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JBL EON 600 e PRX 800: o que cada linha pode oferecer?

As EON 600 e PRX 800 fazem parte da linha de caixas ativas da JBL Professional. Ambas podem ser usadas em espaços pequenos e médios, como igrejas, restaurantes, salas de shows ou palcos compactos, salas de ensaio e até danceterias (principalmente para a linha PRX). 

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São caixas prontas para usar — por exemplo, para um músico, basta plugar um violão e um microfone e ele está preparado para começar. Mas quais são os benefícios de cada linha? Mostramos aqui.

Linha EON 600

É importante dizer que a JBL é pioneira na criação de caixas ativas acústicas. No início da década de 1990, era muito comum as caixas serem todas passivas com amplificação externa. A primeira caixa amplificada confiável foi a linha EON originalmente lançada em 1995. Desde então, foram vendidos mais de 1 milhão de unidades desse modelo, e foi assim que a JBL começou a batalha de mercado de caixas passivas versus ativas.

“Foi uma caixa que mudou todo o segmento, pois foi a primeira caixa ativa confiável no mercado. Então, para todos os fabricantes, o lançamento da linha EON foi um divisor de águas”, comentou Adilson Silva, especialista de produto da Harman do Brasil. “Sempre que a gente faz uma caixa acústica, pensa em renovar. Assim, a todo momento pensamos em incorporar tecnologias de ponta à linha que nos possibilite ter um longo período de vida dessa linha, com o objetivo de mais uma vez ser um divisor de águas no mercado.”

A linha EON 600 atual mais uma vez redefine uma categoria, passando a chamar as caixas ativas de caixas inteligentes. “Hoje temos algo a mais. Tudo o que existe dentro dessa caixa tem um propósito, pois não pensamos só no design. Todo design tem de ter uma inovação. Por exemplo, a parte dos pés debaixo das caixas foi pensada para poder colocar uma caixa sobre a outra e oferecer estabilidade e segurança no momento de empilhá-las. As alças foram pensadas para melhorar a portabilidade, pois não só melhoram o transporte como a própria alça funciona como um pé de suporte para a caixa ficar em posição de monitor”, adicionou Adilson.

A EON 600 é uma caixa multiaplicação: ela pode ser usada em pedestal, fixada no teto ou como monitor. Tem quatro alças, sendo a traseira ergonômica, para ser empunhada com uma mão. 

Outro diferencial nessa linha é o design da corneta, chamado Waveguide Image Control, que é o mesmo que pode ser encontrado em todos monitores de referência da marca. Essa tecnologia ajuda a controlar a imagem de posicionamento do artista. “Quando ouvimos uma música nos monitores de referência ou nessa caixa, a presença ou a localização de cada instrumento ou vocal depende de alguns recursos acústicos que temos de controlar. Então temos esse projeto, que é o mesmo que utilizamos nos monitores de estúdios e que pode ser encontrado tanto na linha EON quanto na PRX. Essa parte de design de altas frequências é a mesma, além do controle de dispersão”, explica Adilson.

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“Quando costumamos dizer que uma caixa tem uma dispersão, por exemplo, de 90°, isso se refere às altas frequências. Só que as baixas frequências não estão na mesma dispersão, porque quem faz isso é o alto-falante e a maioria dos fabricantes não tem controle sobre a dispersão do alto-falante. Mas, no nosso caso, desenvolvemos esse design que vai na frente do alto-falante com a finalidade de deixar os agudos e os médios com a mesma dispersão. Por isso a linha EON tem uma dispersão mais ampla.”

Qual é o benefício disso? Quando você ouve a caixa na frente, ela terá o mesmo som se for a 45° e, em uma caixa convencional, com os graves mais fechados, se você sair do eixo da caixa e for para a lateral, terá uma alteração da equalização porque algumas frequências não estarão lá.

A EON 600 é considerada uma caixa inteligente — ou smart — porque tem um DSP integrado. O usuário pode fazer download do aplicativo EON Connect e terá acesso, por meio de smartphone e tablet, a alguns recursos que vão ajudar a adequar a caixa segundo a aplicação.

