Lojista
Loja: Toda Música baseia sua estratégia no atendimento
Equipe treinada, um amplo mix de produtos e projeto social para ajudar a comunidade local fazem da Toda Música um destaque no Rio Grande do Sul.
A Toda Música surgiu em um período de crise no mercado local, no ano de 2006, momento em que três antigos colegas de loja enxergaram uma oportunidade de oferecer ao mercado atendimento diferenciado e especializado.
“Nem sempre a oportunidade está relacionada a ganhos financeiros,” disse Fernando José Agostini, sócio da loja. “Às vezes a oportunidade pode ser de crescimento da empresa ou apenas de reorganização. Por exemplo, em 2019 abrimos uma nova loja. Esse investimento vem para que possamos aproveitar a oportunidade de nos reorganizarmos com os recursos humanos que temos, evoluirmos como empresa e aprimorarmos ainda mais nossos processos.”
É assim que a Toda Música vem amadurecendo ano após ano. Desde sua abertura em Novo Hamburgo – RS, seus gestores têm se preocupado com a evolução de seus processos, a organização de seus setores e a profissionalização de seus funcionários. “A competitividade atual do comércio não permite que tenhamos processos engessados e onerosos”, agregou Agostini.
A nova loja
Uma segunda loja foi inaugurada no primeiro trimestre de 2019. Fica em Sapiranga, uma cidade com 100 mil habitantes que é polo comercial de outras dez cidades do entorno. A inauguração foi realizada em março com a participação de clientes e fornecedores, músicos locais e a presença de Thomas Machado, vencedor do The Voice Kids 2018 e cliente da Toda Música.
“Em ambas as lojas somos uma referência local pelo atendimento especializado e pelos produtos que vendemos, nem sempre encontrados no mercado”, comentou o Sócio. “Por esse motivo, vamos continuar a trabalhar com esse foco. No primeiro mês da nova loja pudemos perceber que, por se tratar da Toda Música, os clientes chegam procurando produtos premium e faremos todo o possível para satisfazer suas necessidades.”
A Toda Música também conta com um site em que estão praticamente todos os produtos cadastrados. Fernando relatou que essa ferramenta tem ajudado muito nas vendas da loja física, pois os clientes acompanham os produtos que há na loja, por exemplo. Contudo, a venda pelo site não está sendo muito expressiva, tendo em vista “a guerra fiscal entre estados e nosso custo fixo operacional.”
Mix de produtos
Em ambas lojas, a Toda Música trabalha com as principais marcas disponíveis no mercado. A equipe de vendedores especialistas oferece um atendimento diferenciado, especialmente no setor de áudio profissional, que representa mais de 50% das vendas. “A principal marca com que trabalhamos é a General Audio (GA), fabricante local de caixas acústicas”, comentou.
Segundo Agostini, as marcas nacionais são muito bem-aceitas e até mais valorizadas que alguns produtos importados, e, nesses casos, os clientes esperam um produto mais robusto e mais bem-acabado.
“Trabalhamos com todos os produtos e marcas, independentemente de sua fabricação ser nacional ou importada. O que avaliamos é se o produto atende ao nosso cliente exigente e, principalmente, se a marca mantém uma política comercial viável”, explicou. “Infelizmente algumas empresas têm políticas comerciais que desfavorecem os consumidores do nosso estado, considerando as obrigações fiscais.”
Atendimento em destaque
“Somos uma loja de instrumentos musicais e equipamentos de áudio, por isso o atendimento de vendedores especializados que contam com uma equipe técnica externa, suporte nas vendas e o mix de produtos são nossos diferenciais”, explicou Fernando, e é nesses três pontos que a Toda Música baseia sua estratégia, com uma equipe bem capacitada que dá apoio aos produtos oferecidos pela loja.
Falando sobre os mais vendidos, desde o início, o carro-chefe da empresa tem sido o áudio profissional, seguido pelos instrumentos de corda.
Ações sociais
Fazendo parte da estratégia de promoção da empresa — além de promover a música e ajudar a comunidade local — se encontram os eventos, pois a loja realiza diversos workshops em parceria com seus fornecedores.
“Para a abertura em Sapiranga, por exemplo, fizemos uma sequência de três workshops de bateria, guitarra e áudio, respectivamente. Esses três eventos fizeram parte de uma iniciativa com fim beneficente envolvendo escolas municipais e a assistência social da prefeitura, realizando uma campanha de agasalhos e alimentos”, comentou.
A Toda Música realiza ações sociais constantemente, com seu projeto ativo desde 2010, em que o objetivo é levar música às escolas e comunidades carentes, sonorizando eventos sem fins lucrativos, “juntamente com nossa Clotilde, uma Kombi de 1971 totalmente restaurada que nos acompanha nessa iniciativa”.
