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Manuel Monteiro: “Ser um bom vendedor é ser mais que um vendedor”

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Manuel Monteiro começou sua carreira vendendo fisicamente, mas aos poucos foi migrando para o on-line. Conversamos com Manuel para entender sua visão sobre ambas plataformas.

O profissional Manuel Monteiro é natural de João Pessoa-PB, mas três anos reside em Recife, Pernambuco. Há 19 anos no segmento de instrumentos musicais, áudio e iluminação profissional, iniciou sua carreira em 2001. Até 2013, Monteiro trabalhou exclusivamente com vendas ao público em lojas físicas e, de 2014 até o presente momento, vem se dedicando ao mercado digital, especificamente em marketplaces como Mercado Livre, B2W, Magazine Luiza, e redes sociais. 

Nesses 19 anos de experiência, Manuel passou por várias lojas nas cidades de João Pessoa e Recife e desempenhou diversas funções, como vendedor, sub-gerente, gerente de vendas, supervisor, comprador na parte de instrumentos e acessórios e mais recentemente supervisor de e-commerce em um grupo de lojas de Recife. 

A seguir Manuel conta mais sobre sua carreira e as vendas físicas e on-line.

M&M: Por que você escolheu trabalhar no segmento de instrumentos musicais? 

Manuel: Não foi por acaso. Desde pequeno, eu sempre gostei de música e instrumentos musicais. Lembro-me, que quando tinha entre cinco e seis anos, eu gostava muito de bateria, mas como meus pais nunca tiveram condições para comprar, pois vim de uma família humilde, eu mesmo construía a minha. Eu usava panelas, latas de leite epedaço de madeiras buscando construir a minha bateria e, no quintal de casa, ficava escutando músicas e tentava acompanha-las. 

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Quando a minha mãe ia pro centro da cidade, eu sempre pedia pra ela me levar com apenas um propósito: passar nas lojas de instrumentos musicais e ficar olhando as baterias. Eu babava e ficava feliz só em vê-las. Já em algumas ocasiões, ficava um pouco triste, pois eu pedia pra tocar, mas o pessoal das lojas não deixavam. Uma coisa que fazia muito era assistir shows das bandas na televisão, ficava o tempo todo vendo os bateristas e nem piscava os olhos. 

M&M: Quando conseguiu comprar a sua? Conte um pouco mais.

Manuel: Aos 16 anos, quando eu consegui o meu emprego como jovem aprendiz, fui juntando um pouco que ganhava, mesmo não sendo muito. Eu ganhava pouco e ainda ajudava minha mãe em casa. Em 2001, aos 19 anos, surgiu uma oportunidade de trabalhar como office boy numa loja de Instrumentos musicais.

Aquilo pra mim foi um sonho, pois veio na lembrança  as imagens de quando eu era pequeno, que ia para as lojas só pra ver as baterias e naquele momento, estar trabalhando em uma loja de Instrumentos, foi mais que uma realização, pois sabia que estava mais perto de realizar o meu sonho de criança: de poder comprar minha bateria de verdade. 

Acabei realizando o meu sonho de comprar uma bateria aos 17 anos, usada, mas era uma bateria de verdade.

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Após três meses trabalhando como office boy nessa loja, surgiu uma oportunidade de ser vendedor. Desde então, até os dias hoje eu continuo no ramo e não me vejo fazendo outra coisa na vida que não seja trabalhar com instrumentos musicais.  

M&M: Manuel, falando sobre o mercado atual. Quem é o comprador de hoje em dia? Como você definiria o perfil?

Manuel: O comprador de hoje em dia é mais exigente, porque ele tem a sua disposição todas as informações e referências sobre o produto ou serviço que pretende adquirir. 

O perfil varia muito de acordo com cada área. Pessoas procuram instrumentos musicais para presentear um amigo ou familiar, há também quem procure por instrumentos por hobby ou uso profissional, como profissionais da música de modo em geral.  

M&M: O que mudou no mercado nos tempos digitais?

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Manuel: O perfil do cliente mudou, com a popularização da internet e o aumento expressivo de seus usuários nos últimos tempos.Muitos clientes já chegam nas lojas físicas com os preços na cabeça, por pesquisas feitas na internet.  A procura por produtos e serviços nas plataforma digitais cresceu expressivamente. A quem não procurem mais por lojas físicas, dando preferência às compras online, e por existir uma concorrência maior devido ao mercado nacional, o cliente acaba ganhando com isso. 

Estimativas apontam cerca de 58 milhões de consumidores ativos na internet, esse número representa cerca de 27% da população brasileira, que tende a aumentar nos próximos anos. 

M&M: Quais os principais fatores que definem um bom vendedor de instrumentos e áudio?

Manuel: Quando se fala em ser um bom vendedor, na verdade não importa muito o segmento, pois um bom vendedor é bom vendedor em qualquer ramo de comércio, onde se trata em vender algo para alguém, desde que ele tenha conhecimento do produto que vende, e o principal, saiba ter um bom relacionamento com o cliente. Ser um bom vendedor,  na verdade, é ser mais que um vendedor. 


Nas próximas semanas postaremos várias colunas interessantes que Manuel escreveu para aqueles vendedores que procuram dicas e querem se profissionalizar ainda mais. Não perca!

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Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional

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O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber ​​Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.

No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.

Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.

Avaliação do Desempenho Financeiro

Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:

  • Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
  • Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis ​​(importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
  • Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
  • Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.

Ações Positivas e Áreas de Melhoria

Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:

  • Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
  • Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
  • Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.

Repensando Estratégias e um Plano de Ação

Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:

  • Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
  • Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
  • Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
  • Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).

Implementação e Monitoramento

Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:

  • KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
  • Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
  • Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
MusicaeMercado

Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.

*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl

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C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações

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A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.

A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis ​​em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.

Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”

Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”

Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”

Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.

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Como adotar o “figital” na sua loja

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A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.

Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.

Do balcão ao smartphone

Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.

Presença que conecta

As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.

O físico continua essencial

No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.

Click & collect: o melhor dos dois mundos

Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.

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Tecnologia a favor da música

Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.

Capacitação da equipe

Benson

A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.

Investir com inteligência

Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.

Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.

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