Estúdio de Gravação
Estúdio Audio Porto agrega a tecnologia Dolby Atmos e busca ser referência no País

Na contramão do mercado, o estúdio Audio Porto, em Porto Alegre, investe e aposta em tecnologia de ponta
Dez anos atrás se iniciou a fabricação de um novo conceito de estúdio de gravação no Brasil, mais exatamente em Porto Alegre, criando um novo porto para o áudio e a música, nascido na antiga estrutura de uma fábrica que mudou o seu futuro.
Nesta entrevista, o CEO do estúdio Audio Porto e Fábrica do Futuro – Rafael Hauck – conta como foi a gestação e nascimento da iniciativa, e a direção que está tomando na sua segunda década de vida, abraçando novos parâmetros de tecnologia como o Dolby ATMOS.
Música & Mercado – Você está à frente do projeto que envolve o estúdio Audio Porto e a Fábrica do Futuro, no mesmo local e bem delineadas no espaço e atividades. Como foi o nascimento da ideia de juntar estúdio e Fábrica? Nasceram juntos ou houve uma adaptação natural?
Rafael Hauck – O início de tudo foi o estúdio Caverna Mix, que eu montei onde hoje é a entrada técnica do Audio Porto, lá em 2005. Muita gente da cena musical do estado gravou lá. Em 2008 surgiu a idéia de reaproveitar o resto dos antigos prédios da fábrica de enfeites de natal Wanda Hauck, que a família começou a construir em 1942 e criar um grande centro coletivo ligado à produção audiovisual e à cultura. Nessa época eu conheci um grande amigo e mentor, o Carlão, da Visom Digital.
Também em 2008 me mudei para Londres e esse projeto acabou sendo retomado por mim e pelo meu irmão Francisco Hauck. Entre 2012 e 2016 construímos as bases do que hoje é o estúdio do Audio Porto e fizemos uma pré inauguração. A partir dali passamos a adotar outro nome e posicionamento para esse empreendimento e surgiu, em homenagem à antiga fábrica de enfeites de natal, a Fábrica do Futuro.
Por um ano, antes da pandemia, tivemos as duas estruturas ainda mais divididas no dia-a-dia e nos propósitos, mas com minha chegada como CEO no início de 2020 e com a crise global que chegou quase que no mesmo momento, foi necessário unificar ao máximo as estratégias, os produtos e as equipes.
M&M – Como foi sua formação musical e de áudio? Hoje existe um consenso de que as atividades técnicas de música e de áudio caminham lado a lado, descreva resumidamente como você trilhou este caminho duplo.
RH – Na cultura da família da minha mãe sempre houve o elemento da música e dos instrumentos musicais. Acabei me interessando mais pelo violão na igreja que frequentávamos na época dos meus 12 anos de idade. Com 15 preparei uma sala de ensaio em cima da nossa garagem e com 17 gravei com uma banda que tínhamos eu e meus irmãos e nesta oportunidade me apaixonei pelo ambiente de produção musical e fonográfica. Aos 19 comecei a trabalhar como técnico assistente e com 6 meses de trabalho gravei o single Folha de Bananeira, do artista Armandinho. Segui trabalhando em estúdio e como técnico de P.A. por mais 7 anos e em 2008 ocorreu a mudança para Londres.
Lá estudei na S.A.E. e fiz meu diploma de Bacharelado em Produção de Áudio. Aproveitei também para atuar como produtor técnico de eventos como o Brazilian Day London e turnês como a de Bruno e Marrone pela Europa e tive a oportunidade de trabalhar com Chris Roberts, na Soundlock Engineering, quando conheci de perto a arquitetura tecnológica e a sonoridade de alguns dos melhores e dos mais clássicos equipamentos como Neve, SSL, Telefunken, Neumann, AKG, Manley, MCI, Studer, entre muitos outros.
M&M – O Audio Porto dá um enfoque significativo aos equipamentos e instrumentos vintage, ao mesmo tempo em que não descuida da tecnologia de ponta, como a recente criação da sala Dolby ATMOS, como concilia estes 2 mundos?
RH – A vibe de captação, a vida e a sonoridade que trazem para o som os equipamentos mais antigos mantidos em perfeito estado de manutenção gera uma naturalidade na reprodução da performance gravada.
