Distribuição
Tama e Ibanez: Musical Express assume a distribuição no Brasil

Musical Express tem o desafio de criar um novo padrão de distribuição para marcas premium de guitarra e bateria
Tama e Ibanez, oriundas da renomada fabricante japonesa Hoshino Gakki, agora têm um novo desafio pela frente: a distribuição sob a chancela da paulista Musical Express.
A Musical Express, já consagrada como uma das gigantes do mercado brasileiro e responsável por marcas como D’Addario, Bose, Gibraltar e Evans, carrega em seu DNA uma forte veia de marketing. Durante anos, foi a referência quando se falava em D’Addario, tendo sido a grande responsável por reconstruir e solidificar a imagem da marca em terras brasileiras. E não parou por aí: no universo das peles de bateria Evans, também se destacou, assumindo a liderança no segmento premium.
Comentários sobre a mudança
Recentemente espalhou-se o burburinho no mercado musical que a Musical Express teria assumido as marcas japonesas. No entanto, a distribuidora, devido a um acordo com a Hoshino Gakki, manteve-se discreta e negou todas as incursões no assunto.
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Musical Express distribuindo instrumentos?
Sim e não é de hoje. Confesso que já ouvi diversos comentários sobre a Musical Express, especialmente quando a empresa anunciou a distribuição da Shure. Muitos duvidavam, dizendo coisas como “A Musical Express não sabe distribuir microfones” ou “Eles não entendem nada de áudio”. Mas o que muitos não percebiam é a expertise da Musical Express no setor, sua sensibilidade com as marcas e a incansável disposição para o trabalho. A parceria com a Shure e posteriormente com a Bose só reforçou isso, trazendo inovações, capilaridade e um marketing associado à marca que muitos não haviam visto até então.
O que esperar da Musical Express com a Tama e Ibanez?
Se a importadora mantiver o padrão de excelência que já demonstrou com outras marcas, podemos esperar uma revolução no cenário de marcas premium para guitarra e bateria. A seguir, compartilho alguns pensamentos da Música & Mercado.
Contexto
A Musical Express tem um talento nato para o desenvolvimento de mercado e marcas e não é uma empresa de nicho, é uma distribuidora de escala. Logo, ela não aceitaria o convite de se tornar distribuidora da Tama e Ibanez se a direção das marcas não estivessem com disposição de assumir um compromisso em busca da liderança, mas para isso, desafios não faltam.
O esperado
Espera-se que a Ibanez apresente linhas com preços competitivos, prontas para rivalizar nas prateleiras com marcas como Tagima e Seizi. E com a Fender e Gibson focadas majoritariamente no marketing norte-americano, a Musical Express tem uma vasta oportunidade para consolidar a marca Ibanez no Brasil.
No mundo das baterias, a competição é acirrada. Não se trata apenas de enfrentar gigantes como Pearl, Gretsch e Odery, mas também de lidar com marcas de escala como D-One e Nagano, que têm se destacado pela qualidade e design. Se a Hoshino Gakki não caminhar lado a lado com a Musical Express, as vendas podem se concentrar apenas nos segmentos mais elitizados.
Desafios da Ibanez e Tama
O Brasil é um território peculiar. Poucas marcas globais conseguiram estabelecer uma relação genuína com o mercado. Muitas empresas estrangeiras ainda estão presas a conceitos antigos, que já não se aplicam ao cenário atual. Os empresários daqui evoluíram, e as marcas nacionais, mesmo as produzidas na Ásia, tornaram-se referência. Muitas marcas internacionais culpavam os altos impostos, mas ignoravam a real necessidade de uma parceria sólida com os distribuidores locais.
O brasileiro sabe como seus pares atuam e como o jogo da economia se estabelece aqui. No entanto, muitas vezes, o maior empecilho é a falta de conhecimento do mercado local por parte das marcas. Aliás, permita-me fazer uma observação sobre a palavra “marca”.
Uma marca é algo que transmite valor para quem compra. Muitas vezes, uma marca nos Estados Unidos pode não ser encarado como uma “marca” num determinado país, mas sim um “forte nome”, por exemplo. A grande questão é: se a Hoshino Gakki decidir se posicionar elitista como BMW ou Mercedes, venderá apenas para um grupo seleto e reduzido que não sustentará a operação a longo prazo. Consumidores tendem a esquecer marcas distantes que não oferecem valor e a concorrência da Ibanez, ao se posicionar como uma BMW, será com os renomados luthiers brasileiros.
