Tutorial Instrumentos
Clarinetes e saxofones: cuidados e manutenção

Nesta coluna, com a colaboração do luthier Daniel Tamborin, mostramos alguns problemas e soluções que os clarinetistas e saxofonistas podem encontrar nos seus instrumentos.
Identificando e solucionando problemas
Os problemas mais comuns nos clarinetes e saxofones são os vazamentos e molas que se quebram. São os grandes vilões e que acabam deixando os músicos em situações delicadas nos momentos mais preciosos. Mas existe muito mais coisas que você precisa saber.
1. VAZAMENTOS
No clarinete, as sapatilhas estouram. Elas são feitas de um material chamado baudruche e tem um tempo de duração, que vai de um ano e meio à dois anos, a partir daí o risco de estourarem é grande ocasionando os vazamentos.
Os saxofones possuem as sapatilhas mais resistentes, porém apresentam problemas de desregulagem com o tempo.
As sapatilhas utilizadas nos saxofones Selmer são especiais, hidratadas e preparadas para água, duram muito tempo.
As clarinetas Buffet Crampom top de linha (Prestige e Tosca), estão utilizando uma sapatilha que chama gortex. É uma sapatilha comum feita de papelão, feltro e baudruche, e por cima, um material sintético semelhante ao teflon. Essas sapatilhas duram muito tempo, oito anos ou mais.
CUIDADOS
Muitos clarinetistas tem por hábito, soprar as sapatilhas quando a água se acumula. Não faça isso, a água se espalha deixando-a mais difícil de secar.
CONSERTANDO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Tem o famoso “Kit de Emergência Brasileiro”, que é elástico e fita teflon (aquelas brancas de consertar encanamento).
Nesta situação, o teflon pode ser utilizado. É a solução mais rápida e funcional. Coloque a fita sob a sapatilha estourada. Dessa forma é possível melhorar a vedação evitando uma situação delicada na hora de tocar.
O teflon deve ser visto como uma solução de caráter emergencial. Passada a situação de sufoco, é necessário trocar a sapatilha com problema.
2. SAPATILHAS GRUDANDO
Os clarinetista são muito detalhistas, e não gostam que as sapatilhas façam barulho, nem aquele barulhinho ao se descolarem. Já os saxofonistas não ligam muito para isso, mas sapatilhas grudando as vezes atrapalham.
MOTIVOS
- Pressão de molas: podem estar com pouca pressão e não conseguem fazer com que a sapatilha volte;
- Alguma aspereza da chaminé, que pode segurar a sapatilha;
- Com o tempo, pode acontecer de a sapatilha ficar com uma marca muito funda, isso faz com que ela se prenda no orifício do instrumento, aí é necessária a troca;
- O fator mais comum é sujeira, pó, umidade, tocar após ter comido doce sem enxaguar a boca.
SOLUCIONANDO
A primeira coisa é olhar para tentar saber o que está acontecendo. De nada adianta limpar, se a chaminé estiver prendendo de alguma maneira a sapatilha.
Limpe as sapatilhas e as chaminés. Pode ser com álcool, fluído de isqueiro também funciona bem, e em seguida coloque algum pó bem fino tipo talco ou pó de giz. Em saxofones pode-se usar lustra móveis, o que além de limpar, hidrata as sapatilhas.
3. QUEBRAS DE MOLAS
Principalmente em temperaturas mais baixas, há muito mais condensação de ar dentro do instrumento, deixando-o bem mais molhado.
Os clarinetistas tem o costume de assoprar o instrumento nas partes onde se acumula mais água. Isso é ruim porque ao soprar, essa água se espalha para as molas. Essas molas de aço azul trabalham sob pressão, e se enferrujadas tornam-se mais frágeis e portanto mais susceptíveis à quebras.
Os saxofonistas já não tem tanto o hábito de soprar as sapatilhas e por conseqüência as molas duram mais, além de serem mais resistentes.
CONSERTANDO EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Voltamos ao nosso Kit de Emergência. É primordial ter elástico no estojo do instrumento. Observando o funcionamento da mola, é possível fazer com que o elástico faça a mesma função dela.
As vezes você pode até ter mais recurso para trocar uma mola, mas dependendo do lugar onde ela quebra, se quebrar próximo à coluneta, não tem muito como tirar, em local sem luz e sem material apropriado, a melhor solução é mesmo o elástico.
4. RACHADURAS
Outro problema mais sério em clarinetes são as rachaduras na madeira. Isso ocorre, principalmente, devido ao choque térmico e umidade. Se o instrumento estiver úmido e mudar de um ambiente quente para um ambiente frio, ou vice versa, esta é a receita básica para que ele se rache.
As rachaduras mais comuns são nos barriletes, e na parte superior do instrumento, porque são os lugares que contem mais umidade.
COMO CONSERTAR UMA RACHADURA?
