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Bate-papo sobre lojas e mercado com Márcio Lacerda

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Experiência, conhecimento sobre o mercado e adaptação a estratégias on-line são pontos destacados por Márcio Lacerda, gerente comercial da Ninja Som. Confira mais a seguir.

Márcio Lacerda, gerente comercial da Ninja Som, reconhecida rede de lojas no segmento de áudio e instrumentos musicais, conta sobre sua carreira e dá opiniões sobre o mercado atual nestas cinco perguntas.

Márcio no evento Conteca+ Música & Mercado 2021

1-Como começou a sua carreira?

Estou no mercado de instrumentos e áudio profissional desde 1997, quando ingressei na Playtech da Santa Ifigênia. Lá permaneci até 2014, iniciando como vendedor, depois supervisor, subgerente e, por último, gerente comercial. Trabalhei também com a parte de marketing da empresa, estreitando relacionamentos com os maiores artistas do Brasil, nomes como Roberto Carlos, Calypso, Chitãozinho e Xororó, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Família Lima, Bruno e Marrone, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, todos na época apoiados pela empresa. Gerenciei a filial de Ribeirão Preto por quatro anos. Sendo uma das maiores lojas do segmento, tive a oportunidade de ver esse mercado voar muito alto, acompanhando toda a evolução, tanto de produtos quanto financeira e comportamental nesses 24 anos. Quando saí da Playtech, já com 16 anos de experiência, fui imediatamente admitido na importadora Equipo, onde tive a oportunidade de estar do outro lado das negociações e entender um pouco mais sobre importadores, dificuldades, facilidades, custos, impostos, logística e mais. Pela importância e dimensão da empresa, consegui absorver bastante conhecimento. Desliguei-me da Equipo quando fui convidado a gerenciar a Mundo Music, hoje uma loja do grupo Ninja Som, na Santa Ifigênia. Depois de um ano, a loja X5 Music me convidou para gerenciar sua filial do Centro, e para lá eu fui. Optei pela X5 Music por ter um mix de produtos mais direcionado a toda a minha carreira (instrumentos musicais e áudio profissional). Depois de dois anos na X5, fui convidado pelo Grupo Ninja Som a gerenciar sua pequena filial AV Musical, loja do grupo que necessitava decolar e de um profissional que pudesse atender a demanda dos clientes no mesmo nível das demais unidades. Gerenciando essa filial, ganhei destaque com números e diversos elogios de clientes, pois hoje, com o WhatsApp, podemos ficar 100% mais intimistas com o consumidor e assim avaliar suas sugestões e reclamações. Por último, como meu trabalho já se destacava há mais de 19 anos no mercado, fui convidado a gerenciar a loja Ninja Som da Teodoro Sampaio, em Pinheiros, onde já estou há cinco anos e com muito resultado positivo, trazendo na mala 24 anos de atendimento e conhecimento neste mercado que é tão singular, seleto e restrito. Fiz inúmeros cursos por essas empresas, de vendas, neurolinguística, gerenciamento e liderança, entre outros.

2-Quais as principais mudanças na história do mercado desde seu início?

As principais foram a chegada das vendas pela internet; os limites dos cartões de crédito, que subiram muito (antigamente, somente carnê); as aulas, que já não são 100% presenciais; a procura pelo principal instrumento musical, a guitarra, que caiu 70% no mundo; a introdução de diversos instrumentos novos no mercado e o próprio comportamento do consumidor, que ficou muito mais digital que o tradicional analógico. O grande fator prejudicial em nosso setor é a cotação do dólar, que leva os preços atualmente a patamares absurdos quando falamos do Brasil.

3-Como você vê o setor hoje?

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Vejo o setor se mantendo cada vez mais nas vendas por internet, porém ainda com uma demanda presencial, tendo em vista que muitos instrumentos, mesmo sendo os mesmos na linha de montagem, nunca serão os mesmos nos resultados. Instrumentos, principalmente os que são feitos de madeira, têm alma única, som singular. Cada violão, mesmo sendo feito 100% igual, tem seu som característico e singular, motivo pelo qual a loja física ainda é fundamental em nosso segmento, o que não acontece com outros produtos, em que você conhece um, conhece todos…

4-Com o comércio virtual, como você entende o desenvolvimento das lojas?

