Audio Profissional
Review: Monitores Edifier S880DB
Publicado
7 anos agoon
Por
Saulo Wanderley
Presente no mercado de áudio brasileiro e internacional há cerca de 20 anos, a Edifier sempre focou no item custo-benefício, e agora nos oferece sua linha S, da qual destacamos neste review o modelo S880DB.
São monitores com conversor analógico-digital XMOS, capaz de substituir uma interface de áudio com taxa de amostragem de até 192kHz, e nada menos do que 5 entradas de sinal, incluindo coaxial, ótica e Bluetooth, controle remoto e um visual atraente, aliado a detalhes técnicos eficientes.
O que são monitores de áudio
As conhecidas “caixinhas de som”, compostas por alto-falante – uma membrana acionada por uma bobina, interagindo com um campo magnético – e também elementos cerâmicos – ou de fita, que se modificam ao receber uma tensão elétrica, são periféricos muito usados na computer music, e vinham se proliferando sem qualidade, até que a Edifier resolveu investir em uma ampla quantidade de modelos, sem deixar de lado a qualidade.
Existem monitores de 2 vias (agudos e médio-graves) e os de 3 vias (agudos, médios e graves). Isto dentro de um recipiente, para evitar que a pressão sonora que sai por trás dos alto-falantes, cancele a pressão feita pela frente do cone. O alto-falante foi inventado pela dupla Rice & Kellog há um século, e vem sendo pouco modificado, razão pela qual o visual das tais caixas de som tenha se padronizado na mente dos usuários.
Mais recentemente os monitores de áudio passaram a incorporar seus próprios amplificadores. Isto resolveu um problema sério, que era o de usar amplificador com menor ou maior potência do que os monitores suportam, ocasionando até a perda total de alto-falantes por mau uso. Hoje predominam os monitores “ativos”, com amplificação embutida, em detrimento dos “passivos”, sem amplificação própria.
Em outra classificação, os monitores podem ser nearfield (de uso próximo do ouvinte), com alto-falantes pequenos, menores do que 4 polegadas de diâmetro. Monitores nearfield propriamente ditos são os que têm alto-falantes entre 4 e 8 polegadas, reproduzindo frequências graves a partir de 35 Hz, e em alguns casos a partir de 50 Hz. Este é o caso dos monitores S880DB da Edifier, nearfield e ativos.
Os simpáticos S880DB

Há vantagens práticas e desvantagens de qualidade com monitores ativos. Basta ligá-los à corrente elétrica – hoje quase todos são bivolt (110/220 Volts) – e conectá-los à saída ou do computador com placa de áudio interna, ou à interface, que é uma placa de áudio externa. Dentro do monitor ativo o dispositivo que separa os sons graves dos médios e agudos já está configurado, bem como a potência dirigida a cada alto-falante, seja um tweeter ou sub-grave. Você não tem placa de áudio? A S880DB tem conversor D/A.
O modelo, além de seu circuito de amplificação, vem com um sistema que opera a uma taxa de amostragem de 192kHz, quando se usam as entradas USB 2, coaxial ou ótica. Isso mesmo, o circuito que vem no monitor esquerdo, o ativo, funciona com um processador capaz de entregar sample rate da mesma qualidade de algumas interfaces de áudio profissionais, além da sua compatibilidade com Bluetooth 4.1, e oferece ainda duas entradas analógicas RCA.
O conversor de ligação USB das S880DB é um XMOS multi-core, assíncrono, capaz de responder a PCM até 384kHz/32 bits e DSD 2.8/5.6 MHz. Ele é o responsável pelo sistema da Edifier atender aos requisitos de Audio Hi-Res 2, com os primeiros alto-falantes certificados Hi-Res da Edifier. São alto-falantes compactos, mas capazes de alcançar algo em torno de 55/45 Hz devido à sua potência. O “880″ do modelo indica 88 watts RMS, 44 x 2 watts (grave-médio = 32w + agudos = 12w).
Aqui entra a polêmica entre as especificações técnicas de potência e frequência, que o leigo tem dificuldade em entender, e que os maus vendedores usam para enganá-lo. A primeira – PMPO – é a potência mais eficaz, pelo momento mais feliz de um sinal elétrico em um período de tempo. Claro que o melhor resultado em um momento do período de tempo não representa o valor calculado durante um período inteiro. A medida usada pela Edifier é honesta como sua filosofia comercial.