Esses componentes antigos e o modo diferente que a indústria pensava seus produtos traziam tanto essa robustez sonora, como essa oscilação eletrônica que psico-acusticamente agrada ao ser humano, que sente na gravação feita com esses equipamentos mais antigos variações semelhantes às que se escuta naturalmente em um ambiente onde músicos e ouvintes compartilham o mesmo espaço e tempo, tocando e ouvindo o som na “vida real” dentro de uma mesma ambiência.
Essa é uma característica que os plugins buscam recriar atualmente com programações que simulam essas características.
Mas mesmo nesses casos, em que esses equipamentos mais antigos agregam da melhor forma possível essas características agradáveis de uma performance realista em uma gravação, os equipamentos modernos são um complemento fundamental em diversos outros pontos do processo. Na conversão de sinais analógicos para informação digital, por exemplo, os equipamentos modernos são muito mais precisos e acabam retratando ainda melhor essas nuances dos vintage.
Na tecnologia de alto falantes, na amplificação de som para os monitores de referência ou mesmo no processamento de masterização nos dias de hoje, monitores de áudio como os PMC MB2-XBD, os diversos módulos de crossover e amplificação Bryston e o TC6000 da TC Eletronics são exemplos de equipamentos modernos de excelência utilizados no Audio Porto, assim como conversores da Merging e da Prism Sound.
Não havendo portanto, na nossa visão, uma tecnologia melhor que a outra de forma geral, elas são sim complementares e cada uma executa a sua função específica.
Se você não tem um excelente técnico de manutenção, por exemplo, ou não pode manter o ambiente do seu estúdio com temperatura e humidade controladas, pode esquecer a idéia de recorrer aos equipamentos vintage.
Alias, existe muita gente que compara equipamentos vintage mal mantidos com plugins e processadores digitais e rapidamente descartam a opção eletrônica em grande parte das vezes por não ter acesso aos equipamentos antigos em perfeito estado de manutenção e funcionamento, ou ainda usando os analógicos insertados em um sistema digital e não em uma mesa de som com suficiente headroom para suportar a saída destes processadores externos nos níveis corretos de funcionamento.
M&M – E falando em 2 mundos, como é a gestão da Fábrica do Futuro junto com o Audio Porto? Quais são os pontos em comum entre estes 2 universos, no que interagem e no que se diferem?
RH – Já foi mais complicado entender os negócios e seus pontos em comum, mas hoje a realidade imposta pela crise nos pressiona muito a buscarmos simplificar o todo. Ainda assim se trata de uma operação super complexa. Estamos redesenhando as plataformas físicas e digitais das duas empresas e coordenando a comunidade de empresas que ainda se mantém nos nossos espaços de escritório e coworking.
Mas os próximos meses vão revelar nossos novos posicionamentos e quais vão ser os produtos que cada marca vai levar adiante. É muito difícil, mas a equipe acredita muito nos projetos.
Estamos digitalizando e automatizando tudo que é possível e investiremos mais em projetos que possam suportar futuros lockdowns ou problemas semelhantes sem que isso afete tanto nosso caixa como afetou desta vez.
Tínhamos todas as 80 vagas de coworking e as 10 salas alugadas quando assumi. 3 meses depois tínhamos 10 pessoas no coworking e 2 empresas alugando salas. Também trabalhávamos muito com eventos nos nossos espaços e estamos redesenhando o aproveitamento da estrutura para focar mais na criação de conteúdos ligados aos habitantes e parceiros da Fábrica do Futuro.
M&M – Falando de gravações, como se situa o Audio Porto com seus projetos de produção fonográfica? Fale um pouco sobre que artistas e grupos se destacaram no ambiente de estúdio.
RH – Como sempre tivemos essa intenção de nos tornarmos um centro de referência técnica em áudio, nossos projetos sempre buscaram atrair artistas com trabalhos dinâmicos e tecnicamente apurados. Eu desenhei os sistemas e as salas sem ter um diploma de engenharia ou arquitetura, então muito do que gravamos foi com a intenção de observar e aprimorar o resultado das salas e dos sistemas. Recentemente tivemos 3 discos gravados no Audio Porto vencendo premiações no Prêmio Açorianos. Estamos lançando trabalhos com participações de artistas conhecidos como Zélia Duncan, Lenine e Jacob Collier, parceiros do harmonicista Gabriel Grossi.
