Gestão
Lojas de música: dicas para lojistas conquistarem seus clientes
Ir além da fronteira do consumo e criar uma experiência de relacionamento com o cliente tem sido um dos maiores desafios da geração. Veja aqui algumas dicas que podem ajudar.
Segundo Paulo Cesar Silva, consultor de atendimento a clientes da Mais Cliente e professor da ESPM, se destacam nesse cenário aqueles que seguem uma filosofia de centralidade do cliente, ou seja, quando o cliente e suas necessidades são claramente priorizadas naquele ambiente. Nesta semana do consumidor, o professor e as consultoras Luciana Locchi e Patrícia Rodrigues trazem dicas certeiras para lojistas.
Exerça o bom atendimento
“O atendimento sempre será o denominador comum. O lojista precisa exercer a empatia e mostrar que está ali para servir o cliente da melhor forma. Abra um sorriso, seja cordial, se mantenha à disposição sempre. Esse contato é muito importante”, diz Luciana Locchi, cofundadora do Clube da Mesa Posta e consultora de lojas de presentes, decoração e mesa posta.
Já para Paulo Cesar Silva, a melhor forma de garantir o bom atendimento é prevenindo, para tanto, contrate apenas pessoas que já tenham os seguintes pré-requisitos: “O serviço ao cliente aborda aspectos do servir, da delicadeza, da amabilidade, da simpatia e da paciência. Assim, não atraia problemas, todos na sua loja precisam ser amáveis, desde o estoquista até o vendedor”, orienta os especialista.
Contagie sua equipe
“Uma equipe capacitada e motivada implica em um ambiente agradável, limpo, organizado, o qual terá produtos bem dispostos, facilitando assim o bom atendimento do cliente. Uma boa consultoria poderá ajudar a encontrar as necessidades da equipe e do negócio de maneira geral”, aconselha Luciana.
Para o professor da ESPM, além do treinamento, outro fator decisivo para o incentivo equipe é o tratamento por parte da liderança. “A forma com que se trata os funcionários irá espelhar na forma com que eles lidarão com os clientes. Costumo dizer em meus cursos e palestras que, quando o cliente é mal atendido é porque antes o funcionário foi mal atendido”, afirma.
Pense no conforto do cliente
“Cada aspecto, por menor que pareça, é muito importante em um loja. Um simples detalhe como iluminação, por exemplo, é capaz de arruinar seu ponto de venda, pois pode trazer desconforto para alguns clientes”, explica Patrícia Rodrigues, especialista em visual merchandising e trade marketing.
“É preciso oferecer serviços que se enquadrem na regra 3CS, para conquistar a satisfação do cliente. Trata-se de um processo no qual é necessário investir mais esforço em Conveniência, Comodidade e Conforto. Logo, investir em soluções que facilitem a vida do cliente”, diz Paulo.
Cuide do visual da loja
Para Patrícia, o cliente não se preocupa com a ambientação da loja, antes sente, interpreta e reage a ela, consciente ou inconscientemente. “É muito mais interessante do que racionalizar. Ele deve apenas sentir e, quando isto acontece, estamos executando um visual merchandising virtuoso e reativo que, por consequência, se traduzirá em vendas, fidelização e fixação de sua marca. Em linha gerais, é fazer gol de placa”, complementa a especialista.
Aguce os sentidos do cliente
“Hoje a venda é muito mais do que produtos, está mais relacionada a experiências. Se esta filosofia não estiver na sua loja, a venda será apenas preço. Com algumas técnicas de marketing sensorial, é possível implantar essa estratégia na sua loja. O cliente poderá experimentar, ter novas sensações e seus sentidos totalmente aguçados pelo produto”, explica a consultora do CMP.
A especialista Patrícia explica a prática desse método. “Um cliente que quer comprar produtos para montar uma mesa para um jantar e que não tem grandes experiências, por exemplo, vai se sentir muito mais acolhido em uma loja que faça exposições de mesas temáticas como sugestões. Aquela loja se tornará referência para ele, um ambiente em que se sentirá acolhido e onde sabe que estará com especialistas no que ele está buscando”, completa Patrícia.
Imagem principal: Loja Nova Music (PE)
Gestão
Estratégia Financeira no Setor de Instrumentos Musicais e Áudio Profissional
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
- Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
- Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
- Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
- Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
- Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
- Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
- Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
- Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
- Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
- Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
- Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
- KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
- Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
- Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez
Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas.
Sócio Sênior da Price Capital Spa.
E-mail: corporativo@pricecapital.cl
Visite: www.pricecapital.cl
Gestão
C. F. Martin & Co. nomeia Scott Gervais como Diretor de Operações
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
Gestão
Como adotar o “figital” na sua loja
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.
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