Distribuição
Guitarras Tokai chegam ao Brasil
Qual marca de guitarra fez Stevie Ray Vaughan trocar sua a Fender por uma réplica? A resposta ‘Guitarras Tokai’. Leia aqui e descubra o porquê!
Qual marca de guitarra fez Stevie Ray Vaughan trocar sua Fender por uma réplica? Descubra.
Era uma manhã de janeiro de 2009, na cidade de Anaheim, na California, quando Juliano Hayashida estava expondo os orgãos da Tokai numa das maiores feiras de instrumentos musicais do mundo, a NAMM Show. Os orgãos, produzidos no Brasil, da marca eram pela primeira vez mostrados para um público ávido de novidades e a expectativa era grande.

Juliano e Rodrigo Hayashida: parceria entre Tokai Brasil e Tokai Japão
Em um dado momento, quando Hayashida atravessava a feira para voltar ao seu estande, notou que havia uma marca homônima a sua, expondo também na gigante feira.
Era a Tokai Guitars, legendária fabricante japonesa, que marcou história com réplicas e modelos inspirados nas Stratocasters, Telecasters, Gibson SG, entre tantas outras.
“Na hora paramos para conversar com os responsáveis pelo estande das guitarras Tokai e eles ficaram surpresos com nossa marca de teclados no Brasil.”, explicou Juliano Hayashida para a Música & Mercado.
Ano após ano a fabricante japonesa e a Tokai no Brasil mantiveram relação cordial e respeitosa quando, novamente na feira NAMM Show, de 2015, realizaram um acordo entre as empresas. “Foi acertado que a Tokai Japão irá distribuir oficialmente nossos orgãos e teclados e nós, no Brasil, a linha de guitarra deles”.
Stevie Ray Vaughan usava Tokai
Ok, atualmente tudo se produz na China e instrumentos inspirados nos modelos da Fender, Gibson e Ibanez entram em grande quantidade no Brasil. Talvez isto possa fazer você, leitor, desvalorizar o que a Tokai Guitars fez no Japão no final da década de 40. Mas não confunda esta história da Tokai com o que ocorre atualmente. A começar pela situação do Japão, dois anos após o final da segunda guerra mundial, com a convergência da cultura ocidental permeando os países do oriente e o imaginário dos jovens da época.
A importação de produtos americanos era escassa e a necessidade de abastecer os sonhos dos músicos da época acabou tornando a Tokai Musical Instrumentos um simbolo no país. Primeiramente com gaitas de boca, seguindo por violões.
Em 1972, a empresa fez acordo com a Martin Guitars para vender partes de violão semi-acabadas, além do modelo Sigma. No ano seguinte, a empresa iniciou suas réplicas de produtos da Martin. Ainda na década de 70, surgiram as primeiras guitarras sólidas começaram a ser produzidas em quantidade considerável.
Passado o tempo, já na década de 80, a Fender estava em uma complicada situação financeira e – acredite – a Tokai Guitars se transformou no sonho de consumo de muitos profissionas ocidentais, então convencidos pelos detalhes no acabamento e sonoridade, que a marca passou a imprimir aos músicos de todo o planeta. Sim, a empresa ficou reconhecida por fazer instrumentos, em alguns casos, bem melhores que as proprietárias das marcas originais e com o preço bem maior. Como o caso das ‘Les Paul Reborn’, réplicas da Les Paul que ficaram lendárias pelas madeiras reconhecidamente melhores que as usadas pela própria Gibson. Estas guitarras, além de raras, se tornaram peças de colecionadores.
- Cópia do contrato de Steve Ray Vaughan com a Tokai Guitars
- Cópia do contrato de Steve Ray Vaughan com a Tokai Guitars
Relação tensa
Já com a tensa situação da Fender e a fama dos produtos da Tokai em plena ascenção, a original marca americana acabou por processar na época a fabricante japonesa
Você pode achar que a história da Tokai acabaria aí, mas não. A lenda diz que, como resposta, a Tokai endossou nada menos que o guitarrista Stevie Ray Vaughan, mestre do blues e um costumeiro tocador de Stratocaster. Foi uma revanche.
