Guitarra
Entrevista: luthier Pedro Wood
Publicado
6 anos agoon
Conheça a Wood Instrumentos Musicais, uma empresa handmade liderada pelo luthier Pedro Wood que faz guitarras e contrabaixos artesanais.
Fundada em 1997, atualmente localizada em Nova Friburgo/RJ, a Wood Instrumentos Musicais é uma empresa que sempre se dedicou a oferecer instrumentos diferenciados em termos de matéria-prima, tocabilidade e acabamento.
Ao longo dos anos, vários músicos de destaque do cenário nacional usaram (ou usam) um instrumento Wood. Dentre eles, o saudoso contrabaixista Nico Assumpção (Ivan lins, João Bosco, Wayne Shorter, Larry Coryell, dentre outros).
No ano de 2000, durante participação na Winter Namm (importante exposição que acontece anualmente em Anaheim, California, EUA) a marca conseguiu um importante reconhecimento vindo do mercado musical internacional, um de seus modelos exclusivos – o Wood Master 06 – foi premiado pela Harmony Central no Golden Axe Awards.
A fim de conhecer melhor a marca e sua proposta comercial, conversamos com Pedro Wood, músico e proprietário da marca. Ele nos contou um pouco sobre a história da empresa e sua proposta, explicou detalhes acerca das linhas de produtos oferecidas ao público, madeiras nacionais, dentre outros assuntos.
Conte-nos um pouco sobre a história da Wood Instrumentos Musicais?
Pedro Wood: Desde o final dos anos 80/início dos 90 os instrumentos Wood eram feitos de forma artesanal, naquele sistema de sinal para compra dos insumos e finalização do pagamento contra a entrega. Os instrumentos acabavam demorando 08, 10, 12 meses para serem entregues e usavam peças conseguidas no mercado ou trazidas pelo próprio cliente, num sistema bastante informal. Eram ótimos instrumentos para a época, mas careciam de padrão e de um melhor acabamento, que é algo que exige estrutura.
Em 1997, por conta da notoriedade alcançada pela marca no RJ e pela crescente demanda por instrumentos de qualidade, foi fundada a Wood Instrumentos Musicais Ltda. O objetivo era o de profissionalizar a produção, padronizando e batizando modelos, melhorando a qualidade do produto com investimento em estrutura e até mesmo fazendo os instrumentos custarem menos graças à otimização da produção e à importação direta das partes mecânicas (Gotoh) e elétricas (EMG) que seriam usadas nos instrumentos e que seriam os padrões utilizados nos modelos. Acabamos por montar a fábrica no ES e a trabalhar quase exclusivamente com lojistas parceiros no próprio ES, assim como RJ, MG, PR e BA. Nessa época fabricávamos eminentemente contrabaixos – nossos modelos Scorpion e Master fabricados em série. Raras guitarras custom shop foram feitas. Em 2000 participamos como expositores da Winter NAMM em seu centésimo aniversário, quando um de nossos baixos foi premiado pela Harmony Central no Golden Axe Awards. Essa fase da fábrica no ES durou até 2002, quando nos mudamos para Nova Friburgo, RJ. Nosso objetivo nessa época era fabricação em série de instrumentos de alto padrão a um custo razoável para o consumidor. Tínhamos como filosofia da empresa o uso somente de madeira brasileira na confecção dos instrumentos.
Qual é a proposta atual da empresa?
Pedro Wood: Houve grandes mudanças no mercado do início do século para cá, que nos levaram a trabalhar apenas com fabricação e venda direta ao consumidor final (não mais com lojistas), a termos um foco maior na parte custom shop, a usar madeiras não brasileiras em alguns modelos a pedido de alguns músicos e a buscar algumas novas parcerias com profissionais de alto gabarito (Solano Luthieria nas linhas custom shop) e com outras empresas fabricantes de partes. Além das tradicionais partes Gotoh e EMG, passamos a usar em modelos tradicionais o hardware Hipshot, também usado nas linhas Custom, juntamente com Schaller, Christian Bove e captadores Malagoli. Em algum momento pretendemos fazer algo com a Nova Guitar Parts e com a Customy Pickups também. O objetivo é o de abrir mais o leque de opções para o consumidor de produtos custom, elevar a qualidade do produto final da Wood e proporcionar ao cliente a possibilidade de realmente ter o que deseja de seu instrumento personalizado.
