James Liberato compõe, toca, grava, edita e mixa no seu próprio home studio Bem-Te-Vi, um dos primeiros na cidade de Porto Alegre.
Músicos cada vez mais tomam a iniciativa de gravar seus próprios trabalhos, dispensando a figura do produtor. Alguns executam etapas da produção, outros a produção completa. Mas o caminho do meio, isto é, executar algumas etapas e delegar outras parece ser o mais interessante, para que o compositor e intérprete se distancie um pouco de sua obra.
Esse é o caso do violonista, guitarrista e baixista James Liberato, um dos decanos da música portoalegrense, que nos conta um pouco sobre seu último trabalho, o Manacô, gravado no agradável espaço de seu apartamento térreo no bairro Jardim Botânico, onde montou seu home studio, e me recebeu para um papo.
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James e uma de suas semiacústicas
Tirando músicas do rádio
Você é um guitarrista conceituado no mainstream porto-alegrense, tocando com todos os músicos da cidade. Desde quando começou a tocar profissionalmente, e isso aconteceu em Porto Alegre mesmo, ou começou em outra cidade?
James: Comecei em Porto Alegre. Muito jovem já tirava músicas de ouvido do rádio, que ficava ouvindo com o violão na mão, esperando as músicas que gostava. Até que apareceram amigos com instrumentos (guitarra, bateria, baixo) e me apaixonei por todos. Na real, tocava mais bateria. Depois, com 15 anos fui convidado a lecionar no Palestrina onde estudava violão há dois anos. Ali conheci muitas pessoas e comecei a tocar na noite com um pianista chamado Antonio Campana, com o qual montamos o grupo Realejo. Meu primeiro trabalho solo foi apresentado no projeto Unimúsica da UFRGS com o grupo Jazz da Terra, que tocava composições minhas. Dali pra frente nunca mais parei de compor e também a tocar regularmente na noite de Porto Alegre.
Ensinando a fazer
Luis Henrique New
Como muitos outros instrumentistas, dar aulas é um dos trabalhos presentes no cotidiano. Começou a tocar antes de ensinar, ou como se dá seu trabalho de lecionar? Conte sobre seus alunos e seu método de ensinar.
James: Dou aulas desde os 15 anos de idade. Como estou com 56 são 41 anos lecionando. O ato de ensinar faz parte da minha vida hoje. Sou além de músico, professor. Desenvolvi métodos próprios baseados na experiência. Me tornei professor do curso técnico Faculdades EST (o Leopoldo) onde trabalho há 13 anos e lá desenvolvi métodos eficazes e objetivos de ensino musical. Tenho, além de turmas de teoria, percepção, prática de conjunto, composição de trilhas para cinema, alunos de guitarra, baixo e violão, e muitos alunos particulares que me procuram buscando aperfeiçoamento.
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Em termos de repertório, se poderia dizer que você toca mais músicas autorais, mais músicas de outros compositores, ou faz um mix na maior parte de suas apresentações?
James: Participo de vários trabalhos, além das minhas músicas autorais. Tenho um grupo chamado Girando a Renda, que toca basicamente música brasileira de qualidade com muita improvisação jazzística. Sambas, bossa, baião, entre outras coisas. Participo também do Andy Serrano e Jazz Aces, que toca standards de jazz com vocal. Mas meu trabalho autoral que sempre foi na linha “fusion” cada vez mais migra para um música com raízes brasileiras mas sem rótulos.
Falando de músicas suas, quando começou a compor? Situe suas composições na sua carreira, primeira música autoral, etc.
James: Meu trabalho como compositor começou muito cedo, em 1984, quando tinha por volta de 21 anos, e já andava fazendo shows com composições em um trabalho intitulado Jazz da Terra. As composições eram intuitivas até então. Quando comecei a estudar música de forma mais forte, a inspiração foi barrada pelo conhecimento. Tudo era analisado. E isso bloqueava a criação. Lutei muitos anos com isso até que consegui aos poucos desbloquear a criação do raciocínio.
