Conecte-se conosco

Estúdio de Gravação

Entrevista: como gravar e produzir seu próprio álbum em casa

Publicado

on

mauro cordeiro leatherjacks 1200x500

Mauro Cordeiro conta como fez a produção de áudio, mixagem e masterização dos álbuns do seu projeto Leatherjacks, banda de um homem só.

Apresentamos aqui um case no qual vários se verão refletidos. Vontade de tocar, de gravar, de produzir e, por diversos motivos e/ou motivações, tudo isso acaba sendo feito em casa, sozinho.

Essa é a situação pela qual Mauro Cordeiro, músico e produtor, vem passando nos últimos anos com seu projeto Leatherjacks, uma banda de um homem só onde ele não só toca todos os instrumentos, mas também canta, grava, produz, mixa, masteriza e se encarrega até da parte burocrática. Fazer tudo sozinho é possível sim!

Quer saber mais? Veja a entrevista a seguir.

M&M: Mauro, por favor conte sobre seu início no mundo da música.

Minha história com a música começou por volta dos 5 anos, em 1990, mais ou menos. Me lembro como se fosse hoje, que a mina mãe tinha um vinil com uma coletânea de trilhas sonoras de filmes e comerciais de TV. Dentre esas músicas, lá estaba “Eye Of The Tiger”, da banda Survivor. Dali em diante nunca mais fui o mesmo! Ouvia aquela música incesantemente (e o faço até hoje rsrs). 

Publicidade

Me lembro que aos 10 anos de idade, em 1996, eu comecei a conhecer mais o som dos Mamonas Assassinas (Inesquecíveis), e as guitarras do Bento Hinoto, incríveis, além de outras referências como Bon Jovi e o Richie Sambora. Me lembro claramente que eu gravava os clipes de You Give Love a Bad Name e Livin´On a Prayer, tudo em VHS (risos). Então é muito gostoso relembrar minhas histórias de vida, e lembrar todas as tenras fases que eu vivenciei. 

Eu sou auto-didata como músico, mas sempre busquei estudar profundamente sobre Teoria Musical e composição, e lembro que desde os 10 a 12 anos, já escrevia em inglês, seguindo o exemplo de bandas como o Angra, etc. 

Eu sempre fui focado no violão e na guitarra, mas à medida que fui crescendo, comecei a querer conhecer mais sobre áudio e produção. E isso me incentivou automaticamente a me tornar um Multi-Instrumentista, e assim continuo firme e forte, sempre estudando

M&M: Como e quando nasceu o projeto Leatherjacks?

O Leatherjacks começou por volta de Outubro de 2015, com o intuito de resgatar o bom e velho Hard Rock e Metal dos anos 80. A princípio o projeto era apenas um hobby, eu andava meio desiludido e sem expectativas, e nasceu a música “Burning Wire”, e logo depois “Crocodile´s Heart”. A principio, seria um EP, e o 1º disco, “The Lost Arks Of Rock And Roll”, pouco a pouco foi nascendo e finalmente lançado em 18 de Abril de 2017, tendo Burning Wire como seu hit principal, com mais de 16 mil views no YouTube e de maneira Independente, aonde apenas eu mesmo fiz minha própria mídia.

Publicidade

M&M: Você fez e produziu seu próprio álbum em casa, certo?

Exato! Todos os meus álbuns até agora têm sido produzidos na mina própria casa, home studio. Eu sou a prova viva de que a persistência, o estudo e a dedicação fazem nosso destino! Fiquei em média de 1 ano a 1 ano e meio para realizar cada álbum, aonde fiz a produção, mixagem e masterização, além de toda a parte burocrática, como cadastro dos ISRCs, Abramus, etc.

M&M: Você gravou cada instrumento e voz separados? 

Gravei e gravo todos os instrumentos e vozes separados, inclusive Backing Vocals (Vários Mauros cantando com ele mesmo haha). Os Baixos eu fiz na própria guitarra, e depois baixei 1 oitava usando o Song Surgeon, excelente software de Pitch Shift e Entonação, sem mudar a velocidade da música, além de permitir o inverso: você pode baixar a velocidade da música sem baixar o tom nem alterar o Pitch. Incrível.

