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SPL e Watts, o que são e como podem ajudar no seu trabalho
SPL e Watts: Avaliando a potência das caixas acústicas para prever o desempenho com mais precisão.
Escolher uma caixa acústica para uma aplicação pode ser um desafio. Há muitos fatores que podem contribuir e alterar o desempenho previsto. Como os alto-falantes se comportarão ao longo do tempo? Como o desempenho deles se traduz nos níveis de volume? Quão bem eles lidam com os altos picos sonoros? Até onde você pode realmente empurrá-los?
Seria ótimo poder ouvir as caixas acústicas em uma situação do mundo real, mas isso nem sempre é prático. Portanto, ficamos contando com as especificações para fornecer informações sobre o potencial de desempenho de um sistema. Enquanto uma folha de especificações é um ótimo ponto de partida, para realmente entender o desempenho de uma caixa acústica, muitas vezes temos que cavar um pouco mais fundo.
Os fabricantes de caixas acústicas sabem que os clientes estão baseando as decisões de compra nesta especificação, por isso é comum que eles exagerem nas classificações de potência. Uma especificação de potência é um bom indicador de como o sistema funcionará; ele lhe dirá o quão alto o sistema irá tocar, o que, por sua vez, pode lhe dar uma ideia do tamanho de um espaço que ele pode cobrir e para quantas pessoas você pode sonorizar. Mas se os componentes dessa caixa acústica não operarem com eficiência, ele não fornecerá SPLs altos. E no final das contas, esse é o ponto que vai fazer toda a diferença.
Assim como você não julgaria o desempenho de um carro de Fórmula 1 por quantos quilômetros ele faz com um litro de combustível, você nunca deve julgar uma caixa acústica apenas em watts. Vamos olhar além das classificações de potência para entender o que realmente está acontecendo.
Entendendo os SPLs
A relação entre watts e decibéis é interessante para discutir. Vamos começar com a medição básica do som. Usamos o termo “decibel” o tempo todo quando falamos sobre som. Mas afinal, o que é um decibel? Você pode se surpreender ao saber que um decibel não é uma medida absoluta de nada; na verdade é uma medida relativa, uma proporção – tecnicamente, é um décimo de Bel (o que é outra história).
Os decibéis são comumente medidos em nível de pressão sonora (SPL), que é a pressão efetiva de um som em relação ao limiar da audição humana, referenciado como 0 dB. Assim, por exemplo, 80 dB SPL significa 80 decibéis acima de 0 dB. Como a audição humana não é linear, os decibéis são medidos em uma escala logarítmica, que, em termos muito simples, aumenta em ordens de magnitude, versus os incrementos iguais de uma escala linear. Isso significa que quanto maior o aumento em decibéis, mais dramático o aumento no “volume”: é geralmente aceito “na média” que um ouvinte intérprete um aumento em 3 dB como a menor mudança perceptível – mas um aumento em 10 dB é psicoacústicamente percebido como sendo o dobro da intensidade.
Agora vamos ver como a potência influencia o volume. Watts medem a potência elétrica e a saída de um amplificador é medida em watts. As classificações em watts dos alto-falantes são apresentadas de duas maneiras: RMS – a quantidade de potência que um amplificador de potência pode produzir continuamente por longos períodos, também chamada de potência contínua; e potência de pico, que mede a capacidade de potência em rajadas (picos). Você pode ver por que uma forte medição de potência de pico pode fazer que um alto-falante pareça mais robusto, mas, na realidade, uma classificação RMS é um reflexo melhor do verdadeiro desempenho de um alto-falante ao longo do tempo.
Você também deve estar ciente de que dobrar a potência do amplificador não duplica o volume; na verdade só aumenta o som em 3 dB. Para dobrar o volume percebido, você precisará de um aumento de dez vezes na potência. Então, por que não apenas carregar em potência? É mais inteligente se concentrar na sensibilidade, que mede a eficiência com que seu alto-falante transforma essa potência em som, para obter uma imagem real do potencial de volume do seu sistema.
A Importância da Sensibilidade
A sensibilidade mede a eficiência de um alto-falante na conversão de energia elétrica em energia acústica; quanto maior o número, mais eficiente o alto-falante. Um alto-falante com uma classificação de sensibilidade de 90 dB @ 1W/1m, por exemplo, produzirá 90 dB com um watt de potência, medido a 1 metro. Pronto para essa matemática?
Digamos que o alto-falante acima tenha 100 watts. Dado o que sabemos sobre a relação entre watts e SPLs, isso significa:
1 watt produzirá 90 dB
2 watts (o dobro da potência) produzirá 93 dB (aumento de volume perceptível)
10 watts (10X a potência) produzirá 100 dB (Percepção de dobro do volume).
Continuando esse padrão, maximizar este alto-falante em 100 watts produziria 110 dB SPL.
