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Focusrite/Novation têm nova planificação no Brasil
O gerenciamento das marcas vinha sendo terceirizado em toda a região, inclusive no Brasil, mas em 2018 foi contratado um especialista encarregado das ações em nosso país. Confira!
Duas marcas altamente relacionadas com as novas tecnologias, a Focusrite e a Novation, estão passando por um momento de mudanças no Brasil. Emerson Jordão foi contratado em março de 2018 como gerente de vendas e marketing para se encarregar de ambas em nosso país. Isso e muitas outras mudanças estão trazendo vários benefícios para as marcas e para os usuários locais, com melhor serviço, treinamento e atendimento aos clientes.

Emerson Jordão
Emerson trabalhou para empresas como Pinnacle-Avid, tanto na divisão de vídeo quanto de áudio, onde foi gerente comercial do território Cone Sul. “Trabalhei com a marca Focusrite de forma indireta, pois a Avid tinha controladoras que usavam pré-amplificadores deles. A Novation eu conheci por meio de revendedores que distribuíam a marca. Sempre ouvi boas notícias no mercado e de usuários sobre ambas as marcas e linhas de produto, e sem dúvida, quando comecei a trabalhar com eles, tudo que ouvi não só se comprovou como foi além das minhas expectativas. Falo isso com relação à robustez, confiança e qualidade dos produtos, desde o mais básico para home studio até o mais profissional”, comentou. Vamos descobrir mais nesta entrevista!
M&M: Há vários anos o mercado mundial começou a mudar a respeito dos produtos analógicos/digitais, com os digitais passando a ser mais usados. Isso aconteceu também no Brasil?
Emerson: Sim, sem dúvida! Creio que a primeira razão para isso é o preço — quase tudo que se torna digital fica mais barato. Com isso o custo para se montar um home studio de alta qualidade baixou muito, dando mais possibilidades ao usuário.
Depois, creio que é a praticidade; em um país como o nosso, em que a infraestrutura para eventos costuma ser algo difícil de lidar, chegar preparado com um sistema digital para o “ao vivo” ou a gravação facilita muito. O que se faz hoje em uma FOH em termos de sonoridade versus velocidade é impossível se for analógico. A tecnologia Dante que está em nossa linha RedNet é uma prova dessa evolução. Compartilhar prés de mic, monitoração e conversões de protocolo via um cabo de rede é incontestável.
Em termos de mixagem, creio que todos mixam In the Box — mesmo que alguns usem mesas analógicas para summing e gravação, a mix final passa por uma DAW.
Do lado dos synths, o digital continua sendo bem usado por meio de plug-ins e controladores, mas está havendo um movimento bem interessante de retorno ao analógico, seja na manipulação ao vivo, seja na sonoridade, por exemplo, o Peak ou Bass Station II da Novation.
M&M: Como você vê o mercado brasileiro atualmente, no sentido comercial?
Emerson: Vejo com muita esperança, pois por onde passo, seja visitando lojas, seja estúdios ou seja participando de eventos e feiras, tenho conversado muito com as pessoas sobre isso e sentido mais confiança no mercado em geral.
Pelo que tenho estudado e visto, nosso comércio do mercado de áudio precisa ter maior aceitação e utilização de ferramentas digitais para vendas. Sem dúvida, ir a uma loja provar um instrumento pessoalmente é excelente, é um processo orgânico, mas quem não tiver um e-commerce caminhando junto tem grandes chances de diminuir ou até fechar.
O jeito de fazer música está mudando muito. Estão usando muitos instrumentos digitais, os quais muitas vezes não precisam ser testados pessoalmente — basta ver um vídeo no YouTube e você já sabe se precisa ou não daquilo.
Ainda existe muita resistência em nosso meio ao e-commerce, creio que por receio do desconhecido ou por saber que não é tão simples e fácil de fazê-lo. Tenho visto que quem está indo por esse caminho está alçando voos cada vez mais altos.
M&M: E sobre os usuários, eles estão aceitando os produtos da Focusrite/Novation? Ou, melhor ainda, eles estão prontos para trabalhar com produtos da Focusrite/Novation?
Emerson: Sim, com certeza, pois nossa linha tem oferecido muita qualidade na fabricação e na sonoridade. São soluções fáceis de instalar e usar, baixo suporte, além de terem dois anos de garantia, que é algo difícil de se ver nesse mercado. O usuário tem tanta coisa na cabeça que se perder muito tempo instalando ou com produtos com defeito, ele desiste da marca. Uma das grandes alegrias que tenho tido neste novo desafio é o feedback sempre positivo dos nossos clientes, seja usando produtos mais antigos, seja recém-lançados. É importante ressaltar que temos suporte e assistência técnica local por meio do distribuidor, pois sabemos que isso faz muita diferença na escolha de um produto.