É considerada rachadura, quando ela é vazante ou quando pega algum orifício. A dilatação da veia da madeira nem sempre caracteriza uma rachadura, e isso pode ser resolvido com técnicas de colagem. Uma rachadura fatal ocorre quando a mesma atinge três orifícios, aí o instrumento esta praticamente perdido, em outros casos há recuperação e o conserto praticamente nem aparece, mas pode voltar a acontecer no mesmo lugar ou gerar outras rachaduras. As vezes há a sugestão de colocação de pinos, mas essa solução é muito agressiva para o instrumento, podendo até rachar em outros lugares. “A Buffet Crampom não coloca pino nesse tipo de conserto”, explica Daniel.
PREVINIDO-SE DE RACHADURAS
Em locais onde possa existir grandes variações de temperatura, existe maiores probabilidades de rachaduras em clarinetes. Isso acontece muito em Campos do Jordão, interior de São Paulo. Lá é um local muito frio, e após tocar, a mudança de temperatura do instrumento muda muito bruscamente, então é necessário tomar muito cuidado.
O fator umidade deve ser considerado tanto para mais como para menos, muita umidade é ruim, pouca umidade também. Em regiões muito secas, como Brasília, por exemplo, é necessário fazer a hidratação da madeira.
CUIDADOS
A hidratação dos clarinetes é feita em oficinas de reparo, mas para quem está fora dos grandes centros e sem acesso à um luthier, pode fazê-lo.
É possível hidratar a madeira de forma simples, sem desmontá-lo, umedecendo o instrumento com óleo vegetal, não mineral. Pode ser até óleo de cozinha, umedecendo um pano e passando por dentro e por fora, de forma muito delicada e consciente, pouco óleo.
A questão de quantas vezes por ano, vai depender da região. Em climas secos pode ser feito de duas a três vezes ao ano. Em São Paulo uma vez ao ano é suficiente.
5. SAPATILHAS, CORTIÇAS E CALÇOS QUE SE SOLTAM
Esta também é uma situação corriqueira, principalmente pequenos calços de feltro ou cortiça, e aqui mais uma vez nosso Kit de emergência entra em ação.
CONSERTANDO
Podemos utilizar super bonder? Saiba que essa cola é um tanto agressiva, mas voltando à situação de emergência, SIM, é possível sua utilização.
Nas oficinas, os sapatilhamentos e colagem de calços são feitos com colas de contato. Com o passar dos anos, essas colas passaram por modificações, sofrendo melhorias em sua estrutura química, e são a melhor opção.
É interessante ter no estojo vários pedacinhos de cortiça de diversos tamanhos, no caso da perda de um calço você terá algum disponível.
É possível também colar uma sapatilha sem desmontar o instrumento, dependendo do acesso que você tenha à ela, mas lembre-se, sempre de forma delicada e consciente.
É comum acontecer das cortiças sofrerem variação com as mudanças climáticas, podendo murchar deixando as junções frouxas. Isso pode ser resolvido encapando-se a cortiça com fitas teflon. Mas lembre-se, se o teflon ficar muito tempo em contato com a prata, ou metal do saxofone, ele pode danificá-la, deixe somente o tempo necessário.
Nos saxofones é muito importante que se retire a boquilha do tudel e seque muito bem a cortiça. Ao montar é bom passar o lubrificante, isso aumentará a vida útil da cortiça.
6. CUIDADOS DE LIMPEZA E MANUTENÇÃO
É muito importante que algumas regras sejam sempre observadas e seguidas
O CUIDADO É EXTREMAMENTE IMPORTANTE, E CUIDANDO, RARAMENTE VOCÊ PASSARÁ POR SITUAÇÕES DIFÍCEIS.
- Enxugar muito, muito, muito bem o instrumento por dentro e por fora;
- Tenha dois panos, um bem absorvente para secar bem internamente, pode ser do tipo perfex, e outro bem macio para limpar externamente. A limpeza externa é muito importante, principalmente para quem tem a saliva e o suor mais ácidos;
- Nos clarinetes, seque todas as junções e cortiças;
- Não guardar o pano molhado dentro do estojo, ele poderá deixá-lo muito úmido;
- Enxugue as sapatilhas com um papel absorvente para tirar toda a umidade dos orifícios;
- Não guarde o pad saver dentro do insturmento, utilize-o apenas para fazer a limpeza interna do saxofone;
- Não guarde o tudel do saxofone dentro da campana, ele pode entortar, e o mais comum, é o porta voz ser afetado prejudicando sua abertura. Prefira os estojos que tem espaço próprio para eles.
- O estojo é a casa do seu instrumento, de preferência sempre ao original. É importante que o instrumento fique bem firme lá dentro, e não tenha espaço para se movimentar;
- Não deixe seu instrumento dentro do porta-malas do carro, além de correr o risco de ser roubado, o calor é muito grande, podendo descolar calços e sapatilhas;
- Hidrate e lubrifique as cortiças com “graxas” apropriadas.
