Audio Profissional
Três dicas essenciais para mixagem de áudio

Começamos uma série de dicas pra você melhorar sua mixagem. Misturar os sons é uma arte que também envolve talento e bom gosto, mas deve ser estudado, porque existem técnicas que demandam além da prática, muito estudo.
As técnicas não são verdades absolutas, mas pontos de partidas, caminhos facilitadores para que descubramos “’o que” naquele momento, para aquele trabalho, com o determinado equipamento e na sala que você estiver, qual a técnica que lhe cabe melhor. Mixar é tão rico que usamos muito dizer “mixagem não se termina, se abandona.”
1 Entender realmente que é mix ou mixagem
A palavra Mix traduzida quer dizer Misturar e em português foi chamado de Mixagem o ato de misturar os sons: ao vivo, com banda, em estúdio, em produção de música eletrônica, no cinema, nas trilhas dos filmes, efeitos de sonoplastia e onde 2 ou mais sons forem combinados.
O profissional dedicado a MIX é chamado de engenheiro de mixagem, e é encarregado de misturar os sons captados de maneira coerente e harmoniosa, pode ser baseado em técnicas, em gosto pessoal, em uma proposta de trabalho e até misturando ambos, o importante é saber seu papel e função. Por exemplo: em um CD existem processos de composição, arranjos, pré-produção, gravação, edição, mixagem, pré masterização, e por fim masterização (em maioria). Cada processo pode ou não, ser realizado pelo mesmo profissional, como é comum hoje a “época dos home estúdios”. Quem mixa tem a responsabilidade de pegar todo material captado e organizá-los em uma música equilibrada e harmoniosa: em volumes, timbres, equalização, espacialidade e profundidade, tudo para que a mensagem por trás daquele trabalho seja melhor definida e apresentada, como se lapidar o diamante. Daí parte o papel fundamental do nosso próximo item.
2 Escutar e estudar sobre áudio
Recebendo a missão de mixar uma banda, cantor, orquestra, espetáculo teatral, música gravada ou qualquer trabalho de mixagem, seja ele de pequeno ou de grande porte, me preocupo primeiro em entender a proposta do som, hoje é muito comum por influência mercadológica, o público e até técnicos de som terem em sua mente sons que chamam de “bom”, mas, será que é “bom” para outras pessoas também? Será que o som “bom” faz parte do estilo? É realmente o que o artista e a produção gostariam?
Nossas referências e gostos pessoais podem trazer sugestões a nossa memória auditiva do que subjetivamente é “bom” e do que é “ruim”, para um determinado instrumento, ou, para a composição de vários instrumentos, como por exemplo um naipe de violinos. A partir disto, podemos entrar em uma infinita discussão sobre o que é certo, como do que é belo, assim como segundo as discussões de Kant e Baumgarten cada um pode ter seu ponto de vista estético físico, ou estético interior e emocionalmente do que é belo. Sendo assim se faz necessário entender a proposta daquela mixagem, se é comercial e padrão ou se existem propostas artísticas conceituais por trás da escolha dos instrumentos, dos timbres, dos volumes e prioridades dos elementos a serem trabalhados.
Conhecer o estilo do artista se faz importante, por exemplo: em um evento cristão de João Alexandre e banda, começamos a passar o som, um dos técnicos do local questionou que havia um barulho muito estranho no som, e se eu não estava ouvindo, imediatamente comecei a procurar o ruído e não o identifiquei, então em algumas tentativas percebi que o barulho era proveniente de um feltro com bolinhas colocado no prato de condução da bateria, estas bolinhas fazem parte dos estilos de samba, jazz e outros. Expliquei para o técnico local que ignorantemente disse: “Horrível isso coloca um gate nesse barulho”. A falta de vocabulário sonoro pode te levar a achar sons característicos de um estilo desconhecido, insensato e feio.
Vamos Praticar: Tire um tempo para ouvir músicas de gêneros diferentes, comece pelos estilos mais tradicionais e populares: como samba, rock, reggae, forró, clássicas e etc. Siga o seguinte método que irá mudar sua percepção e maneira de enxergar a música e até mesmo o mundo:
Passo 1 – Ouça 5 músicas de estilos diferentes e bandas diferentes e se atente também ao ano em que foram gravadas, anote os instrumentos que compõem as músicas, preste atenção, na primeira vez pode ter dúvidas, e quando não conseguir identificar algum instrumento peça ajuda, fazendo isto perceberá que cada estilo, tem suas características de formação de instrumentos e vozes.