Já passaram por aqui também engenheiros de áudio importantes como Moogie Canazio e Geoff Emerik, ex-engenheiro de áudio dos Beatles que ministrou um workshop de 3 dias no Audio Porto, um pouco antes dele nos deixar. Mas para o futuro vamos trabalhar muito mais com áudio imersivo, no formato Dolby ATMOS e estaremos lançando trabalhos de outros selos e de outras gravadoras, focando as produções do Audio Porto em si no novo selo e canal que vamos chamar de Palco Futuro.
M&M – Falando da Fábrica do Futuro, quais a startups, pequenas empresas e atividades que ocuparam de forma mais constante as instalações, quais se destacam e quais se mantém desde que chegaram ao espaço?
RH – Na Fábrica temos com a gente a agência de comunicação Global, a empresa de programação Zapply, a produtora de vídeos e de infoprodutos Bisturi, a escola de produção de música e de DJs AIMEC-POA, o estúdio Audio Porto, a empresa de criação e de integração de mídias interativas Imersiva, alem de parceiros como a Blaxp, o RAP In Cena, a 99 Pro, entre outros habitantes do coworking como a Heineken.
M&M – Agora falando sobre o futuro, quais são os novos planos envolvendo estúdio e Fábrica para 2022 e os próximos anos? A tendência é na direção de mais integração?
RH – Apesar de termos muita coisa planejada, estamos em um momento mais introspectivo em relação a anunciar exatamente quais serão os rumos e quando poderemos oficializar cada um dos novos planos e produtos. Mas posso adiantar que vamos levar muita coisa pra dentro das plataformas digitais. Em breve teremos como colocar essas novidades no ar, mas por enquanto a crise segue punindo as afirmações absolutas.
M&M – Sabemos que o Covid19 afetou fortemente as atividades culturais em todo o mundo, e no Brasil não foi diferente. Como foi a convivência com a pandemia, e até que ponto ela interferiu na evolução de estúdio e Fábrica?
RH – Apesar de que tínhamos capacidade para seguir as mudanças que fizemos nesse período, mesmo se continuássemos operando normalmente, a pandemia trouxe um espaço importante de avaliação e foco. A equipe mudou bastante também e o foco do posicionamento das empresas também.
M&M – Como ninguém vive isolado, também nos negócios as parcerias cada vez mais ocupam papel de destaque. Como você anda lidando com parcerias? Algum destaque já em desenvolvimento?
RH – Sim, as parceiras são fundamentais. A maior delas é a parceria entre Fábrica do Futuro, Audio Porto e Imersiva, que juntas executam grande parte dos projetos de eventos e interações no novo espaço da Fábrica. Transformamos o prédio em um prédio interativo e totalmente interconectado através de um sistema de gerenciamento de espetáculos que é usado em museus, em parques como no da Disney e em espetáculos como o The Wall, de Roger Waters. Mas valorizamos todas as parcerias e buscamos constantemente achar caminhos para fortalecermos os habitantes do nosso espaço.
Na parte do Audio Porto, vem aí nossa nova plataforma que vai trazer conhecimento em diversas áreas da produção fonográfica fortalecendo parcerias com especialistas dessas diversas vertentes que formam o universo da produção de áudio. Mas os detalhes vamos trazer mais para o fim do mês de março, quando teremos um evento de reposicionamento do estúdio.
M&M – E a pergunta de 1 milhão de dólares: como gerenciar estes 2 mundos em um mundo que luta contra uma pandemia? Alguma lição se extrai dessa luta, e que serviu de aprendizado on the flight nos últimos anos?
RH – Essa é uma pergunta muito delicada, por que a pandemia ainda não acabou. Tivemos que realizar e seguimos realizando cortes. Acho que a lição passa por entender que as forças em movimento são imprevisíveis e que, independentemente do quanto você lute, você vai precisar escolher aquilo pelo que você vai seguir batalhando e o que você vai precisar abrir mão para não afundar nos próprios sonhos.
Nossa intenção é fortalecer o mercado! Mas é preciso também perceber que muitos na nossa volta não pensam assim e nos momentos de crise muitas das verdadeiras intenções acabam vindo a tona. Mas é importante lembrar que esse é um dos motivos que nos lançaram na busca por ajudar a sociedade ao nosso redor a se tornar mais próspera e unida.
Contato:
Tel.: +55(51)3557-6109
Audio Profissional
Neumann expande a série KH com cinco novos subwoofers DSP
A Neumann reforça seu portfólio para monitoração estéreo, multicanal e imersiva.
