Gestão
Mercado internacional: desafios e soluções para ampliar o seu negócio
Fato: a internet revolucionou a vida de todos, redefinindo o conceito de distância e até mesmo de fronteira. Evidentemente, a maneira de as pessoas consumirem produtos e serviços também mudou
Grandes empresas, com medo de perder o controle do mercado, resolveram estabelecer regras rígidas capazes de limitar o poder que a Era da Informação deu aos seus usuários. Em vão. As gravadoras que perseguiram no advento do século XXI uma 
Assim presenciamos o surgimento e o crescimento do iTunes, YouTube, Spotify, Google Play, entre outras ferramentas que são usadas por inúmeras pessoas para consumir música e material multimídia.
Do mesmo modo, presenciamos o crescimento de canais de venda que expandiram seus horizontes, como a Amazon, criada por Jeff Bezos há duas décadas com o intuito de ter seu site reconhecido como a “loja de tudo”. De certo modo, ele conseguiu! A Amazon certamente é uma das gigantes no comércio eletrônico, faturando valores próximos a US$ 90 bilhões. Você não precisa ser uma Amazon, mas pode pensar na possibilidade de expandir os horizontes atuando em novos mercados, especialmente em um período de instabilidade econômica e redução do poder de compra do brasileiro.
É importante destacar que a internacionalização é possível para marcas de empresas de pequeno, médio ou grande porte. Na verdade, o tamanho da empresa não tem importância tão decisiva se comparado com o desejo de expandir o negócio e o processo de preparação/qualificação para atender os mercados-alvo. E, para isso, o empresariado pode contar com o auxílio e o suporte de associações do seu segmento, bem como com a Apex-Brasil (Agência de Promoção a Exportação), que vem desenvolvendo um trabalho exemplar e colecionando casos de sucesso no exterior.
Aprendendo com os erros do Habib’s
Não há como negar que o Habib’s é uma marca consolidada no segmento do fast-food. A brasileira reconhecida pelos seus baixos preços é tão querida pelo público em geral que tem confiança suficiente para brincar com o episódio do impeachment da presidente Dilma Rousseff em um filme exibido dias antes da votação no plenário comemorando a “queda dos preços baixos” da rede. Assunto polêmico que foi bem recebido pelo grande público.
Acontece que nem tudo são flores e a vida nem sempre foi fácil para a companhia. Em 2000, a rede resolveu apostar em expandir o mercado internacionalmente e, embalada pelo sucesso em território tupiniquim, resolveu abrir seis lojas na América do Norte, por um sistema de franquias no México. O objetivo era chegar a 150 lojas no período de cinco anos.
Sem fazer o dever de casa, acabou fazendo tudo errado. O carro-chefe do restaurante, como sabemos, é a esfiha. O produto era uma novidade para os mexicanos e, com o intuito de familiarizá-los rapidamente com o simpático alimento de origem árabe, resolveram apresentá-lo como o “taco do Habib’s”, uma referência a um dos pratos tradicionais da comida mexicana que consiste em uma tortilha de milho recheada com carne. Logicamente a ideia não gerou resultados e, para piorar, durante o período ocorreram os ataques de 11 de setembro de 2001, que praticamente inviabilizaram qualquer tentativa de sucesso do Habib’s na América do Norte. O resultado final da aventura encerrada em 2005 foi um prejuízo de US$ 5 milhões.

Temos de lembrar que o mercado brasileiro automobilístico não é mais o mesmo. No entanto, muitas empresas investiram bilhões de reais nos últimos cinco anos em plantas com o intuito de produzir automóveis de alto padrão no Brasil, seduzidas com o cenário positivo e, principalmente, pelas regras estabelecidas com o intuito de estimular a produção nacional e o desenvolvimento de novas tecnologias em solo brasileiro.
Com as fábricas prontas e um cenário diferente daquele que as multinacionais observavam anos atrás, a estratégia mudou. Em 2016 as montadoras observam as suas fábricas no Brasil como fornecedoras para mercados solidificados ou em expansão. É o caso de BMW, Fiat e Toyota.
Tanto a BMW como a Fiat planejam produzir no Brasil automóveis para o mercado norte-americano. As primeiras unidades do consagrado X1 começam a sair de Santa Catarina para os Estados Unidos em julho. Serão embarcadas 10 mil unidades por ano. A Fiat também objetiva como mercado-alvo os Estados Unidos com a sua recém-lançada Toro, mas é preciso ajustar as demandas (atualmente existe fila de espera nas concessionárias pela pickup da marca) e pensar em soluções de logística. Já a Toyota observa com dificuldade a entrada de produtos brasileiros no mercado internacional, mas tem planos de intensificar a venda de seu compacto Etios, produzido no Brasil, no mercado sul-americano.
Com esforço dará certo
Se o segmento automotivo, um dos mais competitivos e tradicionais, está redobrando esforços para oferecer seus produtos para o mercado internacional, inevitavelmente outros também seguem pelo mesmo caminho, inclusive empresas do setor musical. Carlos Eduardo Portella, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) alerta que essa política comercial deve ser permanente, pois é muito difícil retomar relações comerciais quando estas são interrompidas para atender o mercado doméstico, por exemplo. Por essa razão, se você, seja lojista ou fabricante, deseja ampliar o seu mercado e apostar no segmento internacional, saiba que o processo de introdução de sua marca e de seu produto ou serviço irá consumir tempo e investimento, e, por essa razão, tudo deve ser planejado, definindo muito bem os objetivos e metas em longo prazo, após um criterioso trabalho de análise de cenário dos mercados-alvo escolhidos. No próximo artigo trataremos sobre a estruturação de um plano de internacionalização para o seu negócio.
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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