Após anotar perceba que cada estilo coloca os seus elementos e instrumentos em planos de volume e prioridade diferentes. Procure ouvir sempre em uma boa referência, um bom fone já o ajudará, ouça as músicas quantas vezes julgar necessário e após, siga para próxima etapa.
Passo 2 – Agora anote na frente do instrumento anotado, escreva de 0 a 10, sendo 0 para nenhuma prioridade em volume e destaque e 10 para a maior prioridade, fazendo isto, você perceberá as diferenças de volumes e prioridades entre os instrumentos para cada estilo. Para ajudar ouça em um nível não muito alto, exemplo: como ouviria música em casa sem incomodar os vizinhos, depois ouça em um nível muito baixo, de maneira a perceber apenas os sons que receberam a maior prioridade na música, essa é uma técnica muito usada por grandes engenheiros de mixagem do mundo todo, porque em nível muito baixo os sons mais fracos na mixagem tendem a desaparecer e os mais altos a revelar suas verdadeiras posições no plano de mixagem.
Passo 3 – Melhoramos nossa percepção dos volumes e intensidades, agora em suas anotações escreva também os elementos ou instrumentos mais comuns entre os estilos, por exemplo: se quase todos tem bateria anote, bateria e as peças que a compõem em cada estilos como bumbo, caixa, chimbal e etc. Se na maioria dos estilos tem 1 voz principal, tome nota disso, e também anote os instrumentos que somente aquele estilo X ou Y tem em particular, como por exemplo: sanfona, sax cajon entre outros.
Passo 4 – Agora dentro dos instrumentos, isole cada peça ou elemento tocado, e quando perceber os instrumentos que soarem mais grave coloque a letra G na frente, os mais médios a letra M, e os mais agudos a letra A, tome nota e entenda que há diferenças de frequências para cada peça ou instrumento dentro dos estilos, perceba que a mesma peça tem grave em um estilo e agudo em outro. Por exemplo: Na bateria no passo C de nosso estudo, você notou e anotou que temos em quase todos estilos: bumbo, caixa, tons, pratos e etc. Agora anote as diferenças que existem entre os sons do Bumbo e se é mais grave, médio ou agudo, faça isto para cada peça ou elemento da bateria, e siga em todos instrumentos anotados. No começo pode parecer difícil, mas a prática, a persistência e a repetição irá elevar sua percepção rapidamente, e melhorar o nível da qualidade em suas mixagens mais do que qualquer outra técnica.
Seguindo os passos tenho certeza que você nunca mais ouvirá uma música ou conhecerá um estilo da mesma maneira, com os mesmos ouvidos, praticando as técnicas sua percepção certamente irá ser transformada.
3 Saber que uma boa captação ajuda muito
Muitos acham que “o cara da mix” é o profissional que arruma e resolve tudo, se acontece um barulho, um ruído, e até mesmo se o cantor grita, canta baixo (longe do microfone) ou até mesmo desafina, a culpa e do técnico que está na mesa de som, se for gravação ousam dizer “ele dá um jeito depois”. Em estúdio as ferramentas que temos hoje ajudam a resolver muitos problemas, até fazer muitos milagres, mas com toda certeza captar o melhor áudio, da melhor maneira possível, melhora muito o resultado final da mixagem, seja de um CD ou de shows e sons ao vivo.
A captação ao vivo ou gravada inicia no músico, ele é a diferença no resultado da captação, e por consequência em uma boa mixagem, os músicos que tocam e cantam pensando no arranjo e no conjunto, mandam o som pronto faltando poucos detalhes.
Conheça também os equipamentos que você trabalha, conheça e estude técnicas de microfonação e captação para ter um o som o mais pronto possível, lembrando que além dos microfones ou captadores, os cabos, suportes, pre-amp, conversores e o ambiente onde você vai captar o som também influencia muito, evitando vazamentos desnecessários e sons indesejados
Vamos Praticar: Comece testando e conhecendo bem os equipamentos que você vai usar, e teste mudar de microfone e seus posicionamentos: mais perto, mais longe, inclinado para cima, baixo e note que o timbre é alterado a cada mudança, o resultado pode ser melhor ou pior, você poderá identificar o que melhor se encaixa dentro do que você precisa.
