Recebi um pedido de endorsement, o que eu faço? Você lojista, importador ou fabricante, com certeza já deve ter perdido a conta de quantos e-mails e directs já recebeu de músicos pedindo patrocínio, o famoso endorsement!
É, eu sei bem como é isso. E na nossa correria do dia a dia é quase impossível analisar tantas solicitações. E quando pensamos na nossa verba de marketing então, daí realmente fica quase impossível pensar nesse tipo de parceria.
Mas o endorsement, se bem analisado e planejado, pode ser um excelente negócio! Em alguns casos, esse tipo de parceria pode ser a melhor forma de divulgar o seu produto, seja para uma determinada região do país ou determinado nicho musical.
A linguagem de um músico é diferente de qualquer coisa que você já tenha estudado em uma faculdade de marketing ou publicidade.
Se você optar por este tipo de comunicação para divulgação de um produto, alguns pontos precisam ser levados em consideração e analisados por você e sua equipe de marketing.
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O que devemos analisar?
Primeiramente é a relevância do músico e como ele trabalha a sua própria divulgação. Hoje, como todos sabem, os artistas de menor expressão são responsáveis por sua própria divulgação, que envolve gerar conteúdo para as mídias sociais, principalmente fotos e vídeos, e no mercado brasileiro temos muitos músicos fazendo um excelente trabalho de auto divulgação, que podem gerar excelentes resultados comerciais para a sua marca!
Um importante ponto também é você criar um contrato com prazo de validade, pode ser um ou dois anos, por exemplo, onde estejam bem claros quais as entregas que este músico deve fazer a marca, e como vocês vão apoiá-lo, seja com doações de instrumentos e equipamentos ou pagamento de cachê. Tem que haver um compromisso assinado entre ambas às partes.
Talvez você ache que este pode ser um investimento alto a ser feito, mas já parou para analisar o quanto você gasta criando campanhas nas mídias sociais ou em gastos de viagens com sua equipe para visitas e treinamentos? Sem contar o quanto gastamos quando fazemos algum evento.
Pois bem, às vezes um bom relacionamento com um músico profissional, sério, que nem seja tão famoso, pode te ajudar e muito nessas questões!
E será que vale a pena investir em um artista muito famoso, aqueles com milhões de seguidores e views no YouTube? Bem, neste caso tudo precisa ser muito bem analisado. O artista combina com a sua marca? Vai transmitir credibilidade? Ele realmente vai usar seu produto? Você vai poder contar com ele em algum evento específico ou vai somente usar a sua imagem para divulgação nas mídias sociais? Esse investimento vai impossibilitar você de fazer outras ações necessárias no mercado? Faça essa análise com cuidado e com a sua equipe, de marketing e comercial.
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Em resumo, acredito que o investimento em artistas ainda pode ser um bom negócio para o mercado de instrumentos musicais e áudio, mas tem mais um ponto que é muito importante antes de fecharmos uma parceria, e para isso gostaria de contar uma história pessoal.
Na NAMM SHOW de 2012 eu tive uma reunião com o diretor de relações artísticas de uma grande multinacional que trabalhei. Ele era o responsável por parcerias com artistas como Elton John, Paul McCartney, Norah Jones, Jamie Cullum entre outros. Perguntei a ele qual era o critério da empresa para fechar uma parceria, se era a quantidade de seguidores ou a quantidade de views no YouTube, etc. Eu me lembro muito bem da sua resposta. Ele me disse “Ricardo, olhe bem no fundo dos olhos do artista e veja se ele tem caráter”.
Bem, por experiência própria, já tive algumas decepções, mas na maioria dos casos as parcerias com músicos e artistas deram muito certo e trouxeram excelentes resultados nas empresas que trabalhei.
Analise com carinho essa questão! Tenho certeza que será um sucesso!
*Autor: Ricardo Cassal, vocalista e produtor musical. Veja mais nas redes sociais: Instagram: @cassalvocal, LinkedIn, Facebook eYouTube.
Em um ambiente cada vez mais digital, as mídias sociais se tornaram uma ferramenta essencial para lojas de instrumentos musicais.
Não se trata mais apenas de exibir produtos: o que realmente conecta músicos e compradores é conteúdo relevante, identificável e útil. Mas que tipos de postagens geram mais interação e fidelidade entre esse público?