Teclado 61 SLMKIII
M&M: A presença dessas marcas tem evoluído nos últimos anos no Brasil?
Emerson: Pelo histórico que recebi da fábrica, a marca estagnou em relação a outras partes do mundo, nas quais vem crescendo ano após ano. Um pouco pela crise e grande parte porque a gestão das marcas estava sendo terceirizada em toda a América Latina. Quando se tem muitas marcas para gerenciar e em muitos países, o foco acaba sendo somente a meta anual, sem olhar ao redor, faltando ações junto ao distribuidor, nas lojas e usuários. É preciso uma ação integral para que uma marca evolua e se mantenha no mercado por mais tempo. Com as mudanças que tivemos, com certeza em 2018 houve uma boa evolução das marcas no Brasil.
M&M: O que os profissionais locais estão buscando mais em relação às tecnologias?
Emerson: Penso que são soluções que proporcionam flexibilidade no fluxo de trabalho junto com qualidade e custo acessível. E, acima de tudo, segurança na tecnologia empregada em qualquer área.
M&M: A empresa está encorajando mais a educação no segmento de novas tecnologias no Brasil?
Emerson: Sim, temos feito várias apresentações e eventos junto com a ProShows, nosso distribuidor oficial da linha MI, e nosso revendedor para a linha Pro, a Music Company. Participamos das feiras AES Brasil Expo, Set Expo, Music Show, BRMC e temos apoiado eventos como o AES Produção Musical e o Mori, entre outros.
Além disso, a ProShows tem feito um trabalho excelente junto aos lojistas, atualizando seus vendedores sobre nossas tecnologias por todo o Brasil. Cremos que informar e educar é fundamental, por isso queremos evoluir também junto às escolas de música eletrônica e produção musical.
M&M: Quais as tecnologias que a Focusrite/Novation pode oferecer aos usuários brasileiros?
Emerson: Na linha de interfaces, creio que a evolução dos prés-amplificadores com a tecnologia AIR, que emula os prés ISA; o workflow flexível que usa o protocolo Dante para Audio-Over-IP e interfaces híbridas com múltiplos tipos de conexão no mesmo produto.
Na linha da Novation, seria o alto poder de produção com soluções portáteis, como Circuit, Peak e Circuit Mono Station, a maioria usando osciladores de última geração e muita facilidade de aplicação. O Circuit, por exemplo, não precisa de computador para produção musical, nem fonte de alimentação, tampouco fone de ouvido.
M&M: Como foi 2018 para a Focusrite/Novation no Brasil?
Emerson: Foi muito bom, pois tivemos grandes mudanças na visão e no modo de trabalho, não só aqui como em toda a América Latina.
A Focusrite contratou o Pepe Reveles como VP para toda a região e eu como manager no Brasil. Se não me engano, foi a primeira vez que contrataram alguém nessa região que já trabalhasse de forma direta para a fábrica.
Isso melhorou muito a relação entre os parceiros e a fábrica, trazendo maior aproximação e flexibilidade com os distribuidores e revendas.
No final de 2017 tivemos uma mudança na distribuição, que passou a ser feita pela ProShows, a qual tem muito conhecimento no mercado de MI, uma estratégia de negócios muito apurada e bem abrangente.
Pela primeira vez a Focusrite criou uma nova divisão separada da MI, que é a Focusrite Pro. Com isso abrimos seis revendedores especializados na linha profissional em toda a América Latina. No Brasil, a Music Company passou a atender essa área. Isso tudo trouxe mais sinergia e apoio mútuo entre os parceiros, resultando no dobro dos resultados do Brasil, em relação ao ano todo de 2017, já no primeiro semestre.

Emerson: Nossas campeãs de vendas são as interfaces de entrada Scarlett Solo e 2i2. A linha Scarlett, até a faixa de US$ 200, ocupa 60% do mercado americano e somos líderes mundiais em interfaces de áudio USB.
A venda da linha Novation teve um aumento considerável em relação aos outros anos e a escolha por essas soluções para produção musical e música eletrônica tem crescido dia a dia.
Lançamos recentemente novos produtos da linha RedNet, como a AM2 e a X2P, assim como a interface Red 16Line. Em outubro lançamos nosso mais poderoso teclado controlador, o SL MkIII da Novation.
M&M: Qual será o foco em 2019?
