Music Business
“Music Is Power”: ONErpm celebra 15 anos com expansão, novos serviços e compromisso com a música independente
Presente em 32 países e com 46 escritórios, empresa reforça ecossistema que vai além da distribuição digital, com marketing, publishing, soluções SaaS e formação de artistas.
A ONErpm completa 15 anos em 2025 celebrando uma trajetória de inovação e apoio à música independente. Fundada em 2010 com a missão de democratizar a distribuição digital, a companhia consolidou-se como uma das maiores potências globais do setor e hoje opera em 32 países, com 46 escritórios e um portfólio de serviços que ultrapassa a distribuição: marketing, supply chain, soluções SaaS, inteligência de empreendedorismo, publishing, contabilidade e pagamentos globais, além de uma das maiores MCNs do YouTube.
Para Arthur Fitzgibbon, presidente da ONErpm Brasil, a caminhada é “inacreditável”: “Quando começamos, eu olhava para o Emmanuel naquela garagem e via ele como um visionário. (…) A ONErpm continua sendo o próximo grande negócio, muito diferente do que ela foi ontem, e diferente do que ela vai ser amanhã. Por isso é inacreditável o que essa empresa, esse sonho de um monte de gente, acaba proporcionando.”
Ao longo da década e meia, a ONErpm impulsionou milhares de carreiras com olhar atento à diversidade e à autonomia dos artistas. Andrea Biondi, diretora financeira da ONErpm Brasil, resume: “ONErpm é uma constante revolução. (…) Deu voz a novos gêneros, amplificou talentos e empoderou selos independentes — garantindo autonomia e poder para quem vive da música.”
Formação e ecossistema de serviços
Além da infraestrutura profissional, a empresa mantém frente educativa com o ONErpm Academy, programa imersivo de workshops, palestras e bate-papos com especialistas, pensado para preparar artistas e profissionais para os desafios da indústria.
Essa cultura de inovação sustentou a expansão do portfólio:
- 2015 – Lançamento do ONErpm Studios
- 2018 – Chegada da Diverge como braço criativo
- 2019 – Lançamento da Verge Record
- 2023 – ONErpm Publishing para monetização e gestão de composições
- 2025 – Enterprise Solutions, plataforma SaaS que adapta o CMS da companhia para gravadoras e detentores de catálogo; primeiro projeto dá origem à OFFstep, voltada a artistas DIY
Para Renata Gomes, diretora de Marketing Artístico da ONErpm Brasil, o ambiente favorece estratégias sob medida: “Aqui tenho a liberdade de impulsionar minha equipe para criar estratégias inovadoras e genuínas para os mais diferentes perfis de artistas.”
Resultados em escala
Desde 2010, a ONErpm contabiliza mais de 1 trilhão de visualizações, 5 milhões de álbuns lançados e 1,2 bilhão de inscritos somando todos os canais da rede.
Izabel Marigo, diretora de A&R no Brasil, destaca: “A ONErpm mudou a história da música, trouxe liberdade e transparência. (…) Orgulho de fazer parte e certeza de que temos muito mais pela frente.”
Marina Reis, head global de Operações, complementa: “A ONErpm celebra 15 anos de uma trajetória ousada e apaixonada por música. Que venham os próximos capítulos.”
Pessoas no centro
Com mais de 500 profissionais no mundo — 50% mulheres —, a ONErpm enfatiza diversidade, impacto social e desenvolvimento de talentos. André Agra, COO, define a evolução:
“Há quinze anos, a ONErpm era apenas uma ideia maluca com um grande coração. Hoje, é uma jovem adulta forte, saudável e global, cheia de energia, sabedoria e ambição imparável.”
Iasmine Amazonas, diretora global de Marketing Institucional, reforça o lema “Music Is Power”:
“Dos 15 anos que a ONErpm celebra este ano, 10 eu fiz parte. (…) Somos inovadores em tecnologia e únicos na abordagem — mas, no fim, são as pessoas, o amor e a dedicação que tornam tudo tão incrível.”
Music Business
Ética no uso de vozes clonadas ou “deepfakes” na música
Direitos dos artistas, inovação tecnológica e o desafio da autenticidade no setor musical.
A tecnologia de clonagem de vozes e de geração de vocais por inteligência artificial está cada vez mais presente no universo musical. Softwares permitem imitar timbres, inflexões e estilos vocais de cantores, ou criar vozes totalmente novas a partir de poucos minutos de áudio.
Esse avanço abre possibilidades criativas, mas também levanta questões éticas e jurídicas significativas — especialmente quando a voz de um artista é utilizada sem consentimento ou quando o uso gera confusão sobre autoria. Neste artigo, analisamos o tema sob três perspectivas cruciais: o consentimento e os direitos do intérprete; a autenticidade e valor artístico; e os desdobramentos legais e regulatórios no Brasil e internacionalmente.
