líder, o projeto da Shure é tornar o produto disponível em todos os pontos de venda, dentro do possível, com o preço mais competitivo. 

Uma tendência global é que as marcas tenham suas lojas próprias e convivam com outros canais de venda do varejo físico e digital.

O equilíbrio disto é problemático em um país como o Brasil, cheio de normas fiscais e custos diferentes em cada Estado da Federação.

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Mais uma vez, esta é uma análise pessoal. Lembram-se quando escrevi acima que a Shure montou seu escritório para guiar e não para ser guiada? Então, esta posição entre saída de um distribuidor e futuro da marca pode parecer, num primeiro momento, um ponto de incerteza, mas uma coisa é certa: a Shure quer ampliar sua distribuição multicanal (já o faz com seu site, com a WDC e varejos que importam diretamente), tornar toda a linha de produtos acessíveis e trabalhar a educação sobre seus produtos e tecnologias junto aos seus usuários.

Uma suposta distribuição direta da Shure para o varejo num país como o Brasil não é simples de fazer de uma hora para outra. 

O mundo dos negócios é constituído de parceiros e as marcas (todas!) precisam de disto, seja a Shure ou qualquer outra. Que o futuro reserve o melhor para todas as partes envolvidas.

 


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