Meu equipamento de áudio é apenas uma M-Audio Mobile Pre, geração II, que uso desde 2010. Incrível interface, que me atende perfeitamente em tudo que necessito. Para microfonar a Voz, uso um microfone dinâmico Beyerdynamic, com bastante compressão para atenuar e equilibrar volumes. Ou seja, o som já vem comprimido durante a gravação, e depois na mixagem e efeitos, eu ainda comprimo a voz comprimida novamente, quase que num proceso de Parallel Compression. As guitarras não passam por nenhum amplificador analógico. Consegui os timbres “na raça” através do IK Multimedia Amplitube 3 e 4, e horas de tone chasing (busca pelo tom e pelo som perfeitos), bem como usei o mesmo proceso para o baixo (que também foi feito na guitarra). 

Publicidade

As baterías foram feitas também digitalmente, nota a nota, em MIDI, no próprio DAW (no meu caso, para montagem e gravação, uso o Studio One da PreSonus, e para mixagem uso o ProTools da Avid). Os softwares de bateria, eu misturo três timbres de bumbos e caixas, no Steven Slate, EZ Drummer e Addictive Drums. A soma deles cria um blend sonoro fantástico. Para os canais de Hihats, Room e Overheads, sempre utilizo o Addictive. Acho a simulação de sala acústica dele simplesmente fantástica.

E muitas vezes utilizei também alguns samplers para teclado, como o Element. Sensacionais também.

M&M: Importa a ordem da gravação?

Olha, acredito que como o ditado diz: “A ordem dos fatores não altera o produto”. Mas, em termos de interpretação e emoção, é sempre bom começar já tendo uma batería real/humana já pronta, sensacional e perfeita, ou no caso de samplers MIDI, no mínimo já poder ter pratos, dinámicas, coisas que já deixem EMOÇÃO na música. Gosto demais de construir o alicerce na bateria, porque o ritmo é tudo, especialmente baixo e bateria, e ainda mais de Heavy Metal. Tendo um baixo e uma bateria excelentes, o guitarrista já vai gravar com paixão. Tendo um baixo, bateria, e guitarra-ritmo excelentes, o solista já vai sair de si de tanta empolgação… Imagine como um vocalista vai cantar tendo tudo isso como “cama sonora” para ele acompanhar? Fica indescritível e INCRÍVEL. Então, nesse sentido, considero a orden um fator realmente importante sim. Não é regra imperativa, de forma alguma. Mas penso que muda a música da água pro vinho, seguramente.

M&M: Então qual foi o software usado?

Publicidade

Studio One para gravar, editar e preparar tudo (software da PreSonus) e Pro Tools para mixar, fazer a pós (efeitos, etc.), exportar os bounces e depois masterizar (software da Avid).

Se quiser mais dicas ou precisar de algum tipo de ajuda para seu projeto, você pode contatar o Mauro através do site, Facebook, Instagram e YouTube do Leatherjacks.

 

https://www.youtube.com/watch?v=pX6F92_M7DE

Publicidade

Audio Profissional

Neumann expande a série KH com cinco novos subwoofers DSP

Publicado

on

A Neumann reforça seu portfólio para monitoração estéreo, multicanal e imersiva.

A Neumann anunciou a adição de cinco novos modelos à sua série de monitores de estúdio KH. São eles: os subwoofers KH 805 II, KH 810 II e KH 870 II, juntamente com suas versões com conectividade de áudio em rede (KH 810 II AES67 e KH 870 II AES67).

Subwoofers para diferentes formatos

O KH 805 II é apresentado como o sucessor do KH 750 DSP, com o dobro da potência de saída e maior alcance dinâmico, projetado para configurações estéreo, juntamente com monitores como o KH 120 II, KH 150 ou KH 310.

O KH 810 II apresenta gerenciamento de graves multicanal para sistemas de até 7.1.4, oferecendo controle sobre onze monitores de estúdio. O KH 870 II, por sua vez, dobra a potência do 810 II e é voltado para grandes espaços, combinando com modelos de grande formato, como o KH 420.

Versões com Conectividade AoIP

As edições AES67 do KH 810 II e do KH 870 II são voltadas para ambientes de produção broadcast e em rede. Elas suportam 12 canais de entrada AES67 e são compatíveis com padrões como ST 2110, ST 2022-7, RAVENNA, NMOS e transmissões geradas por Dante.

