Gestão
Martin Guitar mudará sua administração em 2021
Em meados de julho, a C. F. Martin & Co. (Martin Guitar) anunciou que a empresa está passando por um processo de sucessão executiva. Quais serão as mudanças?
Christian Martin IV decidiu que, no final de sua presidência da associação NAMM em julho de 2021, assumirá o cargo de presidente executivo da C.F Martin & Co. Ele continuará sendo Presidente do Conselho e a propriedade familiar da empresa continuará.
“Passei mais de 40 anos nos negócios da minha família e foi muito emocionante”, disse Chris Martin, presidente e CEO da empresa. “Agora cheguei ao momento em que é hora de mudar para o cargo de presidente executivo. Confio na equipe de liderança atual porque sei que eles amam a empresa tanto quanto eu e trabalharei em estreita colaboração com eles durante essa transição”.
Jacqueline Renner, Presidente da C.F. Martin também anunciou seus planos de se aposentar em 1º de outubro de 2021, sentindo que, com a mudança de Chris, também era hora de fazer sua transição. “Gostei muito de trabalhar com Chris e todos os nossos parceiros nos últimos cinco anos para fortalecer a Martin Guitar. Espero continuar fazendo isso através do processo de transição executiva. Aprecio a abordagem planejada de Chris para uma transição suave para a empresa que beneficia nossos clientes, colegas de trabalho e também os músicos que a Martin Guitar procura inspirar.”
“Sou muito grato pelo apoio e liderança que a Jackie demonstrou como presidente nos últimos cinco anos”, disse Chris.
A Martin conduzirá uma busca por um CEO-Presidente que abrace e aprimore a cultura única da empresa e continue a melhorar a marca em todo o mundo. A empresa contratada para realizar essa busca é a Hudson Gain Corporation.
Chris Martin IV
Compartilhamos aqui uma pequena parte de uma entrevista que o site The Music and Sound Retailer realizou com Chris Martin IV em abril de 2019, onde ele conta como entrou no negócio da família, algo que até os 15 anos de idade ele não planejava fazer mas conhecemos o resultado!
O Martin contou: O divórcio da minha mãe e do meu pai foi ruim. Minha mãe fez todo o possível para me afastar do meu pai. Então, eu cresci com a família da minha mãe. O pai dela era físico. Ela nunca me disse que um dia eu poderia ingressar nos negócios da família. Mas eu sabia que tinha que fazer algo para viver e pensei no que gostava. Eu planejava frequentar a Universidade de Miami para estudar biologia marinha. Essa seria a minha carreira.
Mas, à medida que crescia, visitava Nazaré por algumas semanas, ficava com meu avô e entrava na fábrica. Uma vez Fred Walecki veio nos visitar. Fred tinha uma loja de música em Westwood, Los Angeles. Ele era amigo do meu pai e eles jogavam golfe juntos. De alguma forma, eu pude passar um tempo com Fred e ele me perguntou o que eu ia fazer depois do ensino médio. Eu disse que me candidataria à Universidade de Miami e estudaria biologia marinha. Ele disse: “Ok, você quer sair da cidade”. Eu disse a ele tinha morado em casa por muito tempo e que queria ir para algum lugar. Ele disse: “Você já pensou nos negócios da família?” Eu disse: “Estou curioso. Quando venho visitar, parece interessante.” Ele me perguntou se eu consideraria me expor um pouco. Perguntei-lhe como. Ele disse: “Se você vem para Los Angeles, provavelmente pode ir para a UCLA. E eu lhe darei um emprego na minha loja de música”. Eu disse a ele que parecia divertido. Meu avô, o Sr. Martin, me disse: “Uma boa base, se você for ingressar no negócio da família, é estudar economia”.
Então, fui para a UCLA como calouro para estudar economia. Fiquei impressionado. Eu era um garoto do leste que estava subitamente no caldeirão do sul da Califórnia, onde as pessoas eram mais bonitas que eu e pareciam ter mais dinheiro do que eu. Enquanto trabalhava na loja de música, Fred e eu rapidamente percebemos que não tinha ideia do que estava fazendo. Eu acho que Fred pensou que eu iria à loja de música sabendo do que estava falando. Então percebi que, se ingressasse no negócio da família, talvez descobrisse qual como funcionava tudo. A UCLA operava em um sistema trimestral. No meio do segundo trimestre, liguei para minha mãe e disse que não podia mais ir à escola. “Estou só. Não estou feliz. Vou abandonar a faculdade.” Houve um profundo silêncio no telefone. “Voltarei a Nazaré e vou trabalhar na fábrica.”
Ela disse: “Você vai fazer o que?” Eu disse: “Preciso descobrir do que se trata esse negócio”. Então voltei e comecei a trabalhar na fábrica. Pude trabalhar em um departamento por algumas semanas, depois me mudei para outro departamento por algumas semanas. E então meu avô e minha mãe disseram que eu precisava voltar para a faculdade. Então, eu fui para a faculdade comunitária local à noite. Finalmente fui para a Universidade de Boston e me formei em administração. Mas eu diria que, nos primeiros 14 ou 15 anos da minha vida, não pensei em fazer parte do negócio da família”.
A imagem usada neste artigo também pertence a The Music and Sound Retailer.
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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