Conteúdo em ação: demonstrações, unboxings e testes
Um dos formatos mais valorizados pelos músicos é o vídeo. Ver e ouvir como um pedal, guitarra ou bateria soa nas mãos de alguém que sabe usá-lo é fundamental para despertar o interesse. Demonstrações curtas, unboxings e testes de som ajudam o cliente a imaginar como o instrumento se encaixaria em seu estilo de tocar.
Vídeos caseiros, sejam eles gravados no local ou com músicos locais, criam autenticidade. Não é necessário um estúdio de televisão: o que importa é que o áudio seja claro e o conteúdo honesto.
Educativo, mas simples
Tutoriais curtos ou “dicas do dia” também são atraentes. Mostrar como afinar uma guitarra, como cuidar de um teclado ou como escolher as cordas certas agrega valor. Muitos músicos seguem perfis de lojas não apenas para comprar, mas para aprender.
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Esse conteúdo posiciona a loja como especialista e reforça a confiança dos seguidores, sem a necessidade de investir em campanhas caras.
Histórias reais
Compartilhar histórias de músicos que compram na loja, artistas locais ou até mesmo clientes que param para experimentar um instrumento traz um sentimento de pertencimento. Esses tipos de postagens humanizam a marca, mostram uma variedade de estilos e constroem uma comunidade.
Marcar os indivíduos em destaque permite que eles compartilhem o conteúdo e o espalhem para seus seguidores, expandindo organicamente seu alcance.
Comparações e avaliações
Muitos músicos estão interessados em comparações honestas entre modelos semelhantes. Publicar as diferenças entre dois pedais de overdrive, por exemplo, ou destacar as vantagens de diferentes tipos de cordas pode ajudar a orientar decisões de compra e gerar conversas entre os fãs.
Humor, sim; clichês, não
O humor continua sendo um recurso eficaz, desde que seja respeitoso e compreendido dentro do contexto musical. Memes sobre erros comuns de execução, situações típicas de ensaio ou frases que somente um guitarrista entenderia podem ter um grande alcance, mas devem ser usados com moderação.
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As lojas de música que melhor aproveitam suas redes não são apenas aquelas que publicam preços ou promoções, mas aquelas que entendem a linguagem de seu público. Combinar demonstrações, dicas úteis, histórias da vida real e músicos locais cria um conteúdo envolvente que vai além das vendas e constrói uma comunidade em torno da loja.
Porque, no fundo, vender um instrumento não é só vender um produto: é inspirar alguém a fazer música. E as mídias sociais podem ser o primeiro acorde. Como você os utiliza?
A velha história daqueles dois que vivem brigando, mas que no final se tornam ou deveriam se tornar o casal perfeito: assim é a relação entre os departamentos de Marketing e Vendas.
Historicamente desafiadora, tumultuada e desgastante, essa convivência conflituosa não faz sentido algum. Se olharmos para os objetivos de cada departamento de forma simplificada — comercializar um produto ou serviço (Vendas) e posicioná-lo estrategicamente no mercado para o cliente ideal (Marketing) — fica claro o quanto essas áreas são complementares e deveriam trabalhar em perfeita harmonia.
A divergência, no entanto, surge frequentemente da falta de alinhamento estratégico e dos anseios específicos de cada área. Por exemplo, enquanto o Marketing foca no fortalecimento da marca com ações de longo prazo, Vendas busca resultados imediatos por meio da conversão de oportunidades em receita.
Sem integração, o Marketing pode ser percebido como distante das necessidades práticas de Vendas, enquanto Vendas, por sua vez, parece ignorar os esforços de geração de demanda. O resultado? Recursos desperdiçados, esforços duplicados e, muitas vezes, uma experiência desconexa para o cliente.
Como consertar essa relação?
Aqui estão 5 dicas práticas para unir Marketing e Vendas:
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1. Defina metas comuns
É normal que cada departamento tenha algumas metas diferentes e particulares, mas estabeleça objetivos compartilhados, como por exemplo receita gerada, ciclo de vendas reduzido, atendimento ou retenção de clientes.
2. Use dados para validar decisões
Implementar KPIs factíveis, claras e conjuntas ajuda a medir resultados de forma objetiva, racional e prática. Por exemplo, cliques em email marketing, leads gerados, propostas recebidas podem ser indicadores importantes para ambos os times. Dica: determinar indicadores sem as ferramentas corretas para aferir não vale de nada. Tenha em mente quais dados e – principalmente – como você vai medir.
3. Crie SLAs (Acordos de nível de serviço)
Formalize os compromissos entre os departamentos: SLAs tem o objetivo de documentar o que deve ser entregue, como, quando e quem são os responsáveis. Quanto mais clara e transparente for essa relação melhor para todos os envolvidos.
