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Opinião: “Go woke and go broke”, os riscos do politicamente correta “no mundo real” 

Já pensou se a mensagem que quer passar da sua marca é a correta? Veja aqui algumas ideias para pensar sobre o tema.

Hoje vivemos em um mundo de agendas e lateralidades políticas, e a observância superficial das aparentes tendências pode gerar erros, que podem agregar indefinidamente sua marca a uma mensagem, ou imagem, que não seja necessariamente aceita pelo público consumidor. 

Sim, existe uma tendência no mundo do entretenimento, na imprensa e na mídia em geral, e de forma bem explícita, de abraçar agendas liberais e progressistas, e não é incomum observarmos empresas assumirem uma posição de “doutrinar pensamentos” de seu público em questões que nada têm a ver com o produto ou área de atuação. Pode acontecer, às vezes, para ter uma aparência de engajamento, outras para chamar a atenção em pontos polêmicos, outras ainda porque têm um departamento de marketing com indivíduos militantes de causas pessoais sociopolíticas, que por vezes não querem entender o público-alvo da empresa, apenas direcioná-lo ao que “pensar”. 

Esse tipo de formação de opinião ultrapassa o limite cabível da empresa, que é a relação de oferta, procura e preferência de seu produto no mercado, e o que a coloca em destaque diante de seu público-alvo. 

Ideias forçadas

Não é incomum na “militância de ideias” pessoas quererem ter razão sem ter certeza. E, no caso do mercado da música, há uma linha clara a ser observada, com os pontos que colocarei a seguir. 

1) No panorama artístico, existe uma tendência a ideias liberais e progressistas em termos sociais, o que torna muitos artistas formadores de opinião, bem como os profissionais do marketing da área, suscetíveis ao embarque na tentação do uso de marca ou produto para “doutrinação” de suas opiniões. Isso se torna um risco no aplauso de “bolhas sociais” a essas ações, e embora essas “bolhas sociais” sejam por vezes escandalosas, barulhentas, adeptas do tal do cancelamento, seriam verdadeiramente representantes numericamente democráticas para intervir na imagem de sua marca, produto ou maneira de se comunicar com seu consumidor? 

2) O “politicamente correto” vem de encontro ou na contramão do seu nicho de mercado? Ou mesmo na questão de militância ideológica, seu produto agregará ou perderá valor? 

Há uma necessidade intrínseca exagerada de “ter relevância” de alguns, em que por vezes é só pretensão.

Em um simples pesquisa, é muito fácil notar que grandes empresas do mercado consumer comum, ditas militantes político-ideológicas, na verdade mudam sua estratégia para cada mercado em que atuam.

Temos mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, então será que organizações como o Sleeping Giants, que fazem pressão em meios virtuais, e no geral com apoio midiático, de certas agendas, estão realmente sendo representativas ou apenas organizacionalmente mal engajadas? 

O cidadão comum, consumidor, por vezes não se envolve em engajamento, tampouco expressa suas opiniões pessoais. Então, uma empresa de alimentos que lide com carne ser atacada por 100 mil militantes veganos não lhe traz o aceno de que a mudança atende ao seu público. 

As tais minorias por vezes são apenas mais visíveis e barulhentas do que o consumidor comum, do tipo que ao não concordar com a postura de uma marca, não se dá o trabalho de mandar e-mails. Ele simplesmente para de comprar.

Correto ou incorreto?

Independentemente de opiniões, uma empresa deve se restringir a realizar bem suas funções, ter uma comunicação satisfatória com seu público, ser lembrada por excelência e, se possível, pelo custo-benefício. O que extrapola isso por vezes é só aspiração pessoal, ou até manipulação de mercado. 

Aqueles que usam conflito social para manipular o mercado usam seus negócios como meio para lucrar em outras áreas. Portanto, existem marcas que são apenas parte de manobras comerciais de empresas. Exemplo? 

Existem investidores que aplicam na bolsa — e em áreas específicas — que ganham desequilibrando o mercado por meio de ações cirúrgicas de cisão social, seja de lateralidade política, seja de agendas liberais ou não, manobrando o público.

O mercado da música tem esse tamanho, a ponto de uma empresa e sua marca poderem ser apenas peça de um jogo maior de lucro? 

Essa pergunta você e sua consciência é que têm de responder.

Foque excelência, preço e prazo, e nisso não haverá erro.

O quesito “doutrinação de ideias” é apenas questão pessoal de recém-formandos de marketing, ou de militantes políticos.

As pessoas sentem-se invadidas e desrespeitadas quando alguém, sem seu consentimento, tenta lhes “ensinar a pensar”.

Teremos o maior prazer em ouvir seus pensamentos

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