- Saxofonista, retire a boquilha do tudel e seque muito bem a cortiça;
- Retire a palheta da boquilha após tocar, seque-a e guarde nos estojos apropriados, assim sua palheta terá uma vida útil maior, e sua boquilha também;
- Cuidado com os saquinhos de sílica-gel, que as vezes vem dentro dos estojos. Eles servem para tirar a umidade, nos clarinetes deve-se prestar muita atenção, pois podem ser responsáveis por rachaduras. Estes saquinhos só são necessário em lugares onde a umidade relativa do ar é muito alta, como por exemplo em regiões litorâneas;
- Não utilize produtos líquidos para limpeza externa de instrumentos prateados, eles podem escorrer para áreas onde você não terá acesso para limpar. Para esse tipo de limpeza, prefira as flanelas próprias com produtos limpa prata, disponíveis no mercado;
- Leve seu instrumento a um técnico de sua confiança a cada ano e meio, para que sejam feitas trocas de molas, sapatilhas e regulagens. Um instrumento bem tratado raramente o deixará na mão.
Daniel Tamborin responde
- De quanto em quanto tempo são necessárias as revisões técnicas nos instrumentos?
Se o músico for profissional ou um estudante avançado, e necessite que o instrumento esteja funcionando muito bem, e para que o risco de problemas seja mínimo, a manutenção deve ser feita uma vez por ano.
CLARINETES: Costumo fazer o sapatilhamento em um ano e no ano seguinte, apenas uma revisão. Aqui em meu atelier, procedo da seguinte maneira: na revisão eu troco tudo o que for necessário, e no sapatilhamento troco tudo, sapatilhas, calços. Alternando dessa forma funciona muito bem.
SAXOFONES: Se o saxofonista não for erudito, e tocar mais na noite, o instrumento estará trabalhando em condições mais agressivas, sujeito a poeira, umidade, fumaça de cigarro, fazendo com que suje mais, principalmente entre as molas e as colunetas. O músico fica respirando essa poeira. Uma limpeza é fundamental para sua própria higiene, para que você não fique em contato direto com o instrumento. É como escovar os dentes após as refeições. Pelo menos uma vez ao ano, é bom que se faça um processo de desmontagem, limpeza e higienização, justamente para tirar todas as impurezas.
- Um instrumento novo, 0 Km, precisa passar por um técnico?
Sem dúvida, e não importa a marca. Invariavelmente instrumentos novos tem ajustes a ser feitos. Essas desregulagens são principalmente devidas ao transporte. Por mais cuidados que se tenha, as viagens são longas, da Europa, Estados Unidos, Japão e Ásia, marítimas ou aéreas. Todos precisam ser revisados, eles sofrem com transporte, variações climáticas. Os instrumentos de madeira sofrem mais, e quanto maior o instrumento, pior. Um clarinete baixo parece um instrumento forte e robusto, porém ele é muito sensível. Até a madeira se acomodar com um monte de coisas “espetadas” nela, leva um tempo, as chaves se movem, os calços e sapatilhas cedem, existe todo um processo. Os instrumentos de metal não sofrem tanto, mas é sempre bom uma revisão.
- Amassados interferem na sonoridade do instrumento?
Depende de onde for. Se for próximo a uma coluna e esta coluna estiver próxima de um orifício, pode haver vazamento. Uma batidinha na campana não afeta em nada.
Há inúmeros casos em que a mecânica é completamente afetada e aparentemente não se nota nada em uma primeira vista, mas em uma análise cuidadosa, esta tudo fora de lugar!
- Colocar o instrumento dentro de um balde ou tanque com água, para sanar vazamentos, pode ser feito?
Isso é uma temeridade! Obviamente se o instrumento for colocado na água, as sapatilhas vão inchar e conseqüentemente os vazamentos vão se fechar. Em contrapartida, a madeira, as molas, os calços, ficarão molhados. É uma atitude completamente errada e não deve ser feita nem com clarinete nem com saxofone. Loucura total! Pode funcionar na hora, ou psicologicamente vai funcionar, mas depois vai ficar pior, trazendo prejuízos nas molas que podem quebrar, as sapatilhas vão ficar úmidas por um bom tempo.
- Qual a melhor forma de cuidar das cortiças de junções e tudéis?
As cortiças são coladas com cola de contato. É muito comum os músicos utilizarem um tipo de lubrificante derivado de petróleo, mas esses lubrificantes fazem com que com o tempo a cola se solte, descolando a cortiça. O conselho é usar o conhecido sebo de carneiro, esse lubrificante além da ajudar as peças a se encaixarem, protege a cortiça de umidade, impermeabilizando-a. A Buffet Crampom e a Vandoren, já desenvolveram materiais sintéticos bons que também não agridem a cola.
