Empresas
Music Tribe planeja ser uma empresa de capital aberto. Funcionará?
Há poucos dias, Uli Behringer, CEO do grupo Music Tribe, anunciou na sua conta no LinkedIn que a empresa está pensando no processo de Oferta Pública Inicial (IPO). Confira.
Segundo definições que podem ser achadas na internet, Oferta Pública Inicial (ou IPO, pelo nome em inglês, Initial Public Offering) é um tipo de oferta pública em que as ações de uma empresa são vendidas ao público em geral em uma bolsa de valores pela primeira vez. Ou seja, é o processo pelo qual uma empresa se torna em uma empresa de capital aberto.
Isso é o que o holding Music Tribe, detentor das marcas Midas, Klark Teknik, Behringer, Turbosound, Lab.gruppen e outras, está pensando em fazer. Além de estar procurando por novos funcionários para todas as áreas de sua empresa.
O motivo? Uli Behringer, CEO da Music Tribe, explica:
“Alinhado com nossa visão de “obsessão pelo cliente” e apoiando nossa missão “We Empower. You Create,” acreditamos fundamentalmente que a Music Tribe é de propriedade de nossos clientes e que atuamos apenas como guardiões de seus fundos.”
“O que seria mais emocionante se nossos clientes e Tribers (funcionários) tivessem a capacidade de realmente possuir uma parte da Music Tribe?”.
A ideia da empresa é fazer um IPO “digital”. “De acordo com a nossa obsessão digital, acreditamos em uma “cotação na bolsa de valores digital”. Ao criar uma organização totalmente digital e automatizada, que nos permite incorporar todos os requisitos de conformidade por meios digitais, forneceremos aos acionistas e órgãos governamentais painéis de desempenho em tempo real para garantir total transparência,” ele disse. O que você, leitor, lojista e usuário, acha?
Veja aqui o comunicado oficial do Uli:
Muitas empresas decidem fazer uma cotação pública em benefício dos acionistas. Embora tenhamos encerrado 2019 com uma receita recorde de todos os tempos, resultados financeiros e posição de caixa, não acreditamos no valor ou nos dividendos dos acionistas, pois estamos investindo tudo o que ganhamos. Então, por que consideraríamos um IPO?
Alinhado com nossa visão de “obsessão pelo cliente” e apoiando nossa missão “We Empower. You Create”, acreditamos fundamentalmente que a Music Tribe é de propriedade de nossos clientes e que atuamos apenas como guardiões de seus fundos. Os clientes permanecerão leais se nós, incansavelmente e continuamente, fornecermos a eles serviços que mudam a vida, que realmente excedem seus desejos e expectativas.
O que seria mais emocionante se nossos clientes e Tribers (funcionários) tivessem a capacidade de realmente possuir uma parte da Music Tribe? O que seria mais empoderador para as pessoas que investir, possuir ações e manter nossos líderes, inclusive eu, totalmente responsáveis?
Por que planejamos um IPO “digital”
As listas típicas exigem uma enorme quantidade de trabalho de conformidade e, ao mesmo tempo, absorvem grande quantidade de recursos de gerenciamento, potencialmente desperdiçando tempo e fundos valiosos que deveriam ser usados para dar serviço aos nossos clientes.
De acordo com a nossa obsessão digital, acreditamos em uma “lista digital”. Ao criar uma organização totalmente digital e automatizada, que nos permite incorporar todos os requisitos de conformidade por meios digitais, forneceremos aos acionistas e órgãos governamentais informes de desempenho em tempo real para garantir total transparência.
No momento, estamos construindo uma infraestrutura digital e orientada aos dados com a ajuda da Microsoft e de outros parceiros altamente competentes e focados no cliente. Somente quando esse estado de prontidão digital for alcançado, consideraremos a lista.
Por que os clientes vêm em primeiro lugar, os funcionários em segundo e os líderes por último
A jornada rumo a uma organização obcecada pelo cliente não é uma “transformação”, é, de fato, um processo altamente perturbador e volátil. Isso significa desafiar uma organização de cima para baixo e dirigida pelos acionistas, invertendo a pirâmide de uma só vez, é desafiador e exige comunicação, inclusão e colaboração claras. Também exige que desafiemos tudo o que fazemos, focando nas experiências do cliente! Entendemos o potencial de sacrificar ganhos de curto prazo para obter benefícios, lealdade e sustentabilidade a longo prazo.