A empresa oferece uma linha de guitarras e contrabaixos que abrange tanto os instrumentos com características vintage quanto modernas. São modelos customizáveis? O que o cliente pode escolher?
Pedro Wood: Nossas linhas baseadas em modelos tradicionais são as linhas T-Rex Custom e T-Rex Classic. Na T-Rex Custom, que é uma releitura de modelos clássicos com algumas modificações de projeto, o músico pode escolher acabamento, captação, cor do hardware e alguns outros detalhes. Ele pode ter o instrumento clássico do jeito que quiser, da cor que quiser e com o som que quiser. Já na linha T-Rex Classic acabamos por “respeitar” mais as características dos projetos originais, não usando as madeiras exóticas e nem as pequenas modificações de projeto existentes na linha Custom. Hoje há uma tendência à “fusão” dessas duas linhas por causa de algumas demandas de consumidores.
Quais são os grandes diferenciais dos instrumentos Wood?
Pedro Wood: Nosso grande diferencial sempre foi o atendimento ao cliente, a orientação correta para que ele alcance seus objetivos dentro das possibilidades do que deseja. Em muitas ocasiões as pessoas entraram em contato com dúvidas sobre variados assuntos ligados à sonoridade, à mecânica, à tocabilidade e a tantos outros fatores dentro do universo dos instrumentos musicais e foram atendidas, orientadas, mesmo sem terem adquirido nenhum instrumento Wood. Com relação ao produto, o uso de madeira brasileira cuidadosamente escolhida, de partes e peças sempre de ponta e o esforço para ter um acabamento impecável sempre foram diferenciais importantes desde a fundação da empresa. Hoje estamos aprimorando ainda mais essa exigência de qualidade total em nossos produtos.
Além dos modelos clássicos, você também disponibiliza instrumentos com design exclusivo. Como é a aceitação do público com relação a estes modelos? O músico brasileiro é aberto às inovações?
Pedro Wood: A aceitação é muito boa. Nossos modelos de baixos Scorpion e Master já estão há mais de 20 anos no mercado, muitas unidades foram fabricadas e circulam por aí. Já as guitarras Harpia Custom, lançadas a pouco mais de 02 anos, têm agradado bastante a quem as experimenta. Entre os músicos, certos segmentos são abertos a inovações, gostam de testar, experimentar e descobrir, enquanto outros segmentos são ainda muito conservadores, presos ao fetiche nas coisas mais antigas e acabam não experimentando as novidades tecnológicas que surgiram nesse século. De maneira geral o músico brasileiro mais jovem acaba sendo bem mais conservador e preso ao passado do que os músicos norte-americanos, europeus e asiáticos mais jovens, que adoram novidades e coisas diferentes, principalmente exóticas. Curiosamente, os guitarristas costumam ser mais conservadores e presos aos fetiches do que os baixistas.
A maioria dos modelos da Wood tem como matéria-prima espécies de madeiras brasileiras. Qual delas você poderia destacar como suas preferidas?
Pedro Wood: Dentre as muitas espécies que utilizamos eu destaco a cabreúva – minha espécie preferida para braços de instrumentos parafusados. Essa madeira foi-me apresentada pelo Alexandre Carrozza em 2013 como substituto do pau-marfim nos baixos Scorpion fabricados a partir de 2014. Eu buscava na ocasião uma madeira exótica para os braços exatamente para fugir do visual “maple like” do pau-marfim que usávamos antes. É uma madeira visualmente exótica – como eu queria que fosse quando o modelo Scorpion foi repaginado -, de bom manuseio para beneficiamento e usinagem, extremamente estável e de ótima dureza para a função. Não à toa foi a espécie escolhida para os braços das guitarras Wood Harpia Custom e de todos os instrumentos da linha Wood T-Rex Custom. Além da cabreúva, usamos para variadas funções: cedro, mogno, jequitibá, pau-ferro, imbuia, roxinho, muiracatiara etc.