“Uma das coisas fundamentais é a adaptação do músico ao instrumento. Cada pessoa é um músico em particular, então o instrumento precisa ser preparado para cada um, para aquela anatomia, assim como o músico precisa ser preparado para aquele instrumento. Os dois tem que “conversar” por muito tempo até se entenderem.
O instrumento gosta muito de carinho, dando a atenção que ele merece, você terá o retorno através do bom funcionamento”, concluiu Daniel Tamborin.
Daniel Tamborin é um dos mais respeitados luthiers em instrumentos de sopro no Brasil. Possui uma sólida formação na área, tendo feito cursos na Unicamp, com o Prof. Dr. Ricardo Goldenberg. Na Europa, especializou-se em clarinete e clarinete baixo, no Centre de Formation Pavillon Michel Viot, na Buffet Crampom, em Paris. Na Alemanha, especializou-se em fagotes, na Scheiber. No ano de 2002, recebeu convite da Selmer, para fazer mais um curso em Paris. Nestas mesmas fábricas, participa todos os anos de novos cursos de reciclagem e novas técnicas, sendo assim o único representante oficial destas marcas na América do Sul. “Há sempre a procura pela melhor qualidade, novas técnicas, novas idéias de como melhorar a condição dos instrumentos dos músicos brasileiros. Como oferecer da melhor forma possível uma gama de acessórios de qualidade a preços acessíveis. Trabalho com músicos iniciantes até grandes solistas internacionais, o que é muito gratificante. Gosto de poder oferecer um bom trabalho e o meu conhecimento para resolver os problemas dos instrumentos, que não são poucos”, conta Daniel.
Atua na área desde 1993, trabalhando em sua própria oficina, o Atelier Daniel Tamborin, em São Paulo. Além da parte comercial de vendas e consertos, o atelier trabalha também com produção cultural, promovendo masterclasses, concertos e eventos na área musical. “As grandes fábricas com as quais trabalho disponibilizam solistas para virem ao Brasil através de nossos pedidos. Estamos sempre com projetos em conjunto com elas a fim de trazer algo de bom, mais informações, e o que é melhor de tudo, sem cobrar do aluno, do músico”.
Daniel realiza ainda workshops em diversos festivais e oficinas de música espalhados pelo país, oferecendo toda sua vasta experiência em consertos e reparos de clarinetes e saxofones. Mas ele não trabalha sozinho, sua esposa, Vânia Neves, é responsável pela gerência, contatos e diversos projetos desenvolvidos pelo atelier. Em Leme, sua cidade natal, quem cuida das coisas é seu irmão. Existe por lá uma “filial” do atelier, onde o trabalho é mais voltado para a manutenção dos instrumentos das igrejas da região.
*Autora: Débora de Aquino. Flautista e saxofonista, professora e educadora musical. Formada em Composição e Regência na Unesp e Licenciatura em Música no Centro Universitário Claretiano. Professora de instrumento no CLAM-ZIMBO TRIO e educação musical na Escola Suíço Brasileira de São Paulo. Atua como instrumentista em diversas formações, dentre elas o quinteto instrumental Trincheira MPB-Jazz, em atividade há dez anos, apresentando-se nos principais bares e casas noturnas de São Paulo.
Tutorial Instrumentos
Como escolher sua bateria
3 fatores importantes de analisar no momento de comprar sua bateria. Confira.
Se você toca bateria, ou pretende um dia tocar, e está querendo investir seu rico dinheirinho em um novo instrumento, cada dia mais vai pairar sobre sua cabeça uma dúvida cruel: Qual comprar?
Essa dúvida tem sido difícil de ser respondida pelo fato de que instrumentos de entrada tem sido embelezados de tal forma a se parecerem cada vez mais com instrumentos realmente profissionais. E muitas vezes se paga “gato por lebre” pela falta de conhecimento ou de pesquisa.
Nesse artigo vou levantar 3 fatores que podem lhe ajudar a escolher da melhor forma, e talvez da que também lhe dê menos dor de cabeça.
Vamos então a alguns questionamentos para analisar na hora de investir.
1- Bateria nova ou usada?
Sim, ao meu ver isso é um fator importantíssimo a se pensar. Pois instrumento novo está cada vez mais caro, e independente do seu investimento sempre haverão escolhas muito bacanas nos dois tipos de compra.
Um instrumento novo, se você já sabe tudo sobre ele, pode comprar online e pedir que te enviem do lugar onde você encontrar a melhor oferta. Instrumento usado eu te aconselho a sempre olhar de perto.
Há muito golpe por aí, e você só terá a certeza de um bom investimento se ver pessoalmente o estado do instrumento que vai adquirir.