“Estamos amadurecendo profissionalmente. Perceber que precisamos melhorar a cada dia faz com que o crescimento seja orgânico e contínuo, mas, claro, todo investimento em períodos de crise deve ser realizado com muita prudência. Uma sequência de pequenos passos pode facilitar as coisas”, finalizou Fernando.
Lojista
Dicas para melhorar a logística de assistência técnica e pós-venda
Como criar processos que fidelizam o cliente após a venda de instrumentos e equipamentos de áudio.
Em um mercado de instrumentos e equipamentos de áudio cada vez mais competitivo, o relacionamento com o cliente não termina na venda. A experiência pós-venda e o suporte técnico são fatores determinantes para a fidelização — especialmente em segmentos que envolvem produtos de alto valor agregado, como mesas digitais, interfaces de áudio, amplificadores e sintetizadores.
Empresas que estruturam uma logística eficiente de assistência técnica reduzem custos, ampliam a confiança do consumidor e fortalecem a reputação da marca. A seguir, reunimos práticas adotadas por distribuidores, fabricantes e lojas especializadas que buscam transformar o pós-venda em diferencial competitivo.
- Centralizar o atendimento e padronizar processos
O primeiro passo para melhorar o pós-venda é criar um canal único de atendimento técnico. Quando o cliente precisa buscar informações em múltiplos canais (telefone, e-mail, redes sociais), a percepção de desorganização aumenta.
Empresas como Yamaha e Roland, por exemplo, utilizam centros de serviço autorizados com cadastro integrado: o consumidor envia o número de série e recebe o status da análise em tempo real.
Boas práticas:
- Implementar sistema de ticket único (CRM integrado).
- Utilizar formulários online para abertura de chamados.
- Treinar atendentes para coletar dados técnicos de forma padronizada (modelo, número de série, defeito relatado, data de compra).
- Reduzir o tempo de diagnóstico e transporte
O tempo de deslocamento e avaliação técnica é um dos principais fatores de insatisfação no pós-venda.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Instrumentos Musicais (Abrafam, 2024), 60% das reclamações estão ligadas a prazos de conserto superiores a 30 dias.
Estratégias recomendadas:
- Criar estoques regionais de peças de reposição (SP, PR, PE, DF, por exemplo).
- Utilizar transportadoras parceiras com coleta programada em lojas e pontos de revenda.
- Automatizar a triagem inicial com vídeos ou fotos enviados pelo cliente antes do envio físico do produto.
Caso real:
A marca nacional Staner, no segmento de amplificadores e caixas ativas, reduziu em 35% o tempo médio de reparo após adotar um sistema de pré-diagnóstico remoto feito via WhatsApp corporativo, segundo dados divulgados na feira Conecta+ Música & Mercado 2024.
- Mapear indicadores de performance (KPIs)
- A qualidade do pós-venda precisa ser medida com dados.
- Monitorar indicadores como tempo médio de reparo (TAT), índice de reincidência de defeitos, nível de satisfação do cliente (NPS) e custo logístico por chamado é fundamental para corrigir gargalos.
Exemplo de métrica:
- Treinar e certificar assistências técnicas
- Fabricantes que investem em treinamento e certificação periódica das assistências autorizadas garantem maior uniformidade nos serviços.
- Cursos online e presenciais, manuais técnicos atualizados e acesso a esquemas elétricos são recursos que reduzem erros e melhoram a comunicação entre fábrica e oficina.
- Transformar o pós-venda em canal de relacionamento
Mais do que reparar produtos, o pós-venda pode gerar novas oportunidades de venda e relacionamento.
Empresas que mantêm programas de manutenção preventiva, descontos em upgrades e extensão de garantia transformam um problema técnico em uma nova interação comercial.
Exemplo: Alguns distribuidores oferecem a chamada “garantia estendida educacional”, voltada a escolas e estúdios, que inclui revisões anuais com desconto progressivo. Esse tipo de política reforça o vínculo de longo prazo e reduz o churn de clientes corporativos.
- Comunicação clara e rastreabilidade
A transparência é um diferencial competitivo. O cliente deve conseguir acompanhar o status do reparo e ter prazos definidos desde o início do processo.
Sistemas de rastreamento, envio automático de e-mails e relatórios padronizados ajudam a construir confiança.
Checklist de comunicação eficiente:
- Envio automático de número de ordem de serviço.
- Atualizações a cada etapa do processo (recebido, em reparo, finalizado, despachado).
- Canal direto para dúvidas pós-entrega.