O músico brasileiro ainda é preconceituoso com relação à utilização dessas madeiras?
Pedro Wood: De modo geral, sim, bastante. Como disse anteriormente, muitos são presos a alguns dogmas especialmente quando falamos de madeiras, e não por terem conhecimento da matéria. Os músicos de outros continentes, que em geral também não têm conhecimento da matéria, já são muito mais abertos nesse sentido. O fato é que a esmagadora maioria conhece pouco ou nada a respeito de madeiras e de suas funções e influências num instrumento musical elétrico. Há muita crendice e muitas lendas nesse universo, até mesmo entre os luthiers.
Você participou da última edição da Music Show. Qual é a importância deste tipo de exposição para o mercado de instrumentos musicais brasileiros? Como foi a sua experiência?
Pedro Wood: Participamos como expositores da primeira edição da Music Show em 2018 e também da edição 2019 (última). A feira já é o marco principal do mercado da música no Brasil. Veio com uma proposta inovadora e foi pioneira em mostrar ao público o trabalho dos pequenos fabricantes no “Pavilhão Handmade”. Há muita coisa boa sendo feita no Brasil. Aquela parcela do público despida de preconceitos e que gosta de novidades e inovações aproveitou muito essa parte da feira nessas duas edições, podendo ver os produtos de perto e conversar com os fabricantes, esclarecendo dúvidas, falando sobre curiosidades etc. A Music Show, que também tem os estandes das grandes importadoras de marcas importadas, a área voltada para negócios, os palcos e eventos musicais paralelos e toda a estrutura necessária a uma feira desse porte, é um evento que o músico não pode deixar de ir e que o pequeno fabricante deve tentar ao máximo participar.
Alguma novidade programada para 2020?
Pedro Wood: 2020 deve ser um ano de grandes reformulações estruturais na Wood. A grande mudança será o maior investimento no setor custom shop para atender àquelas demandas mirabolantes de instrumentos totalmente com a cara do músico, totalmente fora de série. Estamos firmando algumas novas parcerias com o intuito de facilitar orçamentos e execuções desse tipo de instrumento, que por vezes acaba sendo algo bastante complexo dependendo dos detalhes pedidos pelo músico. Estamos trabalhando também no canal da Wood no YouTube, que falará bastante de sonoridade e de detalhes estruturais dos instrumentos quase sempre desconhecidos pelos músicos, além de um site interativo com consultas automáticas de customização, parcelamento e logística que esperamos que esteja pronto antes de Setembro. Pretendemos lançar oficialmente durante a Music Show 2020 o modelo de guitarra Wood Harpia Custom 7, que apesar de ter tido seu protótipo apresentado e testado durante a NAMM 2019 e até de já ter tido unidades vendidas não pôde ser oficialmente lançada na Music Show 2019.
Considerações finais?
Pedro Wood: O mercado da música vem mudando bastante com o passar dos anos. Grandes marcas têm cada vez mais perdido espaço no mercado high end para pequenos empreendedores. Se empreender no Brasil não fosse tão difícil e tão caro, talvez os pequenos fabricantes tivessem mais recursos e mais facilidades de divulgação e comercialização de seus produtos. A iniciativa pioneira da Music Show em 2018, criando em sua primeira edição o Pavilhão Handmade e dando oportunidade aos pequenos fabricantes, deu um grande empurrão na direção de uma mudança no mercado. Há no Brasil vários pequenos fabricantes de instrumentos musicais elétricos, acústicos, de percussão, partes e peças, amplificadores, efeitos etc., todos tentando, apesar das muitas dificuldades do custo Brasil, fazer seus produtos, mostrá-los e comercializá-los. Vale a pena pesquisar sobre eles, ir vê-los nas feiras, nos sites, nas plataformas digitais e realmente analisar se esses produtos atenderão às suas demandas mais do que os produtos importados, eventualmente com custo menor e sempre com atendimento diferenciado. Podendo, não deixem de visitar a Music Show 2020, de 24 a 27 de Setembro no São Paulo Expo!
