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Dicas para produzir seu próprio álbum em casa

Neste texto, abordaremos alguns conceitos básicos de equipamento para poder produzir seu próprio álbum em casa. Confira!

Eu diria que quanto aos equipamentos, qualquer interface de áudio que tenha um canal de entrada para cabos XLR e P10 já serve muito bem. Sempre verificar se elas conseguem gravar o áudio a 48kHz com 32bit float.

Além da interface, recomendo um bom fone de ouvido, que seja de referência. Não adianta nada ir na 25 de Março ou em qualquer chinezinho, ou Mercado Livre, e comprar um fone de 100 reais, que tem super woofer do bass, sei lá o que.

Eu diría: “Parabéns. Você comprou um péssimo fone que distorce e embola todo o seu som, e você NUNCA vai ter uma verdadeira percepção sonora do que acontece em um áudio de verdade, muito menos do que você mesmo está ou estaría produzindo.” 

Daí tamanha a necessidade da busca incessante por fones e monitores de referência sonora. 

O Shure SRH440 é o melhor fone de ouvido que já testei nessa vida, para mim um dos melhores do mundo sem sombra de dúvidas.

Já quanto aos Monitores de Referência, não recomendo você comprar um KRK bam bam bam daqui e dali, para colocar no seu quarto, sem preparo acústico e sem a menor noção de como as ondas sonoras se comportam em um ambiente. Um falante de no máximo 5 polegadas de 25 a 30W de potencia, já dá e sobra em um ambiente de casa e apartamento.

Porque o monitor de referência torna-se mais uma ferramenta para “ouvir o resultado final” que você mixou com o fone sensacional. Ou seja, eu SEMPRE mixo nos fones de referência, para assim depois testar nos monitores de referência o que eu mixei, e ver como o som se comporta em um ambiente estéreo.

Lembrando que o estéreo nos fones de ouvido é em paralelo, ou seja, imaginem duas linhas se comportando independentemente na sua mente, dando uma ilusão de que existe ambiência.

A verdadeira ambiência só é percebida nos monitores de referencia e caixas de som, pois ao contrario do paralelismo, as caixas se comportam emitindo o som em forma de X, aonde esquerda se cruza com direita no estéreo, e toda uma ambiência se soma, com ondas graves, médias e agudas no espectro sonoro (entre 20Hz a 20kHz). Então sempre precisamos pensar nesses passos para termos uma boa mixagem.

Em resumo

1 – Nitidez, mixagem, monitoração paralela, estéreo extremo: fones de referência.

2 – Som ambiente, comportamento das ondas com o estéreo em X, ambiência e mistura dos elementos, monitoração final de como seu som vai soar na sala, carro, festa, casa de show, cozinha, quarto: monitor de referência 

Tendo isso, vocês nunca mais erram a “receitinha” de uma boa mixagem/masterização.

E o que mais?

Além do principal, um bom computador, processador quadcore, memórias de no mínimo 8GB, e uma boa placa de vídeo, para ajudar em todas as tarefas necessárias para tocar às vezes mais de 30 trilhas .wav ao mesmo tempo. Dois monitores são legais, mas com um monitor você já consegue visualizar bem os softwares, tranquilamente. Eu mesmo trabalho com apenas um monitor LG E2250, de 2010, e isso já me supre de tudo que necessito.

E outro fator incondicional: tenha boas músicas! Isso engloba tanto cover como autoral. 

E acima de tudo: seja um excelente músico, vocalista, ou multi-instrumentista, e tenha músicos e compositores excelentes com você (e se você for um lobo solitário como eu, persista, e dedique-se muito – VOCÊ CHEGA LÁ!).

E para finalizar, não se desiluda se você não tiver instrumentos caros como Fender, Gibson, e outras grandes marcas internacionais.

Eu mesmo uso marcas locais como Tagima, Waldman e Michael, e garanto a todos vocês: com um bom captador e um bom cabo, regulagem e tratamento em um luthier, esas marcas brasileiras dão uma lavada em Gibsons e Epiphones! Experiência própria.

Lembrem-se: não pague nem admire um instrumento apenas pelo nome e marca, mas sim por sua tocabilidade, conforto e timbre. 

Obs: Deixo como referências sonoras e musicais o meu projeto Leatherjacks, além da banda holandesa de Heavy Metal em que atuo como produtor musical e produtor de áudio, Dangerous Times For The Dead. Procurem pelo single “Queen Of The Night”, que eu produzi, mixei e masterizei.

A música tem se tornado um hit cult no meio do Heavy Metal clássico, com inúmeros reviews e críticas positivas, e isso é muito gratificante, por eu saber que teve um dedinho meu ali (rsrs).

Espero com esas pequeñas dicas ter ajudado a todos, e desejo a todos um forte abraço e principalmente SAÚDE nesses tempos difíceis! Cuidem-se! WE ROCK!

*Autor: Mauro Cordeiro, músico, compositor e produtor. Projeto Leatherjacks.

https://www.youtube.com/watch?v=vELN0e4OpQg

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