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Passado a questão, ainda na década de 80 a Tokai foi escolhida para produzir sozinha a Fender no Japão, mas uma mudança de última hora a construção da guitarra acabou passada para outra companhia. Porém, de 1997 a 2015 a Tokai e Dyna Gakki dividiam a produção dos produtos da Fender Japão, antes da abertura da empresa no país.
Hoje, a Tokai Guitars exporta modelos similares para todo o mundo e chega oficialmente ao Brasil através da Tokai, tradicional empresa de orgãos e pianos digitais.
“Os produtos não são baratos, eles valem o custo”, explica Juliano Hayashida, que junto de Haruo e Rodrigo Hayashida comandam a empresa. Resta agora o mercado brasileiro conhecer as guitarras que fizeram as gigantes tremer.
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Distribuição
Às vésperas dos 40 anos, Habro Music triplica faturamento
Com uma sucessão planejada e a injeção de uma liderança mais ousada, a distribuidora sai do modo “discreto” e projeta crescimento três vezes maior em 2025.
No competitivo tabuleiro do mercado musical brasileiro, a Habro Music era, até recentemente, o paradoxo de um gigante adormecido. Detentora de um portfólio invejável e com uma saúde financeira inquestionável, a empresa operava em um ritmo quase de manutenção, levando o mercado a percebê-la como tradicional, sem ego e “apagada”. Lojistas ouvidos pela Música & Mercado afirmavam que a visão externa era a de “uma empresa que sentou em cima de um monte de marca porque tem dinheiro, mas perdeu a vontade de brilhar”.
Essa era acabou
Em setembro de 2025, a Habro comemorou 40 anos de história. O ano de celebração coincidiu com mudanças que não estavam no radar do mercado, considerando o ritmo adotado nos últimos anos pela companhia. Convenhamos: a importadora, através de seus fundadores Alfred e Alec Haiat, era reconhecida como bem administrada e sólida financeiramente, mas também avessa a riscos e conservadora.
O ponto de virada veio com o processo de sucessão, agora sob a direção de Phillipe Haiat, filho de Alfred, que assumiu como COO. Phillipe promoveu uma reforma estrutural — ou, como eles mesmos definem, “um novo palco”. “Hoje estou à frente do negócio talvez com a mesma energia que os fundadores tinham há alguns anos. Mas acredito que nada se faz sozinho, e por isso me apoio em gente competente ao meu redor”, explica Phillipe Haiat. Entre as mudanças, desde outubro de 2024, Flávio Desenzi passou a liderar a diretoria comercial da Habro.
Sem ego, sem fogos de artifício
Com diretrizes claras, Desenzi enfatiza: “Está sendo apresentada nesta edição do Habro Sales Experience — HSE — nossa nova fase e posicionamento, reafirmando o compromisso de liderar o setor de instrumentos musicais com inovação, solidez e as marcas mais desejadas do mercado”. A 2ª edição do Habro Sales Experience, convenção da Habro Music, acontece de 2 a 5 de outubro no interior de São Paulo. “Iremos apresentar grandes novidades e estratégias para 2026, além de celebrar as conquistas e o crescimento notório da empresa”, complementa Samuel Galdino, gerente de marketing.
Em vez de campanhas pontuais, a empresa decidiu mexer no que realmente impacta o dia a dia do Lojista: estoque próprio pago, menos portas por SKU para proteger preço, representantes com metas e bônus, janelas de abastecimento mais curtas e um e-commerce que atua como laboratório — testando discurso, SEO, imagens e vídeos — para devolver à ponta um “pacote de venda” pronto para integrar ao site e às redes sociais da loja.