Por outro lado se, em um segundo momento, a marca optar por vender diretamente aos grandes varejistas, ótimo, mas perderá o branding, como está acontecendo com a Fender. Afinal, nenhum importador varejista deseja fazer propaganda para que outro varejista também se beneficie. Nesse jogo de empurra-empurra, o mercado sai perdendo.
Outro ponto relevante, além do preço dos produtos, é sobre o padrão de consumo e desejo por marcas. O jovem de 16 a 18 anos não tem o mesmo apego às marcas que um adulto acima de 30 anos. A geração Joe Satriani e Steve Vai está em outra fase, e os ídolos da Tama não aparecem mais como nos anos 90 ou 2000. Qual é o planejamento da Hoshino Gakki junto à Musical Express? Que suporte será dado e será que a Musical será ouvida?
A resposta para estas perguntas será fundamental para estabelecer esta nova fase marca no Brasil. Qualquer posição arrogante da Hoshino Gakki (Tama e Ibanez) será mais um passo para o afastamento das marcas do consumidor final.
1 – Se a Tama e Ibanez continuarem achando que o marketing é só “coisa do meu distribuidor”, será evidente a permanência do conceito da administração da marca como havia nos anos 90… Legal? Não! O mundo mudou, o Brasil também, e o jovem tem oferta suficiente de produtos. Me desculpe, Hoshino, mas o consumidor precisa de um posicionamento agradável, próximo, acessível, que entregue valor. Não esperem que o jovem brasileiro conheça seus produtos como ocorre nos EUA, Europa e Japão. Aqui é Brasil, rapá!
2 – Se a Hoshino Gakki for sensível e, pelo que parece, agora está inclinada a ser com o mercado brasileiro, conquistará o varejo, os consumidores profissionais, amadores, e as escolas também se beneficiarão. E, em 2024, quando a operação de Tama e Ibanez estiver consolidada com a Musical Express, será um ano repleto de emoções.
Vamos aguardar!
Distribuição
Às vésperas dos 40 anos, Habro Music triplica faturamento
Com uma sucessão planejada e a injeção de uma liderança mais ousada, a distribuidora sai do modo “discreto” e projeta crescimento três vezes maior em 2025.
No competitivo tabuleiro do mercado musical brasileiro, a Habro Music era, até recentemente, o paradoxo de um gigante adormecido. Detentora de um portfólio invejável e com uma saúde financeira inquestionável, a empresa operava em um ritmo quase de manutenção, levando o mercado a percebê-la como tradicional, sem ego e “apagada”. Lojistas ouvidos pela Música & Mercado afirmavam que a visão externa era a de “uma empresa que sentou em cima de um monte de marca porque tem dinheiro, mas perdeu a vontade de brilhar”.
Essa era acabou
Em setembro de 2025, a Habro comemorou 40 anos de história. O ano de celebração coincidiu com mudanças que não estavam no radar do mercado, considerando o ritmo adotado nos últimos anos pela companhia. Convenhamos: a importadora, através de seus fundadores Alfred e Alec Haiat, era reconhecida como bem administrada e sólida financeiramente, mas também avessa a riscos e conservadora.
O ponto de virada veio com o processo de sucessão, agora sob a direção de Phillipe Haiat, filho de Alfred, que assumiu como COO. Phillipe promoveu uma reforma estrutural — ou, como eles mesmos definem, “um novo palco”. “Hoje estou à frente do negócio talvez com a mesma energia que os fundadores tinham há alguns anos. Mas acredito que nada se faz sozinho, e por isso me apoio em gente competente ao meu redor”, explica Phillipe Haiat. Entre as mudanças, desde outubro de 2024, Flávio Desenzi passou a liderar a diretoria comercial da Habro.
Sem ego, sem fogos de artifício
Com diretrizes claras, Desenzi enfatiza: “Está sendo apresentada nesta edição do Habro Sales Experience — HSE — nossa nova fase e posicionamento, reafirmando o compromisso de liderar o setor de instrumentos musicais com inovação, solidez e as marcas mais desejadas do mercado”. A 2ª edição do Habro Sales Experience, convenção da Habro Music, acontece de 2 a 5 de outubro no interior de São Paulo. “Iremos apresentar grandes novidades e estratégias para 2026, além de celebrar as conquistas e o crescimento notório da empresa”, complementa Samuel Galdino, gerente de marketing.
