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Smashing Pumpking revela que pagou resgate a hacker que ameaçava vazar músicas da banda

O vocalista Billy Corgan afirmou que ciberatacantes roubaram algumas das músicas mais importantes do álbum.

Billy Corgan, vocalista da banda de rock alternativo The Smashing Pumpking, revelou que hackers roubaram músicas da parte 3 do álbum Atum e que foi preciso realizar pagamento de um resgate para que elas não fossem veiculadas antes do lançamento ao mercado.

O vazamento poderia impactar negativamente na promoção e nas vendas do álbum e, por isso, a banda optou por pagar. Segundo o vocalista, quem roubou foi um mercenário que hackeou uma pessoa, a qual também detinha conteúdos de outros artistas e que, após fornecer informações ao FBI, os cibercriminosos foram localizados.

Por mais preocupante que seja o roubo de documentos e propriedades intelectuais de figuras públicas, a indústria por trás aparenta estar despreparada, tornando-se alvos fáceis de hackers.

“Passamos muito tempo falando sobre o impacto do ransomware para as empresas e o roubo de dados pessoais, de saúde e/ou financeiros. Todos eles têm um valor real de venda para os hackers e um impacto comercial de certa forma definível sobre as vítimas. O roubo e a venda ou o vazamento de propriedade intelectual é uma situação muito mais casuística. Cada organização – ou banda, neste caso – precisa determinar qual é o valor de sua propriedade intelectual e qual é o impacto de seu vazamento, seja ele vendido ou distribuído gratuitamente. O vazamento de propriedades artísticas, como músicas que podem ser duplicadas digitalmente um número infinito de vezes antes do lançamento oficial, pode afetar significativamente a lucratividade da banda e de sua gravadora”, afirma Felipe do Nascimento, diretor técnico da Tanium para América Latina. 

Nesse cenário, é importante considerar o risco de roubo de propriedade intelectual em qualquer esfera do processo que antecede o lançamento. O artista precisa manter sua obra segura desde a criação e a gravadora/estúdio precisam garantir que estarão preparados para uma ameaça, caso ela ocorra. 

“Eu ficaria curioso para saber que tipo de estipulação contratual poderia estar em vigor no setor para dizer ‘você tem que proteger seu conteúdo à medida que o cria’ como parte de seu contrato de gravação porque o produtor/gravadora tem interesse nisso. Como os artistas não são ‘funcionários’ com dispositivos gerenciados, como saber se os laptops em que escrevem as letras estão corrigidos e protegidos e se estão usando boas senhas para seus e-mails pessoais? Para a gravadora, ela tem requisitos sobre como e onde o novo material é armazenado? Como você aplica isso no processo criativo?”, complementa Felipe.

Está claro que ações precisam ser realizadas no mercado, já vimos diversos artistas conhecidos mundialmente sofrendo com vazamentos e isso não é positivo para nenhum dos lados. Os artistas e gravadoras precisam manter o sinal de alerta e investir em cibersegurança para seus sistemas, inclusive em notebooks particulares.

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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