A vantagem do instrumento usado é que se você garimpar bem pode conseguir uma boa oferta por um instrumento de melhor qualidade do que aquele que você compraria novo pelo mesmo preço.
E o usado em geral não vai se desvalorizar se você comprar por um preço justo. Já um instrumento novo é igual carro zero.
Tirou da loja, o preço já cai automaticamente. Mas caso você não seja um profissional experiente, a compra de um instrumento usado pode se tornar um desafio, pois não adianta só ler algo na internet pra saber de todos os detalhes importantes.
Peça ajuda de um profissional (isso pode e DEVE ter algum custo). Senão, melhor adquirir realmente algo novo. E claro, se você tem condições de comprar algo bacana e novo, essa sempre será uma experiência especial.
Nada como sentir aquele cheirinho de instrumento novo, recém saído do plástico.
2- Bateria acústica ou eletrônica?
Bem, eu não conheço a tua necessidade e nem onde tu pretendes tocar teu instrumento.
Mas pensar nesse detalhe pode te ajudar na continuidade ou no travamento do uso do que tu vais comprar. Se mora em apartamento, condomínio fechado ou vai ter que tocar em um local que não pode fazer barulho, te aconselho adquirir uma bateria eletrônica.
Se vai tocar em um local onde possa sentar a mão sem dó, ou onde tenha isolamento acústico, vai de bateria acústica sem pensar duas vezes. Além da questão de volume, você também pode pensar na bateria eletrônica como uma aliada de quem está começando a tocar.
Pense bem, esse é um instrumento caro por natureza, mesmo se for uma bateria de entrada. E em uma bateria eletrônica você pode adquirir já um kit completo.
De repente vai investir em um banco, um fone, e não muito mais do que isso. Em uma acústica você precisa dos pratos, que com certeza serão caros, e provavelmente também vai querer trocar as peles, pois de maneira geral as peles originais que vem com as baterias novas não são muito bacanas.
Baterias que vem com pratos então, nem se fala. Outro bom motivo pra se analisar no tópico 1, pois você muitas vezes consegue uma bateria usada já com peles bacanas e pratos.
Já que voltei a falar sobre isso, bateria eletrônica eu acho algo mais perigoso de se comprar usado. Só compraria se pudesse testar ou se conhecesse de perto a procedência e cuidado com o instrumento. Isso por se tratar de algo eletrônico, com muitos fios.
A possibilidade de um cabo quebrar, ou de um pad estar falhando, é infelizmente grande. Bateria eletrônica dura muito mais e corre menos perigo quando se compra pra deixar montada e sempre parada em um mesmo lugar.
Por conta desses motivos é importante sempre perguntar e também analisar no que tu pretende utilizar tua bateria.
3-Bateria bonita ou boa?
Como falei em nossa introdução existem cada vez mais instrumentos feitos pra se comprar com os olhos. E quanto menos se entende sobre o instrumento que se compra, mais acabamos inclinados a cair nessa cilada.
Aí você precisa parar e me responder à pergunta desse tópico. O que tu preferes? E sim, a bateria pode ser as duas coisas.
Mas tudo depende de quanto tu estás disposto a investir. E te digo que é difícil até mesmo fazer uma tabela baseada em valores, pois além de mudarem rapidamente, também existem marcas que vendem como “grife” instrumentos bem acabados e lindos, mas de qualidade inferior ao que estão te cobrando.
Pense que um instrumento com acabamento laqueado é sim muito bonito, mas ele será sempre mais caro que um instrumento com acabamento revestido. E ele pode ser laqueado mas por baixo ter madeira em basswood ou poplar, que eu pessoalmente desaconselho. Enquanto um revestido pode ser em maple ou birch.
A ferragem de uma bateria de marca famosa pode ser simples e frágil no setup do preço que você quer pegar, mas a marca mais desconhecida pode ter ferragens de pés duplos, mais robusta pra você usar com segurança.
Você também deve pensar se quer uma bateria com muitos tambores só por bonito, ou se precisa realmente. Uma bateria com 3 tons e 2 surdos com acabamento laqueado e madeira em basswood pode custar um valor que você compraria uma bateria de melhor qualidade, mas com menos tambores e acabamento revestido e a madeira em birch, só pra usar como exemplo.
E se liga, muitas baterias misturam madeiras só pra dizer que são algo que elas NÃO SÃO. Também é MUITO IMPORTANTE você testar as conexões de
Daniel Batera
toda a bateria. Tudo que tem borboletas ou parafusos que sustentam os tambores, sejam os pés de bumbo e surdo, sejam os ton holders.
Você precisa ter certeza que tudo está funcionando perfeitamente e que segura de maneira firme.
Conclusão
Comprar uma boa bateria e saber que você fez o melhor investimento, ou adquiriu o instrumento no melhor “custo x benefício” não é tarefa fácil.