A Neumann anunciou a adição de cinco novos modelos à sua série de monitores de estúdio KH. São eles: os subwoofers KH 805 II, KH 810 II e KH 870 II, juntamente com suas versões com conectividade de áudio em rede (KH 810 II AES67 e KH 870 II AES67).
Subwoofers para diferentes formatos
O KH 805 II é apresentado como o sucessor do KH 750 DSP, com o dobro da potência de saída e maior alcance dinâmico, projetado para configurações estéreo, juntamente com monitores como o KH 120 II, KH 150 ou KH 310.
O KH 810 II apresenta gerenciamento de graves multicanal para sistemas de até 7.1.4, oferecendo controle sobre onze monitores de estúdio. O KH 870 II, por sua vez, dobra a potência do 810 II e é voltado para grandes espaços, combinando com modelos de grande formato, como o KH 420.
Versões com Conectividade AoIP
As edições AES67 do KH 810 II e do KH 870 II são voltadas para ambientes de produção broadcast e em rede. Elas suportam 12 canais de entrada AES67 e são compatíveis com padrões como ST 2110, ST 2022-7, RAVENNA, NMOS e transmissões geradas por Dante.
Motor DSP e Alinhamento de Sala
Todos os novos modelos contam com o motor DSP Neumann, que permite o alinhamento automático por meio do sistema MA 1, otimizando tanto a resposta dos subwoofers quanto a dos monitores KH conectados. A extensão de frequência chega a 16 Hz, uma faixa crítica para decisões de mixagem e masterização.
Declarações
Yasmine Riechers, CEO da Neumann, enfatizou que “com o áudio imersivo se tornando um padrão em música, pós-produção e transmissão, o monitoramento confiável é mais importante do que nunca”.
Por sua vez, Stephan Mauer, gerente de produto, enfatizou que os novos modelos “reduzem drasticamente a distorção e o ruído de porta e oferecem compatibilidade com sistemas analógicos e DSP, eliminando as incertezas no manuseio de baixas frequências”.
Estúdio de Gravação
5 maneiras de fazer seu estúdio ter um visual tão bom quanto o som
A principal função de um estúdio de gravação é capturar e mixar áudio com precisão. Idealmente, deve ser também uma fonte de inspiração que impulsione a criatividade dos artistas e produtores que utilizam o espaço.
Você passa muitas horas em seu estúdio, e a aparência e a sensação da sala são importantes. Como consultores acústicos, focamos na precisão acústica ao projetar um estúdio, mas também tentamos garantir que cada sala seja única e atenda aos objetivos estéticos do cliente. Neste artigo, discutiremos cinco maneiras de dar um visual tão bom ao seu estúdio quanto o som produzido nele.
1-Encontre sua inspiração
Todo mundo tem uma opinião sobre o que faz um estúdio de gravação parecer incrível. Você pode mostrar a mesma foto de um espaço bem projetado para 10 pessoas e obter reações muito diferentes. É importante descobrir do que você gosta e encontrar a inspiração que guiará suas decisões ao longo do processo de design. No início de cada projeto, pedimos aos nossos clientes que compilem um portfólio repleto de imagens que os inspirem. Podem ser fotos de outros estúdios, salas de estar, museus, qualquer coisa que os faça se sentir bem. Isso nos permite ter um ponto de partida e uma boa ideia do seu senso de estilo. Navegar por fotos de estúdios de gravação nas redes sociais (Instagram, Pinterest, etc.) ou apenas fazer uma simples pesquisa no Google pode realmente despertar sua imaginação. Existem certos esquemas de cores que o motivam? Você quer que o quarto seja bastante escuro e sombrio ou claro e arejado? Você prefere uma decoração ultramoderna ou algo mais rústico com elementos de madeira natural?
2- Cuide da bagunça
Equipamento de gravação, alto-falantes, mobília, tratamento acústico e instrumentos devem ser os pontos focais de sua sala, não o lixo no chão, pilhas de CDs velhos ou o ninho de ratos de cabos pendurado atrás de sua porta. Dedicar um tempo para limpar a sala, organizar-se e pensar no gerenciamento de cabos ajudará bastante na criação de um espaço confortável e esteticamente agradável. Pesquisas mostram que existe uma correlação direta entre produtividade e desordem. Seu tempo de estúdio deve ser satisfatório e produtivo, não estressante e ineficiente. Um bom começo é reduzir a quantidade de itens desnecessários que você tem na sala. Obter a mobília de estúdio certa (mesas, racks, armazenamento de instrumentos, etc.) simplificará sua configuração e criará um ambiente funcional onde você pode se concentrar. Certificar-se de que seus cabos estejam arrumados e escondidos da vista ajudará bastante em uma sala com aparência incrível. Cuidar dessas etapas fará com que todas as suas outras opções visuais se destaquem ainda mais.
