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Cultura

Opinião: “LIVES – Todos falam em se reinventar… mas o que tenho visto não é nada novo”

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(Dean Rutz / The Seattle Times)

O que você chama de ‘reinventar-se’? Me assusta quando alguns empresários apostam que as Lives possam ser a ‘única saída’ para o retorno do mercado de eventos.

Não é nenhuma novidade que nosso setor é um dos mais atingidos por essa pandemia. Fomos os primeiros a ter que parar de trabalhar e não sabemos quando voltaremos e como voltaremos.

São milhares de empresas que geram milhões de empregos (formal e, principalmente, informalmente) em todo país.

Infelizmente, não sabemos o tamanho do estrago que essa pandemia está causando e ainda poderá causar, talvez não existam mais alguns CNPJ dentre essas milhares de empresas.

[blockquote style=”3″]Todos falam em se reinventar… mas, o que tenho visto, não é nada novo. São produtos ou serviços já existentes e poucos explorados anteriormente. [/blockquote]

Algumas empresas tiveram que demitir todos seus funcionários para garantir e honrar os direitos desses trabalhadores, outras, aproveitaram a onda e simplesmente demitiram, se livrando do passivo e ficarem com seus caixas ainda mais fortes pós crise, se isentando e empurrando toda a responsabilidade para o governo.

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Todos falam em se reinventar… mas, o que tenho visto, não é nada novo. São produtos ou serviços já existentes e poucos explorados anteriormente.

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Live (transmissão) e Cinemas ao ar livre

A transmissão via internet, por exemplo, que já era um serviço do nosso setor um tanto quanto saturado, e agora é visto e apresentada por muitos empresários como “uma ferramenta revolucionária”, e, nada mais é, do que uma tecnologia existente há anos no mercado e pouco explorada, até mesmo, pela saturação no mercado para tal serviço.

Sem dúvida alguma, que é uma oportunidade de gerar algum tipo de negócio, manter relacionamento, clientes e etc… mas, muito me assusta quando alguns empresários apostam ser a “única saída” para o retorno do nosso mercado.

Isso faz com que empresas que nunca tiveram esse serviço em seu portfólio, possam vir a ter (sem know-how e praticando preços ainda mais baixos aos que já eram antes e podendo “queimar” o produto), e, aqueles que tinham ou já tiveram, voltem a apostar nisso novamente de uma forma diferente, melhorando, acrescentando outras tecnologias e agregando valor.

Esse conjunto de serviços e tecnologias somados a transmissão podem e devem ser considerados como plataforma de serviços.

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Cine Drive-in também tem sido umas das ideias que voltaram a ser uma forma de movimentar a economia visando um pouco nosso setor.

Mesmo sendo muito pequeno perto do número de eventos que tínhamos, já são iniciativas que animam e faz com que vários desses trabalhadores possam, ao menos, sonhar em ter seus jobs de volta.

Profissionais do setor precisam trabalhar e se não conseguirmos gerar trabalho a eles, acredito que teremos uma perda enorme de grandes profissionais e ocorrendo isto, teremos um problema ainda maior, pois, se já não tínhamos mão de obra suficiente antes, imaginem agora ou daqui pra frente com tanta gente tendo que sustentar suas famílias de outra maneira?

Aproveitar o tempo

Acredito ser o momento para tentarmos capacitar os técnicos, produtores, diretores, clientes e quem mais possa agregar para que possam ocupar um pouco suas mentes sem que esqueçam ou deixem completamente o nosso mercado.

Antes, ao tentarmos fazer isso, a grande desculpa era falta de tempo, agora essa desculpa não existe mais, pois, tempo, muitos tem de sobra.

Nosso mercado sempre teve uma distância enorme entre valor de mercado e valor praticado, e isso preocupa ainda mais com o cenário de hoje, pois, podem ter muitas empresas que tenham que fazer de tudo para não deixar de existir.