O valor real é expresso em watts RMS, cuja sigla se traduz por Room Mean Square, que representa a medição pela raiz quadrada da média dos quadrados de todas as ondas, de todas as frequências. Mas muitas vezes fabricantes alardeiam o valor chamado de “pico”, ou PMPO (Peak Maximum Power Out), que pode chegar ao dobro da medição RMS. Logo, um monitor com potência de 100 watts PMPO só tem na verdade cerca de 50 watts RMS, a grosso modo.
Não existe no mercado brasileiro nenhum sistema de monitores concorrente nesse patamar que disponha de tantas formas de entrada de sinal de áudio. Isso torna as S880DB extremamente atraentes para home studios de iniciantes que queiram ainda fazer uso de gadgets Bluetooth, seja em frente aos monitores, seja andando pelo ambiente, graças a um controle sem fio poderoso, com múltiplas utilidades, inclusive 4 opções de equalização: Classic (padrão), Vocal, Dynamic e Monitor.
O teste
Testei usando um iMac rodando OS X 10.13.6, com diversos aplicativos e DAWs: Logic Pro X 10.4, Studio One Pro 3.5 e 4, Ableton Live 10 e Fruit Loops 20, além das plataformas iTunes, Spotify e SoundCloud, dedicadas a áudio. Via Bluetooth, as S880DB responderam bem a iPhones e iPads (aceita Android também), se mantiveram estáveis em todas as conexões de entrada, inclusive entrando em modo de repouso junto com o iMac, e relembrando suas configurações ao voltarem a ser acionadas (no OS X).
Não existe nenhum sistema de áudio (ou vídeo) em que o uso de sistemas operacionais rodando Windows ofereça vantagens sobre o OS X. Com as S880DB o OS X suporta áudio a 192kHz sozinho, mas se você pretende usar Windows, do 7 ao 10, vai precisar baixar um driver (http:www.edifier.com/cn/zh/speakers/s880db), ou se contentar com a taxa de amostragem a 96kHz. Neste link, clique na foto das S880DB, e na página que se abrirá vá até embaixo e clique em “Download the Windows Drivers”. Windows rules.
No monitor ativo das S880DB há um led discreto indicando o modo de entrada, que pode ser alterado pelo controle remoto. O sistema 2.0 deve ter suas duas caixas posicionadas em triângulo com 30 graus à direita e esquerda do ouvinte. Este e as duas caixas ficam cada um em um vértice do triângulo. Devem ainda ficar à altura dos ouvidos, no máximo um pouco acima. Considerando que uma pessoa sentada fica com os ouvidos entre 1,20m e 1,30m, os monitores devem ficar entre 1,20m e 1,50m de altura.
Destaque para os 4 modos de equalização pré-programados. No teste reparei que o melhor ajuste é no modo Dynamic, que melhor atende ao ouvido exigente de quem lida com áudio pro: selecione este modo e aumente o controle de graves até o nível 11, e o de agudos até o nível 8, nos knobs traseiro do monitor ativo, para alcançar até menos do que 50 Hz. O modo Vocal é flat, e indicado para ouvir locuções não musicais, o padrão é o Classic, que, como o Monitor, não altera de modo explícito a equalização.

Outro ponto positivo do sistema é a sua não interferência em outros equipamentos Bluetooth. Foram usados os teclado e mouse Bluetooh do iMac, sem nenhuma interrupção. Destaque-se que um dispositivo de um sintetizador de guitarra em hardware de outra marca costumava interferir com o funcionamento do mouse, muitas vezes desligando a conexão Bluetooth do OS X, e com as S880DB funcionando via Bluetooth por longos períodos isto não ocorreu nenhuma vez.
O Bluetooh só é ativado quando selecionado, ou pelo controle remoto, ou pelo knob de volume atrás do monitor esquerdo ativo, que além de controlar o volume no giro, controla as entradas sendo pressionado. Depois de emparelhado com o dispositivo que quiser usar, certificando-se de que ele suporta os perfis Bluetooth A2DP e AVRCP. Caso seja necessário, o código PIN para a ligação é “0000”. O controle remoto permite alternar entra faixas e alterar o volume também.