3- Ilumine sua vida
Um bom projeto de iluminação pode ter um impacto positivo na saúde e bem-estar de quem usa seu estúdio. Estudos mostram que uma boa iluminação pode ajudar a regular o ritmo circadiano, melhorar o humor, reduzir a depressão e até aumentar o desempenho cognitivo, como o tempo de reação. Além de todos esses benefícios, fica com um look ótimo! Usamos iluminação LED em muitos de nossos projetos, permitindo que nossos clientes mudem o clima no estúdio de sessão para sessão. Separar o tratamento acústico da parede/teto para criar um espaço atrás dos painéis pode melhorar o desempenho acústico. Isso também lhe dá a oportunidade de iluminar esses painéis com LEDs para criar um brilho que pode melhorar a aparência do seu estúdio. Planejar com antecedência e colocar os fios elétricos adequados onde as luzes LED são necessárias pode criar uma aparência limpa e organizada. Se você estiver remodelando um espaço existente, a fiação pode ser escondida atrás de um tratamento acústico para tirá-la da vista.
4- Dê forma ao seu som
Uma maneira de tornar seu estúdio único é implementar painéis acústicos diferentes dos painéis retangulares ou quadrados padrão que normalmente vemos. Projetamos a sala na imagem abaixo para a cantora e compositora Tori Kelly, duas vezes vencedora do Grammy, com painéis FulFill personalizados em forma de hexágono e painéis PERF da Acoustical Fulfillment. Isso nos permitiu variar a profundidade e o tipo de painel conforme necessário para o desempenho acústico, criando um espaço atraente para o estúdio caseiro de Tori. Com painéis acústicos personalizados, quase qualquer formato é possível, então as possibilidades são infinitas. Se puder ser cortado em uma máquina CNC, você poderá fazer um painel acústico nessa forma (círculos, trapézios, triângulos, etc.).
5- Situação de difusão
Os painéis de difusão podem dispersar o som enquanto mantêm a “vida” dentro da sala. São ferramentas acústicas que usamos frequentemente em nossos projetos para obter os resultados desejados. Os difusores também podem adicionar um elemento estético interessante a uma sala devido aos seus designs exclusivos. A imagem abaixo foi tirada em um estúdio que projetamos para Tyler Joseph, líder do Twenty One Pilots. A parede traseira tem um conjunto atraente de difusores de detritos quadráticos e nas paredes laterais traseiras está o sistema de tratamento adaptativo Flex-48 da Acoustical Fulfillment, que possui uma blindagem transparente que combina bem com a iluminação do espaço. Existem muitas opções visuais atraentes quando se trata de difusão que também podem realmente melhorar o desempenho acústico do seu estúdio para aplicações s de tracking e mixing.
Conclusão
Em última análise, é importante se divertir ao projetar seu estúdio! Este é um espaço onde você passará muitas horas criando a música que ama. A vibração do seu estúdio deve refletir você e ser uma ferramenta que o inspire a produzir seu melhor trabalho. Mal podemos esperar para ver o que você vai inventar para o seu espaço!
*Por Gavin Haverstick, proprietário da Haverstick Designs, uma empresa de consultoria acústica de serviço completo especializada em testes acústicos, modelagem e design. Alguns clientes notáveis incluem Ringo Starr, Coldplay, Twenty One Pilots, Steve Miller, Louis Bell, Crowder, Tori Kelly e Brooklyn Duo, entre outros.
Postado originalmente no inSync.
Estúdio de Gravação
Entrevista: Engenheiro de áudio Fran Carbone
Engenheiro de áudio e especialista em Pro Tools, proprietário da produtora ATEMPO, Fran Carbone fala sobre carreira e trabalho
Música & Mercado: Qual a sua formação? Como entrou no mercado musical e audiovisual?
Fran Carbone: Bem, acho que comecei como a maioria das pessoas, sendo aquela criança que gostava de música, que dedicava a maior parte do seu tempo no seu instrumento principal, que no meu caso, é a guitarra, hoje eu já toco outros instrumentos, mas comecei com a guitarra e depois automaticamente passei a tocar violão também.
