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Projeto Teadoro Teodoro planeja revitalizar a famosa rua Teodoro Sampaio

O movimento Teadoro Teodoro nasceu há alguns meses, por iniciativa do músico e importador de instrumentos musicais Andre Jung.

Andre Jung, tem uma história de muita intimidade com o setor musical da rua Teodoro Sampaio e todos que fazem parte dela. 

“A Teodoro Sampaio faz parte da vida de inúmeros músicos. Eu sou um deles! Como importador de instrumentos musicais, também tenho vários clientes nela. Há alguns meses procurei alguns lojistas para formar um grupo, com o objetivo de realizar um show marcante (Teadoro Teodoro) para retomar a visualização cultural da Teodoro”, explicou Andre no começo da nossa conversa.

“Assim, todos juntos começaram a discutir diferentes ações para ativar esse projeto, o que levou o grupo a entender que estávamos criando o movimento Teadoro Teodoro, com o objetivo de recuperar a relevância dessa importante rua para a música e o turismo da cidade”.

Depois da criação do logotipo e da criação dos perfis em mídias sociais, o Teadoro Teodoro prossegue com um show a ser realizado no dia 3 de dezembro na Praça Benedito Calixto, que contará com a participação de bandas integradas por funcionários dos estabelecimentos voltados para música da Teodoro Sampaio. “A ideia é destacar os artistas que atendem na Teodoro!”, enfatizou Andre.

“Queremos recuperar o prestígio que a Teodoro tinha nos anos 1990, pois não era só uma rua comercial. Era um lugar para ver e ser visto, para se encontrar com artistas da cidade ou mesmo músicos que estavam passando pela cidade nesse momento”, conta Jung.

“Muita coisa mudou desde então mas nessa época a Teodoro era considerada a Rua 48 da América do Sul. A 48th Street era a rua mais importante de Manhattan, em Nova York, para a venda de instrumentos musicais, com a maior oferta e melhores preços possíveis. Se você estava em Nova York, tinha que passar por essa rua… E era igual com a Teodoro Sampaio em São Paulo!”

Mas hoje tem uma diferença: A 48 não existe mais. Todas as lojas de instrumentos foram varridas por diversos fatores, como o comércio digital e a valorização do mercado imobiliário, que fez com que o aluguel ficasse extremamente caro nessa rua.

Contudo a Teodoro Sampaio continua ativa, com mais de 40 lojas de instrumentos. “O comércio digital também é forte no Brasil mas mesmo assim nada sufocou a Teodoro Sampaio”, detalha Andre. “Sabe por quê? A Teodoro e seu entorno formam um ecossistema. Vai muito além de uma rua de vendas. Nela tem oficinas de tambores, de sopro, de eletrônica, lojas de cabos, de partituras, estúdios de gravação, de ensaio, escolas de música e espaços culturais. Um ecossistema completo para você visitar! Você vai ensaiar ou estudar, acaba precisando de um cabo, ou de manutenção para seu instrumento, e lá você encontra tudo. Essas são coisas que você precisa fazer pessoalmente, não pela internet! Na Teodoro tem tudo que você precisa! A rua está em constante movimento. É um lugar vivo, importante, que merece mais visibilidade”.

E não se trata só das lojas de instrumentos. Também há nela restaurantes de diversos tipos e preços, bem como bares e lanchonetes que formam um receptivo agradável e convidativo aos frequentadores da região. “Por exemplo, a oficina de tambores do Binho realiza shows na calçada todo sábado, debaixo do pé de limoeiro na rua Teodoro Sampaio. E é isso que queremos fazer. Criar mais ações e eventos que continuem atraindo músicos, turistas e transeuntes”, adiantou Andre.

Uma das ideias do projeto é a criação da Alameda dos Grafitis, utilizando os postes elétricos como suporte para nomes importantes dessa arte, gerando um novo ambiente e visual para a Teodoro. “Não tem o Beco do Batman? Podemos dar continuidade à rota do grafite, atraindo mais turistas e ajudando a valorizar a cidade como um todo, destacando a rua Teodoro Sampaio”, concluiu Jung.

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