Conecte-se conosco
Shure

Music Business

Spotify divulga dados sobre royalties de 2022 com atualização do site Loud & Clear

Publicado

on

spotify royalties 2022 750x500

Até 2022, o Spotify já pagou quase US$ 40 bilhões para a indústria da música no mundo, incluindo os royalties por gravação e por publicação.

O Spotify paga cada vez mais royalties por streaming todos os anos, levando receitas e crescimento sem precedentes para os detentores de direitos de artistas e compositores. Em 2022, o Spotify ajudou a gerar mais de 20% de toda receita gerada por gravações de músicas no mundo todo, um salto em relação a 2017, quando essa porcentagem** era menor que 15%. Esse é um dos números recentemente adicionados ao site Loud & Clear, que mostra os progressos significativos em direção a uma indústria musical mais saudável e diversificada.

Além das informações sobre royalties de 2022, o site apresenta uma nova lista de 10 principais aprendizados, mais detalhes na seção Geração de receita ao longo dos anos, principalmente o número de artistas que ultrapassaram a marca de US$ 10 milhões em receita, e dois novos vídeos: um da série Como o dinheiro flui, com foco nos royalties editoriais da indústria, e outro de Como eles conseguiram, que conta as histórias de artistas.

O site Loud & Clear compartilha recursos para artistas e profissionais da indústria musical entenderem melhor o sistema de royalties, os players e todo o processo. 

Confira as principais descobertas com os dados atualizados de 2022

1. Os pagamentos totais do Spotify para detentores de direitos das músicas estão chegando a US$ 40 bilhões. O Spotify paga cada vez mais royalties por streaming todos os anos, levando as receitas e crescimento sem precedentes para os detentores de direitos de artistas e compositores. Entre esses detentores de direitos estão gravadoras, produtores, distribuidores independentes, organizações de direitos autorais de execução pública e instituições de arrecadação.

2. Quase 70% da receita gerados com música retorna para a indústria. O Spotify tem duas fontes de receita com música: tarifas de assinatura do Premium e taxas pagas pelos anunciantes no serviço gratuito. Quase 70% dessa receita retorna em royalties para os detentores de direitos, que então pagam artistas e compositores de acordo com seus contratos. Entre esses detentores de direitos estão gravadoras, produtores, distribuidores independentes, organizações de direitos autorais de execução pública e instituições de arrecadação. O Spotify não paga artistas ou compositores diretamente. 

Publicidade

3. O número de artistas que geram mais de US$ 10 mil ou US$ 1 milhão mais que dobrou nos últimos 5 anos. Os royalties do Spotify estão impulsionando artistas em todos os momentos da carreira. Em 2022, 57 mil artistas geraram mais de US$ 10 mil (em 2017, eles eram apenas 23.400). E 1.060 artistas geraram mais de US$ 1 milhão (um salto em relação aos 460 de 2017). Esses números mostram a receita gerada apenas no Spotify. Quando levamos em consideração os ganhos com outros serviços e com streamings de gravações, estimamos que eles tenham ganhado 4 vezes mais no total, além de outras receitas geradas por shows e merchandise. 

Zeus

4. Em 2022, pela primeira vez, 10.100 artistas geraram pelo menos US$ 100 mil só no Spotify. Há 5 anos, esse número era de apenas 4.300. E tem mais: esses artistas vêm de mais de 100 países ao redor do mundo. O streaming facilitou a entrada deles nas estatísticas. Artistas que tinham dificuldade em conseguir oportunidades no passado, agora estão encontrando novos públicos.

5. Em 2017, o 50.000º artista mais lucrativo gerou US$ 2.840 no Spotify. Em 2022, esse número quadruplicou, chegando a US$ 12.584. O Spotify e o streaming estão gerando uma indústria musical mais diversificada e saudável. Para comparação, uma estação de rádio normalmente repete as 40 músicas mais tocadas. E no auge das vendas físicas, as maiores lojas da indústria comercializavam só alguns milhares de artistas.

6. O Spotify pagou mais de US$ 3 bilhões a detentores de direitos editoriais nos últimos 2 anos. Pelos detentores de direitos editoriais, os compositores e produtores estão gerando receitas em nível recorde, impulsionadas pelos serviços de streaming. Nos últimos 2 anos, o Spotify pagou mais de US$ 3 bilhões a produtores, organizações de direitos autorais de execução pública e instituições de arrecadação que representam compositores. 