Em vez de campanhas pontuais, a empresa decidiu mexer no que realmente impacta o dia a dia do Lojista: estoque próprio pago, menos portas por SKU para proteger preço, representantes com metas e bônus, janelas de abastecimento mais curtas e um e-commerce que atua como laboratório — testando discurso, SEO, imagens e vídeos — para devolver à ponta um “pacote de venda” pronto para integrar ao site e às redes sociais da loja.
Os números confirmam a mudança: o faturamento triplicou em cerca de dez meses, e a projeção é encerrar o ano três vezes acima de 2024. Ninguém empilha esse gráfico só com boas intenções. O que está em jogo é uma filosofia antiga, agora aplicada com método: ninguém ganha sozinho. Se a margem não fecha na loja, a distribuidora não sustenta crescimento — e a Habro escolheu tornar isso regra de operação, não apenas slogan.
New Stage
A mudança começa por onde quase ninguém gosta de mexer: poder e processo. Os fundadores seguem próximos, como mentores e guardiões do jeito de fazer — empresa própria, não de banco; disciplina de caixa; aversão a prazos mirabolantes — e mantendo a tradição de representar muitas marcas. Entre os destaques, está o empenho na linha de áudio profissional, com a Alto, além da experiência passada na distribuição de marcas como Mackie e Focusrite.
“Vivemos hoje, sem dúvida, o melhor momento da empresa nos últimos 13 anos. Basta olhar ao redor do escritório para sentir uma empresa viva, motivada e confiante”, afirma Phillipe.
Em conversa com representantes comerciais, a Música & Mercado apurou que a Habro importará, até o fim de 2025, uma linha de produtos que trará três efeitos claros: Lojistas e consumidores animados e concorrentes preocupados. É hora de prestar mais atenção na quarentona Habro.
Audio Profissional
Bear Audio Video: uma nova voz na representação AV para a América Latina
Em fevereiro de 2025 nasceu a Bear Audio Video, uma empresa de representação comercial que já vem ganhando destaque no setor audiovisual da América Latina.
Mais do que um novo empreendimento, o projeto representa uma visão compartilhada em família, que une experiência, valores humanos e propósito claro: entregar mais valor ao mercado e fazer diferente.
“Mais do que um projeto profissional, a Bear Audio Video é a concretização de um sonho que vínhamos construindo há anos. Queríamos criar uma empresa que representasse valores como confiança, dedicação e excelência no trabalho”, afirma Viviane Schuch, diretora administrativa.
Da experiência global a uma proposta regional
Com mais de 25 anos de atuação na indústria audiovisual e em setores estratégicos como vendas internacionais, planejamento financeiro e gestão de contratos, Fred Schuch, diretor geral da Bear Audio Video, traz na bagagem experiências em grandes empresas globais como a Harman International. Viviane, por sua vez, tem trajetória sólida em instituições financeiras como o Banco John Deere e o De Lage Landen, com foco em consultoria jurídica e planejamento. Juntos, formam uma combinação de visão técnica e estratégica que se reflete no modelo de atuação ágil, humano e profissional da empresa.
A Bear Audio Video começa sua jornada representando três marcas norte-americanas de peso:
- Cerwin Vega (Los Angeles, CA): reconhecida pela potência e durabilidade de seus sistemas de áudio profissional, é um ícone no som automotivo e em eventos ao vivo.
- Diamond Audio (Los Angeles, CA): especializada em áudio automotivo premium, com foco em fidelidade sonora, tecnologia de ponta e design sofisticado.
- Vari-Lite (Dallas, TX): pioneira mundial em iluminação profissional para espetáculos, eventos e teatros, com alta precisão, confiabilidade e inovação.
Esse portfólio inicial permite atender a demandas em áudio, iluminação e integração, com soluções de alto desempenho para o mercado latino-americano.
Foco regional e expansão gradual
A empresa atua inicialmente em países estratégicos como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Uruguai, Paraguai, Panamá, Venezuela e Bolívia. O objetivo é ampliar gradualmente sua presença, agregando novas marcas ao portfólio e consolidando-se como uma referência em representação de vendas.