Agora, e se esse alto-falante tivesse a mesma classificação de 100W, mas aumentamos a classificação de sensibilidade para 100 dB @ 1W/1m? Vamos ver como os números mudam:
1 watt produzirá 100 dB
2 watts (duas vezes a potência) produzirá 103 dB (aumento de volume perceptível)
10 watts (10x a potência) produzirá 110 dB (Percepção de dobro do volume)
Maximizar este alto-falante em 100 watts produziria 120 dB SPL – que é o dobro do volume percebido do primeiro exemplo, com a mesma potência. Então, você pode ver por que os watts não são tudo.
Muitos fatores de design influenciam a eficiência de um alto-falante. Na JBL, por exemplo, desenvolvemos transdutores extremamente eficientes que podem fornecer SPLs mais altos com menos watts.
Nossa tecnologia de alto-falantes e drivers, são pensando em como trabalhar com maior eficiência e a forma mais eficaz de remover o calor com mais eficiência, o que reduz a compressão de potência, que acontece quando a bobina aquece e sua resistência aumenta. E incluímos limitadores avançados que permitem que você force nossos sistemas com mais força sem distorção ou danos.
Mantendo as coisas em perspectiva
Quando se trata de entender as especificações das caixas acústicas, há muito o que absorver. Mas o importante é sempre interpretar as especificações de olho no quadro geral e lembrar que números impressionantes nem sempre se traduzem em números utilizáveis no contexto de outras especificações. Por exemplo, você terá uma experiência melhor com uma caixa acústica com classificação de SPL máxima de 130 dB que atinge até 40 Hz na saída de pico do que uma caixa acústica com classificação de 135 dB que só pode reproduzir até 60 Hz na saída de pico.
No final das contas, a qualidade do som é sua referência final, e seus ouvidos são o melhor juiz. Concentre-se na escuta crítica, com avaliação cuidadosa de todas as especificações, e você poderá tomar uma decisão confiante e selecionar um sistema adequado para você ou para seu cliente.
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Power Click lança o Voice Monitor MK II: controle total de retorno para cantores e locutores
Novo amplificador de fones promete independência, qualidade de áudio e praticidade no palco ou estúdio.
A Power Click, marca brasileira reconhecida por suas soluções em áudio profissional, apresentou o Voice Monitor MK II, um amplificador de fones de ouvido individual desenvolvido especialmente para cantores e locutores. O equipamento promete ser a solução definitiva para o retorno de voz e som da banda, oferecendo controle total e independente sobre os canais de microfone e auxiliar.
Controle independente e som profissional
O Voice Monitor MK II permite que o próprio usuário ajuste o volume e a equalização do microfone e do retorno, garantindo autonomia durante ensaios, gravações ou apresentações.
O modelo conta com dois canais de entrada e saída — MIC e AUX —, projetados para atender diferentes necessidades:
- Input MIC: oferece retorno fiel da própria voz, com equalização de graves, agudos e efeitos de eco/reverb, ideal para cantores e locutores.
- Input AUX (para cantores): garante retorno de banda com alta qualidade, também com controle independente de graves e agudos.
- Input AUX (para locutores): permite receber informações ou instruções internas por canal auxiliar, audíveis apenas pelo locutor.
Versatilidade em qualquer setup
O equipamento inclui saídas (OUTPUTs) que permitem enviar o som do microfone e do auxiliar para mesas de som, sistemas de PA, gravadores ou outros dispositivos de áudio.
Importante: os controles de volume e equalização atuam apenas no fone de ouvido, sem alterar o sinal enviado pelas saídas — ideal para quem busca precisão no monitoramento sem interferir no som principal.
Design funcional e acessórios inclusos
O Voice Monitor MK II vem acompanhado de fonte de alimentação, suporte para fixação em pedestal de microfonee bag de transporte, tornando o uso prático tanto no palco quanto em estúdio.
Compacto, robusto e fácil de operar, o modelo mantém o padrão de qualidade que tornou a Power Click uma referência em áudio profissional desde 2002.
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WSDG aprimora o som e a segurança no estádio do River Plate na Argentina
O Estádio Más Monumental de Buenos Aires incorpora design acústico e audiovisual de nível mundial em sua transformação completa.
Após uma renovação integral entre 2020 e 2023, o Estádio Más Monumental, sede do Club Atlético River Plate e da seleção argentina de futebol, consolidou-se como um dos espaços esportivos e de entretenimento mais avançados do mundo.
Com capacidade para mais de 86 mil espectadores, é atualmente o maior estádio da América do Sul, estabelecendo um novo padrão global em infraestrutura e experiência do público.
Um dos pilares dessa transformação foi a modernização total do sistema de som, desenvolvida com a consultoria da WSDG, empresa internacional especializada em projetos acústicos e sistemas audiovisuais.
Som de precisão para um estádio histórico
O projeto foi realizado em colaboração com as marcas Bosch e Electro-Voice, combinando engenharia acústica avançada, cobertura uniforme e uma atmosfera sonora imersiva tanto para eventos esportivos quanto para grandes concertos.
A WSDG realizou uma análise técnica detalhada, propôs otimizações de design e supervisionou a calibração final no local, garantindo desempenho ideal em todas as áreas do estádio.