- Consentimento e direitos dos artistas
Um dos pilares éticos do uso de vozes clonadas na música é o consentimento informado. A voz humana é uma característica profundamente individual — um traço identitário que conecta o artista ao público. Portanto, quando uma voz é clonada ou alterada sem a autorização do titular, emergem riscos éticos e legais. Por exemplo:
- O direito de publicidade (“right of publicity”) protege a utilização comercial da voz, imagem ou nome de uma pessoa reconhecida.
- A tecnologia de clonagem vocal já foi utilizada em cenários fraudulentos: foi documentado que vozes falsas criadas por IA enganaram sistemas de segurança bancária.
- Há registro de que as leis de direitos autorais nem sempre acompanham o avanço da IA — por exemplo, o relatório da United States Copyright Office aponta lacunas quanto à proteção de vozes clonadas no setor musical.
Caso real
O single “Heart on My Sleeve” (2023) utilizou vozes produzidas por IA no estilo dos artistas Drake e The Weeknd. O uso culminou em ação pela gravadora Universal Music Group por suposta violação de direitos autorais.
Para respeitar os artistas e evitar exploração indevida, é fundamental que haja contratos específicos quando se utiliza voz clonada ou gerada por IA — com cláusulas que estabeleçam quem autoriza, em que contexto, e de que forma os ganhos e responsabilidades serão divididos.
- Autenticidade, valor artístico e impacto no público
Além dos direitos legais, há um debate ético maior: qual o valor da voz humana quando ela pode ser “clonada”? Será que o público percebe ou aceita essa substituição? E o que isso significa para o vínculo emocional entre cantor e ouvinte? Algumas considerações importantes:
- A autenticidade vocal influencia a percepção de “artista real” e “performance genuína”. Ferramentas de IA tendem a replicar estilos, mas podem falhar em capturar nuances emocionais ou contextuais que o intérprete humano traz.
- Há risco de diluição do valor artístico se vozes imitadas se tornarem comuns: obras produzidas em massa com vozes clonadas podem reduzir a distinção de “quem canta” e “quem foi ouvido”.
- Por outro lado, a tecnologia oferece oportunidades para experimentação — por exemplo, revive-se timbres de cantores falecidos (com autorização), ou criam-se colaborações “póstumas”. O problema ético aparece quando não há transparência sobre o uso de IA.
Caso real
O debate sobre “song covers” com vozes geradas por IA inclui a reflexão de comunidades online: “Não há como fazer cumprir qualquer lei que exija que o consentimento da pessoa imitada seja obtido antes que uma representação digital dela seja criada por inteligência artificial.”
Do ponto de vista jornalístico e de mercado, é importante que metais de credibilidade (por exemplo, selos, plataformas de streaming) indiquem quando uma voz foi gerada ou clonada por IA. A transparência preserva a relação de confiança com o ouvinte e evita erosão da arte vocal como diferencial competitivo.
- Panorama jurídico e regulatório
No âmbito do direito, o uso de vozes clonadas ou deepfakes na música atravessa múltiplas frentes: direitos autorais, direito de imagem/voz, contratos, licenciamento de IA. Alguns marcos relevantes:
- Um estudo apontou que o uso de tecnologias de clonagem vocal pode violar os direitos autorais tanto na fase de treinamento de IA (input) quanto na de produção de conteúdo (output).
- A lei americana do estado do Tennessee, chamada ELVIS Act (Ensuring Likeness, Image and Voice Security), é um dos primeiros marcos para proteger vozes clonadas sem autorização.
- Plataformas da música apontam que é necessário negociar licenças específicas para uso de vozes geradas por IA ou clonadas — sob pena de remoção ou sanções.
Panorama no Brasil e América Latina
Embora existam princípios gerais de direito autoral, direito de imagem e voz, a regulação específica sobre clonagem de voz por IA em música ainda está em formação. Revistas especializadas sugerem que o setor deve antecipar cláusulas contratuais que tratem de: autorização para IA, licenciamento da voz, divisão de receita, direito moral do artista, e indicação clara ao público.
Para o mercado latino-americano, inclusive o brasileiro, há urgência em:
- Adaptar contratos de gravação e edição para contemplar voz gerada por IA.
- Educar artistas, produtores e selos sobre riscos e obrigações.
- Acompanhar o desenvolvimento regulatório em outros países para aplicar boas práticas.
- Diretrizes para o uso ético na música
Com base nas análises acima, segue um conjunto de diretrizes práticas — úteis para profissionais da música, selos, produtores e jornalistas — para navegar de forma ética o uso de vozes clonadas ou deepfakes:
Obter consentimento claro e por escrito do titular da voz, especificando os usos permitidos (álbum, streaming, comercialização) e se será usada IA para modificá-la/cloná-la.
Transparência para o público: indicar nos créditos ou metadados quando a voz foi criada ou clonada por IA.
Negociar participação nos royalties, caso a voz clonada tenha caráter comercial.
Verificar licenciamento da tecnologia de IA: direito de uso, exclusividade, responsabilidades.
Preservar o valor artístico: evitar que substituições de intérpretes humanos por vozes clonadas erosionem a identidade do artista.