7. No Spotify, existem cerca de 200 mil artistas profissionais ou aspirantes em nível global, e eles geraram 95% de todos os royalties em 2022. Temos orgulho de conectar milhões de artistas a milhões de ouvintes no mundo todo. Alguns querem construir uma carreira, outros levam a música como hobby. Com base em dados do Spotify e de parceiros ligados à venda de ingressos, estimamos que existem cerca de 200 mil artistas profissionais ou aspirantes. Eles geraram 95% do total do fundo de royalties no Spotify e contribuíram com 15% das músicas enviadas diariamente para a plataforma. Muitos citam as 9 milhões de pessoas que carregaram músicas no Spotify, mas quando falamos de criar oportunidades financeiras, nosso foco são os 200 mil artistas profissionais e aspirantes.

Publicidade

8. Mais de um quarto de todos os artistas que geraram mais de US$ 10 mil fazem a distribuição por conta própria no Spotify. Muitos artistas trabalham com distribuidoras como a DistroKid, TuneCore, CD Baby, entre outras, para disponibilizar suas músicas por conta própria no Spotify (e isso está valendo mais do que nunca). Dos artistas que tiveram US$ 10 mil de receita no Spotify, um quarto deles trabalhou com uma distribuidora em 2022. Esses 14.700 artistas representam um aumento de 200%. desde 2017.

9. Quase 35% dos artistas que geraram mais de US$ 10 mil no Spotify vivem em países que não estão entre os 10 principais mercados da música. O streaming mudou o ecossistema da indústria, reduzindo as barreiras para os músicos e democratizando o acesso à música para ouvintes de todas as partes. Os artistas não precisam mais de um orçamento enorme para criar, distribuir e compartilhar a arte deles com o mundo. O Spotify está disponível em 184 mercados, o que ajuda esses artistas a conquistarem novos fãs. Dos 57 mil artistas que geraram mais de US$ 10 mil no Spotify em 2022, quase 20 mil deles vivem em países fora dos 10 principais mercados da música da IFPI (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido).

10. Em 2022, quase 3 mil artistas com catálogos enormes geraram mais de US$ 100 mil só no Spotify. Existem cerca de 3 mil artistas consagrados no Spotify com uma receita passiva considerável no catálogo, sendo que 80% dela vem de streamings de músicas com mais de 5 anos. Na era do CD, o grosso das receitas era gerado na semana de lançamento. Só que os serviços de streaming aumentaram o tempo de relevância das músicas, impulsionando os valores de aquisição históricos de vários catálogos.

**Porcentagem de receita gerada no Spotify com gravações de música, calculada com base no Global Music Report 2023 da IFPI.

Publicidade

Music Business

ECAD: O que você precisa saber

Publicado

on

ecad 750x500

Entidade, atividades de arrecadação e multas no setor musical brasileiro.

O ECAD — Escritório Central de Arrecadação e Distribuição — é uma entidade privada, sem fins lucrativos, encarregada da arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical no Brasil.

Ele é administrado por sete associações de gestão coletiva: ABRAMUS, AMAR, ASSIM, SBACEM, SICAM, SOCINPRO e UBC. 


O ECAD opera com base nas leis 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) e 12.853/13, que regulamentam os direitos autorais no país.

O que o ECAD faz

As principais funções do ECAD são:

  • Cobrar direitos autorais sempre que houver execução pública de músicas — em rádio, TV, eventos, shows, ambientes comerciais, plataformas digitais, etc.
  • Receber os valores pagos por esses usos, identificar as músicas executadas, apurar os titulares dos direitos e distribuir os valores às associações que representam esses titulares.
  • Manter em funcionamento o sistema de gestão coletiva: os titulares se filiam a uma das associações, cadastram suas obras musicais e fonogramas, e passam a ter direito de remuneração pelas execuções públicas.