“Projetar para estádios é sempre buscar o equilíbrio entre clareza e energia emocional”, afirmou Sergio Molho, sócio e diretor de desenvolvimento de negócios da WSDG. “No Más Monumental conseguimos criar uma experiência sonora que potencializa cada palavra, canto e momento musical com precisão e força.”

De sistemas obsoletos à tecnologia de ponta
Durante anos, o River Plate dependia de sistemas de som temporários alugados, instalados ao nível do campo, o que resultava em cobertura irregular e baixa inteligibilidade.
O sistema fixo anterior, instalado originalmente para a Copa do Mundo de 1978, já estava tecnicamente ultrapassado.
“Um novo sistema de som era uma condição indispensável para a renovação”, explicou Rodrigo Álvarez, arquiteto-chefe e gerente de construção do clube. “Era essencial não apenas para aprimorar a experiência do público, mas também por questões de segurança. Buscamos parceiros com experiência comprovada em estádios, e foi por isso que escolhemos a WSDG.”
O projeto final integrou alto-falantes de fonte pontual distribuídos e arranjos lineares montados nas arquibancadas, gerenciados por processamento digital de sinal (DSP) para manter coerência sonora em todo o estádio.
A WSDG também aplicou sua metodologia Technical Interior Design (TID) em áreas internas, melhorando a clareza da fala e a qualidade acústica de ambientes complementares.
Desafios estruturais e logísticos
Integrar um sistema de última geração em uma estrutura construída na década de 1930 exigiu um planejamento minucioso.
“Foi necessário reforçar as estruturas de concreto, modernizar os sistemas elétricos e coordenar as instalações sem interferir nos jogos e eventos em andamento”, destacou Álvarez. “Apesar das limitações, o resultado é um sistema que se integra visualmente à arquitetura e eleva a experiência geral do estádio.”
Um novo padrão para torcedores e espetáculos
O impacto da modernização foi imediato. O River Plate encerrou 2024 como o clube com maior público do mundo, com média de 84.567 torcedores por partida e mais de 2,4 milhões de espectadores ao longo da temporada.
“A reação dos fãs e dos artistas foi extremamente positiva”, acrescentou Álvarez. “A melhoria na qualidade sonora foi perceptível desde o primeiro dia e foi um fator essencial para que o estádio fosse escolhido como uma das sedes da Copa do Mundo de 2030.”
Design que amplifica a paixão
“É aqui que o design encontra a emoção”, resumiu Sergio Molho. “Seja em um gol decisivo ou em um show esgotado, nosso objetivo é garantir que cada som chegue a cada pessoa com clareza, potência e sem compromissos. Quando o sistema desaparece e só resta a experiência, sabemos que o trabalho foi bem-feito.”
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Bose Professional anuncia ajuste de preços a partir de dezembro de 2025
O CEO John Maier comunicou a medida aos clientes da região das Américas, reforçando o compromisso da marca com a qualidade, a continuidade do fornecimento e o investimento em inovação.
A Bose Professional anunciou que realizará um ajuste moderado nos preços de todos os seus produtos a partir de 1º de dezembro de 2025, em razão do aumento contínuo nos custos de materiais, das tarifas internacionais e das pressões logísticas globais.
Em carta dirigida aos clientes, John Maier, CEO da Bose Professional, explicou que a empresa havia mantido seus preços estáveis durante o primeiro semestre do ano, como forma de oferecer estabilidade e transparência enquanto avaliava as mudanças no cenário comercial internacional.
“Nossos clientes mereciam estabilidade e transparência enquanto a situação global se ajustava”, afirmou Maier. “Graças a medidas como a renegociação de contratos com fornecedores, a transferência de parte da produção para regiões com tarifas menores e o uso de zonas de livre comércio nos EUA, conseguimos adiar o aumento por mais tempo do que a maioria das empresas do setor”.
No entanto, o executivo destacou que manter os preços atuais já não é sustentável sem comprometer a qualidade dos produtos e a capacidade de inovação da companhia. Por isso, o reajuste abrangerá todas as categorias de produtos da Bose Professional em toda a região das Américas.
Para reduzir o impacto sobre os projetos em andamento, a empresa informou que manterá os preços anteriores para todos os pedidos registrados ou orçamentos aprovados até 30 de novembro de 2025, desde que o envio esteja programado até 1º de janeiro de 2026. Os detalhes atualizados serão comunicados aos parceiros e distribuidores nos próximos dias.
Maier reforçou que a decisão “não foi tomada de forma leviana” e reiterou o compromisso da Bose Professional com seus clientes e parceiros de negócios: “Desde que nos tornamos uma empresa independente, nosso foco tem sido construir relações de confiança e longo prazo. Embora fatores globais estejam além do nosso controle, nossos valores permanecem os mesmos: apoiar nossos clientes com comunicação clara, fornecimento confiável e investimentos contínuos em inovação.”
Com essa medida, a Bose Professional busca garantir a sustentabilidade de suas operações e continuar desenvolvendo soluções que impulsionem o crescimento do mercado audiovisual profissional em todo o continente.
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