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Precificar da maneira correta é o primeiro passo para ter um negócio lucrativo  

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Você tem um novo negócio? Uma nova loja? Saiba que o preço que você coloca nos seus produtos é fundamental para ter sucesso.

De acordo com dados do Ministério da Economia, 2,152 milhões de empresas foram abertas nos oito primeiros meses de 2020. É possível que boa parte desses novos negócios tenham surgido como consequência direta da Covid-19, visto que com o fechamento repentino das empresas e a falta de recursos para manter os colaboradores levou ao aumento do desemprego no país.

Sem trabalho, a saída, muitas vezes, é criar o próprio negócio e, com essa decisão, surge uma série de dúvidas. Se o empreendedor já definiu qual será o produto ou serviço que irá oferecer ao mercado, possivelmente começará a pensar nas formas para fazer esses produtos chegarem aos potenciais clientes e, ainda, qual será o valor para venda.

Saber definir os preços é essencial. É das vendas que o empreendedor retirará os valores para bancar custos fixos e variáveis, de onde virá o lucro e a possibilidade de manter o capital de giro positivo. Infelizmente, nem todo mundo sabe precificar e realmente não é muito simples chegar ao valor certo.

Para precificar um produto ou serviço corretamente é preciso considerar a cobertura total dos custos, o valor agregado da marca, os preços da concorrência, o perfil do consumidor que se quer atingir e uma série de outros fatores. O desafio está em encontrar o equilíbrio. Isso significa que não se pode cobrar tão barato a ponto de derrubar a lucratividade e tornar inviável a cobertura dos custos, mas também não é recomendável encarecer o produto a fim de se tornar pouco competitivo no mercado.

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Para conseguir estabelecer o preço ideal do item que se quer comercializar é extremamente importante conhecer os custos da empresa, diferenciando os custos fixos dos variáveis. Entre os custos fixos estão aquelas despesas que têm quase o mesmo valor todos os meses, como custo com equipamentos, aluguel, salários, etc. A conta de água, de luz, investimento em matéria-prima e outros encaixam-se entre os custos variáveis. Também é importante prestar atenção à questão tributária, ou seja, escolher o regime tributário mais adequado para a atividade desenvolvida a fim de não onerar o negócio.

Métodos de precificação

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Sabendo de tudo isso, é válido conhecer os métodos de precificação e escolher o mais adequado para cada negócios. Eles são os seguintes:

  • Markup: trata-se de um índice multiplicador. A partir dele o empreendedor tem mais segurança para negociar e oferecer descontos sem prejuízos para a empresa. A base para o cálculo é o custo da mercadoria, os impostos sobre a venda, o custo fixo e o lucro desejado. A fórmula é a seguinte: 100 ÷ [100 – (despesas variáveis + despesas fixas + lucro)].
  • Dobro do custo: bastante usada pelos varejistas, esse método consiste em dobrar o valor do custo do produto. O problema é que esse método não leva em consideração as demais variáveis, como tempo que o produto fica no estoque, custos de encargos, transporte, armazenagem, etc. Outro cuidado é saber se o valor total recebido da metade das vendas será suficiente para pagar impostos, comissões e toda as demais despesas fixas da empresa. Mas, se a empresa tem uma boa velocidade de vendas, essa pode ser uma fórmula interessante.
  • Precificação múltipla: é o método que usa valores baixos para atrair mais clientes e elevar as vendas. Com ele, o empreendedor agrega dois ou mais produtos à venda com preço único. Dessa forma, o consumidor tem a percepção de que está levando mais e pagando menos. Neste caso, o marketing precisa ser muito bem trabalhado para que não haja dificuldade de vender os produtos separados.

A precificação de serviços pode ser algo ainda mais trabalhoso devido à peculiaridade da situação no momento da prestação de serviço. O primeiro desafio está em lidar com a variabilidade dos serviços, o que requer investimento em treinamento e padronização para tornar a precificação mais certeira. Também é importante olhar para a perecibilidade do serviço e investir na qualidade do atendimento, aspecto que deve receber atenção especial, já que serviços são intangíveis.

Demanda e concorrência

Além disso, dois aspectos que precisam estar sempre na mira do empreendedor são: demanda e concorrência. O interesse do público pelo produto, a busca pelo serviço e os preços praticados pela concorrência são importantes termômetros para determinar quanto se vai cobrar.

O fato é que a precificação incorreta pode trazer efeitos graves para o negócio, afetando primeiramente a saúde financeira da empresa. É importante ter em mente que estabelecer os preços corretos dos produtos e serviços é um dos requisitos básicos para a sobrevivência do negócio. Se não houver planejamento e controle, os efeitos podem ser irreversíveis.

*Autor: Haroldo Matsumoto, especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia. 

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Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional

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O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber ​​Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.

No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.

Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.

Avaliação do Desempenho Financeiro

Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:

  • Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
  • Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis ​​(importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
  • Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
  • Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.

Ações Positivas e Áreas de Melhoria

Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:

  • Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
  • Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
  • Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.

Repensando Estratégias e um Plano de Ação

Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:

  • Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
  • Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
  • Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
  • Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).

Implementação e Monitoramento

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Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:

  • KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
  • Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
  • Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.

Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.

*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl

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C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações

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A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.

A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis ​​em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.

Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”

Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”

Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”

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Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.

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Como adotar o “figital” na sua loja

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A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.

Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.

Do balcão ao smartphone

Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.

Presença que conecta

As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.

O físico continua essencial

No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.

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Click & collect: o melhor dos dois mundos

Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.

Tecnologia a favor da música

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Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.

Capacitação da equipe

A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.

Investir com inteligência

Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.

Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.

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