Mais informações da Wood Instrumentos Musicais em:
- Site: https://www.woodguitars.com.br
- Instagram: https://www.instagram.com/woodinstrumentos
- Facebook: https://pt-br.facebook.com/woodguitars
*Autor: Álvaro Silva, apaixonado por música, guitarra e luteria. Criador do blog Guitarras Made In BraSil, espaço dedicado à divulgação dos trabalhos de profissionais brasileiros que produzem guitarras, contrabaixos e violões custom shop.
Você pode gostar
-
Seu som está estranho? 5 sinais de que sua guitarra pode estar precisando de um luthier
-
Conecta+: Custom shop, os bastidores dos instrumentos feitos à mão
-
Guitarras custom shop e design: modelos originais fabricados no Brasil
-
Slapper e Bass Drive, dois pedais para baixo da Fuhrmann
-
Entrevista com o luthier Vagner Benevenutti da Venutti Guitars
-
Conheça a Siodoni Luthieria e seu trabalho com os instrumentos de corda
Guitarra
As guitarras mais vendidas no mundo em 2025 e quais tendências explicam seu sucesso
Publicado
1 dia agoon
18/12/2025
Análise para o leitor de Música & Mercado sobre o que está impulsionando o mercado global de guitarras e por que certos modelos se destacam.
O mercado mundial de guitarras continua em crescimento em 2025: o segmento de guitarras elétricas está especialmente forte, e o volume de vendas já movimenta bilhões de dólares.
Este artigo analisa quais modelos estão liderando as vendas, por que estão sendo tão procurados e quais tendências globais merecem atenção. A ideia é oferecer informação útil tanto para músicos quanto para distribuidores, luthiers e profissionais do setor.
Quais modelos estão entre os mais vendidos
Embora nem sempre sejam divulgados dados exatos de volume por modelo em todos os mercados, existem pistas consistentes:
- Um relatório da Reverb indica que as marcas dominantes em vendas em 2024 foram Fender, Gibson, PRS e Epiphone.
- Outra análise aponta que, em 2025, as guitarras elétricas estão vendendo ao dobro do ritmo das acústicas em nível global.
- Sobre modelos específicos: entre os mais recomendados para 2025 aparece a PRS SE CE 24 Standard pela versatilidade, qualidade de construção e bom preço.
- No segmento de entrada, a Squier Sonic Telecaster é outro exemplo de alta rotatividade devido à sua acessibilidade.

Fatores que explicam por que se vendem tanto
A seguir, alguns dos principais motivos por trás do forte desempenho do mercado de guitarras e dos modelos mais vendidos:
Domínio da guitarra elétrica
Segundo diversos relatórios, em 2025 o segmento elétrico cresce mais rápido que o acústico: os dados sugerem uma relação de aproximadamente 2 para 1 nas vendas de elétricas em relação às acústicas. Isso ocorre por motivos como maior versatilidade tonal, demanda em gêneros populares e influência das redes sociais, que favorecem estilos elétricos.
Modelos de valor intermediário com alta qualidade
As marcas têm oferecido modelos de “nível médio” que entregam construção, som e desempenho muito próximos aos de linhas superiores, mas com preços mais acessíveis. Isso atrai iniciantes e músicos intermediários que desejam fazer upgrade. A PRS SE CE 24, por exemplo, destaca-se nesse segmento.
Influência da internet, redes sociais e ensino online
O interesse por tocar guitarra segue elevado graças aos tutoriais online, criadores de conteúdo e maior acessibilidade aos instrumentos. O crescimento do mercado também está ligado ao avanço da educação musical online.