Em especial no uso em home studios, vamos precisar de monitores em uma faixa que vai de 20 a 20 mil Hertz, ou usando as abreviações, de 20 Hz a 20 kHz. Mas mesmo com os monitores de sub-graves mais acessíveis nos dias de hoje, é muito difícil reproduzir os sons entre 20 e 30 Hz sem abrir mão de duas condições: o tamanho do monitor, e/ou a potência necessária para reproduzi-los. As S880DB se aproximaram bastante das frequências mais graves, e entregaram todas as médias e altas.

Para equipar o seu homestudio, você vai precisar de monitores de áudio que reproduzam sons a partir de 35/55 Hertz (Hz) e com uma potência em watts RMS que dependerá do tamanho e outros parâmetros da sala onde serão instalados. Se levarmos em consideração a mobilidade de entradas, controle remoto, peso (menos de 8 kg o par), e a capacidade de atingir os graves entre 55/45 Hz, o sistema é com certeza a porta de entrada na qualidade de áudio via taxa de amostragem.
Se seu equipamento vai ser usado em um quarto pequeno, entre 2 x 3 e 3 x 4 metros, monitores com 50 watts RMS (o par) de potência serão suficientes. 88 watts (o par) RMS das S880DB serão mais do que suficientes. Entra também neste cálculo a quantidade de móveis estofados, cortinas etc, que vão absorver o som. Um tratamento com placas acústicas, difusores e outros materiais podem otimizar a sonorização, mas você estará muito bem servido de monitores com a melhor relação custo-benefício do Brasil.
Resumo da ópera
Sempre tive bons resultados com vários modelos da Edifier, e na minha função de professor de computer music sempre os recomendei como primeiros monitores para os alunos que começavam a montar seu setup. Quando me vi morando por quase 2 anos em uma pousada onde tinha um saudoso “nano estúdio”, usava 2 pares de monitores Edifier bem menos potentes, mas como ótimos resultados como referência. E no meu primeiro home studio em Sampa, já usava um par de R1000. O salto qualitativo para a linha S me surpreendeu positivamente, por vários motivos:
-Processador A/D como alternativa ao uso de interface de áudio
-5 entradas de sinal: 2 analógicas RCA / coaxial / ótica / Bluetooth
-Controle remoto alternativo/inclusivo aos ajustes no painel traseiro
-Novo padrão de alto-falante & tweeter de melhor qualidade
-Cabo de conexão entre os monitores de fácil plugagem
-Compatibilidade com sistemas operacionais eficientes
Ficha técnica
Potência: 88W RMS
-R / L (agudos): 12W + 12W
-R / L (graves profundos) 32W + 32W
Resposta de frequência: 55Hz-20KHz
Sinal NOISE RATIO:
-R / L ≥85dB (A)
-Resposta de Frequência Delta≤1dB
-Noise ≤ 25dB (A)
Sensibilidade de entrada:
-PC: 800 ± 500mV
-AUX: 600 ± 50mV
-USB / Óptico / Coaxial: 400 ± 50m FFS
-Bluetooth: 600 ± 50m FFS
Tipo de entrada: USB, Bluetooth, Optical, Coaxial, PC e AUX (3.5mm)
Dimensões
Medidas do produto unitário: C 13 x L 16,6 x A 22,5 cm
Peso aproximado do produto sem embalagem (par): 7,76Kg
Peso aproximado do produto unitário: 3,88Kg
Ítens inclusos na embalagem
1-Monitor Passivo
1-Monitor Ativo
1-Cabo RCA / P2
1-Cabo RCA / RCA
1-Cabo de fibra ótica de áudio
1-Cabo de conexão entre as caixas
1-Controle remoto
1-Manual
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Audio Profissional
Palmer atualiza sua linha de controladores de monitor com a série MONICON
Publicado
2 dias agoon
15/12/2025
Quatro modelos analógicos redesenhados para um controle de escuta mais preciso em estúdios de todos os tamanhos.
A Palmer apresentou neste ano a série MONICON, uma nova geração de controladores de monitor analógicos que renova por completo uma família de produtos já consolidada em estúdios domésticos e profissionais.