Os números confirmam a mudança: o faturamento triplicou em cerca de dez meses, e a projeção é encerrar o ano três vezes acima de 2024. Ninguém empilha esse gráfico só com boas intenções. O que está em jogo é uma filosofia antiga, agora aplicada com método: ninguém ganha sozinho. Se a margem não fecha na loja, a distribuidora não sustenta crescimento — e a Habro escolheu tornar isso regra de operação, não apenas slogan.

New Stage
A mudança começa por onde quase ninguém gosta de mexer: poder e processo. Os fundadores seguem próximos, como mentores e guardiões do jeito de fazer — empresa própria, não de banco; disciplina de caixa; aversão a prazos mirabolantes — e mantendo a tradição de representar muitas marcas. Entre os destaques, está o empenho na linha de áudio profissional, com a Alto, além da experiência passada na distribuição de marcas como Mackie e Focusrite.
“Vivemos hoje, sem dúvida, o melhor momento da empresa nos últimos 13 anos. Basta olhar ao redor do escritório para sentir uma empresa viva, motivada e confiante”, afirma Phillipe.
Em conversa com representantes comerciais, a Música & Mercado apurou que a Habro importará, até o fim de 2025, uma linha de produtos que trará três efeitos claros: Lojistas e consumidores animados e concorrentes preocupados. É hora de prestar mais atenção na quarentona Habro.
Audio Profissional
Bear Audio Video: uma nova voz na representação AV para a América Latina
Em fevereiro de 2025 nasceu a Bear Audio Video, uma empresa de representação comercial que já vem ganhando destaque no setor audiovisual da América Latina.
Mais do que um novo empreendimento, o projeto representa uma visão compartilhada em família, que une experiência, valores humanos e propósito claro: entregar mais valor ao mercado e fazer diferente.
“Mais do que um projeto profissional, a Bear Audio Video é a concretização de um sonho que vínhamos construindo há anos. Queríamos criar uma empresa que representasse valores como confiança, dedicação e excelência no trabalho”, afirma Viviane Schuch, diretora administrativa.
Da experiência global a uma proposta regional
Com mais de 25 anos de atuação na indústria audiovisual e em setores estratégicos como vendas internacionais, planejamento financeiro e gestão de contratos, Fred Schuch, diretor geral da Bear Audio Video, traz na bagagem experiências em grandes empresas globais como a Harman International. Viviane, por sua vez, tem trajetória sólida em instituições financeiras como o Banco John Deere e o De Lage Landen, com foco em consultoria jurídica e planejamento. Juntos, formam uma combinação de visão técnica e estratégica que se reflete no modelo de atuação ágil, humano e profissional da empresa.
A Bear Audio Video começa sua jornada representando três marcas norte-americanas de peso:
- Cerwin Vega (Los Angeles, CA): reconhecida pela potência e durabilidade de seus sistemas de áudio profissional, é um ícone no som automotivo e em eventos ao vivo.
- Diamond Audio (Los Angeles, CA): especializada em áudio automotivo premium, com foco em fidelidade sonora, tecnologia de ponta e design sofisticado.
- Vari-Lite (Dallas, TX): pioneira mundial em iluminação profissional para espetáculos, eventos e teatros, com alta precisão, confiabilidade e inovação.
Esse portfólio inicial permite atender a demandas em áudio, iluminação e integração, com soluções de alto desempenho para o mercado latino-americano.
Foco regional e expansão gradual
A empresa atua inicialmente em países estratégicos como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Uruguai, Paraguai, Panamá, Venezuela e Bolívia. O objetivo é ampliar gradualmente sua presença, agregando novas marcas ao portfólio e consolidando-se como uma referência em representação de vendas.
“A região tem um potencial enorme. Vemos um mercado dinâmico, com muita competência técnica e crescente demanda por soluções inovadoras. Mas também existem desafios logísticos, tributários e cambiais, que exigem proximidade e conhecimento local”, comenta Fred Schuch.