Mercados emergentes e produção globalizada
Países fora do eixo tradicional EUA/Europa já representam uma parcela significativa da demanda. Ao mesmo tempo, a fabricação e a distribuição global mais eficientes têm permitido reduzir custos e ampliar o alcance das marcas.
Tendência de estilos clássicos com releituras modernas
Modelos que resgatam designs icônicos (como Telecaster, Stratocaster, Les Paul) com atualizações modernas têm boa saída. Os consumidores buscam familiaridade somada a melhorias técnicas.
Mercado de usados e renovação constante
Embora este artigo trate de vendas de instrumentos novos, é relevante notar que o mercado de guitarras usadas também cresce e impulsiona ciclos de troca.
Quais são as implicações para a indústria musical
- Distribuidores e lojas: investir em modelos elétricos de valor intermediário e manter bom estoque com prazos curtos de entrega.
- Fabricantes e marcas: apostar em versões de entrada, atualizar clássicos e acompanhar a expansão dos mercados emergentes.
- Músicos e instrutores: entender que a demanda por guitarras elétricas continua a crescer, abrindo oportunidades para ensino, conteúdo online e serviços de manutenção.
- Mercado latino-americano (e Brasil): muitas das tendências globais também se refletem localmente — modelos elétricos, preços acessíveis, ensino online e novas gerações buscando seu primeiro instrumento.
Em 2025, o mercado de guitarras vive um momento de consolidação elétrica, com modelos bem posicionados em preço e qualidade, forte influência digital e expansão global. Embora nem todos os dados de unidades por modelo estejam disponíveis publicamente, a combinação de relatórios e guias especializadas permite identificar quais instrumentos dominam as vendas e por quê.
Para quem atua em distribuição, fabricação, ensino ou está simplesmente buscando sua próxima guitarra, compreender essas dinâmicas é fundamental para tomar melhores decisões. A guitarra não é apenas um símbolo cultural — é também um produto extremamente vivo dentro da indústria musical global.
O mercado de guitarras vive um momento de expansão, com novos fabricantes, modelos especializados e uma demanda crescente tanto de músicos profissionais quanto de entusiastas avançados.
Nesse cenário, uma pergunta segue presente em estúdios, fóruns e lojas: vale mais a pena investir em uma guitarra boutique ou escolher um modelo de uma grande marca?
Não existe resposta única. Cada opção oferece benefícios e limitações — e entender esses pontos ajuda a tomar uma decisão mais informada, alinhada ao som desejado, ao orçamento e ao propósito musical.
O que define uma guitarra boutique
As guitarras boutique, geralmente fabricadas por luthiers ou oficinas especializadas, se caracterizam por:
- Produção limitada
- Construção manual e materiais selecionados
- Alto nível de personalização (madeiras, perfil do braço, eletrônica, ferragens)
- Identidade estética diferenciada
Seu principal atrativo está na sensação personalizada, no detalhamento artesanal e na possibilidade de obter um instrumento único.
Vantagens
- Qualidade de construção extremamente alta
- Seleção rigorosa de materiais e componentes
- Som exclusivo e bem definido
- Ergonomia e ajustes feitos para o músico
- Relacionamento direto com o luthier (suporte, manutenção, personalização)
Desvantagens
- Preço significativamente mais alto
- Valor de revenda menos previsível
- Prazos de entrega longos
- Variação entre unidades (não há duas guitarras idênticas)
Grandes marcas: tradição, escala e consistência
Fabricantes como Fender, Gibson, Ibanez, PRS ou Yamaha representam o padrão global de produção industrial.
Vantagens
- Consistência entre unidades
- Garantia e suporte global
- Ampla disponibilidade em lojas
- Valor de revenda mais estável
- Catálogos diversificados (iniciante ao premium)
Desvantagens
- Menor possibilidade de personalização
- Algumas séries sacrificam detalhes para atender altos volumes
- Seleção de materiais baseada em escala e logística
- Risco de pagar mais pela marca, especialmente nas linhas superiores
Oportunidades em 2026: por que essa escolha importa mais agora
O setor musical vive um encontro entre tradição e inovação:
- Home studio: cresce a demanda por guitarras silenciosas, com humbuckers noiseless ou configurações versáteis.
