Gestão
Logística na Black Friday: como se preparar?
Com a Black Friday no final do mês, os lojistas devem ficar de olho no estoque e na logística. Veja algumas dicas a seguir.
Muitos consumidores já estão a postos, fazendo pesquisas e listas com seus objetos de desejo, comparando preços, mas ainda com algumas dúvidas. Em se tratando de compras em tempos de pandemia, a principal dúvida é: será que chegará a tempo? Ou ainda: chegará?
A Black Friday é bastante conhecida pelos descontos oferecidos, que chamam a atenção dos consumidores, porém a comercialização brasileira, nessa data, ainda sofre com descontos problemáticos, assim como com entregas atrasadas. Você não quer fazer parte dessa estatística, certo?
A Black Friday ainda, é a promoção mais esperada do ano pelos lojistas e consumidores, especialmente no comércio digital. Em 2019, o e-commerce faturou R$ 3,2 bilhões. Segundo estimativa Ebit /Nielsen, o faturamento superou o desempenho de 2018 em 23,6%. Outro ponto bem importante: para atender essa demanda, é visível como a tecnologia tem assumido um papel essencial, desde o atendimento ao cliente até o uso de ferramentas para controle de estoque e armazenagem, ou ainda para distribuição e gestão total das entregas.
O controle de estoque assume grande importância nesse contexto e a preparação, tanto do estoque quanto da distribuição, deve ser meta do comerciante. Inclusive, uma gestão eficiente de rotas, com a possibilidade de otimização de espaço nos caminhões e entregas programadas dentro de um planejamento eficiente, torna-se fundamental. Afinal, quanto mais ágil e eficiente for a rotina de entregas do comércio para o distribuidor, mais rápido esse canal conseguirá repassar os produtos ao cliente final, agora muito mais alinhado com o modelo delivery de consumo.
Para que a experiência de compras na Black Friday realmente seja positiva para o consumidor, o comerciante pode, também, terceirizar a logística, o que pode resultar em um aumento de 60% na produtividade de seu e-commerce e, também, pode contribuir para aumentar a competitividade.
Entre as vantagens de terceirização da logística, temos a diminuição dos custos de estoque, assim como a empresa que terceiriza pode disponibilizar um contingente menor de seus profissionais no centro de distribuição terceirizado. Além disso, o comércio contratante pode valer-se do know-how da empresa contratada, bem como obter uma redução no preço final do frete e ainda garantir uma maior segurança no cumprimento de prazos, minimizando ou zerando o estresse gerado na last mile.
Sabemos que, nas entregas das compras, sejam de lojas físicas que passaram a vender online ou de lojas de e-commerce, o aspecto logístico costuma ser o elo mais frágil da cadeia, uma vez que dessas entregas depende a fidelização do cliente, a perspectiva do aumento das vendas e a consolidação da marca.
Em 2020, principalmente para a Black Friday, uma vez que essa data concentra um volume significativo de vendas de produtos os mais diversos, a logística deve ser muito bem planejada, para que todo o processo transcorra de maneira que vendedor e comprador fiquem satisfeitos.
As empresas precisam pensar no transporte de mercadorias de maneira racional para agilizar a entrega e entender que não se trata apenas de pensar a modalidade, se bi, tri ou quadrimodal, mas, principalmente cuidar para que agilidade, presteza e segurança possam se estabelecer como diferencial para o comércio.
Assim, deve-se pensar a agilidade por meio de acordos com empresas regionais ou locais, no caso de grandes centros, para compartilhar o gerenciamento do transporte e da entrega.
Outra modalidade disponível é o omnichanel, que se baseia na utilização de vários canais por uma mesma empresa. Com essa modalidade, o consumidor transita entre o mundo offline e o online naturalmente, pois há uma integração total entre as lojas físicas, as lojas virtuais e os compradores. Assim, a compra pode ser feita online e a entrega no balcão. Por exemplo: o cliente adquire um produto online e lhe é oferecida a alternativa de retirada do produto no balcão da loja, parceira para esse projeto de distribuição, diminuindo o tempo de espera e facilitando a verificação da integridade física do produto, possibilitando trocas imediatas. Dados estatísticos, apresentados no blog Maplink Global, comprovam que lojas que utilizaram essa modalidade de vendas tiveram acréscimos, como é o caso do Magazine Luiza, que teve 241% de aumento no e-commerce e 51% de aumento nas lojas físicas entre os anos de 2015 e 2018. Nesse último caso, pode até ser estabelecida parceria com a rede de transportadoras que serve a esse estabelecimento parceiro, quando o mesmo não possuir rede própria de entrega ou distribuição.

O momento é delicado, exige planejamento cuidadoso e, mais do que nunca, o cliente deve receber um tratamento extremamente atencioso. As pessoas estão mais vulneráveis e tudo que lhes disser respeito deve estar repleto de cuidados, e aí reside o grande desafio para a logística na Black Friday: não basta apenas garantir a entrega do produto, mas garantir essa entrega com a certeza de que todos os protocolos de saúde e segurança sanitária foram seguidos à risca, para garantir a saúde, a segurança e a satisfação do cliente.
*Autora: Alessandra de Paula é coordenadora dos cursos de Logística e E-commerce e Sistemas Logísticos na Escola de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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