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Como será isso? Não podemos voltar ao normal, temos que voltar melhores!

 

Foto: Dean Rutz

Cultura

Iniciativa inspirada em Villa-Lobos leva concertos gratuitos a escolas públicas de SP

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Brasil de Tuhu une educação, cultura e inclusão; em agosto, passa por cidades da Grande São Paulo e interior.

A musicalização como ferramenta de formação cidadã é o foco do Brasil de Tuhu, projeto que há 17 anos aproxima crianças da música de concerto em redes públicas de ensino. Inspirada no legado de Heitor Villa-Lobos, a iniciativa já impactou mais de 77 mil crianças em 13 estados e, em 2025, realiza uma nova etapa em 17 escolas públicas de nove cidades paulistas, ao longo de agosto e novembro.

As ações chegam a Barueri, Mogi das Cruzes, Sertãozinho, Ribeirão Preto, Campinas, Guarulhos, Franco da Rocha, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo, com uma programação pensada para estimular o aprendizado por meio da arte. “Queremos contribuir para um ambiente escolar mais criativo, acessível e acolhedor. A música tem esse poder de ampliar repertórios, gerar vínculos e fortalecer o desenvolvimento das crianças”, afirma Paula Sued, sócia e diretora de produção da Baluarte.

Música, teatro e educação integradas

Os concertos didáticos são protagonizados pelo Quarteto Brasil de Tuhu, sob direção pedagógica da violinista Carla Rincón, e contam com a participação da atriz e artista brincante Verônica Bonfim. O roteiro lúdico e envolvente é assinado por Tim Rescala, compositor e autor teatral. Em formato interativo, as crianças aprendem ritmo, melodia e harmonia, conhecem os instrumentos de cordas e se aproximam da linguagem erudita de forma acessível.

“Vemos crianças ouvindo pela primeira vez um quarteto de cordas, conhecendo Villa-Lobos, despertando para uma nova escuta”, destaca Carla Rincón, primeira violinista do quarteto e diretora pedagógica do programa.

Impacto social e formação de educadores

Além dos concertos, o Brasil de Tuhu disponibiliza conteúdos educativos e atividades complementares para docentes, fortalecendo a prática musical nas escolas após as apresentações. Mais de 1.300 educadores já participaram das formações, que em 2025 ampliam as abordagens para inclusão de crianças com deficiência intelectual.

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Nesta edição, a Vivência Musical gratuita para professores acontece em Franco da Rocha, em 27 de agosto. A proposta utiliza objetos do cotidiano (baldes, panelas, cumbucas, colheres de pau) junto a instrumentos para estimular expressão, jogos rítmicos e repertório pedagógico adaptável a diferentes contextos.

“Este é o sonho coletivo de musicalizar o Brasil, o mesmo que inspirou Villa-Lobos e que hoje inspira a nossa missão”, reforça Paula Sued.

O Brasil de Tuhu é realizado pela Baluarte, com patrocínio da GLP, copatrocínio do Grupo Priner e apoio do Grupo Farol, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), do Ministério da Cultura do Governo Federal.

Foto: Lucas Castroviejo

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Cultura

Teatro Opus Città anuncia inauguração com atrações nacionais e internacionais

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Espaço cultural na Barra da Tijuca funcionará em soft opening ao longo de 2025 e terá capacidade para até 3 mil pessoas.