E eu poderia falar sobre o assunto por horas a fio. Mas talvez com essas dicas acima tu já consigas ficar mais ligado e isso ajude na compra.
Ou, você pode buscar a ajuda de um profissional da tua confiança pra te ajudar na hora de fazer um investimento tão importante e pesado. Entenda que quanto mais você puder investir, melhor a chance de conseguir um resultado satisfatório e duradouro.
E se você não tem um profissional da tua confiança escreve pra mim que eu vou tentar te ajudar da melhor maneira possível, ok! Mande um e-mail para: danielbatera@hotmail.com
*Autor: Daniel Batera. Músico de Porto Alegre-RS, baterista há 33 anos, professor há 26 anos, criador do Portal Daniel Batera e também do curso Music Marketing Brasil. Precursor em ministrar aulas on-line ao vivo. Endorsee das Istanbul Mehmet, Pitbull Hardbags, Ric Cortez Gold Pro e Studio 10 Poa.
Amplificadores
7 dicas sobre amplificadores valvulados
Neste artigo, apresento algumas dicas importantes ao falarmos de amplificadores valvulados. Informação útil deve ser sempre compartilhada!
Dica #1 – Stand by
A chave stand by é de suma importância no amplificador valvulado e tem duas funções:
A primeira delas é proteger as válvulas quando ainda estão frias. O amplificador deve ficar em stand by por 1 minuto ao ser ligado.
A segunda função do stand by é nas pausas onde o amplificador permanece com as válvulas aquecidas e volta a emitir som imediatamente ao ser retirado da condição stand by. São aquelas situações de intervalos entre um set e outro ou no palco quando a guitarra não vai ser utilizada numa música mas será na próxima por exemplo.
Dica #2 – Loop
O loop também conhecido como send/return, é um opcional “coringa” interessante e pode funcionar de 3 formas distintas.
Como saída de linha para outro amplificador ou mesa de som, como entrada de potência para receber sinal de outro amplificador ou pré, ou como loop mesmo.
O sinal sai do amplificador pela saída de linha, entra na pedaleira e desta retorna ao amplificador pela entrada retorno.
Dessa forma o efeito em loop fica posicionado após a distorção do amplificador.
Muito útil para usar eco, delay e modulação (flanger, phaser, chorus, leslie, etc.) e ter um resultado melhor em timbre nas modulações.
O resultado é mais clareza de timbre no efeito em loop.
Dica #3 – Impedância
A impedância do gabinete ou alto-falante utilizado deve ser sempre igual ou superior à impedância da saída do amplificador.
Nunca ligar um gabinete de impedância menor que a saída, pode queimar o amplificador.
Gabinete de impedância maior que a saída vai funcionar com uma limitação de volume.
No caso de ligar vários alto-falantes ou vários gabinetes não importa a quantidade e sim a impedância resultante dessa ligação.
Para isso a nossa velha amiga matemática ajuda nos cálculos para saber a resultante.
Nos valvulados nunca ligar sem alto-falante ou gabinete conectado na saída, o amplificador pode queimar em poucos minutos.
O cabo para conexão de gabinete deve ser de bitola grossa pelo menos 1,5 mm. Não usar cabo de sinal para ligar gabinete, ele não suporta!
Dica #4 – Canais
Amplificadores de 1 canal são os que o sinal da guitarra passa por apenas um circuito desde a entrada até a saída possuindo um modo único de utilização.
Dentro dos modelos 1 canal, que são os mais antigos em concepção, existem os com predominância de som mais limpo, saturam pouco, normalmente não têm master volume e sempre foram utilizados em estilos mais comportados de música. Também existem os aparelhos de 1 canal mais nervosos, saturam até um drive mais clássico e podem ter master volume que junto com o volume pré ajuda a dosar a saturação em função do volume mais baixo ou mais alto. Exigem mais da técnica do guitarrista de variar a força das mãos nas cordas e o volume no instrumento para limpar e saturar o som usando a dinâmica natural das válvulas. Para saturações mais fortes um bom pedal ajudando vai “muito bem obrigado” com ótimos resultados.
Amplificadores com 2 ou mais canais são mais modernos surgindo na década de 1980. O sinal da guitarra passa por mais de um caminho diferente no circuito (canal). Eles têm um canal essencialmente limpo e pelo menos mais um canal saturado que pode variar desde um drive até um hi-gain mais extremo. Possuem um footswitch para comutar os canais e não exigem tanto de técnica de mão e de volume da guitarra pela praticidade de limpar e saturar usando a troca dos canais. Normalmente os multicanais dispensam a necessidade de pedais de saturação.