- Palcos pequenos: instrumentos mais leves são cada vez mais procurados.
- Música independente: muitos artistas buscam identidade sonora própria — favorecendo guitarras boutique.
- Produção global: marcas consolidadas lançam linhas premium feitas em lotes menores, reduzindo a distância para o trabalho artesanal.
Ao mesmo tempo, luthiers latino-americanos e espanhóis ganham relevância internacional, oferecendo alta qualidade a preços competitivos.
Como escolher de acordo com seu perfil
- Músico profissional de estúdio / turnê
Ideal: grandes marcas ou boutique de alta estabilidade. É essencial ter confiabilidade, fácil reposição e consistência entre instrumentos.
- Produtor ou criador de conteúdo
Ideal: guitarras versáteis com eletrônica moderna. Grandes marcas costumam oferecer mais opções plug-and-play.
- Artista em busca de estética e sonoridade próprias
Ideal: boutique. Instrumentos únicos, com personalidade e ampla personalização.
- Orçamento limitado
Ideal: linha média de grandes marcas. Melhor custo-benefício e menor risco.
- Colecionador ou entusiasta avançado
Ideal: boutique ou séries especiais das grandes marcas. Instrumentos com valor emocional, estético e histórico.
Depende de você
Não se trata de “qual é melhor”, mas de qual opção responde à sua música, às suas necessidades e ao seu investimento possível.
As guitarras boutique oferecem exclusividade, artesanato e identidade sonora única.
As grandes marcas garantem consistência, disponibilidade e estabilidade no mercado.
Em um cenário cada vez mais diverso, a melhor escolha é aquela que equilibra emoção, funcionalidade e propósito musical.
E você — prefere uma peça artesanal única ou um clássico testado em todos os palcos?
Guitarra
Nova American Ultra Luxe Vintage da Fender com inspiração clássica e moderna
Publicado
3 meses agoon
17/09/2025
Nova série apresenta guitarras Stratocaster e Telecaster com visual retrô e recursos atualizados como captadores Pure Vintage, acabamento envelhecido e trastes de aço inox.
A Fender Musical Instruments Corporation anunciou o lançamento global da coleção “American Ultra Luxe Vintage”, que combina a essência da tradição Fender com o que há de mais refinado em construção e tecnologia sonora.
Inspirada nos modelos American Ultra II, a nova linha traz edições especiais das lendárias Stratocaster e Telecaster, com referências visuais e técnicas das décadas de 1950 e 1960. Entre os destaques estão os captadores Pure Vintage, acabamento em laca nitrocelulósica envelhecida Heirloom, trastes de aço inoxidável e recursos eletrônicos modernos, como a chave S-1 Switching.
Tamanho histórico, desempenho contemporâneo
Os modelos incluem versões ’50s e ’60s da Stratocaster, uma edição HSS equipada com humbucker Haymaker, além das Telecaster ’50s e ’60s Custom. Todos são construídos com madeiras selecionadas, contornos esculpidos e braço quartersawn em formato “D” moderno, com bordas arredondadas Ultra e marcadores Luminlay.
O hardware de performance inclui tremolo de dois pontos com selas de aço inoxidável, porca Graph Tech TUSQ e tarraxas com trava, garantindo afinação precisa e trocas de corda ágeis.
Estética vintage, ergonomia refinada
A série chega em cores clássicas como Butterscotch Blonde, 3-Color Sunburst, Ice Blue Metallic, Fiesta Red e Lake Placid Blue. Cada instrumento oferece acesso facilitado às casas agudas por meio do encaixe de braço rebaixado — um diferencial valorizado por músicos exigentes.
“Com a linha American Ultra Luxe Vintage, redefinimos o equilíbrio entre legado e inovação”, afirmou Max Gutnik, Chief Product Officer da Fender. “É uma homenagem à nossa história com os padrões mais altos da fabricação moderna.”