Meu primeiro CD Off Road em 1995 ainda registra composições dessa fase de transição. Depois minha produção aumentou somando criatividade e o conhecimento. Em 1998 veio o CD Sons do Brasil e do Mundo, que traduz uma outra fase desta transição. Em 2005 lancei Sotaque Brasil, no qual já começava a produzir e gravar coisas em home studio. Todas as guitarras e baixos deste CD foram feitos em casa. Em 2009 produzi o CD Treze Graus, que foi uma tentativa de formar um grupo onde era possível dividir tarefas. O disco foi bem aceito mas o grupo se desfez logo e não foi continuado.
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Manacô na área
A piazzolística gaita (acordeon) gaúcha de Guilherme Goulart
Passando para o trabalho autoral atual, que está gravando, como e quando surgiu a ideia de fazer o repertório?
James: Com este novo CD Manacô entro forte com o aspecto “produtor. O CD migra definitivamente para o som brasileiro e sem rótulos. Além da canção Amor e Música composta com Anacris Bizarro, que tem letra, as outras 6 faixas são instrumentais com linguagem brasileira e universal, todas foram produzidas por mim.
Quem são os músicos envolvidos no Manacô, convidados especiais, faixas?
James: 1 – Amor e Música – James Liberato e Anacris Bizarro: Anacris Bizarro: voz. Guitarra, violão e bandolim: James Liberato. Baixo: Dudu Penz. Percussões: Giovani Berti e Fernando do Ó. Acordeon: Guilherme Goulart.
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2 – Manacô – James Liberato: Guitarra e baixo: James Liberato. Bandolim: Luis Barcelos. Bateria: Ronie Martinez. Percussões: Giovani Berti e Fernando do Ó. Acordeon: Guilherme Goulart.
3 – Oriental Wind: Guitarra, violão e bandolim: James Liberato. Baixo Acústico: Everson Vargas. Bateria: Ronie Martinez. Percussões: Giovani Berti e Fernando do Ó. Sax soprano: Claudio Sander. Teclados: Luis Henrique New.
4 – Nordestão (baião) – James Liberato: Guitarra, violão e bandolim: James Liberato. Teclados: Luis Henrique New. Baixo: Dudu Penz. Bateria: Ronie Martinez. Percussões: Giovani Berti e Fernando do Ó. Acordeon: Guilherme Goulart. Flautas: Iasmine Dorneles.
5 – Piazzolando – James Liberato: Violão: James Liberato. Baixo Acústico: Everson Vargas. Violoncello: Fabio Venturella. Percussões: Giovani Berti e Fernando do Ó.
6 – Sete Chaves – James Liberato: Guitarra: James Liberato. Teclados: Luis Henrique New. Fluguelhorn: João Rizzo. Flauta: Amauri Lablonovsky. Baixo: Everson Vargas. Bateria: Ronie Martinez.
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7 – Seis por Outros: Guitarra : James Liberato. Teclados: Luis Henrique New. Violoncello: Fabio Venturella. Baixo: Everson Vargas. Bateria: Ronie Martinez
O que espera deste novo trabalho?
James: A expectativa com esse CD é fazer música – boa de preferência – registrar e divulgar minha produção como compositor, e projetar meu trabalho como produtor. Paralelo ao meu CD já surgiram mais 3 CDs que estou produzindo em 2019, todos tratados com um carinho especial como se fossem meus.
Capa do CD Manacô – Arte de Miguel Liberato
Manacô é uma palavra indígena da tribo Kulina, da Amazônia, que significa solidariedade ou reciprocidade. O CD foi gravado entre amigos em um ato de solidariedade à nossa causa maior: a música.
