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Turismo musical cria novas oportunidades para cidades e marcas

A música deixou de ser apenas trilha sonora para se tornar vetor de desenvolvimento econômico, turismo e posicionamento de marca.

É o que revela a sexta edição do relatório “Jaé Fresh”, da agência 3mais, que investigou o impacto do turismo musical em escala global. O estudo destaca como shows, turnês e festivais estão redefinindo geografias, injetando bilhões em economias locais e criando novas possibilidades para marcas se conectarem com públicos diversos.
O fenômeno conhecido como gig tripping — viagens planejadas em torno de eventos musicais — está no centro dessa transformação. Um exemplo expressivo citado no levantamento é o show de Lady Gaga em Copacabana, que reuniu 2,1 milhões de pessoas e gerou 600 milhões de reais na economia carioca, atraindo mais de 600 mil turistas em um único fim de semana.
Outro dado que ilustra o alcance dessa tendência é a turnê “Eras Tour”, de Taylor Swift, que se tornou a primeira da história a ultrapassar 1 bilhão de dólares em arrecadação, segundo o Banco Central dos EUA. Cidades como Filadélfia apontaram o evento como motor da retomada do setor hoteleiro local.
Segundo Rômulo Vieira, gerente de Inteligência da 3mais, esse movimento representa um campo fértil para marcas: “Mais de 50% dos turistas musicais gastam, em média, 2,8 mil reais por viagem, e 80% permanecem até três dias após o show, o que amplia o impacto econômico. Além disso, 65% notam quais marcas patrocinam os eventos, o que reforça o papel das ativações como parte da experiência”.
Além dos grandes centros, o turismo musical tem potencial de revitalizar áreas remotas, como mostra o Monegros Desert Festival, na zona rural da Espanha. O evento atraiu 50 mil pessoas de 90 países, gerou dois mil empregos e ocupou hotéis num raio de 150 km.
No Brasil, festivais como o Jazz na Ilha do Mel (PR) e o Festival Zepelim (CE) mostram como a música pode dinamizar o turismo fora dos grandes centros e na baixa temporada.
Para Vieira, a combinação entre música, turismo e marcas inaugura um novo ciclo de desenvolvimento: “Eventos musicais são ferramentas estratégicas para cidades que desejam se reposicionar, atrair investimentos e promover experiências culturais com valor agregado. A música, definitivamente, faz a economia girar”.
O estudo completo pode ser acessado no portal da agência 3mais.

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