Veja uma demo neste vídeo.
Áudio
Palmer atualiza sua linha de controladores de monitor com a série MONICON
Quatro modelos analógicos redesenhados para um controle de escuta mais preciso em estúdios de todos os tamanhos. A Palmer apresentou...
Interfaces de áudio para iniciantes e Home Studios: Guia básico e modelos destaque
No universo da produção musical caseira ou de projetos de podcast, uma interface de áudio é um dos componentes mais...
Projeto SOS Songs une IA e música para promover a saúde mental
A plataforma analisa playlists do Spotify e propõe pausas de reflexão a partir de padrões emocionais na escuta. O SOS...
Powersoft impulsiona o sistema de som do centro equestre Phoenix Riders
Mezzo, Unica e Quattrocanali oferecem distribuição dinâmica e áudio multizona para um complexo internacional. O centro equestre Phoenix Riders, localizado...
Sensaphonics lança consultas virtuais com audiologistas da Musicians Hearing Clinic
A empresa amplia o acesso a cuidados especializados em saúde auditiva para músicos e profissionais de áudio. A Sensaphonics, fabricante...
Leia também
Iniciativa inspirada em Villa-Lobos leva concertos gratuitos a escolas públicas de SP
Brasil de Tuhu une educação, cultura e inclusão; em agosto, passa por cidades da Grande São Paulo e interior. A...
Teatro Opus Città anuncia inauguração com atrações nacionais e internacionais
Espaço cultural na Barra da Tijuca funcionará em soft opening ao longo de 2025 e terá capacidade para até 3...
Harmonias Paulistas: Série documental exalta grandes instrumentistas de SP e homenageia Tom Jobim
A música instrumental paulista ganha um novo espaço com a estreia da série Harmonias Paulistas, produzida pela Borandá Produções e...
Falece o reconhecido baterista Dudu Portes
O mundo musical despede Dudu Portes, deixando sua marca no mundo da percussão. Nascido em 1948, Eduardo Portes de Souza,...
Música transforma vidas de presos em projeto de ressocialização
A ressocialização de detentos no Brasil tem ganhado novas dimensões com projetos que unem capacitação profissional e arte. Iniciativas como...
Paraíba: Editais do ‘ICMS Cultural’ incluem projeto para estudar música
Edital do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima) planeja oferecer 392 vagas para jovens paraibanos que...
Academia Jovem Orquestra Ouro Preto abre vagas para 2024
Criado para promover o ensino da prática orquestral, projeto abre edital para jovens músicos. As inscrições vão até 20 de...
Conselho Federal da OMB emite nota de repúdio ao Prefeito de Maceió. Entenda.
Desrespeito à legislação local acende debate sobre valorização da cultura alagoana. O conflito entre a classe artística de Maceió e...
Quem Canta Seus Males Espanta: Sandra Sofiati e seu Corpo Sonoro
Nesse novo artigo de Quem Canta Seus Males Espanta, vamos sair um pouco dos instrumentos “externos”, e nos voltar para...
Talibã Queima Instrumentos Musicais no Afeganistão
Centenas de músicos fugiram do Afeganistão para escapar das restrições do Talibã à música, afetando a cultura musical O Talibã,...
Maestro Evandro Matté fala sobre o Multipalco
À frente de três orquestras, a do próprio Theatro São Pedro, e da Orquestra Jovem, fruto de um projeto social,...
Multipalco: Viagem ao centro da arte
Música & Mercado foi ao centro da capital gaúcha visitar a história cultural do Rio Grande do Sul em uma...
Como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música
Adriana Sanchez mostra como obter patrocínio de 100 mil ou mais para realizar seu projeto de música. Criadora da banda...
Exportação de música brasileira, uma boa ideia!
O Brasil possui uma série de dificuldades na exportação de sua música para uma audiência internacional, mesmo assim, exportar é...