Emerson: Fazer mudanças e trabalhar para que os resultados cheguem sem demorar muito. Conseguimos adiantar muitas coisas em 2018 junto com nossos parceiros, o que nos dá um caminho mais claro a percorrer e maiores expectativas para 2019.
Ao que tudo indica, o mercado econômico está reagindo para melhor e isso traz confiança para o lojista e para o consumidor final.
Temos muito para avançar. O Brasil é muito grande, por isso nosso plano é de continuar dando total apoio aos nossos parceiros locais, ajudar a manter o mesmo padrão de suporte e atendimento ao usuário e promover eventos que aproximem os atuais e futuros clientes das nossas soluções e tecnologia.
- RedNet XP
- REDNET AM
- Redline
- Novation Peak
- Novation Circuit
- Linha Scarlett
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Power Click lança o Voice Monitor MK II: controle total de retorno para cantores e locutores
Novo amplificador de fones promete independência, qualidade de áudio e praticidade no palco ou estúdio.
A Power Click, marca brasileira reconhecida por suas soluções em áudio profissional, apresentou o Voice Monitor MK II, um amplificador de fones de ouvido individual desenvolvido especialmente para cantores e locutores. O equipamento promete ser a solução definitiva para o retorno de voz e som da banda, oferecendo controle total e independente sobre os canais de microfone e auxiliar.
Controle independente e som profissional
O Voice Monitor MK II permite que o próprio usuário ajuste o volume e a equalização do microfone e do retorno, garantindo autonomia durante ensaios, gravações ou apresentações.
O modelo conta com dois canais de entrada e saída — MIC e AUX —, projetados para atender diferentes necessidades:
- Input MIC: oferece retorno fiel da própria voz, com equalização de graves, agudos e efeitos de eco/reverb, ideal para cantores e locutores.
- Input AUX (para cantores): garante retorno de banda com alta qualidade, também com controle independente de graves e agudos.
- Input AUX (para locutores): permite receber informações ou instruções internas por canal auxiliar, audíveis apenas pelo locutor.
Versatilidade em qualquer setup
O equipamento inclui saídas (OUTPUTs) que permitem enviar o som do microfone e do auxiliar para mesas de som, sistemas de PA, gravadores ou outros dispositivos de áudio.
Importante: os controles de volume e equalização atuam apenas no fone de ouvido, sem alterar o sinal enviado pelas saídas — ideal para quem busca precisão no monitoramento sem interferir no som principal.
Design funcional e acessórios inclusos
O Voice Monitor MK II vem acompanhado de fonte de alimentação, suporte para fixação em pedestal de microfonee bag de transporte, tornando o uso prático tanto no palco quanto em estúdio.
Compacto, robusto e fácil de operar, o modelo mantém o padrão de qualidade que tornou a Power Click uma referência em áudio profissional desde 2002.
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WSDG aprimora o som e a segurança no estádio do River Plate na Argentina
O Estádio Más Monumental de Buenos Aires incorpora design acústico e audiovisual de nível mundial em sua transformação completa.
Após uma renovação integral entre 2020 e 2023, o Estádio Más Monumental, sede do Club Atlético River Plate e da seleção argentina de futebol, consolidou-se como um dos espaços esportivos e de entretenimento mais avançados do mundo.
Com capacidade para mais de 86 mil espectadores, é atualmente o maior estádio da América do Sul, estabelecendo um novo padrão global em infraestrutura e experiência do público.
Um dos pilares dessa transformação foi a modernização total do sistema de som, desenvolvida com a consultoria da WSDG, empresa internacional especializada em projetos acústicos e sistemas audiovisuais.
Som de precisão para um estádio histórico
O projeto foi realizado em colaboração com as marcas Bosch e Electro-Voice, combinando engenharia acústica avançada, cobertura uniforme e uma atmosfera sonora imersiva tanto para eventos esportivos quanto para grandes concertos.
A WSDG realizou uma análise técnica detalhada, propôs otimizações de design e supervisionou a calibração final no local, garantindo desempenho ideal em todas as áreas do estádio.
“Projetar para estádios é sempre buscar o equilíbrio entre clareza e energia emocional”, afirmou Sergio Molho, sócio e diretor de desenvolvimento de negócios da WSDG. “No Más Monumental conseguimos criar uma experiência sonora que potencializa cada palavra, canto e momento musical com precisão e força.”

De sistemas obsoletos à tecnologia de ponta
Durante anos, o River Plate dependia de sistemas de som temporários alugados, instalados ao nível do campo, o que resultava em cobertura irregular e baixa inteligibilidade.