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Equipamento usada na gravação
Microfones:
CADE E200
AKG C3000
SENNHEISER 609
Kit para bateria SHURE DMK 57 52
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Prés:
ART DPS2
PRESONUS Studio Channel
Egon Alscher (do engenheiro Egon Alscher, gaúcho, fundador da Tec Audio)
Interface:
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PRESONUS FP10
DAW:
CUBASE
Captação de áudio realizada entre fevereiro e agosto de 2019 por James Liberato
Edição e mixagem por James Liberato (home studio Bem-Te-Ví)
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Masterização: Ciro Moreau
Arte: Miguel Liberato
Apoios: Loja Porão Musical / Harmonik microfones / ONG Sol Maior
O lançamento oficial marca um novo capítulo para a marca britânica na América do Sul e reuniu mais de 3.000 pessoas em Mendoza.
A renomada empresa de sistemas de som Funktion-One anunciou oficialmente sua chegada à Argentina com um evento histórico realizado na Arena Maipú, em Mendoza. Mais de 3.000 pessoas se reuniram para experimentar em primeira mão a potência e a clareza do som característico da marca, em uma noite que culminou com uma apresentação do icônico DJ e produtor internacional Richie Hawtin.
Um lançamento com apoio global
O evento reuniu executivos importantes da rede internacional e regional da Funktion-One, ressaltando a importância estratégica do mercado argentino. Participantes:
Andrés Zaina, Diretor da Funktion-One Argentina e Brasil
Joaquín Baeza, CEO da Funktion-One América do Sul
Diego Fernández, Head de Pro Show Argentina e Gerente de Operações da Funktion-One Argentina
Andrew Low, Diretor de Vendas da Funktion-One
Os executivos enfatizaram a missão de consolidar a presença da marca no país e seu compromisso com a excelência em som profissional.
“Estamos muito animados”, afirmou Andrew Low. “Esta é uma grande oportunidade para oferecer som extraordinário para a indústria do entretenimento na Argentina, respaldado por mais de 30 anos de experiência em eventos e sistemas instalados.”
Experiência, filosofia e expansão
O CEO Regional, Joaquín Baeza, destacou a visão artística e técnica que guia a marca: “Nosso objetivo é que as pessoas desfrutem da música e que os artistas transmitam sua mensagem da melhor maneira possível. Não vendemos apenas caixas de som: projetamos experiências sonoras excepcionais.”
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De Mendoza, Andrés Zaina celebrou a confiança depositada neles pela matriz britânica: “É uma honra que Tony Andrews e a equipe da Funktion-One no Reino Unido nos tenham confiado a representação de uma marca tão respeitada.”
Olhando para o futuro, Diego Fernández delineou os planos de expansão no país: “Impulsionaremos o crescimento com uma rede nacional de locação, instalações em clubes e casas de shows, e alianças estratégicas que expandirão a família Funktion-One por toda a região.”
Richie Hawtin, um show de encerramento espetacular
O lendário DJ e produtor Richie Hawtin foi a atração principal do dia com um set repleto de energia e precisão sonora. Durante o evento, ele reafirmou sua ligação com a marca: “A Funktion-One faz parte da ascensão da música eletrônica e do techno desde o início. Seu som tem uma clareza única e um grave que você realmente sente. É incrível vê-los se expandindo para um mercado de techno tão importante e merecedor como a Argentina.”
Com esta apresentação oficial, a Funktion-One consolida seu compromisso com a América do Sul, dando o primeiro passo para expandir sua presença em clubes, festivais e projetos de instalações por toda a Argentina.
Improvisação, um grande elenco e um ambiente de radiofrequência complexo marcam o desafio sonoro de La Oficina, que chega ao Prime Video em 2026. Sealtiel Alatriste documenta a série com sistemas Lectrosonics
A adaptação mexicana de The Office, intitulada La Oficina, exigiu uma solução de som de alta precisão para enfrentar um dos maiores desafios da produção: capturar diálogos improvisados de um grande elenco em um ambiente de radiofrequência particularmente difícil. O responsável foi o técnico de som de locação Sealtiel Alatriste, que implementou um sistema Lectrosonics Digital Hybrid Wireless para garantir estabilidade e clareza durante as filmagens.