Embora não seja um lançamento recente, a série já está disponível no mercado e se destaca pelo design modernizado, operação intuitiva e processamento totalmente analógico, sem latência ou conversão digital.
Voltada para músicos, produtores e engenheiros que buscam um controle confiável da monitoração — mesmo em espaços reduzidos — a linha é composta por quatro modelos: MONICON S, MONICON M, MONICON L e MONICON XL. Todos foram desenvolvidos do zero e são oferecidos em duas versões estéticas, com laterais na cor preta ou prateada, para combinar com o estilo de cada estúdio.
Quatro opções de acordo com a necessidade do usuário
- MONICON S: Controlador de volume passivo ultracompacto, com conectores RCA, knob de grande tamanho e botão Mono. É uma solução simples para mesas pequenas ou setups multimídia.
- MONICON M: Inclui funções de Mono, Atenuação e Mute, além de entradas e saídas versáteis (combo XLR/jack de 6,3 mm e minijack de 3,5 mm). Pensado para home studios que precisam de maior flexibilidade.
- MONICON L: Controlador ativo/passivo com três entradas estéreo — incluindo Bluetooth estéreo com controle de volume independente —, duas saídas estéreo e uma saída mono/sub. Conta ainda com saída de fones de ouvido com controle próprio, seletor de entrada/saída com LED de status e função PFL.
- MONICON XL: A opção mais completa para ambientes profissionais, com função de intercom, grande VU meter em LED, três saídas de monitoração e duas saídas de fones com controle de volume independente.


Monitoração clara e sem artifícios
Todos os modelos da série mantêm a filosofia da Palmer: caminho de sinal 100% analógico, sem latência e sem processos digitais. A nova interface facilita um uso rápido e preciso para mixagem, produção musical, streaming ou broadcast.
Segundo Viktor Wiesner, diretor sênior de produto em Pro Audio, esta geração nasce após anos de evolução no mercado: “Redesenhamos nossos controladores de monitor desde o início e os aperfeiçoamos ainda mais. Nossos clientes recebem quatro soluções sob medida para suas necessidades de monitoração, com máxima qualidade e a robustez que caracteriza a Palmer.”
palmer-germany.com
Audio Profissional
Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque
Publicado
5 dias agoon
12/12/2025
No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais importantes.
Ela é a ponte entre microfones ou instrumentos e o computador, e determinará a qualidade do som que você grava e monitora. A seguir, explico o que considerar ao escolher uma interface, seus prós e contras e alguns modelos muito populares para começar.
Por que usar uma interface de áudio?
Melhor qualidade de som: Ao contrário das placas de som integradas à placa-mãe, interfaces externas oferecem pré-amplificadores dedicados, conversores AD/DA de maior qualidade e menos ruído.
Latência reduzida: Com drivers adequados (como ASIO no Windows), é possível gravar com atraso mínimo.
Entradas e saídas úteis: Permitem conectar microfones XLR, instrumentos, monitores de estúdio e fones de ouvido.
Alimentação phantom: Necessária para microfones condensadores, presente em muitas interfaces.
O que elas têm de bom e de ruim
Vantagens:
- Controle profissional sobre o ganho do microfone.
- Maior fidelidade nas gravações e no monitoramento.
- Opções de expansão para mais entradas/saídas conforme o estúdio cresce.
- Compatibilidade com softwares de produção (DAW).
Desvantagens:
- Custo: uma boa interface pode representar parte importante do orçamento.
- Curva de aprendizado: configurar ganho, sincronização e calibragem pode ser confuso no início.
- Requer conexão física (USB, Thunderbolt), o que reduz a mobilidade em comparação a soluções mais simples.
Modelos recomendados para iniciantes e home studios
Alguns modelos são especialmente populares entre quem está começando, por equilibrar preço, qualidade e facilidade de uso:
- Focusrite Scarlett 2i2: provavelmente a mais recomendada para iniciantes; inclui dois pré-amps, baixa latência e drivers estáveis.
- Focusrite Scarlett Solo: opção minimalista com uma entrada — ideal para gravar voz ou guitarra sem complicações.
- PreSonus AudioBox iTwo: duas entradas, construção robusta e boa compatibilidade com diversos DAWs.