Motor DSP e Alinhamento de Sala

Todos os novos modelos contam com o motor DSP Neumann, que permite o alinhamento automático por meio do sistema MA 1, otimizando tanto a resposta dos subwoofers quanto a dos monitores KH conectados. A extensão de frequência chega a 16 Hz, uma faixa crítica para decisões de mixagem e masterização.

Declarações

Yasmine Riechers, CEO da Neumann, enfatizou que “com o áudio imersivo se tornando um padrão em música, pós-produção e transmissão, o monitoramento confiável é mais importante do que nunca”.

Publicidade

Por sua vez, Stephan Mauer, gerente de produto, enfatizou que os novos modelos “reduzem drasticamente a distorção e o ruído de porta e oferecem compatibilidade com sistemas analógicos e DSP, eliminando as incertezas no manuseio de baixas frequências”.

Continue Lendo

Estúdio de Gravação

5 maneiras de fazer seu estúdio ter um visual tão bom quanto o som

Publicado

on

A principal função de um estúdio de gravação é capturar e mixar áudio com precisão. Idealmente, deve ser também uma fonte de inspiração que impulsione a criatividade dos artistas e produtores que utilizam o espaço.

Você passa muitas horas em seu estúdio, e a aparência e a sensação da sala são importantes. Como consultores acústicos, focamos na precisão acústica ao projetar um estúdio, mas também tentamos garantir que cada sala seja única e atenda aos objetivos estéticos do cliente. Neste artigo, discutiremos cinco maneiras de dar um visual tão bom ao seu estúdio quanto o som produzido nele.

1-Encontre sua inspiração

Todo mundo tem uma opinião sobre o que faz um estúdio de gravação parecer incrível. Você pode mostrar a mesma foto de um espaço bem projetado para 10 pessoas e obter reações muito diferentes. É importante descobrir do que você gosta e encontrar a inspiração que guiará suas decisões ao longo do processo de design. No início de cada projeto, pedimos aos nossos clientes que compilem um portfólio repleto de imagens que os inspirem. Podem ser fotos de outros estúdios, salas de estar, museus, qualquer coisa que os faça se sentir bem. Isso nos permite ter um ponto de partida e uma boa ideia do seu senso de estilo. Navegar por fotos de estúdios de gravação nas redes sociais (Instagram, Pinterest, etc.) ou apenas fazer uma simples pesquisa no Google pode realmente despertar sua imaginação. Existem certos esquemas de cores que o motivam? Você quer que o quarto seja bastante escuro e sombrio ou claro e arejado? Você prefere uma decoração ultramoderna ou algo mais rústico com elementos de madeira natural?

2- Cuide da bagunça

Equipamento de gravação, alto-falantes, mobília, tratamento acústico e instrumentos devem ser os pontos focais de sua sala, não o lixo no chão, pilhas de CDs velhos ou o ninho de ratos de cabos pendurado atrás de sua porta. Dedicar um tempo para limpar a sala, organizar-se e pensar no gerenciamento de cabos ajudará bastante na criação de um espaço confortável e esteticamente agradável. Pesquisas mostram que existe uma correlação direta entre produtividade e desordem. Seu tempo de estúdio deve ser satisfatório e produtivo, não estressante e ineficiente. Um bom começo é reduzir a quantidade de itens desnecessários que você tem na sala. Obter a mobília de estúdio certa (mesas, racks, armazenamento de instrumentos, etc.) simplificará sua configuração e criará um ambiente funcional onde você pode se concentrar. Certificar-se de que seus cabos estejam arrumados e escondidos da vista ajudará bastante em uma sala com aparência incrível. Cuidar dessas etapas fará com que todas as suas outras opções visuais se destaquem ainda mais.