Ainda garoto comecei a tocar em várias bandas e acompanhar artistas na noite de São Paulo. Tive ainda a oportunidade de fazer músicas próprias com a minha banda na época, e isso foi uma experiência muito importante e enriquecedora para mim. Entrar em um estúdio profissional, ser produzido, gravar meu próprio CD autoral junto com a minha banda, nossa, nem sei explicar essa sensação. O que vem na minha cabeça agora, é que foi um dos sonhos realizados na minha vida. Na época, com 17 anos, fiquei curioso e deslumbrado em saber como toda aquela parafernalha funcionava. Eu era aquele moleque que perguntava coisas como: “Você sabe pra que serve todos esses botões?”, “Como que o microfone faz para o som vir na mesa?”, “E esse monte de coisas ali do lado pra que serve?”… Acho que o técnico ficou bem irritado comigo!
Com o apoio do meu pai, que sempre me apoiou na minha carreira musical, resolvi fazer faculdade de música, me formei em violão erudito pela Faculdade Alcântara Machado, a FAAM em São Paulo. Na faculdade me aperfeiçoei não só no instrumento, mas também na composição. Tive a honra de ter como diretor o maestro João Carlos Martins e com professores, músicos sensacionais que fico com medo de comentar em particular e me esquecer de alguém, mas digo que a faculdade foi um amadurecimento pessoal e profissional fantástico.
Acho que isso acontece em todas as áreas, não só na musical, no meu caso em particular, tocar praticamente todas as noites com a minha banda e com outras bandas, dar aulas de música e composição nos conservatórios e fazer faculdade ao mesmo tempo, foi transformador.
Mas aquela experiência de gravar no estúdio, ainda estava dentro de mim. Minha namorada na época, hoje minha esposa e sócia na produtora de áudio Atempo, Bárbara Beatriz , comentou comigo que existia uma escola que ensinava a gravar e mexer nos equipamentos, e que o sonho dela era fazer essa escola, o IAV (Instituto de Áudio e Vídeo) e fomos juntos conhecer. Nessa época, eu tinha acabado de terminar a faculdade e ela ainda estava cursando a faculdade de comunicação social (rádio e TV), e por isso ela não se matriculou e eu acabei me matriculando nessa primeira visita mesmo e minha história no IAV começou.
Quando me formei no IAV, o diretor, o Marcelo Claret, me convidou para fazer parte da equipe de monitores. Depois de 6 meses como monitor, passei para professor do curso de Pro Tools, depois coordenador do curso de Pro Tools e por 10 anos fiz parte do corpo docente do IAV. Foi uma experiência muito enriquecedora, não somente por conhecer, ensinar pessoas ou por ser coordenador de um curso importante e reconhecido no Brasil todo, mas também pelas relações pessoais e parcerias que levo até hoje. Um exemplo que me orgulho muito de chamar de amigo e parceiro musical, é o Jô Borges.
Paralelamente ao meu início no IAV, eu abri minha produtora de áudio ATEMPO, onde estou até hoje, trabalhando com pós-produção áudio visual, publicidades, locuções, jingles, jingles políticos, trilhas sonoras e produções musicais.
Quais os principais acontecimentos na sua carreira? Conte para nós.
Fran Carbone: Tenho muitos trabalhos feitos na ATEMPO que me orgulho muito, como a produção de áudio do curta metragem “Hambúrguer”, que foi indicado ao prêmio do 13º Film Festival de Los Angeles em 2020, ter composto o jingle mais tocado e relevante em Brasília nas últimas eleições federais, ter minhas trilhas sonoras tocando no SBT, ser por 4 anos a “voz” da prefeitura da cidade de Caieiras, na grande São Paulo são alguns exemplos.
Mas, destaco 2 discos que participei no início da minha carreira profissional, como freelancer e engenheiro de áudio parceiro, na Lua Music (selo musical da produtora de áudio Lua Nova, do produtor Thomas Roth), o “Eu voltei” da Ângela Maria e “100 anos de Herivelto Martins”, que foram indicados para o Grammy Latino, como acontecimentos marcantes na minha carreira .
Fiquei por volta de dois anos como freelancer e engenheiro de áudio parceiro, na Lua Music, gravando e mixando artistas renomados do Brasil como Ângela Maria, Cauby Peixoto, Zeca Baleiro, Dominguinhos entre outros. Lá me orgulho muito de ter trabalhado ao lado de grandes produtores musicais como o Tiago Marques Luiz e o Ronaldo Rayol.
