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Exportação: dicas para evitar riscos nas vendas para o exterior

Diante do cenário atual causado pela COVID-19 e retração do mercado interno, muitas empresas apostaram na exportação como alternativa de crescimento e diversificação de mercados.

IsEurope

A ideia de captar novos clientes e novas oportunidades atraiu centenas de empreendedores para atuar no mercado externo. Contudo, quando se pensa em expandir vendas para clientes fora do país, é fundamental dar um passo para trás e analisar se a empresa está pronta para seguir nessa direção.

Muitas expansões fracassam simplesmente por falta de planejamento e por não considerarem todos os possíveis riscos da empreitada. “Desenvolver um mercado novo no exterior costuma exigir mais tempo e mais recursos do que os considerados inicialmente. Um erro comum, por exemplo, é o de usar o caixa da operação principal da empresa para financiar as vendas com prazos de pagamento mais longos. Esta decisão pode comprometer a operação principal e gerar danos irreversíveis à rentabilidade”, explica o diretor comercial da Euler Hermes Brasil, Luciano Mendonça.

Os custos iniciais para desenvolvimento de mercado no exterior costumam ser altos – e as receitas baixas – em especial nos primeiros meses. Portanto, o diretor alerta que é preciso certificar-se sobre a capacidade financeira antes de se aventurar pode evitar consequências como: redução do fluxo de caixa e busca desesperada por financiamento. “Além disso, os riscos de crédito, políticos e monetários também estão presentes: inadimplência do importador, expropriação de ativos pelos governos estrangeiros e flutuações no valor da moeda também podem ameaçar a sobrevivência da empresa no médio prazo”, complementa.

Como se proteger?

Para se proteger contra esses eventos e mitigar os riscos, o exportador pode contar com a ajuda de algumas ferramentas financeiras: uma delas é a carta de crédito bancária, que garante o recebimento da venda e elimina o risco de inadimplência. Porém, é o importador no exterior que absorve este custo, imobilizando parte do limite de crédito junto a seu banco, e seu preço não é baixo. Consequentemente, torna a venda menos competitiva, além de não ser todo importador que está disposto a apresentá-la.

Uma solução mais viável é o seguro de crédito à exportação. Esta modalidade de seguro protege o exportador contra a inadimplência de seus clientes, permitindo condições de pagamento a prazo sem contra-apresentação de garantias por parte do importador. Dessa forma, o exportador consegue oferecer condições mais competitivas no mercado internacional. E, em caso de inadimplência na data prevista, o processo de indenização do não pagamento será feito de acordo com os termos e condições da apólice.

PROEX

A contratação de quaisquer destes instrumentos habilita o exportador a acessar o PROEX – programa federal de fomento às exportações, operacionalizado pelo Banco do Brasil. O principal benefício do programa é o recebimento à vista dos valores das exportações feitas com pagamento a prazo, mediante uma taxa de desconto muito baixa. Para se beneficiar o exportador deve preencher alguns requisitos como: faturamento anual bruto de até R$ 600 milhões, prazos de pagamento das exportações entre 30 dias e 180 dias, além de estar adimplente com a União e adequado enquadramento nos NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul).

IsEurope

Portanto, pode-se garantir o sucesso de uma expansão internacional pela adoção de um destes instrumentos, mitigando os riscos e garantindo a rentabilidade da operação. 

Outras formas de proteção contra o risco de crédito estão no infográfico a seguir, fornecido pela Euler Hermes.

 

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