Como funciona o sistema de arrecadação

a) Quem paga e quando

  • Qualquer utilização pública de música configura obrigação de pagamento, como bares, restaurantes, academias, shows, eventos, streaming e outros.
  • O valor é calculado com base em critérios que constam no Regulamento de Arrecadação, definido pelas associações que administram o ECAD. Fatores como o tipo de utilização (ao vivo ou mecânica), o ramo de atividade, a área sonorizada e a região socioeconômica podem influenciar o valor.
  • A cobrança pode ocorrer mediante boleto bancário e pode ser mensal (como para rádios, TVs, plataformas) ou eventual (como para shows ou eventos específicos).

b) Processo de identificação e distribuição

  • Os usuários de música fornecem informações como roteiro musical (setlist) ou relatórios de execução. Em alguns casos, o ECAD faz visitas em estabelecimentos para registrar execuções ao vivo ou com som ambiente.
  • Após identificação das músicas tocadas, o ECAD faz a distribuição dos valores arrecadados. Dos valores arrecadados, 85% são repassados para os titulares (compositores, intérpretes, músicos, produtores fonográficos). Outros 6% são para as associações e 9% ficam com o ECAD para sua administração.
Shure

Multas e sanções

  • A utilização pública de música sem pagamento ou licenciamento constitui violação da Lei 9.610/98. O ECAD alerta que, no caso de falta de pagamento, o infrator pode responder judicialmente por uso não autorizado de obras musicais e fonogramas.
  • No entanto, é importante destacar que o ECAD não pode multar diretamente o usuário no local; eventuais sanções costumam resultar em processo judicial.
  • Algumas empresas ou setores que não regularizam o licenciamento podem ser alvo de fiscalização e autuação. Por exemplo, bares ou lojas que toquem música ambiente sem pagar direitos autorais podem ter risco de cobrança retroativa.

Críticas e transparência

  • O ECAD já foi alvo de críticas quanto à transparência na arrecadação e distribuição, à forma de cobrança e aos critérios utilizados. Em comissão da Câmara dos Deputados houve questionamentos públicos.
  • Mas é importante dizer que todos os balanços e relatórios anuais são publicados anualmente no site da ECAD, dando transparência aos números, resultados e atuação. Além disso, a própria Lei 9.610/98 estabelece que o ECAD é o único órgão no Brasil habilitado a atuar na arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública de músicas. Já que não pode existir outro órgão com a mesma função, o Ecad é sim um monopólio, mas um monopólio previsto em lei.

Por que isso importa para músicos, produtores e empreendimentos

  • Para músicos, compositores e produtores: estar filiado a uma associação e manter suas obras cadastradas significa ter direito à remuneração sempre que essas obras forem executadas publicamente.
  • Para empreendimentos que utilizam música (bares, academias, eventos, shows, plataformas digitais): é necessário verificar se há licenciamento adequado junto ao ECAD. O não pagamento coloca o estabelecimento em situação de risco legal.
  • Para o mercado em geral: o sistema de arrecadação e distribuição garante que a música, como expressão artística e negócio cultural, seja remunerada e sustentável.

O ECAD opera como um elo central entre os criadores de música e os espaços que utilizam essas obras. Por meio da arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública, ele cumpre papel essencial na cadeia produtiva da música no Brasil. Entender seu funcionamento — quem paga, como se calcula, como se distribui e quais os riscos de não regularização — é fundamental para músicos, editoras, produtores e usuários de música.

Publicidade
Continue Lendo

Music Business

Ética no uso de vozes clonadas ou “deepfakes” na música


Publicado

on

vozes clonadas por IA 750x500

Direitos dos artistas, inovação tecnológica e o desafio da autenticidade no setor musical.

A tecnologia de clonagem de vozes e de geração de vocais por inteligência artificial está cada vez mais presente no universo musical. Softwares permitem imitar timbres, inflexões e estilos vocais de cantores, ou criar vozes totalmente novas a partir de poucos minutos de áudio.

Esse avanço abre possibilidades criativas, mas também levanta questões éticas e jurídicas significativas — especialmente quando a voz de um artista é utilizada sem consentimento ou quando o uso gera confusão sobre autoria. Neste artigo, analisamos o tema sob três perspectivas cruciais: o consentimento e os direitos do intérprete; a autenticidade e valor artístico; e os desdobramentos legais e regulatórios no Brasil e internacionalmente.