Dica Plus: Quem ouve esquece, quem lê talvez se lembre, quem anota lembra ou consulta, mas quem pratica aprende.
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Power Click lança o Voice Monitor MK II: controle total de retorno para cantores e locutores
Novo amplificador de fones promete independência, qualidade de áudio e praticidade no palco ou estúdio.
A Power Click, marca brasileira reconhecida por suas soluções em áudio profissional, apresentou o Voice Monitor MK II, um amplificador de fones de ouvido individual desenvolvido especialmente para cantores e locutores. O equipamento promete ser a solução definitiva para o retorno de voz e som da banda, oferecendo controle total e independente sobre os canais de microfone e auxiliar.
Controle independente e som profissional
O Voice Monitor MK II permite que o próprio usuário ajuste o volume e a equalização do microfone e do retorno, garantindo autonomia durante ensaios, gravações ou apresentações.
O modelo conta com dois canais de entrada e saída — MIC e AUX —, projetados para atender diferentes necessidades:
- Input MIC: oferece retorno fiel da própria voz, com equalização de graves, agudos e efeitos de eco/reverb, ideal para cantores e locutores.
- Input AUX (para cantores): garante retorno de banda com alta qualidade, também com controle independente de graves e agudos.
- Input AUX (para locutores): permite receber informações ou instruções internas por canal auxiliar, audíveis apenas pelo locutor.
Versatilidade em qualquer setup
O equipamento inclui saídas (OUTPUTs) que permitem enviar o som do microfone e do auxiliar para mesas de som, sistemas de PA, gravadores ou outros dispositivos de áudio.
Importante: os controles de volume e equalização atuam apenas no fone de ouvido, sem alterar o sinal enviado pelas saídas — ideal para quem busca precisão no monitoramento sem interferir no som principal.
Design funcional e acessórios inclusos
O Voice Monitor MK II vem acompanhado de fonte de alimentação, suporte para fixação em pedestal de microfonee bag de transporte, tornando o uso prático tanto no palco quanto em estúdio.
Compacto, robusto e fácil de operar, o modelo mantém o padrão de qualidade que tornou a Power Click uma referência em áudio profissional desde 2002.
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WSDG aprimora o som e a segurança no estádio do River Plate na Argentina
O Estádio Más Monumental de Buenos Aires incorpora design acústico e audiovisual de nível mundial em sua transformação completa.
Após uma renovação integral entre 2020 e 2023, o Estádio Más Monumental, sede do Club Atlético River Plate e da seleção argentina de futebol, consolidou-se como um dos espaços esportivos e de entretenimento mais avançados do mundo.
Com capacidade para mais de 86 mil espectadores, é atualmente o maior estádio da América do Sul, estabelecendo um novo padrão global em infraestrutura e experiência do público.
Um dos pilares dessa transformação foi a modernização total do sistema de som, desenvolvida com a consultoria da WSDG, empresa internacional especializada em projetos acústicos e sistemas audiovisuais.
Som de precisão para um estádio histórico
O projeto foi realizado em colaboração com as marcas Bosch e Electro-Voice, combinando engenharia acústica avançada, cobertura uniforme e uma atmosfera sonora imersiva tanto para eventos esportivos quanto para grandes concertos.
A WSDG realizou uma análise técnica detalhada, propôs otimizações de design e supervisionou a calibração final no local, garantindo desempenho ideal em todas as áreas do estádio.
“Projetar para estádios é sempre buscar o equilíbrio entre clareza e energia emocional”, afirmou Sergio Molho, sócio e diretor de desenvolvimento de negócios da WSDG. “No Más Monumental conseguimos criar uma experiência sonora que potencializa cada palavra, canto e momento musical com precisão e força.”
De sistemas obsoletos à tecnologia de ponta
Durante anos, o River Plate dependia de sistemas de som temporários alugados, instalados ao nível do campo, o que resultava em cobertura irregular e baixa inteligibilidade.
O sistema fixo anterior, instalado originalmente para a Copa do Mundo de 1978, já estava tecnicamente ultrapassado.