Dica #5 – Válvulas de saída
As válvulas de saída são as mais importantes na característica de timbre do amplificador. Estão no último estágio de amplificação do circuito antes do alto-falante. As mais comuns historicamente usadas em amplificadores de guitarra são:
- EL84 > baixa potência e timbre limpo médio agudo, drive bem rasgado nos médios. Famosa no Vox AC30
- 6V6 > baixa potência e timbre equilibrado, é a “versão menor” da 6L6. Famosa nos Fender Princeton
- 6L6 > alta potência, timbre equilibrado com graves poderosos no limpo. A 6L6 se mistura com o timbre Fender limpo nos aparelhos clássicos de 50W e acima
- EL34 > Alta potência, equilibrada no limpo e bem rasgada nos médios quando saturada, é a válvula mais rock que existe, famosa nos Marshall 50/100W desde a década de 1960 e responsável por tudo que a banda AC/DC fez até hoje.
O timbre da válvula é sempre mais marcante quando ela trabalha mais saturada justamente pela maior produção de harmônicos, é aí que a válvula mostra sua cara gerando a distorção harmônica de acordo com a sua característica.
Escolher um determinado amplificador apenas pela válvula de saída nem sempre pode ser uma boa. Escolher pela faixa de potência muitas vezes é mais indicado porque pode-se ter a mesma característica de timbre mas num aparelho mais compatível com a situação em que se está tocando.
Dica #6 – Válvulas de pré
As válvulas de pré são as menorzinhas e aparecem em menor quantidade, no mínimo uma, nos aparelhos de baixa potência e em maior quantidade, variável, nos aparelhos de potência maior.
A quantidade de válvulas no pré se explica pela necessidade de amplificar o sinal até que seja suficiente para as válvulas de saída renderem o seu máximo. Achar que um amplificador satura mais ou menos por ter mais válvulas no pré pode ser enganoso. Algumas podem ser usadas no loop, no reverb de mola, em canais paralelos como nos Fender antigos, etc. Além disso, a saturação depende muito do circuito e como ele opera e não simplesmente pela quantidade de válvulas no pré.
As válvulas de pré mais usadas em praticamente 100% dos valvulados para guitarra são:
- 12AX7 > a mais comum de todas e que tem maior fator de amplificação = 100
- 12AT7 > mais usada em reverb valvulado, etapas inversoras e uma boa mod quando se deseja diminuir o ganho de um amplificador, fator = 70.
- 12AU7 > reverb valvulado, inversora, baixo ganho com fator = 17. Também uma boa mod pra diminuir mais ainda o ganho, sempre com consequente diminuição de volume.
O timbre delas está mais associado ao fabricante do que ao modelo, sempre mostrando mais a “cara” quando saturadas, gerando harmônicos.
Uma boa experimentação é ter algumas 12AX7 de marcas diferentes e instalá-las em diferentes posições para perceber as nuances de timbre.
Alguns fabricantes inclusive oferecem mais de um tipo de 12AX7, elas são todas compatíveis entre si e apresentam nuances interessantes de timbre, são modificações ideais para a busca do detalhe do timbre, tirar o cabelinho que falta…
Não existe necessidade de nenhum ajuste no circuito para trocá-las, basta retirar uma e colocar a outra em seu lugar.
Dica #7 – Volume vs saturação
Para o guitarrista que pretende usar o drive das válvulas é sempre bom ficar atento a alguns princípios básicos.
A existência do master volume é essencial para permitir que se sature o aparelho em função do volume desejado, caso contrário, sem master volume, a saturação só aparece com
volume muito alto, o que pode ser inviável para determinada aplicação. Aparelhos sem master volume são na maioria os antigos da década de 1950 e 1960 e seus relançamentos atuais.
Cada modelo de amplificador possui a quantidade e o tipo de saturação próprios, não é porque o aparelho é valvulado que ele terá uma saturação muito alta, isso é relativo à proposta do amplificador quando ele foi projetado pelo fabricante. Alguns inclusive procuram saturar o mínimo possível enquanto outros praticamente não tem drive, passam direto para uma saturação mais moderna e tipicamente rock.
Existe uma gama gigantesca de volume desde muito baixo até muito alto próximo do máximo onde o valvulado rende o melhor do seu timbre. Essa conversa de que valvulado só fica bom
numa situação de volume muito alto não é verdade.
Volume baixo demais próximo a zero não faz os falantes vibrarem da melhor maneira, não vão render o peso que rendem com volume mais alto ao passo que numa situação extrema de volume máximo algumas condições de controle de timbre ficam excedidas e a qualidade cai da mesma maneira. São os extremos que devem ser evitados.
A partir de um certo ponto de volume ou de ajuste de ganho de pré o estágio de potência passa a saturar mais contribuindo para a saturação total e deixando o timbre mais encorpado com maior riqueza de harmônicos. Esse sweet spot é particular de cada amplificador e também muito influenciado pela quantidade e tipo de alto-falantes empregado.
Quanto mais falantes, mais limpo e definido será o timbre e vice versa.