As lojas que não se atualizarem, treinarem e acompanharem esta evolução do e-commerce tendem a perder essa fatia do mercado, que é cada dia maior. A tecnologia avançada permite que remotamente você consiga ouvir, sentir o som de determinados equipamentos, porém, como a experiência presencial, prazerosa de tocar seu próprio instrumento nunca haverá igual. Motivo pelo qual aqui, em nossa rede de lojas, todos, sem exceção, são convidados a entrar na loja, testar o equipamento que gostariam, sem nenhum tipo de restrição a valores ou preconceito por aparências e tendências. A pessoa que entra em uma loja de instrumentos musicais hoje tem, sim, o sonho de tocar, de ser músico, de se destacar em sua igreja, comunidade, escola, pois é notório que o músico é um ser diferenciado, talentoso, seja qual for o instrumento que toque.

5-Qual é o segredo para se manter bem posicionado no mercado?

O principal segredo é o atendimento diferenciado, tanto presencial como remoto. Desde o meu primeiro dia no comércio, investi no relacionamento com o cliente. Atenção, carinho, cordialidade e até conselhos, bate-papos pessoais, pois muitas pessoas, além de procurarem um atendimento legal na parte comercial, também procuram atenção. Isso é fácil de perceber quando você demonstra que está interessado no assunto sobre o qual seu cliente está falando. Conseguindo conciliar essas virtudes, você terá uma legião de clientes e, o mais interessante, fiéis a você e ao seu trabalho. Posso provar, com conhecimento de causa, pelos 25 anos de atendimento e milhões de elogios, que o investimento no relacionamento é o que gera melhor resultado no comércio. Acredito que não só no comércio, mas como um todo em nossas vidas… Depois de tanto tempo, em tantas lojas diferentes, posso provar que as lojas são distintas, mas meu cliente sempre foi o mesmo, ou seja, gosta de ser 100% atendido com atenção, dedicação e principalmente com a solução de seus problemas pós-venda. O pós-venda que faço tem um resultado espetacular e, com a facilidade do WhatsApp, isso se modernizou e se agilizou. Sempre mando uma mensagem perguntando sobre como foi o atendimento e como poderia melhorar. O feedback é fundamental para continuar fazendo um bom trabalho.

 

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Dicas para melhorar a logística de assistência técnica e pós-venda

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Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.

Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.

Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.

  1. Centralizar o atendimento e padronizar processos

O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.

Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.

Boas práticas:

  • Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
  • Utilizar formulários online para abertura de chamados.
  • Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
  1. Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte

O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.


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De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.

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Estratégias recomendadas:

  • Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
  • Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
  • Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.

Caso real:

A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.

  1. Mapear indicadores de performance (KPIs)
  • A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.

  • Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.

Exemplo de métrica:

  1. Treinar e certificar assistências técnicas
  • Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.

  • Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
  1. Transformar o pós-venda em canal de relacionamento

Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.


Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.

Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.

  1. Comunicação clara e rastreabilidade

A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.


Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.

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Checklist de comunicação eficiente:

  • Envio automático de número de ordem de serviço.
  • Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
  • Canal direto para dúvidas pós-entrega.

A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.


Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.

Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.

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Lojista

Equipamentos compactos e portáteis ganham espaço nas lojas de música

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Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.

A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.

Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.

O que os clientes procuram?

  • Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.

  • Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.

  • Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.

O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:

“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”

Como a loja pode se adaptar

  • Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
  • Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
  • Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
  • Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.

Uma mudança no modelo de consumo

O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.

Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.

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Falece aos 73 anos, Jorge Menezes, fundador da Cheiro de Música: uma trajetória de pioneirismo no varejo musica

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Jorge Menezes

A comunidade de música e áudio profissional do Rio de Janeiro e entorno lamenta a perda de Jorge Menezes

Fundada em 1985, originalmente com uma loja de apenas 20 m² — atuando com rádios de pilha e aparelhos domésticos — a loja Cheiro de Música evoluiu sob a liderança de Jorge Menezes para se tornar uma referência no varejo de instrumentos musicais e áudio profissional. A empresa abriu filiais e conquistou o respeito de lojistas, músicos e técnicos.

Ele deixa três filhos, sete netos e sua esposa, além de um legado de empreendedorismo no setor musical. Há alguns anos, havia passado o comando da empresa para os filhos, garantindo a continuidade familiar do negócio.

Nascido em 1952, dedicou décadas à construção de uma marca que se tornou símbolo de tradição e confiança no mercado. O setor da música perde, neste momento, um empresário visionário cuja trajetória inspira gerações — e cujo impacto se estende para além da vitrine, alcançando profissionais e entusiastas de toda a cadeia musical.

Para o setor, a Cheiro de Música simboliza a transformação do varejo: partir de um tamanho modesto, apostar em diversificação, investir em expertise e marcas, e manter-se relevante ao longo das décadas. O falecimento marca não apenas a perda de um empresário, mas o encerramento de um ciclo que reflete o amadurecimento da cultura da distribuição e do varejo especializado no Brasil.

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