3- Ilumine sua vida

Um bom projeto de iluminação pode ter um impacto positivo na saúde e bem-estar de quem usa seu estúdio. Estudos mostram que uma boa iluminação pode ajudar a regular o ritmo circadiano, melhorar o humor, reduzir a depressão e até aumentar o desempenho cognitivo, como o tempo de reação. Além de todos esses benefícios, fica com um look ótimo! Usamos iluminação LED em muitos de nossos projetos, permitindo que nossos clientes mudem o clima no estúdio de sessão para sessão. Separar o tratamento acústico da parede/teto para criar um espaço atrás dos painéis pode melhorar o desempenho acústico. Isso também lhe dá a oportunidade de iluminar esses painéis com LEDs para criar um brilho que pode melhorar a aparência do seu estúdio. Planejar com antecedência e colocar os fios elétricos adequados onde as luzes LED são necessárias pode criar uma aparência limpa e organizada. Se você estiver remodelando um espaço existente, a fiação pode ser escondida atrás de um tratamento acústico para tirá-la da vista.

4- Dê forma ao seu som

Uma maneira de tornar seu estúdio único é implementar painéis acústicos diferentes dos painéis retangulares ou quadrados padrão que normalmente vemos. Projetamos a sala na imagem abaixo para a cantora e compositora Tori Kelly, duas vezes vencedora do Grammy, com painéis FulFill personalizados em forma de hexágono e painéis PERF da Acoustical Fulfillment. Isso nos permitiu variar a profundidade e o tipo de painel conforme necessário para o desempenho acústico, criando um espaço atraente para o estúdio caseiro de Tori. Com painéis acústicos personalizados, quase qualquer formato é possível, então as possibilidades são infinitas. Se puder ser cortado em uma máquina CNC, você poderá fazer um painel acústico nessa forma (círculos, trapézios, triângulos, etc.).

Publicidade

5- Situação de difusão

Os painéis de difusão podem dispersar o som enquanto mantêm a “vida” dentro da sala. São ferramentas acústicas que usamos frequentemente em nossos projetos para obter os resultados desejados. Os difusores também podem adicionar um elemento estético interessante a uma sala devido aos seus designs exclusivos. A imagem abaixo foi tirada em um estúdio que projetamos para Tyler Joseph, líder do Twenty One Pilots. A parede traseira tem um conjunto atraente de difusores de detritos quadráticos e nas paredes laterais traseiras está o sistema de tratamento adaptativo Flex-48 da Acoustical Fulfillment, que possui uma blindagem transparente que combina bem com a iluminação do espaço. Existem muitas opções visuais atraentes quando se trata de difusão que também podem realmente melhorar o desempenho acústico do seu estúdio para aplicações s de tracking e mixing.

Conclusão

Em última análise, é importante se divertir ao projetar seu estúdio! Este é um espaço onde você passará muitas horas criando a música que ama. A vibração do seu estúdio deve refletir você e ser uma ferramenta que o inspire a produzir seu melhor trabalho. Mal podemos esperar para ver o que você vai inventar para o seu espaço!

*Por Gavin Haverstick, proprietário da Haverstick Designs, uma empresa de consultoria acústica de serviço completo especializada em testes acústicos, modelagem e design. Alguns clientes notáveis ​​incluem Ringo Starr, Coldplay, Twenty One Pilots, Steve Miller, Louis Bell, Crowder, Tori Kelly e Brooklyn Duo, entre outros.

Postado originalmente no inSync.

Publicidade
Continue Lendo

Estúdio de Gravação

Entrevista: Engenheiro de áudio Fran Carbone

Publicado

on

Por

Engenheiro de áudio e especialista em Pro Tools, proprietário da produtora ATEMPO, Fran Carbone fala sobre carreira e trabalho

Música & Mercado: Qual a sua formação? Como entrou no mercado musical e audiovisual?

Fran Carbone: Bem, acho que comecei como a maioria das pessoas, sendo aquela criança que gostava de música, que dedicava a maior parte do seu tempo no seu instrumento principal, que no meu caso, é a guitarra, hoje eu já toco outros instrumentos, mas comecei com a guitarra e depois automaticamente passei a tocar violão também. 

Ainda garoto comecei a tocar em várias bandas e acompanhar artistas na noite de São Paulo. Tive ainda a oportunidade de fazer músicas próprias com a minha banda na época, e isso foi uma experiência muito importante e enriquecedora para mim. Entrar em um estúdio profissional, ser produzido, gravar meu próprio CD autoral junto com a minha banda, nossa, nem sei explicar essa sensação. O que vem na minha cabeça agora, é que foi um dos sonhos realizados na minha vida.  Na época, com 17 anos, fiquei curioso e deslumbrado em saber como toda aquela parafernalha funcionava. Eu era aquele moleque que perguntava coisas como: “Você sabe pra que serve todos esses botões?”, “Como que o microfone faz para o som vir na mesa?”, “E esse monte de coisas ali do lado pra que serve?”… Acho que o técnico ficou bem irritado comigo!