Atualizar contratos e políticas internas dos selos para considerar o cenário IA — inclusive cláusulas de “uso futuro” da voz.
Monitorar a jurisprudência e regulação: entender como leis locais e internacionais estão evoluindo.
Educar o público e a imprensa sobre o que é “voz clonada” — para evitar confusões e manter a confiança na produção musical.
O avanço das vozes clonadas e dos deepfakes abre uma nova fronteira na produção musical: por um lado, uma promessa de inovação; por outro, um conjunto de desafios éticos, artísticos e legais. Como aponta o site Kits.AI: “Uma das questões éticas mais fundamentais… é o consentimento. A voz é um dos atributos mais verdadeiramente únicos de um indivíduo.”
Para o setor musical — e para publicações especializadas como a Música & Mercado — torna-se fundamental não apenas acompanhar as inovações técnicas, mas também liderar o debate sobre como mantê-las alinhadas aos direitos dos artistas, à autenticidade da arte e à confiança do público. Em última instância, o sucesso dessas tecnologias dependerá da combinação entre criatividade, ética e clareza jurídica.
Agregadora/multiservice
Deezer alerta: 28% das músicas enviadas à plataforma já são geradas por IA
A Deezer está reforçando sua estratégia de transparência e exclusão de conteúdo sintético em playlists e recomendações.
A plataforma de streaming Deezer informou que mais de 28% das músicas que recebe diariamente são inteiramente geradas por inteligência artificial (IA). Esse número marca um crescimento acelerado em relação ao início do ano, quando o volume desse tipo de material representava 10% dos envios.
A Deezer implementa uma ferramenta de detecção capaz de identificar produções geradas por IA desde o início de 2025, tornando-se a única plataforma do setor a rotular explicitamente esse tipo de conteúdo.
Política de Exclusão
De acordo com a empresa, músicas produzidas inteiramente por IA não são incluídas em playlists editoriais ou recomendações algorítmicas, a fim de proteger a transparência e a distribuição justa dos royalties.
“Após um aumento significativo ao longo do ano, a música produzida por IA agora representa uma parcela significativa das entregas diárias de streaming, e queremos liderar o caminho para minimizar qualquer impacto negativo para artistas e fãs”, disse Alexis Lanternier, CEO da Deezer.
O executivo enfatizou que a medida visa prevenir fraudes — consideradas o principal fator por trás da entrega de conteúdo sintético —, ao mesmo tempo em que garante que os usuários tenham uma experiência clara e confiável.
Crescimento Acelerado
Os dados divulgados pela Deezer mostram a rapidez do fenômeno:
- Janeiro de 2025: 10% das músicas entregues foram geradas por IA.
- Abril de 2025: o número subiu para 18%.
- Setembro de 2025: a taxa atingiu o recorde de 28%.
Um desafio para a indústria
O caso destaca um dos debates mais acalorados do setor: como gerenciar o crescente volume de obras musicais criadas com inteligência artificial, equilibrando inovação, direitos autorais e a sustentabilidade econômica de artistas humanos.
Music Business
Deezer entra na lista das empresas mais confiáveis do mundo em 2025, segundo a Newsweek
Plataforma de streaming é a única representante do setor musical no ranking global elaborado em parceria com a Statista.
A Deezer foi reconhecida pela revista norte-americana Newsweek como uma das empresas mais confiáveis do mundo em 2025. O ranking, elaborado pela consultoria Statista, avaliou mil companhias de 20 países com base na opinião de mais de 65 mil pessoas, além de análises detalhadas de reputação em redes sociais.
A plataforma, fundada na França e com atuação global, foi listada na categoria Mídia e Entretenimento, ao lado de grandes nomes da indústria como Warner Music Group e Universal Music Group. No entanto, a Deezer se destaca como a única plataforma de música entre todas as selecionadas.
“Estou extremamente orgulhoso que a Deezer seja considerada uma das empresas mais confiáveis do mundo,” afirmou Alexis Lanternier, CEO da companhia. “Esse reconhecimento mostra que nosso compromisso com a transparência no negócio da música ressoa não apenas com nossos pares na indústria, mas também com os fãs em todo o mundo.”
Compromissos que geram confiança
A classificação da Deezer no ranking está alinhada com os esforços recentes da empresa em temas como remuneração justa para artistas, combate à fraude no streaming e investimento em tecnologia, como sua nova ferramenta de tagging por inteligência artificial.
Lanternier destaca que esses fatores têm colocado a Deezer em evidência no cenário internacional. “A combinação entre tecnologia de ponta e experiências musicais em escala global — tanto no aplicativo quanto em nossos eventos presenciais — foi essencial para essa conquista.”
Reconhecimento em contexto global
A presença da Deezer no ranking fortalece sua imagem em um momento de transformações na indústria do entretenimento digital, onde confiança e transparência ganham cada vez mais peso nas decisões do público e dos parceiros comerciais.
A lista completa das empresas mais confiáveis do mundo em 2025 e a metodologia da pesquisa estão disponíveis no site oficial da Newsweek.
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