  1. Consentimento e direitos dos artistas

Um dos pilares éticos do uso de vozes clonadas na música é o consentimento informado. A voz humana é uma característica profundamente individual — um traço identitário que conecta o artista ao público. Portanto, quando uma voz é clonada ou alterada sem a autorização do titular, emergem riscos éticos e legais. Por exemplo:

  • O direito de publicidade (“right of publicity”) protege a utilização comercial da voz, imagem ou nome de uma pessoa reconhecida.
  • A tecnologia de clonagem vocal já foi utilizada em cenários fraudulentos: foi documentado que vozes falsas criadas por IA enganaram sistemas de segurança bancária.
  • Há registro de que as leis de direitos autorais nem sempre acompanham o avanço da IA — por exemplo, o relatório da United States Copyright Office aponta lacunas quanto à proteção de vozes clonadas no setor musical.

Caso real

O single “Heart on My Sleeve” (2023) utilizou vozes produzidas por IA no estilo dos artistas Drake e The Weeknd. O uso culminou em ação pela gravadora Universal Music Group por suposta violação de direitos autorais.

Para respeitar os artistas e evitar exploração indevida, é fundamental que haja contratos específicos quando se utiliza voz clonada ou gerada por IA — com cláusulas que estabeleçam quem autoriza, em que contexto, e de que forma os ganhos e responsabilidades serão divididos.

  1. Autenticidade, valor artístico e impacto no público
MusicaeMercado

Além dos direitos legais, há um debate ético maior: qual o valor da voz humana quando ela pode ser “clonada”? Será que o público percebe ou aceita essa substituição? E o que isso significa para o vínculo emocional entre cantor e ouvinte? Algumas considerações importantes:

  • A autenticidade vocal influencia a percepção de “artista real” e “performance genuína”. Ferramentas de IA tendem a replicar estilos, mas podem falhar em capturar nuances emocionais ou contextuais que o intérprete humano traz.
  • Há risco de diluição do valor artístico se vozes imitadas se tornarem comuns: obras produzidas em massa com vozes clonadas podem reduzir a distinção de “quem canta” e “quem foi ouvido”.
  • Por outro lado, a tecnologia oferece oportunidades para experimentação — por exemplo, revive-se timbres de cantores falecidos (com autorização), ou criam-se colaborações “póstumas”. O problema ético aparece quando não há transparência sobre o uso de IA.

Caso real

O debate sobre “song covers” com vozes geradas por IA inclui a reflexão de comunidades online: “Não há como fazer cumprir qualquer lei que exija que o consentimento da pessoa imitada seja obtido antes que uma representação digital dela seja criada por inteligência artificial.”

Publicidade

Do ponto de vista jornalístico e de mercado, é importante que metais de credibilidade (por exemplo, selos, plataformas de streaming) indiquem quando uma voz foi gerada ou clonada por IA. A transparência preserva a relação de confiança com o ouvinte e evita erosão da arte vocal como diferencial competitivo.

  1. Panorama jurídico e regulatório

No âmbito do direito, o uso de vozes clonadas ou deepfakes na música atravessa múltiplas frentes: direitos autorais, direito de imagem/voz, contratos, licenciamento de IA. Alguns marcos relevantes:

  • Um estudo apontou que o uso de tecnologias de clonagem vocal pode violar os direitos autorais tanto na fase de treinamento de IA (input) quanto na de produção de conteúdo (output).
  • A lei americana do estado do Tennessee, chamada ELVIS Act (Ensuring Likeness, Image and Voice Security), é um dos primeiros marcos para proteger vozes clonadas sem autorização.
  • Plataformas da música apontam que é necessário negociar licenças específicas para uso de vozes geradas por IA ou clonadas — sob pena de remoção ou sanções.

Panorama no Brasil e América Latina

Embora existam princípios gerais de direito autoral, direito de imagem e voz, a regulação específica sobre clonagem de voz por IA em música ainda está em formação. Revistas especializadas sugerem que o setor deve antecipar cláusulas contratuais que tratem de: autorização para IA, licenciamento da voz, divisão de receita, direito moral do artista, e indicação clara ao público.