O Rio de Janeiro ganhará um novo ponto de encontro para os amantes das artes e do entretenimento. O Teatro Opus Città, situado na Barra da Tijuca, confirmou sua inauguração para os próximos meses, operando inicialmente em formato soft opening. A proposta é testar e aperfeiçoar operações enquanto oferece ao público uma programação diversa, que contempla shows, peças teatrais, festivais, stand-ups e eventos corporativos.
A estreia da programação já tem data marcada: no dia 8 de agosto, o espetáculo “Tons de Comédia” reúne os humoristas Hugo Sousa, Gilmário Vemba e Murilo Couto. No dia 15, o humor internacional entra em cena com Morgan Jay, seguido pelas apresentações de Bruna Louise (16 e 17 de agosto) e Thiago Ventura, que encerra o mês no dia 31.
Os ingressos começam a ser vendidos no dia 24 de abril pela plataforma Uhuu.com e na bilheteria física do teatro, localizada na Avenida das Américas, 700. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30. O espaço é acessível para cadeirantes e pessoas com necessidades especiais e oferece estacionamento com mais de três mil vagas. Para quem prefere transporte público, a estação Jardim Oceânico do metrô está a poucos metros de distância.
Com 4.343,90 metros quadrados distribuídos em três andares, o Teatro Opus Città possui estrutura versátil, com plateia adaptável, frisas, camarotes e balcão. A configuração permite desde espetáculos intimistas até grandes produções, com capacidade total de até 3 mil espectadores. O projeto arquitetônico privilegia a visibilidade de todos os ângulos da casa.
O novo teatro será administrado pela Opus Entretenimento, considerada a maior plataforma de shows e eventos ao vivo do Brasil. A empresa já é responsável pela gestão de outros oito espaços culturais em diferentes estados, e promete repetir no Rio de Janeiro o sucesso de sua operação em teatros e arenas pelo País.

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Cultura

Harmonias Paulistas: Série documental exalta grandes instrumentistas de SP e homenageia Tom Jobim

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A música instrumental paulista ganha um novo espaço com a estreia da série Harmonias Paulistas, produzida pela Borandá Produções e disponível no canal da produtora no YouTube.

Com seis episódios inéditos, a série será exibida semanalmente até 26 de março, sempre às quartas-feiras, destacando alguns dos mais relevantes instrumentistas do estado de São Paulo.
Gravada entre agosto e novembro de 2024, a produção é conduzida pelo jornalista e crítico musical Carlos Calado, com direção artística de Gisella Gonçalves, idealizadora do projeto. A proposta é trazer à tona histórias marcantes e pouco conhecidas de músicos que construíram trajetórias fundamentais para a música brasileira.
Entre os protagonistas estão nomes de destaque como Paulo Bellinati (violão), Toninho Ferragutti (acordeom), Heloísa Fernandes (piano), Alexandre Ribeiro (clarinete), Roberta Valente (pandeiro) e Adriana Holtz (violoncelo).

Uma homenagem a Tom Jobim e à diversidade da música paulista

A série explora a versatilidade e a pluralidade da música instrumental paulista, transitando por gêneros como o choro tradicional, música erudita, jazz, forró e música caipira de raiz. Ao final de cada episódio, o público poderá assistir a uma performance exclusiva em estúdio com uma obra de Tom Jobim, homenageado da série. “A música de Tom atravessa todas as fronteiras e as interpretações feitas por esses grandes músicos foram emocionantes”, comenta Gisella Gonçalves.

Locais simbólicos e histórias de vida

Cada episódio foi gravado em espaços que guardam relação afetiva ou histórica com os artistas. Entre eles estão o Ó do Borogodó, tradicional reduto do samba e do choro em São Paulo, a Sala do Conservatório, o Parque da Água Branca e a Escola de Música do Sesc Consolação.
“É como abrir um baú de memórias preciosas, onde cada artista compartilha conosco não apenas sua música, mas também momentos decisivos que moldaram sua carreira”, afirma Gisella.

Compromisso com a acessibilidade

Harmonias Paulistas conta com interpretação em Libras, closed caption e legendas em inglês, ampliando o alcance do projeto no Brasil e no exterior.
A série foi viabilizada por meio do Edital 14/2023 da Lei Paulo Gustavo e tem apresentação do Ministério da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo e da Borandá Produções.
Os episódios podem ser assistidos gratuitamente no canal da Borandá Produções no YouTube.

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