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Técnicos da indústria do entretenimento realizaram protesto em São Paulo

A passeata com cases contou com a participação de técnicos de som, iluminação e imagem tendo como intuito pedir aos governantes um protocolo para retomar as atividades e ajudar o setor que está parado desde o começo da pandemia.

A situação já é conhecida: o setor de entretenimento ao vivo foi um dos primeiros a parar desde o anúncio da pandemia em março. Milhares de técnicos, designers, roadies e outros profissionais ficaram sem poder trabalhar, sem receber seus salários e ainda não tem perspectivas de quando a situação vai melhorar.

Vendo isto e com o intuito de protestar pedindo ajuda e atenção para o setor foi realizada no dia domingo 02/08 uma passeata com cases em São Paulo, com a participação de técnicos de som, iluminação e imagem.

A coordenação veio de uma pareceria entre empresas e trabalhadores do meio. De acordo com a produção, mais de 1100 pessoas estiveram presentes e seguiram todos os protocolos de distanciamento, aprovados pela Policia Militar e agentes sanitários.

 

 

O site oficial da passeata explica que foi criado um documento sob orientação jurídica e junto a empreendedores do meio pedindo um plano emergencial, que ajude tanto empregadores quanto empregados. O pleito será entregue hoje para órgãos municipais, governamentais e federais. “Somos os profissionais que ninguém vê, mas sem o nosso trabalho nenhum artista sobe ao palco, nenhuma marca apresenta o seu produto, nenhum aplauso será ouvido.”

O que está sendo pedido?

1. SOBREVIVÊNCIA DO SETOR

Tendo em vista que o setor irá demorar para retomar suas atividades, a classe técnica enfrentará um longo período sem receber qualquer valor, por isso está sendo solicitado que seja criado um auxílio emergencial específico para o setor técnico que se estenda até a decretação do fim do estado de calamidade pública ou até que seja autorizada a realização de novos eventos.

2. MERCADO

A área de eventos sofre com um grave problema, a informalidade, e, diante deste cenário, está sendo pedida abertura de diálogo
com os órgãos competentes no intuito de criar soluções para gerar a capacitação através de cursos que permitam a posterior formalização.

3. DIÁLOGO COM O GOVERNO

Para estabelecer proximidade com o governo, se solicita a criação de um Comitê de Eventos no Conselho Nacional de Turismo com representação junto aos governos Federal, Estadual e Municipal e outros importantes fóruns, com intuito de identificar e discutir questões fundamentais para a sobrevivência do setor de eventos corporativos e sociais e propor ações proativas para a manutenção dos empregos e retomada das atividades.

4. CRÉDITO

Solicita-se a criação de uma linha de crédito pelos bancos privados e estatais voltada para o Setor de Eventos, com concessão desburocratizada e célere, com juros subsidiados e carência para início de pagamento, visando principalmente o pagamento de folha de salários e das despesas ordinárias como (aluguel, água, luz) das empresas, evitando sua falência.

5. RETOMADA

É sabido que, por decisão do STF, a liberação dos eventos está a cargo dos Estados e dos Municípios, porém é de suma importância a participação do Ministério do Turismo na criação de um programa nacional de retomada, e está sendo sugerido um regramento único ao setor seguindo os moldes internacionais para liberação da atividade de eventos em geral e os participantes da passeata disponibilizam-se para apresentação de um protocolo de retomada que considerou as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA, as recomendações do Sistema Único de Saúde – SUS e da Organização Mundial da Saúde – OMS e visa, antes de mais nada, propiciar a retomada segura, para evitar a necessidade de retrocessos.

6. RETOMADA CONSCIENTE

Criação de um programa nacional de retomada, para apresentação de um protocolo único para o setor de eventos seguindo as diretrizes da ANVISA, as recomendações do SUS e da OMS. Visando a retomada segura, para evitar retrocessos.

Detalhes:

  • Flexibilização de linhas de capital de giro para fluxo de caixa com carência inicial de pelo menos 90 dias pós fim do período de calamidade pública instituído pelo Governo Federal e retorno efetivo das atividades
  • Melhor avaliação de rating e score destas empresas, levando em consideração a sazonalidade da atividade
  • Garantias futuras como duplicatas à performar (já que 100% dos eventos que não foram cancelados, foram adiados)
  • Extensão de pelo menos mais 3 folhas de pagamento no mesmo molde já adotado pela linha do BNDES.

Leia também:

 

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Nota do editor: Este movimento não possui relação com o SOS Técnica que reuniu trabalhadores e empresas do setor no dia 17 de Julho,  em São Paulo.

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