Para o mercado latino-americano, inclusive o brasileiro, há urgência em:

  • Adaptar contratos de gravação e edição para contemplar voz gerada por IA.
  • Educar artistas, produtores e selos sobre riscos e obrigações.
  • Acompanhar o desenvolvimento regulatório em outros países para aplicar boas práticas.
  1. Diretrizes para o uso ético na música

Com base nas análises acima, segue um conjunto de diretrizes práticas — úteis para profissionais da música, selos, produtores e jornalistas — para navegar de forma ética o uso de vozes clonadas ou deepfakes:

Obter consentimento claro e por escrito do titular da voz, especificando os usos permitidos (álbum, streaming, comercialização) e se será usada IA para modificá-la/cloná-la.
Transparência para o público: indicar nos créditos ou metadados quando a voz foi criada ou clonada por IA.
Negociar participação nos royalties, caso a voz clonada tenha caráter comercial.
Verificar licenciamento da tecnologia de IA: direito de uso, exclusividade, responsabilidades.
Preservar o valor artístico: evitar que substituições de intérpretes humanos por vozes clonadas erosionem a identidade do artista.
Atualizar contratos e políticas internas dos selos para considerar o cenário IA — inclusive cláusulas de “uso futuro” da voz.
Monitorar a jurisprudência e regulação: entender como leis locais e internacionais estão evoluindo.
Educar o público e a imprensa sobre o que é “voz clonada” — para evitar confusões e manter a confiança na produção musical.

O avanço das vozes clonadas e dos deepfakes abre uma nova fronteira na produção musical: por um lado, uma promessa de inovação; por outro, um conjunto de desafios éticos, artísticos e legais. Como aponta o site Kits.AI: “Uma das questões éticas mais fundamentais… é o consentimento. A voz é um dos atributos mais verdadeiramente únicos de um indivíduo.”

Para o setor musical — e para publicações especializadas como a Música & Mercado — torna-se fundamental não apenas acompanhar as inovações técnicas, mas também liderar o debate sobre como mantê-las alinhadas aos direitos dos artistas, à autenticidade da arte e à confiança do público. Em última instância, o sucesso dessas tecnologias dependerá da combinação entre criatividade, ética e clareza jurídica.

Publicidade
Continue Lendo

Agregadora/multiservice

Deezer alerta: 28% das músicas enviadas à plataforma já são geradas por IA

Publicado

on

deezer IA 750x500

A Deezer está reforçando sua estratégia de transparência e exclusão de conteúdo sintético em playlists e recomendações.

A plataforma de streaming Deezer informou que mais de 28% das músicas que recebe diariamente são inteiramente geradas por inteligência artificial (IA). Esse número marca um crescimento acelerado em relação ao início do ano, quando o volume desse tipo de material representava 10% dos envios.

A Deezer implementa uma ferramenta de detecção capaz de identificar produções geradas por IA desde o início de 2025, tornando-se a única plataforma do setor a rotular explicitamente esse tipo de conteúdo.

Política de Exclusão

De acordo com a empresa, músicas produzidas inteiramente por IA não são incluídas em playlists editoriais ou recomendações algorítmicas, a fim de proteger a transparência e a distribuição justa dos royalties.

“Após um aumento significativo ao longo do ano, a música produzida por IA agora representa uma parcela significativa das entregas diárias de streaming, e queremos liderar o caminho para minimizar qualquer impacto negativo para artistas e fãs”, disse Alexis Lanternier, CEO da Deezer.

O executivo enfatizou que a medida visa prevenir fraudes — consideradas o principal fator por trás da entrega de conteúdo sintético —, ao mesmo tempo em que garante que os usuários tenham uma experiência clara e confiável.

Publicidade

Crescimento Acelerado

Os dados divulgados pela Deezer mostram a rapidez do fenômeno:

  • Janeiro de 2025: 10% das músicas entregues foram geradas por IA.
  • Abril de 2025: o número subiu para 18%.
  • Setembro de 2025: a taxa atingiu o recorde de 28%.

Um desafio para a indústria

Benson

O caso destaca um dos debates mais acalorados do setor: como gerenciar o crescente volume de obras musicais criadas com inteligência artificial, equilibrando inovação, direitos autorais e a sustentabilidade econômica de artistas humanos.

Continue Lendo

Áudio

Publicidade Canal oficial no WhatsApp - Música & Mercado

Trending

Zeus