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Vibratom faz instrumentos para educação musical de crianças

Com mais de 60 anos de experiência fazendo instrumentos, a Vibratom oferece um catálogo especial para ensinar e gerar interesse pela música entre as crianças. Dia das Crianças chegando!

Em 1959, José Guilherme, professor de mecânica e violão, fundou a fábrica de instrumentos musicais que levava o seu nome. Em poucos anos, anexou a atividade da loja, passando a usar os nomes JogMusic (loja) e JogVibratom (fábrica). Em 2018 surgiu a necessidade de a fábrica possuir um CNPJ próprio, passando a se chamar Vibratom. Hoje é uma jovem empresa de dois anos com uma bagagem histórica de 61 anos.

“Por volta de 1961, recebemos a visita de uma professora, que conheceu o instrumento vibrafone — um barrafone com teclas em alumínio — que produzíamos na época, e nos incentivou a entrar na linha de liras de fanfarra, de metalofones e xilofones Orff (homenagem a Carl Orff) e de flauta doce em madeira”, lembra Luiz Guilherme, um dos diretores da empresa.

Carolina e Luiz Guilherme

 

Dentro da empresa

A fábrica da Vibratom fica em Rio Claro, no interior do estado de São Paulo, onde trabalham 20 funcionários. Os processos contam com a habilidade manual em sua essência, pois se trata de um trabalho artesanal, buscando a sonoridade e a afinação dos instrumentos, semelhante a um trabalho de luthier.

Luiz explicou que a fanfarra ainda é um espaço significativo de formação e, para essa área, a empresa produz a lira com teclas de alumínio. Os xilofones com teclas de madeira e os metalofones com teclas de alumínio são instrumentos que oferecem possibilidades especiais de formação em grupo, agregando outros itens como surdinhos, pandeiros, clavas, tubos sonoros e demais materiais para bandinha.

“Diversos pedagogos influenciaram a escola brasileira. Os xilofones com teclas removíveis, que permitem graduar e escalar o nível de conhecimento, foram planejados pelo pedagogo alemão Carl Orff. A indicação é começar a vivência musical bem cedo. Analisando o movimento e o manuseio, a percussão é mais natural do que o teclado/piano e a flauta doce. Também se percebe que aulas coletivas são mais indicadas que aulas individuais na fase da musicalização. Mesmo assim, muito resultado tem sido alcançado mesmo nas aulas individuais”, comenta Luiz.

“O mercado tem uma dinâmica de crescimento na oferta de formação de educadores, o que leva a um crescimento e valorização do segmento. Mas ainda são poucas as escolas que têm estrutura para desenvolver a música com os alunos.”

Os produtos da Vibratom estão presentes em diversas lojas físicas em todo o Brasil e também no comércio eletrônico. Além disso, a empresa conta com sua própria loja JogMusic, que vende na cidade e no comércio eletrônico.

Educação nas escolas

Com a variedade de instrumentos criados para crianças, perguntamos a Luiz se as pessoas e escolas têm percebido a importância da música na vida dos pequenos. Ele disse que “os últimos anos têm sido de valorização e reconhecimento pelos pais das crianças, mas as escolas públicas não têm reservado espaço específico para as aulas de música e artes, o que seria fundamental e democratizaria o acesso”.

A Vibratom faz parceria com profissionais e entidades de formação, e as mídias sociais têm favorecido muito a divulgação. Além disso, a empresa oferece beneficios para escolas e instituições educativas.

“Sinto que vem acontecendo uma ampliação da formação do pessoal educativo, mas ainda existe muito espaço a conquistar. Temos visto florescer espaços específicos para as crianças junto às escolas tradicionais”, agrega. 

“Cerca de 35 anos atrás, uma professora muito especial conversou comigo sobre as características dos xilofones, as possibilidades maravilhosas para as aulas e a importância de crescermos nesse mercado, e eu, jovem, imaginei que gradualmente poderíamos chegar a cada escola e formar professores em número suficiente e qualificados sobre isso. Imaginei que cada lojista que nos conhece poderia ajudar nisso em sua cidade. Esse sonho tem sido adiado. Como seria nosso mercado hoje se isso tivesse acontecido com força anos atrás?”, refletiu.

Mais Vibratom

Luiz explicou que com a pandemia a música, como atividade de cultura, lazer e formação, está sendo ressignificada, o que vai gerar uma retomada rápida e expressiva do mercado.

“Outra reflexão é sobre a valorização da indústria brasileira. Essa é uma grande pergunta que fica em nossa mente como empresa que se esforça para se manter brasileira. Nesses meus 62 anos no setor, líderes do nosso segmento têm tomado tempo para trabalhar o coletivo das empresas, para fazer gestão junto ao governo. Chegamos, anos atrás, a ver aprovada uma lei que definia o retorno da arte/música nas escolas. Isso trouxe muita esperança ao nosso meio, mas a implantação continua limitada. Mas vamos com esperança, a música não deve parar!”

Para finalizar, com o comércio se preparando para o Dia das Crianças, a Vibratom adiantou que fará a divulgação de sua linha de produtos por meio de uma campanha de vídeos chamada “Toque instrumentos com suas crianças”. “Essa é uma excelente atividade para tempos em que estamos mais em casa”, concluiu.

Mais informações no site da empresa, na loja on-line, no Facebook e no canal do YouTube.

 

 

 

 

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