Suporte aos canais e participação ativa no mercado
A Bear Audio Video concentra seus esforços em fortalecer canais de distribuição e varejo, oferecendo suporte técnico, treinamentos, campanhas de marketing personalizadas e participação em feiras e eventos estratégicos.
A empresa já marcou presença na Sound:Check Expo (CDMX), na InfoComm (Orlando) e na NAMM (Anaheim), e planeja estar em outros eventos relevantes como SEMA, LDI e Conecta+ Música & Mercado.
Além disso, os sócios da Bear Audio Video estão percorrendo pessoalmente diversos países da região para fortalecer o relacionamento com clientes e entender as necessidades de cada mercado.
Tecnologia, tendências e futuro
Entre as tendências que a empresa aposta para o futuro do setor estão a integração AV sobre IP, a automação inteligente, o uso de IA em soluções audiovisuais e o crescimento de ambientes híbridos no segmento corporativo e educacional.
“Buscamos representar marcas que estejam alinhadas com essas mudanças e oferecer aos nossos parceiros as ferramentas para acompanhar essa evolução”, destaca Viviane Schuch.
A curto e médio prazo, a meta é fortalecer as parcerias com distribuidores e expandir o portfólio.
Em alguns anos, a empresa quer ser reconhecida como uma referência em representação comercial no setor AV latino-americano, conhecida por sua confiabilidade, proximidade com o mercado e compromisso com resultados.
“Queremos que a Bear Audio Video seja vista como uma empresa confiável, inovadora e parceira estratégica para o crescimento sustentável do setor audiovisual na América Latina”, conclui Fred Schuch.
Saiba mais sobre a empresa aqui.
Audio Profissional
Grupo Zónico leva o processador Outline Newton à Venezuela
O Grupo Zónico, referência em produção de eventos e tecnologia de entretenimento com mais de 20 anos de atuação, acaba de ser nomeado distribuidor oficial do processador de áudio Outline Newton na Venezuela.
A parceria reforça a posição da empresa no mercado ao trazer para os profissionais locais uma tecnologia de gestão de sinais reconhecida internacionalmente — e utilizada em turnês, festivais e shows de grande porte ao redor do mundo.
Hugo Morillo, diretor do Grupo Zónico, destaca: “O Newton tem sido a solução preferida para produções ao vivo altamente exigentes em todo o mundo. Sua excepcional qualidade de áudio e integração perfeita com sistemas de qualquer marca permitem aos engenheiros de som superar desafios complexos com mais eficiência e confiabilidade.”
Diferente dos processadores de alto desempenho disponíveis hoje, o Newton é detentor de uma patente industrial. O equipamento combina uma arquitetura avançada de FPGA com a tecnologia exclusiva de filtragem WFIR da Outline, consolidando-se como padrão em processamento, roteamento e equalização de sinais em eventos de prestígio. Seu sucesso se deve à flexibilidade, confiabilidade e qualidade sonora excepcionais, tudo isso em um chassi compacto de 1U, controlado por uma interface de software intuitiva compatível com Mac e PC.
O histórico do Newton inclui participações em alguns dos eventos mais icônicos da indústria, como as edições do Glastonbury e Coachella, além de turnês mundiais de artistas como Roger Waters, Tool, Snow Patrol, Sam Smith, Kenny Chesney e Joe Bonamassa.
Durante a mais recente Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, o desafio de transmitir com clareza a mensagem do Papa Francisco a 1,5 milhão de peregrinos, espalhados por uma área de 3 km², foi superado com o uso de apenas dois processadores Newton. As unidades gerenciaram linhas de delay de até oito segundos, coordenando a transmissão de áudio por 103 km de fibra ótica, 1.100 alto-falantes em 109 torres de PA, 327 amplificadores e 300 switches de rede.
Morillo finaliza: “Com a chegada do Newton à Venezuela, estamos colocando o mercado local em sintonia com as mais avançadas produções globais. É um salto significativo que posiciona nossa indústria ao lado dos grandes players internacionais.”
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