Gestão
Roland Brasil: Entrevista com o CEO, Takao Shirahata
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Confira esta entrevista complementar à matéria de capa da MM 78 – Roland Brasil – e amplie seus conhecimentos sobre a empresa no Brasil e no mundo
Após anunciar mudanças estratégicas significativas, oriundas diretamente do Japão, entrevistamos Takao Shirahata (foto), CEO da Roland Brasil, para que ele nos revelasse os impactos dos novos alinhamentos no País. Entre as novas diretrizes, destacou-se uma mudança de paradigma na Roland, que abriu uma rede de representantes no Brasil e lançou linhas de produtos com preços mais baixos. O resultado dessa entrevista originou não só nossa matéria de capa, Música & Mercado 78 (acesse aqui), como também resultou em enorme repercussão no mercado, abrindo oportunidade para novas e instigantes perguntas a Shirahata:
Como a Roland internacional planeja retomar o crescimento?
Foram realizadas diversas ações visando a otimização da produção, modelo de gestão e redução de custos. A nova etapa consiste em impulsionar a presença da Roland no mundo através de ações globais unificadas. Mas o que realmente irá garantir a retomada do crescimento será o lançamento de produtos que sejam desejados pelos consumidores, que sejam inovadores, úteis, necessários e acessíveis. Quanto a isso felizmente a Roland tem um histórico de mais de quarenta anos cuja característica principal do seu DNA tem sido a inovação.
Quais as ações de marketing e comercial já visíveis no âmbito global?
Na abertura da Frankfurt Musikmesse (em abril), a Roland colocou no ar o seu novo site. A maior parte das subsidiárias Roland passaram a operar nesse formato, seguindo um novo padrão internacional de comunicação. A Roland Brasil tem o orgulho de fazer parte desta renovação e de ter um de nossos colaboradores fazendo parte da equipe internacional de programadores e desenvolvedores da web. Sob o ponto de vista comercial, as subsidiárias Roland passam a ter a opção de complementar o seu portfólio com produtos de outras marcas. No Brasil, por exemplo, já iniciamos uma parceria com a Stay Music, fabricante de estantes para teclados, pianos, pedestais de microfone e porta partituras.
Não se fala tanto em BRIC (Brasil, Russia, India e China) como antes, o grupo de países emergentes que atraíam grandes investimentos. O Brasil continua como um país importante para a Roland?
A Roland Brasil já existia antes da onda dos BRICs e desde a sua fundação, em 1991, passamos por muitos altos e baixos. A Roland Brasil é hoje uma subsidiária importante para a Roland, seja pelo aspecto da contribuição financeira como pelo ponto de vista estratégico. Porém, não se pode esquecer que nos dias de hoje, com o nível de competição e necessidade de gerar resultados, as subsidiarias de multinacionais que não gerarem resultados estarão sobre severa avaliação, pois nenhuma empresa pode se dar ao luxo de sustentar unidades deficitárias. Como CEO, sou responsável em fazer com que a Roland Brasil seja cada vez mais importante para o grupo Roland e para o mercado de instrumentos musicais no Brasil.
Na sua opinião, o que muda no Brasil com os acontecimentos recentes envolvendo a Petrobrás, operação Lava a Jato, Manifestações nas ruas…
Tudo vai depender de como as questões serão conduzidas daqui para frente. Até o momento, seja pela exposição na mídia, as prisões dos dirigentes e as manifestações nas grandes capitais contra a corrupção, vejo um sinal de esperança. Mas se tudo ‘acabar ‘em pizza’, será uma grande frustração e um lamentável retrocesso ao plano de crescimento sustentável do país, deixando uma grande dúvida sobre o futuro.
O Brasil passa por um momento difícil na economia. As empresas falam mais de cortes e enxugamento. Não é contraditório a Roland Brasil criar novas posições de diretoria na rganização?
Tive a iniciativa (aprovada pelo CEO da Roland Corporation) de criar o cargo de diretoria da Roland Brasil promovendo Mauro Nieniskis a Diretor Financeiro e Operações e Priscila Berquó a Diretora de Marketing e Comercial. Em maio, Mauro completou 15 anos de Roland e em junho, a Priscila fez 14 anos na empresa. Ambos çomeçaram ocupando posições operacionais e graças ao empenho, dedicação, sacrifício e competência, foram galgando posições e hoje participam ativamente da gestão da Roland Brasil. Mesmo em momentos de dificuldade, não podemos deixar de investir. Aliás, é justamente nos momentos difíceis que precisamos investir nas pessoas – nas pessoas certas, claro. Este benefício não é somente para eles. A empresa também ganha, pois passamos a ter uma gestão mais equilibrada e compartilhada, sem ter tudo concentrado no CEO.
O que a Roland Brasil vai fazer para alcançar as metas de 2015 se não era previsto um cenário como este da economia no Brasil?
Os desafios serão grandes, pois quando o planejamento foi feito o dólar estava na casa de R$ 2,70. Importadores sofrem o efeito imediato o cambio e somando‐se a isso as consequências da inflação. Vamos ter que ser criativos, buscar oportunidades, continuar aprimorando a empresa, principalmente dando atenção ao capital humano. Vamos buscar novas formas de estimular o mercado e seremos ainda mais criteriosos sobre o que vender, para quem vender e como vender.
LANÇAMENTOS ROLAND EM DESTAQUE NO 1º SEMESTRE
Na primeira metade do ano, a Roland disponibilizou 26 novos produtos no mercado. Entre eles, separamos alguns destaques que valem a pena você conhecer:
- Sintetizadores: JD-Xi e JD-XA
- Baterias eletrônicas: V-Drum, TD-25K e TD‐25KV
- Sintetizador polifônico para guitarra: SY-300
- Amplificadores da série Blues Cube: Artist, Tour e Cabinet
- Tone Capsule, inovação produzida em parceria com o guitarrista Eric Johnson
- Mixer MX-1,
- Módulos de efeito Aira: Torcido, Bitrazer, Demora, Scooper e System-1
- Pedal Boss: BB-1X,
- Seletor de pedais de efeito ES-8
- Pedal Boss de efeito para voz VE-1
- Triggers (sensor/disparador) para bateria: RT‐30K, RT-30HR e RH-30H.
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Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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