Alguma vez se perguntou como a pandemia está afetando os profissionais do mercado da música? Posso dizer que vai muito além dos prejuízos econômicos…
De acordo com a pesquisa, coordenada por Alberto Filgueiras, da Uerj, em parceria com Matthew Stults-Kolehmainen, do Hospital New Haven, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, houve um aumento de 90% nos casos registrados de depressão e 71% de aumento nos casos de ansiedade nesse momento de pandemia.
O mercado musical foi um dos primeiros a parar e tende a ser um dos últimos a voltar em sua totalidade, com isso, inevitavelmente muitos profissionais da área se viram em uma situação nunca antes vivida. Devido ao aumento que tivemos na procura por atendimento desses profissionais do nosso mercado, decidimos criar uma rotina de publicações simples e de fácil entendimento, em conjunto com a Música & Mercado sobre os assuntos relacionados ao autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, já que muitas pessoas não sabem identificar e não sabem a quem recorrer pois desconhecem ou possuem preconceito.
Mas o que é depressão e ansiedade? Será que você faz parte dessa estatística?
Diferentemente do que a maioria pensa, a depressão não é apenas uma tristeza imediata passageira, ela é muito mais profunda e duradoura, tornando toda e qualquer tarefa difícil, distante, sofrida ou incômoda. Já a ansiedade cria uma barreira para a realização de algumas tarefas, sejam elas mais complexas como a tomada de ação em um momento difícil, ou simplesmente coisas cotidianas como se relacionar com alguém, sair de casa, atender um telefone e etc… Enquanto a depressão causa uma profunda tristeza, falta de ânimo para agir, até mesmo para levantar da cama e alterações radicais no humor, a ansiedade causa outros tipos de reações no corpo que alteram completamente a forma de agir. O coração dispara, o corpo treme, a respiração acelera, em muitos casos causando até mesmo a sensação de pânico e medo.
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No gráfico abaixo ficará claro a diferença entre elas. No passado podemos ter lembranças boas ou ruins (alegria ou de dor) isso pode causar no futuro projeções que podem ser boas ou ruins (esperança ou de medo). Quando temos lembranças de dor do passado, que pode ser causada por algum evento de injustiça (falaremos desse assunto em outro texto), é aí que surge a depressão. Já a ansiedade aparece quando temos medo das projeções do futuro, ou seja, uma está relacionada a dor do passado e a outra ao medo do que está por vir.
Nesse momento de pandemia, estamos vivendo algo nunca antes imaginado pela maioria das pessoas, então naturalmente o medo “do amanhã” acaba sendo uma consequência para muitos, causando as crises de ansiedade. Já outras pessoas se culpam pelo fato de não terem se preparado melhor, atribuindo o problema atual a uma falta ou falha cometida no passado, o que causa uma profunda tristeza e decepção no presente, dando início a depressão.
Ambas impactam diretamente na ação presente e na maioria dos casos apresentam dificuldades principalmente relacionadas ao sono, dando início as insônias (dificuldade para dormir ou acordar no meio da noite e não conseguir retornar ao sono). Elas podem aparecer separadamente ou ao mesmo tempo.
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A importância do autoconhecimento e tomada de consciência sobre esse assunto
De maneira simples e superficial desmistificamos esse assunto tão complexo. Agora é hora de prestar atenção em si e avaliar se você faz parte dessa estatística. A tomada de consciência abrirá as portas para os próximos assuntos que trataremos. Dessa forma tudo fará mais sentido e os resultados virão.
Lembre-se sempre que devemos ter o melhor resultado dentro dos recursos que temos hoje. Não temos o poder de mudar o passado, mas podemos entende-lo e dar um novo significado a ele, assim como não podemos mudar os acontecimentos do mundo. Mas nossa tomada de consciência agora nos fará ter uma ação presente adequada para que tenhamos projeções de esperança no futuro.
Conte conosco, juntos faremos uma jornada de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal muito rica e valiosa.
Enquanto isso, preste atenção nas histórias que você conta do seu passado… são histórias de dor ou de alegria? Você se sente vitima ou fortalecido pelas experiências vividas? No próximo texto falaremos sobre a importância de contarmos as histórias certas sobre a nossa história, dando início ao processo de reprogramação do nosso cérebro para atingir resultados incríveis, até lá!
*Autor: Tiago Rausini, especialista em desenvolvimento humano e análise comportamental, com certificações internacionais nas áreas de Coaching e PNL. Formado em marketing com especialização em inteligência de mercado orientada a resultados, e desenvolvimento de produtos, marcas e serviços. Gerente comercial e marketing da Luen, atuando em outras importantes empresas no segmento musical nos últimos 12 anos. Fundador e treinador do instituto Kocsi. Instagram: @kocsi.oficial / E-mail: tiagodaniel@gmail.com
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas. Sócio Sênior da Price Capital Spa. E-mail: corporativo@pricecapital.cl Visite: www.pricecapital.cl
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
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Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
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Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.