Amplificadores
Mitos e verdades sobre amplificadores valvulados – Parte 4
Neste capítulo da nossa série vamos conhecer a diferença entre válvulas e a quantidade de válvulas em um amplificador.
Hoje nossa conversa é sobre o que de mais importante existe sobre nosso assunto: válvulas ! São componentes ativos dos mais antigos que existem mas que não morreram ainda, e nem vão morrer tão cedo, pois possuem uma qualidade única, incomparável, que os coloca neste patamar eternamente.
As válvulas de saída são as mais importantes na característica de timbre do amplificador. Estão no último estágio de amplificação do circuito antes do alto falante. As mais comuns historicamente usadas em amplificadores de guitarra e suas características são:
- EL84 > baixa potência e timbre limpo médio agudo, drive bem rasgado nos médios. Famosa no Vox AC30
- 6V6 > baixa potência e timbre equilibrado, é a “versão menor” da 6L6. Famosa nos Fender Princeton
- 6L6 > alta potência, timbre equilibrado com graves poderosos no limpo. A 6L6 se mistura com o timbre Fender limpo nos aparelhos clássicos de 50W e acima
- EL34 > alta potência, equilibrada no limpo e bem rasgada nos médios quando saturada, é a válvula mais rock que existe, famosa nos Marshall 50/100W desde a década de 60 e responsável por tudo que a banda AC/DC fez até hoje.
O timbre da válvula é sempre mais marcante quando ela trabalha mais saturada justamente pela maior produção de harmônicos quando a válvula mostra sua cara gerando a distorção harmônica de acordo com a sua característica.
Escolher um determinado amplificador apenas pela válvula de saída nem sempre pode ser uma boa. Escolher pela faixa de potência muitas vezes é mais indicado porque pode-se ter a mesma característica de timbre mas num aparelho mais compatível com a situação em que se está tocando.
A grosso modo podemos afirmar que em timbre EL34 e EL84 são irmãs maior e menor enquanto 6L6 e 6V6 também o são, timbres parecidos mas maior e menor potência respectivamente.
As válvulas de pré são as menorzinhas e aparecem em menor quantidade ,no mínimo uma, nos aparelhos de baixa potência e em maior quantidade, variável, nos aparelhos de potência maior.
A quantidade de válvulas no pré se explica pela necessidade de amplificar o sinal até que seja suficiente para as válvulas de saída renderem o seu máximo. Achar que um amplificador satura mais ou menos por ter mais válvulas no pré pode ser enganoso. Algumas podem ser usadas no loop, no reverb de mola, em canais paralelos como nos modelos antigos, etc. Além disso a saturação depende muito do circuito e como ele opera e não simplesmente da quantidade de válvulas no pré.
As válvulas de pré mais usadas em praticamente 100% dos valvulados pra guitarra são:
- 12AX7 > a mais comum de todas e que tem maior fator de amplificação = 100.
- 12AT7 > mais usada em reverb valvulado, etapas inversoras e uma boa mod quando se deseja diminuir o ganho de um amplificador, fator = 70.
- 12AU7 > reverb valvulado, inversora, baixo ganho com fator = 17 . Também uma boa mod pra diminuir mais ainda o ganho, sempre com consequente diminuição de volume.
O timbre destas válvulas de pré está mais associado ao fabricante do que ao modelo, sempre mostrando mais a “cara” quando saturadas, gerando harmônicos.
Uma boa experimentação é ter algumas 12AX7 de marcas diferentes e instalá-las em diferentes posições para perceber alterações de timbre.
Alguns fabricantes inclusive oferecem mais de um tipo de 12AX7, elas são todas compatíveis entre si e apresentam nuances interessantes na sonoridade. São modificações boas para a busca do detalhe do timbre, chegar naquele cabelinho que faltava …
Não existe necessidade de nenhum ajuste no circuito para trocar as de pré, basta retirar uma e colocar a outra em seu lugar.
Muitas vezes trocar a marca das válvulas de pré, ou até mesmo trocar o modelo das válvulas de saída quando o circuito assim o permitir mudará a característica do aparelho de tal forma que pode ser mais compensatório, simples e seguro do que procurar por outro amplificador. Lembrando que para a troca das válvulas de saída o respectivo ajuste de bias é necessário e recomendado que seja feito em oficina especializada.
Na próxima edição falaremos sobre os tipos de montagem dos circuitos dos amplificadores valvulados. Ponto a ponto x PCB, etc. Até lá!
Esse texto de forma alguma tem a intenção de encerrar este assunto, pelo contrário, ele mostra uma síntese do que ocorre na prática e eu me mostro sempre aberto a opiniões complementares e discordantes de quem quer que seja. O importante é trazermos as questões para serem discutidas e não tratar qualquer tipo de abrangência de determinado assunto como verdade absoluta.
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