Com o apoio do meu pai, que sempre me apoiou na minha carreira musical, resolvi fazer faculdade de música, me formei em violão erudito pela Faculdade Alcântara Machado, a FAAM em São Paulo. Na faculdade me aperfeiçoei não só no instrumento, mas também na composição. Tive a honra de ter como diretor o maestro João Carlos Martins e com professores, músicos sensacionais que fico com medo de comentar em particular e me esquecer de alguém, mas digo que a faculdade foi um amadurecimento pessoal e profissional fantástico.

Acho que isso acontece em todas as áreas, não só na musical, no meu caso em particular, tocar praticamente todas as noites com a minha banda e com outras bandas, dar aulas de música e composição nos conservatórios e fazer faculdade ao mesmo tempo, foi transformador.

Publicidade

        Mas aquela experiência de gravar no estúdio, ainda estava dentro de mim. Minha namorada na época, hoje minha esposa e sócia na produtora de áudio Atempo, Bárbara Beatriz , comentou comigo que existia uma escola que ensinava a gravar e mexer nos equipamentos, e que o sonho dela era fazer essa escola, o IAV (Instituto de Áudio e Vídeo) e fomos juntos conhecer. Nessa época, eu tinha acabado de terminar a faculdade e ela ainda estava cursando a faculdade de comunicação social (rádio e TV), e por isso ela não se matriculou e eu acabei me matriculando nessa primeira visita mesmo e minha história no IAV começou. 

Quando me formei no IAV, o diretor, o Marcelo Claret, me convidou para fazer parte da equipe de monitores. Depois de 6 meses como monitor, passei para professor do curso de Pro Tools, depois coordenador do curso de Pro Tools e por 10 anos fiz parte do corpo docente do IAV. Foi uma experiência muito enriquecedora, não somente por conhecer, ensinar pessoas ou por ser coordenador de um curso importante e reconhecido no Brasil todo, mas também pelas relações pessoais e parcerias que levo até hoje. Um exemplo que me orgulho muito de chamar de amigo e parceiro musical, é o Jô Borges.

Paralelamente ao meu início no IAV, eu abri minha produtora de áudio ATEMPO, onde estou até hoje, trabalhando com pós-produção áudio visual,  publicidades, locuções, jingles, jingles políticos, trilhas sonoras e produções musicais.

Fran Carbone no ATEMPO

Quais os principais acontecimentos na sua carreira? Conte para nós.

Fran Carbone: Tenho muitos trabalhos feitos na ATEMPO que me orgulho muito, como a produção de áudio do curta metragem “Hambúrguer”, que foi indicado ao prêmio do 13º Film Festival de Los Angeles em 2020, ter composto o jingle mais tocado e relevante em Brasília nas últimas eleições federais, ter minhas trilhas sonoras tocando no SBT, ser por 4 anos a “voz” da prefeitura da cidade de Caieiras, na grande São Paulo são alguns exemplos.

        Mas, destaco 2 discos que participei no início da minha carreira profissional, como freelancer e engenheiro de áudio parceiro, na Lua Music (selo musical da produtora de áudio Lua Nova, do produtor Thomas Roth), o “Eu voltei” da Ângela Maria e “100 anos de Herivelto Martins”, que foram indicados para o Grammy Latino, como acontecimentos marcantes na minha carreira .

Publicidade

         Fiquei por volta de dois anos como freelancer e engenheiro de áudio parceiro, na Lua Music, gravando e mixando artistas renomados do Brasil como Ângela Maria, Cauby Peixoto, Zeca Baleiro, Dominguinhos entre outros. Lá me orgulho muito de ter trabalhado ao lado de grandes produtores musicais como o Tiago Marques Luiz e o Ronaldo Rayol. 

O disco “Eu voltei”, da Ângela Maria, foi um tributo ao Roberto Carlos e foi indicado ao Grammy Latino em 2012. Foi uma honra muito grande em saber que a minha participação, um cara jovem no mercado na parte de gravação e mixagem, chegou a um âmbito tão grande e importante no mercado musical latino americano. 