Presidente da Anafima recebe medalha de reconhecimento cultural do Governo de SP
Daniel Neves recebeu a honraria durante o Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022, na noite...
Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019
Retomada de eventos em 2021 recuperou 300 mil postos de trabalho, sem recuperar nível de emprego de 2019. A evolução...
OneBeat Virtual: inscrições de intercâmbio virtual para músicos
Embaixada e Consulados dos EUA abrem inscrições de intercâmbio virtual para músicos até 11 de fevereiro O OneBeat Virtual busca...
Manual de procedimentos do profissional da música
Guia básico sobre conceitos que os profissionais da música deveriam aplicar nas suas carreiras e no trato com outros no...
Câmara Setorial de Instrumentos Musicais do Paraná visita presidente da câmara Municipal de Curitiba
Yuris Tomsons, destacado pela Associação Comercial do Paraná para fazer a interlocução com os presidentes das comissões permanentes da Câmara...
Make Music: Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato recebem homenagem no evento
Homenagem a Robertinho Silva, Milton Nascimento e João Donato: produção convida músicos de todo o Brasil para participar. Saiba como...
Presidente Prudente inaugura espaço dedicado a bandas de garagem
Espaço Garagem em Presidente Prudente contou com o apoio da loja Audiotech Music Store Presidente Prudente/SP – O prefeito Ed...
Música & Mercado apoia campanha em favor de artistas impactados pela pandemia
Idealizada e promovida pela Beetools, iniciativa destinará 25% da receita líquida das matrículas nos cursos da startup para garantir uma...
Governo anuncia liberação de R$ 408 milhões em recursos para o setor de eventos
Secretaria Especial da Cultura afirma que auxílio deve ficar disponível ainda no primeiro semestre. Na última terça-feira (9), o governo...
Brasileiro promove boa saúde entre músicos
Empresário brasileiro promove boa saúde entre músicos. Marcos Mendes, empresário, investidor no ramo de nutracêuticos, é um constante apoiador na...
Opinião: Música é agente de mudança
Arte não é algo que seja isento de ideologia, porque o pensamento e o sentimento são suas bases enquanto materia-prima....
Opinião: Me lembro como se fosse hoje
O mercado da música está passando por diversas mudanças, mas também está mudando o consumidor e o músico, com uma...
Opinião: É tempo de aprender… Música!
E lá se vai 1/3 do ano trancado em casa. Desde março, pais que trabalham, filhos que estudam, todos se...
Saúde: Automotivação no mercado da música
Todos nós fazemos música, e realizamos sonhos. Nunca se esqueça disso! Você sabe o que significa a palavra motivação? O...
Música para quem vive de música – Volume 14
Continuamos apresentando grandes discos e filmes para sua cultura musical. Hoje temos Def Leppard, Sonny Rollins e Plebe Rude. Def...
Fernando Vieira: O amor à música como legado
Jornalista Fernando Vieira faleceu e deixou um imenso legado. Cabe a todos manterem a chama da música acesa. A morte...
Trending
-
Lojista3 semanas ago
Os violões mais vendidos em 2025 e por que dominam o mercado
-
Instrumentos Musicais3 semanas ago
Teclados eletrônicos mais vendidos em 2025: tendências que redefinirão o mercado
-
Luthier e Handmade2 semanas ago
Falece Christian Bove, fundador da Christian Bove Custom Hardware
-
Iluminação3 semanas ago
Vari-Lite VL3200 LT Profile IP: Potência de longo alcance em um formato compacto
-
Instrumentos Musicais4 semanas ago
Os baixos elétricos mais vendidos em 2025 e as tendências que definem o mercado
-
Audio Profissional3 semanas ago
Novo MINIBO-5M da Montarbo traz potência e versatilidade em formato compacto
-
Music Business4 semanas ago
Guia prático: como regularizar o uso de música com o ECAD
-
Baterias e Percussão1 semana ago
Baterias eletrônicas mais vendidas em 2025 e por que lideram o mercado






