A série, que chegará ao Prime Video em janeiro de 2026, mantém o formato de falso documentário das versões britânica e americana. O estilo envolve a captura de reações espontâneas e conversas paralelas em tempo real, o que exigiu configurações constantes de microfone para os 16 atores principais.
“Desde o início, me disseram que todo o elenco estaria microfonado o tempo todo devido à improvisação”, explica Alatriste. “No México, o ambiente de radiofrequência é instável; gerenciar tantos transmissores ativos simultaneamente poderia ser um cenário complicado.”
Preparação técnica e planejamento antecipado
Ao contrário do que é comum na televisão mexicana, a equipe de som teve tempo para planejar com o departamento de arte:
Seis antenas foram escondidas no cenário usando elementos cenográficos.
A distância entre os transmissores e as antenas foi otimizada.
Uma análise completa do espectro de radiofrequência foi realizada usando o Lectrosonics Wireless Designer.
O resultado permitiu trabalhar sem alterações de frequência durante a gravação.
Equipamentos utilizados
Para a gravação, Alatriste utilizou:
8 transmissores SMWB e 6 SMV
Conexões HMa e HM para operação do microfone boom
UM400A como backup diário
Receptores SRc, SRA e UCR411A
“Os UCR411A ainda estão funcionando perfeitamente e eu os uso sempre que posso”, comenta. A abordagem também incluiu trabalhar em estreita colaboração com a equipe de figurino para ocultar rapidamente os microfones de lapela e garantir uma gravação estável, mesmo em transmissões ao vivo sem monitoramento.
Estreia e futuro
The Office estreará em janeiro de 2026 no Prime Video, com mais temporadas em desenvolvimento. A produção, apoiada por uma das principais empresas audiovisuais do México, busca adaptar o humor e o ritmo das versões anteriores ao mundo corporativo latino-americano, mantendo o design de som como um elemento-chave para a autenticidade da narrativa.
Novo amplificador de fones promete independência, qualidade de áudio e praticidade no palco ou estúdio.
A Power Click, marca brasileira reconhecida por suas soluções em áudio profissional, apresentou o Voice Monitor MK II, um amplificador de fones de ouvido individual desenvolvido especialmente para cantores e locutores. O equipamento promete ser a solução definitiva para o retorno de voz e som da banda, oferecendo controle total e independente sobre os canais de microfone e auxiliar.
Controle independente e som profissional
O Voice Monitor MK II permite que o próprio usuário ajuste o volume e a equalização do microfone e do retorno, garantindo autonomia durante ensaios, gravações ou apresentações. O modelo conta com dois canais de entrada e saída — MIC e AUX —, projetados para atender diferentes necessidades:
Input MIC: oferece retorno fiel da própria voz, com equalização de graves, agudos e efeitos de eco/reverb, ideal para cantores e locutores.
Input AUX (para cantores): garante retorno de banda com alta qualidade, também com controle independente de graves e agudos.
Input AUX (para locutores): permite receber informações ou instruções internas por canal auxiliar, audíveis apenas pelo locutor.
Versatilidade em qualquer setup
O equipamento inclui saídas (OUTPUTs) que permitem enviar o som do microfone e do auxiliar para mesas de som, sistemas de PA, gravadores ou outros dispositivos de áudio.
Importante: os controles de volume e equalização atuam apenas no fone de ouvido, sem alterar o sinal enviado pelas saídas — ideal para quem busca precisão no monitoramento sem interferir no som principal.
Design funcional e acessórios inclusos
O Voice Monitor MK II vem acompanhado de fonte de alimentação, suporte para fixação em pedestal de microfonee bag de transporte, tornando o uso prático tanto no palco quanto em estúdio.
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Compacto, robusto e fácil de operar, o modelo mantém o padrão de qualidade que tornou a Power Click uma referência em áudio profissional desde 2002.