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Instituto de Guitarra de Cuiabá: quatro décadas formando músicos e movendo a cena cultural em Mato Grosso

O Instituto de Guitarra de Cuiabá (IGC) celebra 40 anos de atuação como um dos mais relevantes centros de formação musical do Centro-Oeste.

Fundado em 1986 pelo guitarrista e educador Manoel Izidoro, o IGC transformou a paisagem cultural de Cuiabá ao unir excelência pedagógica, produção artística e forte presença comunitária.

Hoje com duas unidades, 22 professores e cerca de 200 alunos ativos, o IGC oferece cursos presenciais individuais para todas as idades em guitarra, violão, teclado, bateria, sopros, canto, musicalização infantil, entre outros. As salas são climatizadas, equipadas com instrumentos de qualidade e estrutura voltada ao ensino personalizado. A escola também aposta em inovação tecnológica, usando gravações em sala, softwares de apoio e até inteligência artificial como ferramentas didáticas.

“Trabalhamos com o que há de melhor no ensino individual, com método, disciplina e afeto. Aqui o aluno se sente parte de algo maior. É por isso que tantos seguem com a gente por anos”, destaca Manoel Izidoro, que ainda hoje atua como professor e diretor.

História de transformação

A trajetória da escola começou modesta, sob o nome Guido D’Arezzo, oferecendo aulas de violão. Com o tempo, evoluiu para Bebop Jazz e, nos anos 2000, consolidou-se como Instituto de Guitarra de Cuiabá. A virada institucional veio com a formalização da escola como empresa, a ampliação física e pedagógica, a construção de uma segunda unidade e parcerias com marcas como Elixir Strings, Rozini, Fuhrmann e Vic Firth.

Um diferencial é o sistema de bolsas e descontos progressivos, criado para garantir acesso ao ensino musical a alunos de diferentes realidades. “A gente entende o poder da música como ferramenta de inclusão. Já tivemos dezenas de bolsistas que se tornaram músicos profissionais e professores. Isso nos enche de orgulho”, afirma Manoel.

Cultura viva e protagonismo estudantil

Além do ensino, o Instituto Guitar Coaching (IGC) se notabilizou por sua intensa programação cultural. Os eventos produzidos pela escola envolvem diretamente os alunos, que sobem ao palco em formações variadas — de recitais solos a big bands e tributos coletivos. Um dos marcos foi o projeto Bibopão Brasil, realizado em 2004, que entrou para o livro de recordes Rank Brasil ao reunir 167 músicos tocando simultaneamente.

Conecta+2025

Em 2019, a escola promoveu um tributo ao grupo Legião Urbana em praça pública, com ampla cobertura da imprensa nacional e local. “Foi um momento marcante. Mostramos que música é ferramenta de ocupação do espaço público, de conexão entre gerações. Havia pais e filhos tocando juntos”, lembra Manoel, fundador e diretor da escola.

Todos esses eventos são registrados com rigor técnico, em padrão profissional. “Essas apresentações ficam para a vida. Por isso, fazemos questão de registrar com qualidade: gravamos o áudio como em grandes shows e usamos boas câmeras, operadas por profissionais qualificados”, destaca Manoel.

Segundo o educador, o IGC se destacou também pela excelência na produção audiovisual dos seus shows ao vivo. Uma pesquisa realizada pela própria equipe da escola no YouTube analisou canais das principais escolas de música do Brasil. “Não encontramos nenhuma que apresentasse resultados melhores que os nossos, tanto no aspecto técnico dos alunos quanto na produção das apresentações”, afirma. O estudo comparou, inclusive, escolas de referência internacional, como a americana School of Rock, cujos vídeos são produzidos em estúdio. “No estúdio, é possível repetir quantas vezes quiser. No nosso caso, é ao vivo, com uma chance só. Isso valoriza ainda mais o desempenho dos alunos e mostra um resultado concreto, não apenas falado em podcast”, completa.

Nos últimos anos, a escola também desenvolveu projetos voltados ao protagonismo feminino na música, com a criação de bandas formadas exclusivamente por alunas. “Queremos ampliar espaços para que elas liderem, componham, se expressem. É um movimento importante e que teve ótima receptividade”, conclui Manoel.

Formação que dialoga com o mercado

A escola mantém uma rede de conexões com estúdios, lojas de instrumentos e produtores culturais. “Nosso trabalho não termina no ensino. A gente forma músicos que movimentam o mercado — compram instrumentos, fazem gravações, viram professores, se apresentam. É uma cadeia criativa e econômica”, afirma Manoel.

A direção também destaca a importância de estimular a formação de plateia. “A música precisa de ouvintes atentos e de públicos ativos. Formar músicos é também formar quem valoriza a arte”, diz.

Futuro com novos acordes

Entre os próximos projetos está o IGC Voice, voltado ao canto popular com foco em performance, e o IGC Fest 2025, festival que reunirá apresentações, workshops e masterclasses com artistas convidados. Além disso, a escola articula com a Secretaria de Cultura de Mato Grosso a realização de um novo espetáculo de grande porte com músicos tocando simultaneamente — repetindo a fórmula de impacto e emoção que já é uma marca registrada do instituto.

Ano passado o festival contou com a participação de 112 alunos, com 32 bandas e 32 apresentações solos. Para esse ano, os preparativos já começaram e a expectativa é ainda maior. O projeto de bandas formadas por alunos apresentará um “Tributo a Michael Jackson”, com muitas apresentações solos e esperando ter um aumento de 20% de alunos participantes.

“Vamos continuar sonhando alto e trabalhando duro. A música é um caminho de autoconhecimento e de transformação social. Nosso papel é ser ponte para que mais pessoas descubram esse caminho”, finaliza Manoel Izidoro.

Com quase quatro décadas de história, o Instituto de Guitarra de Cuiabá prova que educar com música é, acima de tudo, formar cidadãos mais sensíveis, criativos e preparados para fazer diferença no mundo.

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