A logística de assistência técnica e o pós-venda não são custos, mas ferramentas de fidelização.
Em um mercado onde a reputação circula rapidamente entre músicos e técnicos de som, oferecer suporte ágil e transparente é tão importante quanto lançar um novo produto.
Fabricantes e distribuidores que estruturam processos de pós-venda bem definidos — com dados, prazos e comunicação clara — transformam a assistência técnica em um ativo estratégico.
Lojista
Equipamentos compactos e portáteis ganham espaço nas lojas de música
Mini sintetizadores, interfaces de bolso e caixas de som com bateria refletem novas formas de consumo.
A preferência dos músicos por dispositivos compactos e fáceis de transportar está transformando a oferta de produtos no varejo musical. Mini sintetizadores, interfaces de áudio portáteis e caixas acústicas alimentadas por bateria consolidam-se como opções de alto desempenho que respondem à mobilidade, aos espaços reduzidos e às novas dinâmicas de produção musical.
Segundo um estudo recente da consultoria Music Trades, as vendas de equipamentos portáteis cresceram 18% em 2024no cenário global, impulsionadas por criadores independentes e músicos que buscam soluções práticas para gravar, ensaiar ou tocar ao vivo em ambientes não convencionais.
O que os clientes procuram?
- Flexibilidade: dispositivos que possam ser usados tanto em casa quanto em pequenos palcos.
- Autonomia: sistemas com bateria para apresentações de rua, parques ou eventos sem infraestrutura elétrica.
- Conectividade: interfaces de bolso que se integrem facilmente a computadores, tablets ou smartphones.
O tecladista e produtor argentino Martín Rosales, que atua entre estúdios e turnês independentes, resume a tendência:
“Hoje preciso de um setup que caiba em uma mochila, com o qual eu possa compor em um hotel e, no dia seguinte, usar em um show acústico. Os equipamentos compactos deixaram de ser um recurso secundário — são o centro do meu trabalho.”
Como a loja pode se adaptar
- Destacar áreas específicas: criar um espaço de “portabilidade”, onde o cliente possa testar mini sintetizadores, interfaces compactas e caixas de som portáteis em um mesmo ambiente.
- Oferecer pacotes combinados: bundles que integrem um controlador pequeno, uma interface e uma caixa portátil para quem busca soluções completas de gravação ou performance.
- Demonstrações ao vivo: microshows dentro da loja ou transmissões nas redes sociais que mostrem o desempenho real desses equipamentos.
- Educação do cliente: produzir conteúdos com comparativos, tutoriais e guias práticos que reforcem que o tamanho reduzido não significa perda de qualidade.
Uma mudança no modelo de consumo
O avanço da urbanização, a limitação de espaço nas residências e a popularização de formatos como bedroom producersou buskers (músicos de rua) estão por trás dessa transformação. Os equipamentos compactos permitem que artistas mantenham um padrão profissional sem depender de grandes estruturas.
Para as lojas, incorporar essa tendência significa não apenas ampliar o portfólio, mas também alinhar-se a um público mais jovem e conectado, que valoriza tanto a praticidade quanto a agilidade na criação musical.
Empresas
Falece aos 73 anos, Jorge Menezes, fundador da Cheiro de Música: uma trajetória de pioneirismo no varejo musica
A comunidade de música e áudio profissional do Rio de Janeiro e entorno lamenta a perda de Jorge Menezes
Fundada em 1985, originalmente com uma loja de apenas 20 m² — atuando com rádios de pilha e aparelhos domésticos — a loja Cheiro de Música evoluiu sob a liderança de Jorge Menezes para se tornar uma referência no varejo de instrumentos musicais e áudio profissional. A empresa abriu filiais e conquistou o respeito de lojistas, músicos e técnicos.
Ele deixa três filhos, sete netos e sua esposa, além de um legado de empreendedorismo no setor musical. Há alguns anos, havia passado o comando da empresa para os filhos, garantindo a continuidade familiar do negócio.
Nascido em 1952, dedicou décadas à construção de uma marca que se tornou símbolo de tradição e confiança no mercado. O setor da música perde, neste momento, um empresário visionário cuja trajetória inspira gerações — e cujo impacto se estende para além da vitrine, alcançando profissionais e entusiastas de toda a cadeia musical.
Para o setor, a Cheiro de Música simboliza a transformação do varejo: partir de um tamanho modesto, apostar em diversificação, investir em expertise e marcas, e manter-se relevante ao longo das décadas. O falecimento marca não apenas a perda de um empresário, mas o encerramento de um ciclo que reflete o amadurecimento da cultura da distribuição e do varejo especializado no Brasil.
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