Acreditamos que a construção de uma organização orientada a objetivos permitirá que nossos Tribers consigam fazer coisas incríveis e significativas, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Criar uma organização totalmente alinhada à Visão e Obsessão do Cliente significa uma revisão completa de nossos métodos e modos de pensar atuais.
Reconhecemos e estamos extremamente orgulhosos dos esforços notáveis de nossos Tribers. Por fim, nosso desempenho será julgado por nossos clientes e estamos comprometidos em atrair, desenvolver e recompensar os melhores talentos disponíveis para oferecer uma organização composta apenas por Tribers obcecados pelos clientes.
Por que estamos contratando líderes 1000x obcecados pelos clientes e o mundo digital?
“As operações” é o impedimento para alcançar uma organização obcecada pelo cliente. Por quê? As tarefas operacionais repetitivas impedem que você gaste tempo com seus clientes necessários para co-inovar e fornecer serviços intencionais. Nosso objetivo é eliminar completamente todas as tarefas operacionais por meios digitais ou terceirizá-las com o objetivo de se tornar uma Music Tribe totalmente estratégica, impulsionada pela co-inovação, interrupção e entrega do cliente.
Essa mudança radical requer líderes altamente motivados, obcecados pelo cliente, obcecados pela colaboração e obcecados pelo digital. Atualmente, estamos procurando líderes excepcionais para todas as áreas, como recursos humanos (CHRO), marketing (CMO), cadeia de suprimentos (VP), compras (CPO), digital (CDO), excelência empresarial (Lean) e muitos mais. Procuramos pessoas destacadas com competências “4E + 1P”, talentos que vêm predominantemente de empresas altamente digitais e da Fortune 500.
Se você deseja ajudar a criar uma organização obcecada pelos clientes que o mundo nunca viu antes e deixar um legado profundo, entre em contato.
Lojista
Dicas para melhorar a logística de assistência técnica e pós-venda
Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.
Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.
Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.
- Centralizar o atendimento e padronizar processos
O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.
Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.
Boas práticas:
- Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
- Utilizar formulários online para abertura de chamados.
- Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
- Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte
O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.
Estratégias recomendadas:
- Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
- Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
- Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.
Caso real:
A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.
- Mapear indicadores de performance (KPIs)
- A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.
- Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.
Exemplo de métrica:
- Treinar e certificar assistências técnicas
- Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.
- Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
- Transformar o pós-venda em canal de relacionamento
Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.
Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.
Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.
- Comunicação clara e rastreabilidade
A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.
Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.
Checklist de comunicação eficiente:
- Envio automático de número de ordem de serviço.
- Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
- Canal direto para dúvidas pós-entrega.
A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.
Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.
Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.
Lojista
Equipamentos compactos e portáteis ganham espaço nas lojas de música
Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.
A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.
Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.
O que os clientes procuram?
- Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.
- Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.
- Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.
O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:
“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”
Como a loja pode se adaptar
- Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
- Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
- Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
- Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.
Uma mudança no modelo de consumo
O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.
Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.
Empresas
Falece aos 73 anos, Jorge Menezes, fundador da Cheiro de Música: uma trajetória de pioneirismo no varejo musica
A comunidade de música e áudio profissional do Rio de Janeiro e entorno lamenta a perda de Jorge Menezes
Fundada em 1985, originalmente com uma loja de apenas 20 m² — atuando com rádios de pilha e aparelhos domésticos — a loja Cheiro de Música evoluiu sob a liderança de Jorge Menezes para se tornar uma referência no varejo de instrumentos musicais e áudio profissional. A empresa abriu filiais e conquistou o respeito de lojistas, músicos e técnicos.
Ele deixa três filhos, sete netos e sua esposa, além de um legado de empreendedorismo no setor musical. Há alguns anos, havia passado o comando da empresa para os filhos, garantindo a continuidade familiar do negócio.
Nascido em 1952, dedicou décadas à construção de uma marca que se tornou símbolo de tradição e confiança no mercado. O setor da música perde, neste momento, um empresário visionário cuja trajetória inspira gerações — e cujo impacto se estende para além da vitrine, alcançando profissionais e entusiastas de toda a cadeia musical.
Para o setor, a Cheiro de Música simboliza a transformação do varejo: partir de um tamanho modesto, apostar em diversificação, investir em expertise e marcas, e manter-se relevante ao longo das décadas. O falecimento marca não apenas a perda de um empresário, mas o encerramento de um ciclo que reflete o amadurecimento da cultura da distribuição e do varejo especializado no Brasil.
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