“A região tem um potencial enorme. Vemos um mercado dinâmico, com muita competência técnica e crescente demanda por soluções inovadoras. Mas também existem desafios logísticos, tributários e cambiais, que exigem proximidade e conhecimento local”, comenta Fred Schuch.
Suporte aos canais e participação ativa no mercado
A Bear Audio Video concentra seus esforços em fortalecer canais de distribuição e varejo, oferecendo suporte técnico, treinamentos, campanhas de marketing personalizadas e participação em feiras e eventos estratégicos.
A empresa já marcou presença na Sound:Check Expo (CDMX), na InfoComm (Orlando) e na NAMM (Anaheim), e planeja estar em outros eventos relevantes como SEMA, LDI e Conecta+ Música & Mercado.
Além disso, os sócios da Bear Audio Video estão percorrendo pessoalmente diversos países da região para fortalecer o relacionamento com clientes e entender as necessidades de cada mercado.
Tecnologia, tendências e futuro
Entre as tendências que a empresa aposta para o futuro do setor estão a integração AV sobre IP, a automação inteligente, o uso de IA em soluções audiovisuais e o crescimento de ambientes híbridos no segmento corporativo e educacional.
“Buscamos representar marcas que estejam alinhadas com essas mudanças e oferecer aos nossos parceiros as ferramentas para acompanhar essa evolução”, destaca Viviane Schuch.
A curto e médio prazo, a meta é fortalecer as parcerias com distribuidores e expandir o portfólio.
Em alguns anos, a empresa quer ser reconhecida como uma referência em representação comercial no setor AV latino-americano, conhecida por sua confiabilidade, proximidade com o mercado e compromisso com resultados.
“Queremos que a Bear Audio Video seja vista como uma empresa confiável, inovadora e parceira estratégica para o crescimento sustentável do setor audiovisual na América Latina”, conclui Fred Schuch.
Saiba mais sobre a empresa aqui.
Audio Profissional
Grupo Zónico leva o processador Outline Newton à Venezuela
O Grupo Zónico, referência em produção de eventos e tecnologia de entretenimento com mais de 20 anos de atuação, acaba de ser nomeado distribuidor oficial do processador de áudio Outline Newton na Venezuela.
A parceria reforça a posição da empresa no mercado ao trazer para os profissionais locais uma tecnologia de gestão de sinais reconhecida internacionalmente — e utilizada em turnês, festivais e shows de grande porte ao redor do mundo.
Hugo Morillo, diretor do Grupo Zónico, destaca: “O Newton tem sido a solução preferida para produções ao vivo altamente exigentes em todo o mundo. Sua excepcional qualidade de áudio e integração perfeita com sistemas de qualquer marca permitem aos engenheiros de som superar desafios complexos com mais eficiência e confiabilidade.”
Diferente dos processadores de alto desempenho disponíveis hoje, o Newton é detentor de uma patente industrial. O equipamento combina uma arquitetura avançada de FPGA com a tecnologia exclusiva de filtragem WFIR da Outline, consolidando-se como padrão em processamento, roteamento e equalização de sinais em eventos de prestígio. Seu sucesso se deve à flexibilidade, confiabilidade e qualidade sonora excepcionais, tudo isso em um chassi compacto de 1U, controlado por uma interface de software intuitiva compatível com Mac e PC.
O histórico do Newton inclui participações em alguns dos eventos mais icônicos da indústria, como as edições do Glastonbury e Coachella, além de turnês mundiais de artistas como Roger Waters, Tool, Snow Patrol, Sam Smith, Kenny Chesney e Joe Bonamassa.
Durante a mais recente Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, o desafio de transmitir com clareza a mensagem do Papa Francisco a 1,5 milhão de peregrinos, espalhados por uma área de 3 km², foi superado com o uso de apenas dois processadores Newton. As unidades gerenciaram linhas de delay de até oito segundos, coordenando a transmissão de áudio por 103 km de fibra ótica, 1.100 alto-falantes em 109 torres de PA, 327 amplificadores e 300 switches de rede.
Morillo finaliza: “Com a chegada do Newton à Venezuela, estamos colocando o mercado local em sintonia com as mais avançadas produções globais. É um salto significativo que posiciona nossa indústria ao lado dos grandes players internacionais.”
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