- Sonicake USB Interface: alternativa muito econômica para começar, ideal para projetos simples.
Outros modelos destacados segundo guias especializadas:
- Audient iD4 MkII: muito elogiada por seu pré-amp de alta qualidade e facilidade de uso.
- Universal Audio Volt 1 / Volt 2: indicada para quem busca um som mais “analógico”, com pré-amps que emulam válvulas.
- Behringer U-Phoria UMC22 / UMC204HD: opções acessíveis e com boas funcionalidades para orçamentos apertados.
- Tascam US-1×2: compacta, portátil e capaz o suficiente para gravações simples ou iniciar um home studio.

Dicas para escolher bem sua interface
- Defina seu uso principal: vai gravar apenas voz? instrumentos? vários ao mesmo tempo?
- Verifique a conectividade: USB atende à maioria, mas produções maiores podem exigir interfaces mais robustas.
- Revise a latência: se pretende gravar ouvindo efeitos em tempo real, é essencial ter drivers de baixa latência.
- Pense no futuro: se planeja expandir o estúdio, uma interface com mais entradas ou melhor conversão pode ser melhor investimento.
- Analise o software incluso: muitas interfaces acompanham DAWs ou plugins; vale conferir o que vem no pacote.
Para quem está começando na produção musical ou no podcasting, investir em uma boa interface de áudio faz uma grande diferença.
As opções de entrada são cada vez mais potentes, acessíveis e fáceis de usar. Escolhendo uma interface adequada às suas necessidades, você constrói uma base sólida para seu estúdio em casa.
Com um pouco de paciência e prática, você terá gravações de alta qualidade e a flexibilidade para evoluir seu setup conforme avança.
Audio Profissional
Projeto SOS Songs une IA e música para promover a saúde mental
Publicado
6 dias agoon
11/12/2025
A plataforma analisa playlists do Spotify e propõe pausas de reflexão a partir de padrões emocionais na escuta.
O SOS Songs, criado pela agência Binder e lançado no Brasil em setembro, já alcançou pessoas em nove países além do Brasil — Estados Unidos, França, Portugal, China, Alemanha, Chile, Arábia Saudita, Áustria e Canadá — conectando tecnologia, empatia e música como ferramentas de sensibilização e cuidado.
A iniciativa surge em um cenário desafiador: o Brasil lidera os índices de depressão na América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11 milhões de brasileiros convivem com a doença, muitas vezes de forma silenciosa, expressa em isolamento social ou mudanças sutis de comportamento.
Como funciona a plataforma
O SOS Songs usa a música como espelho emocional e a inteligência artificial como forma de escuta ativa. O sistema identifica usuários que costumam ouvir com frequência músicas tristes ou de baixa energia — um padrão associado a momentos de sofrimento emocional.
Dentro do próprio Spotify, essas pessoas recebem um spot de áudio convidando à reflexão sobre o que suas escolhas musicais podem estar comunicando. Ao clicar no banner, o usuário é direcionado para um hotsite onde, após um login simples, sua playlist é analisada por um sistema inteligente.
A tecnologia avalia atributos como energia, dançabilidade e tonalidade para criar um retrato simbólico do “clima emocional” da lista. O objetivo não é diagnosticar, mas favorecer a autopercepção e estimular escolhas que promovam maior equilíbrio emocional.
Com a autorização do usuário, a plataforma sugere playlists personalizadas com músicas mais leves e otimistas, transformando o momento de escuta em uma oportunidade de pausa e autocuidado.
Muito além da análise: orientação e apoio
Além do acesso direto pelo site sossongs.com, ouvintes que estiverem imersos em repertórios mais densos ou melancólicos podem receber banners e mensagens de áudio dentro do Spotify sugerindo uma pausa para reflexão.
O projeto também direciona o público para canais de apoio emocional, como o Centro de Valorização da Vida (CVV)no Brasil, reforçando a importância da escuta ativa e da busca por ajuda profissional sempre que necessário.
Com seu alcance internacional crescente, o SOS Songs demonstra como música e tecnologia podem atuar juntas para promover diálogos mais amplos sobre saúde mental e construir ambientes digitais mais sensíveis e acolhedores.
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