4. Reforce a comunicação
Promova reuniões regulares entre os times para trocar insights sobre as campanhas, discutir desafios de vendas e alinhar estratégias. Dica: aquele papo de cafezinho para atualizar e trocar insights pode ser uma ação inicial para implementar uma rotina de reuniões rápidas e regulares entre os departamentos.
5. Promova a cultura da aliança
Incentive a participação cruzada, como membros de Marketing acompanhando reuniões de Vendas e vice-versa. Quando ambos entendem a rotina e os desafios do outro, a empatia cresce e a colaboração surge.
Presente em várias estratégias de marketing digital, os gatilhos mentais são excelentes métodos para elevar o número de vendas nas redes sociais. Veja aqui algumas dicas.
Muitas das decisões que tomamos no dia a dia não são previamente pensadas, executamos ações cotidianas no piloto automático. Esse efeito é ocasionado por nosso subconsciente de forma involuntária, na qual não precisamos pensar muito para fazer.
É para quebrar esses padrões de pensamentos que existem os gatilhos mentais. Ou seja, frases e palavras que ativam este lado “impulsivo” e utilizam os agentes internos do cérebro causando uma reação e nos tirando da zona de conforto.
Essa técnica é bastante utilizada nas estratégias de marketing digital como forma de persuasão e para gerar resultados. Uma pesquisa realizada pelaAll iN em parceria com a Etus e a Opinion Box revela que 74% dos brasileiros utilizam as redes sociais para comprar, o que eleva ainda mais a eficácia dos gatilhos mentais.
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Marília Dovigues, head de marketing da Etus, empresa de gestão de redes sociais e unidade de negócio do Grupo Locaweb, separou abaixo alguns gatilhos e dicas para ajudar o PME. Confira.
1- Prova Social
Sabe aquela pessoa que ainda não consome o seu produto? Essa técnica pode ser utilizada com ela, trazendo opiniões de quem já adquiriu e está usando o serviço Isso é feito por meio de depoimentos, vídeos, prints, menções, etc. “Um outro sentimento que pode ser provocado pela prova social é o de pertencimento, ou seja, deixar a pessoa de fora para que ela fique com vontade de ser de um determinado grupo que já usa ou tem esse item. O ser humano tem necessidade de fazer parte, por isso, essa estratégia tem muita eficácia”, explica Marília.
2- Escassez
“Compre agora ou fique sem”, “Unidades Limitadas”, “Restam poucas vagas”, essas frases de efeito são muito utilizadas para indicar escassez de algum produto ou serviço. Para um usuário que ainda não está totalmente convencido em comprar determinado produto, ao ver a possibilidade de ficar sem, o receio pode ter um impacto de ação imediata.
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‘Aqui vale o cuidado para não usar com muita frequência. Se você aplicar por qualquer motivo, pode dar a entender que seu produto não tem tanto valor assim’’, completa a head de marketing da Etus.
3- Autoridade
Quando o público enxerga que uma determinada marca ou pessoa é muito influente em um tema, fica mais fácil convencer e reverter a compra. Se tornar relevante dentro do ambiente digital é resultado de um bom conteúdo e trabalho a longo prazo. Vale o investimento e cuidado extra na produção do seu conteúdo.
4- Urgência
Bem semelhante à escassez, porém tende a ser mais agressivo. Um bom exemplo desta prática são os sites antigos de compra coletiva na qual as promoções eram limitadas por pessoas e horas. O gatilho da urgência tem como principal objetivo impulsionar a compra imediata, na qual o consumidor resolve adquirir algo assim que ele olha a oferta. A ideia é decidir sem pensar, um ato que vem a partir do sentimento de pressa para adquirir algo.
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Para aplicar a técnica, basta usar frases como: “últimas horas”, “é agora ou nunca mais”, “você precisa decidir agora”.
5- Dor
Por fim, o gatilho que parte da ideia de que todo ser humano deseja evitar a ‘’dor’’, ou seja, um desconforto mental ou uma situação que precisa ser resolvida. “Para isso, é necessário contar uma pequena história. A narrativa (ou storytelling) deve abordar uma determinada situação do seu público, trazendo dicas para solucioná-la, ofertando o seu serviço ou produto. Isso gera uma identificação e, após ler o conteúdo, o consumidor se sentirá seguro e confiante de que aquilo realmente resolverá o seu problema”, conta Marília. “Para que esse insight funcione, é fundamental conhecer a sua persona”, finaliza ela.