No aplicativo é possível ter controle de volume geral da caixa, adicionar equalização e delay, e até salvar cenas para poder chamar o preset desejado no futuro.

A linha também traz controle e integração Bluetooth para controle wireless completo do DSP integrado. Cabe destacar que o Bluetooth só atua para essa função e não para streaming de música, por exemplo.

Esta linha é composta pelos modelos EON 615 de 15” com 500 W de potência contínua, dispersão de 90°x60°, máximo SPL de 127 dB e amplificador Classe D com apenas 17,69 kg de peso; o EON 612 tem máximo SPL de 126 dB, porém ganha na dispersão, com 100°x60° e peso de 14,96 kg; o subwoofer EON618S é para quem quiser usar instrumentos como contrabaixo, bumbo ou até reproduzir música, por exemplo, com máximo SPL 134 dB, resposta de frequência de 31 Hz a 150 Hz e peso de 35,5 kg.

 

Linha PRX: a série com maior SPL na categoria

A linha PRX 800 pode ser usada como monitor, PA (montada em haste) e também içada. “É uma caixa potente, versátil e de alto desempenho”, explica Adilson. O grande diferencial da linha EON para a PRX é o alto-falante: a linha EON utiliza um alto-falante que a empresa chama de “tecnologia convencional”, mas no caso da PRX, ela utiliza um alto-falante que conta com patente da JBL chamada Differential Driver, que contém duas bobinas que reduzem a massa, deixando o alto-falante mais leve, e com maior SPL.

“O campo magnético tem um polo norte e um polo sul, e ele faz um círculo. Descobrimos que ninguém aproveitava os dois polos do conjunto magnético, todo mundo tinha apenas uma bobina na parte de cima. O que fizemos foi colocar uma bobina na parte de baixo e inverter a polaridade dessa parte para não ter cancelamento e poder somar as polaridades. Então, temos o dobro de campo magnético e a excursão desse alto-falante é muito maior. O que também trabalha como um freio magnético, não dependemos de um tecido, o que permite uma vida muito maior ao alto-falante e a obtenção de frequências graves muito mais baixas do que os nossos concorrentes”, detalhou o especialista de produto. 

O design da corneta é igual ao utilizado na linha EON; nas altas frequências também se utiliza o mesmo driver.

Outra diferença é o aplicativo utilizado. Aquele da linha EON pode conectar até quatro caixas, mas no caso da PRX, podem ser conectadas até nove caixas e funciona por meio de Wi-Fi (não de Bluetooth, como na linha EON). No caso da PRX, o aplicativo funciona só para tablet, para Android e iOS.

“O app é intuitivo e de simples configuração”, disse Adilson. “Na parte do DSP, por exemplo, temos oito PEQs, dois Shelvies, controle de volume de entrada e saída, com até 50 milissegundos de delay (no caso da linha EON, são 20 milissegundos), além de presets de usuários”, complementou. No painel de entrada traseiro da PRX encontramos entradas combo com volume e ajuste de micro ou linha, saída para alimentar outras caixas e conexão para sincronizar com aplicativo.

No sub, o usuário pode ter uma entrada LR estéreo e usar um sub para alimentar duas caixas através de duas saídas. Todos os padrões usados nesta linha são os mesmos encontrados nas caixas da linha de touring da JBL, com um gabinete de madeira, testes rigorosos de qualidade, acabamento de poliureia patenteado pela JBL, pontos de içamento M10, pés de borracha e possibilidade de dois ângulos quando utilizado em pedestal (uma com a caixa reta para tiro mais longo e uma com a caixa levemente angulada para um tiro mais curto).

A PRX conta com os modelos PRX812 de 12” com 1.500 W, máximo SPL de 135 dB, 19 kg e dispersão de 90°x50°; o PRX815 de 15” tem a mesma potência, máximo SPL de 137 dB, 21 kg e a mesma dispersão; há duas versões de subwoofer: o PRX815XLF de 15”, 1.500 W, SPL 131 dB, 25 kg, e o PRX818XLF de 18”, 1.500 W, SPL 134 dB e 37 kg.

 

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