“Um novo sistema de som era uma condição indispensável para a renovação”, explicou Rodrigo Álvarez, arquiteto-chefe e gerente de construção do clube. “Era essencial não apenas para aprimorar a experiência do público, mas também por questões de segurança. Buscamos parceiros com experiência comprovada em estádios, e foi por isso que escolhemos a WSDG.”
O projeto final integrou alto-falantes de fonte pontual distribuídos e arranjos lineares montados nas arquibancadas, gerenciados por processamento digital de sinal (DSP) para manter coerência sonora em todo o estádio.
A WSDG também aplicou sua metodologia Technical Interior Design (TID) em áreas internas, melhorando a clareza da fala e a qualidade acústica de ambientes complementares.
Desafios estruturais e logísticos
Integrar um sistema de última geração em uma estrutura construída na década de 1930 exigiu um planejamento minucioso.
“Foi necessário reforçar as estruturas de concreto, modernizar os sistemas elétricos e coordenar as instalações sem interferir nos jogos e eventos em andamento”, destacou Álvarez. “Apesar das limitações, o resultado é um sistema que se integra visualmente à arquitetura e eleva a experiência geral do estádio.”
Um novo padrão para torcedores e espetáculos
O impacto da modernização foi imediato. O River Plate encerrou 2024 como o clube com maior público do mundo, com média de 84.567 torcedores por partida e mais de 2,4 milhões de espectadores ao longo da temporada.
“A reação dos fãs e dos artistas foi extremamente positiva”, acrescentou Álvarez. “A melhoria na qualidade sonora foi perceptível desde o primeiro dia e foi um fator essencial para que o estádio fosse escolhido como uma das sedes da Copa do Mundo de 2030.”
Design que amplifica a paixão
“É aqui que o design encontra a emoção”, resumiu Sergio Molho. “Seja em um gol decisivo ou em um show esgotado, nosso objetivo é garantir que cada som chegue a cada pessoa com clareza, potência e sem compromissos. Quando o sistema desaparece e só resta a experiência, sabemos que o trabalho foi bem-feito.”
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Bose Professional anuncia ajuste de preços a partir de dezembro de 2025
O CEO John Maier comunicou a medida aos clientes da região das Américas, reforçando o compromisso da marca com a qualidade, a continuidade do fornecimento e o investimento em inovação.
A Bose Professional anunciou que realizará um ajuste moderado nos preços de todos os seus produtos a partir de 1º de dezembro de 2025, em razão do aumento contínuo nos custos de materiais, das tarifas internacionais e das pressões logísticas globais.
Em carta dirigida aos clientes, John Maier, CEO da Bose Professional, explicou que a empresa havia mantido seus preços estáveis durante o primeiro semestre do ano, como forma de oferecer estabilidade e transparência enquanto avaliava as mudanças no cenário comercial internacional.
“Nossos clientes mereciam estabilidade e transparência enquanto a situação global se ajustava”, afirmou Maier. “Graças a medidas como a renegociação de contratos com fornecedores, a transferência de parte da produção para regiões com tarifas menores e o uso de zonas de livre comércio nos EUA, conseguimos adiar o aumento por mais tempo do que a maioria das empresas do setor”.
No entanto, o executivo destacou que manter os preços atuais já não é sustentável sem comprometer a qualidade dos produtos e a capacidade de inovação da companhia. Por isso, o reajuste abrangerá todas as categorias de produtos da Bose Professional em toda a região das Américas.
Para reduzir o impacto sobre os projetos em andamento, a empresa informou que manterá os preços anteriores para todos os pedidos registrados ou orçamentos aprovados até 30 de novembro de 2025, desde que o envio esteja programado até 1º de janeiro de 2026. Os detalhes atualizados serão comunicados aos parceiros e distribuidores nos próximos dias.
Maier reforçou que a decisão “não foi tomada de forma leviana” e reiterou o compromisso da Bose Professional com seus clientes e parceiros de negócios: “Desde que nos tornamos uma empresa independente, nosso foco tem sido construir relações de confiança e longo prazo. Embora fatores globais estejam além do nosso controle, nossos valores permanecem os mesmos: apoiar nossos clientes com comunicação clara, fornecimento confiável e investimentos contínuos em inovação.”
Com essa medida, a Bose Professional busca garantir a sustentabilidade de suas operações e continuar desenvolvendo soluções que impulsionem o crescimento do mercado audiovisual profissional em todo o continente.
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