O sistema fixo anterior, instalado originalmente para a Copa do Mundo de 1978, já estava tecnicamente ultrapassado.
“Um novo sistema de som era uma condição indispensável para a renovação”, explicou Rodrigo Álvarez, arquiteto-chefe e gerente de construção do clube. “Era essencial não apenas para aprimorar a experiência do público, mas também por questões de segurança. Buscamos parceiros com experiência comprovada em estádios, e foi por isso que escolhemos a WSDG.”
O projeto final integrou alto-falantes de fonte pontual distribuídos e arranjos lineares montados nas arquibancadas, gerenciados por processamento digital de sinal (DSP) para manter coerência sonora em todo o estádio.
A WSDG também aplicou sua metodologia Technical Interior Design (TID) em áreas internas, melhorando a clareza da fala e a qualidade acústica de ambientes complementares.
Desafios estruturais e logísticos
Integrar um sistema de última geração em uma estrutura construída na década de 1930 exigiu um planejamento minucioso.
“Foi necessário reforçar as estruturas de concreto, modernizar os sistemas elétricos e coordenar as instalações sem interferir nos jogos e eventos em andamento”, destacou Álvarez. “Apesar das limitações, o resultado é um sistema que se integra visualmente à arquitetura e eleva a experiência geral do estádio.”
Um novo padrão para torcedores e espetáculos
O impacto da modernização foi imediato. O River Plate encerrou 2024 como o clube com maior público do mundo, com média de 84.567 torcedores por partida e mais de 2,4 milhões de espectadores ao longo da temporada.
“A reação dos fãs e dos artistas foi extremamente positiva”, acrescentou Álvarez. “A melhoria na qualidade sonora foi perceptível desde o primeiro dia e foi um fator essencial para que o estádio fosse escolhido como uma das sedes da Copa do Mundo de 2030.”
Design que amplifica a paixão
“É aqui que o design encontra a emoção”, resumiu Sergio Molho. “Seja em um gol decisivo ou em um show esgotado, nosso objetivo é garantir que cada som chegue a cada pessoa com clareza, potência e sem compromissos. Quando o sistema desaparece e só resta a experiência, sabemos que o trabalho foi bem-feito.”
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Bose Professional anuncia ajuste de preços a partir de dezembro de 2025
O CEO John Maier comunicou a medida aos clientes da região das Américas, reforçando o compromisso da marca com a qualidade, a continuidade do fornecimento e o investimento em inovação.
A Bose Professional anunciou que realizará um ajuste moderado nos preços de todos os seus produtos a partir de 1º de dezembro de 2025, em razão do aumento contínuo nos custos de materiais, das tarifas internacionais e das pressões logísticas globais.
Em carta dirigida aos clientes, John Maier, CEO da Bose Professional, explicou que a empresa havia mantido seus preços estáveis durante o primeiro semestre do ano, como forma de oferecer estabilidade e transparência enquanto avaliava as mudanças no cenário comercial internacional.
“Nossos clientes mereciam estabilidade e transparência enquanto a situação global se ajustava”, afirmou Maier. “Graças a medidas como a renegociação de contratos com fornecedores, a transferência de parte da produção para regiões com tarifas menores e o uso de zonas de livre comércio nos EUA, conseguimos adiar o aumento por mais tempo do que a maioria das empresas do setor”.
No entanto, o executivo destacou que manter os preços atuais já não é sustentável sem comprometer a qualidade dos produtos e a capacidade de inovação da companhia. Por isso, o reajuste abrangerá todas as categorias de produtos da Bose Professional em toda a região das Américas.
Para reduzir o impacto sobre os projetos em andamento, a empresa informou que manterá os preços anteriores para todos os pedidos registrados ou orçamentos aprovados até 30 de novembro de 2025, desde que o envio esteja programado até 1º de janeiro de 2026. Os detalhes atualizados serão comunicados aos parceiros e distribuidores nos próximos dias.
Maier reforçou que a decisão “não foi tomada de forma leviana” e reiterou o compromisso da Bose Professional com seus clientes e parceiros de negócios: “Desde que nos tornamos uma empresa independente, nosso foco tem sido construir relações de confiança e longo prazo. Embora fatores globais estejam além do nosso controle, nossos valores permanecem os mesmos: apoiar nossos clientes com comunicação clara, fornecimento confiável e investimentos contínuos em inovação.”
Com essa medida, a Bose Professional busca garantir a sustentabilidade de suas operações e continuar desenvolvendo soluções que impulsionem o crescimento do mercado audiovisual profissional em todo o continente.
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