      Ainda em parceria com a Lua Music, gravei e mixei  o disco “100 anos de Herivelto Martins”, que foi indicado ao Grammy Latino de 2013 como melhor disco.

Fran Carbone: especialista em Pro Tools

De que forma o trabalho no IAV contribuiu na carreira?

Fran Carbone: Ah, o IAV foi um divisor de águas na minha carreira, com certeza! Antes do IAV, eu só tinha noção do palco e do ao vivo, minha percepção era de músico e quando comecei a trabalhar no IAV essa percepção se ampliou com a gravação, mixagem, produção e engenharia de áudio…isso tudo começou a fazer parte da minha vida profissional também e fez com que eu me encontrasse  profissionalmente. A música sempre foi e sempre será a parte primordial para mim e ampliar minha percepção no IAV, me incentivou a montar minha própria produtora de áudio e ter mais confiança nas minhas próprias produções. Eu era um músico que possuía muitos arranjos e composições autorais, e sempre imaginei como produzir o que estava nos meus cadernos de partituras.

Trabalhar no IAV por mais de 10 anos sem sombra de dúvida foi muito importante e me trouxe realizações não só profissionais mas pessoais também. Saber que algum aluno meu foi indicado para um prêmio ou ganhou um prêmio, me traz uma satisfação e um orgulho inexplicável.

Publicidade

Acredito muito que o conhecimento não deve ser guardado, ele deve ser expandido. Me orgulho muito de ter ensinado Pro Tools para quase mil alunos no Brasil todo. Com o passar dos primeiros anos no IAV, eu elaborei uma forma personalizada, um método de ensinar pro tools de uma forma que o aluno realmente entenda o caminho do programa e não somente decore botões e atalhos. Esse foi o meu diferencial como instrutor no IAV e continua sendo até hoje como consultor.

Eu hoje sou especialista no software Pro Tools e conheço todos os caminhos dentro dele. Trago isso não somente para minhas aulas, mas também para as parcerias. Eu tenho um jeito inovador de trabalhar com o Pro Tools que agrada meus parceiros, então sempre que aparece algo relacionado com Pro Tools fico muito honrado que eles lembrem de mim e me convidem para participar de seus projetos.

 

Como está seu trabalho hoje? 

Fran Carbone: Hoje continuo com a minha produtora ATEMPO realizando trabalhos publicitários, pós produção, trilha sonora e produção musical. Realizo consultorias online no Brasil e fora dele também. Continuo ensinando, mas hoje, meu curso de Pro Tools está nas plataformas digitais, mas eu mantenho o diferencial de ser um curso totalmente baseado na prática profissional que eu tive e com um método que realmente ensina a pensar a proposta do software.

Publicidade

Tenho realizado muitos trabalhos com pós produção de áudio, até porque estamos em um momento de pandemia que infelizmente prejudicou muito o mercado da produção musical. Por conta disso, hoje em 2022, o meu campo maior de atuação tem sido a pós produção de áudio na parte de filmes e dublagens e áudio publicitário em geral. 

Gosto muito de conversar sobre nossa área, tanto com ex-alunos, parceiros e amigos, por isso tenho meu canal do Youtube, onde compartilho o meu conhecimento sobre áudio, música e Pro Tools. Minha ideia nunca foi virar um Youtuber, mas sim bater um papo e trocar conhecimento. 

Nesses 20 anos de profissão, tenho muito orgulho de ter feito muitas parcerias e ter participado de muitos projetos, e principalmente ter trabalhado em conjunto até hoje com grandes profissionais. Cada um deles com o seu método que incrementa o método do outro. Eu por exemplo, tenho um jeito inovador de trabalhar com o Pro Tools que agrada, então sempre que aparece algo relacionado com Pro Tools fico muito honrado que meus parceiros lembrem de mim. Isso faz com que hoje eu me orgulhe muito do que construí até aqui, tenho minhas redes de amizades e parcerias, e isso me motiva a continuar pensando e trabalhando para expandir meus projetos profissionais e de ensino, mas principalmente traz uma satisfação pessoal e profissional que mostra que estou no caminho certo.

Continue Lendo
Publicidade

Trending

Sair da versão mobile