O disco “Eu voltei”, da Ângela Maria, foi um tributo ao Roberto Carlos e foi indicado ao Grammy Latino em 2012. Foi uma honra muito grande em saber que a minha participação, um cara jovem no mercado na parte de gravação e mixagem, chegou a um âmbito tão grande e importante no mercado musical latino americano.
Ainda em parceria com a Lua Music, gravei e mixei o disco “100 anos de Herivelto Martins”, que foi indicado ao Grammy Latino de 2013 como melhor disco.
De que forma o trabalho no IAV contribuiu na carreira?
Fran Carbone: Ah, o IAV foi um divisor de águas na minha carreira, com certeza! Antes do IAV, eu só tinha noção do palco e do ao vivo, minha percepção era de músico e quando comecei a trabalhar no IAV essa percepção se ampliou com a gravação, mixagem, produção e engenharia de áudio…isso tudo começou a fazer parte da minha vida profissional também e fez com que eu me encontrasse profissionalmente. A música sempre foi e sempre será a parte primordial para mim e ampliar minha percepção no IAV, me incentivou a montar minha própria produtora de áudio e ter mais confiança nas minhas próprias produções. Eu era um músico que possuía muitos arranjos e composições autorais, e sempre imaginei como produzir o que estava nos meus cadernos de partituras.
Trabalhar no IAV por mais de 10 anos sem sombra de dúvida foi muito importante e me trouxe realizações não só profissionais mas pessoais também. Saber que algum aluno meu foi indicado para um prêmio ou ganhou um prêmio, me traz uma satisfação e um orgulho inexplicável.
Acredito muito que o conhecimento não deve ser guardado, ele deve ser expandido. Me orgulho muito de ter ensinado Pro Tools para quase mil alunos no Brasil todo. Com o passar dos primeiros anos no IAV, eu elaborei uma forma personalizada, um método de ensinar pro tools de uma forma que o aluno realmente entenda o caminho do programa e não somente decore botões e atalhos. Esse foi o meu diferencial como instrutor no IAV e continua sendo até hoje como consultor.
Eu hoje sou especialista no software Pro Tools e conheço todos os caminhos dentro dele. Trago isso não somente para minhas aulas, mas também para as parcerias. Eu tenho um jeito inovador de trabalhar com o Pro Tools que agrada meus parceiros, então sempre que aparece algo relacionado com Pro Tools fico muito honrado que eles lembrem de mim e me convidem para participar de seus projetos.
Como está seu trabalho hoje?
Fran Carbone: Hoje continuo com a minha produtora ATEMPO realizando trabalhos publicitários, pós produção, trilha sonora e produção musical. Realizo consultorias online no Brasil e fora dele também. Continuo ensinando, mas hoje, meu curso de Pro Tools está nas plataformas digitais, mas eu mantenho o diferencial de ser um curso totalmente baseado na prática profissional que eu tive e com um método que realmente ensina a pensar a proposta do software.
Tenho realizado muitos trabalhos com pós produção de áudio, até porque estamos em um momento de pandemia que infelizmente prejudicou muito o mercado da produção musical. Por conta disso, hoje em 2022, o meu campo maior de atuação tem sido a pós produção de áudio na parte de filmes e dublagens e áudio publicitário em geral.
Gosto muito de conversar sobre nossa área, tanto com ex-alunos, parceiros e amigos, por isso tenho meu canal do Youtube, onde compartilho o meu conhecimento sobre áudio, música e Pro Tools. Minha ideia nunca foi virar um Youtuber, mas sim bater um papo e trocar conhecimento.
Nesses 20 anos de profissão, tenho muito orgulho de ter feito muitas parcerias e ter participado de muitos projetos, e principalmente ter trabalhado em conjunto até hoje com grandes profissionais. Cada um deles com o seu método que incrementa o método do outro. Eu por exemplo, tenho um jeito inovador de trabalhar com o Pro Tools que agrada, então sempre que aparece algo relacionado com Pro Tools fico muito honrado que meus parceiros lembrem de mim. Isso faz com que hoje eu me orgulhe muito do que construí até aqui, tenho minhas redes de amizades e parcerias, e isso me motiva a continuar pensando e trabalhando para expandir meus projetos profissionais e de ensino, mas principalmente traz uma satisfação pessoal e profissional que mostra que estou no caminho certo.
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