A Izzo está se destacando em mercados internacionais pela sua fabricação de cordas e instrumentos de percussão, que já fazem grande sucesso na Europa
Atualmente a Izzo exporta para 32 países. Falando só de percussão brasileira, um segmento que chama muito a atenção no exterior, destacam-se cinco mercados principais: Espanha, Inglaterra, Itália, França e Alemanha.
O setor de exportações da Izzo Instrumentos Musicais é liderado pelo gerente Maikel Barroeiro, que destaca três marcas da empresa que estão procurando novos mercados para continuar com sua expansão. São elas: a SG Strings de cordas, fabricada pela Izzo no Brasil, que passou por uma atualização na sua identidade visual e apresentou uma nova campanha de marketing para o mercado europeu; a Hering Harmônicas, que agora conta com distribuição exclusiva mundial por meio da Izzo; e a Timbra Top Percussion, fabricada também pela Izzo, que hoje é considerada uma das principais marcas de percussão brasileira na Europa.
Conheça mais nesta entrevista com o gerente de exportações Maikel Barroeiro.
M&M: Há quanto tempo você trabalha na Izzo?
Maikel: Estou na Izzo há quatro anos.
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M&M: O que você considera um de seus maiores feitos na empresa?
Maikel: Sobretudo a expansão internacional. A Izzo fabrica um produto de extrema qualidade, a mão de obra dos produtos que exportamos é 100% brasileira. Trabalhei muito nos últimos quatro anos com o relacionamento com os clientes e a expansão internacional. Participar de feiras como a Musikmesse para nós é muito importante, porque o distribuidor vê que você está presente, vê a solidez da empresa e temos a oportunidade de trabalhar o relacionamento próximo, que é muito importante no trabalho de expansão internacional.
M&M: Falando da Musikmesse, o que chamou mais a sua atenção nessa feira?
Maikel: Na última edição, a feira mudou muito. Tem muita gente que está criticando, mas o formato é bom. A Messe está com várias ferramentas de matchmaking, enfim, coisas que você não encontra nem na NAMM, você encontra aqui. Hoje, utilizando o sistema deles, você consegue colocar o que está vendendo e o site deles vai te elencar para os possíveis compradores do seu produto. Essa é uma ferramenta muito interessante, que passamos a utilizar no ano passado e por meio dela fizemos alguns bons contatos.
Existe muita procura por novidades, até por isso a SG fez muito sucesso na feira no ano passado, pois o dealer europeu está à procura de coisas novas. Podemos dizer que o produto brasileiro já é bem-visto sendo fabricado no Brasil, então, se você chega com uma cara nova, um design legal e uma proposta interessante, o empresário brasileiro consegue ter sucesso em uma feira como essa. Isso foi o que nós fizemos.
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M&M: O que mais você aprendeu ao longo dos últimos anos?
Maikel: Que o segredo de tudo é a constância, o relacionamento, trabalhar de forma séria, saber que o resultado nunca é imediato. Tem coisas que você faz agora, mas só vai ver os resultados daqui a dois, três ou quatro anos. Acredito que para uma empresa brasileira funcionar bem no mercado hoje, precisa ter persistência, muita paciência e trabalhar com planejamento.
M&M: Qual você acha que seja a imagem do Brasil no exterior?
Maikel: A imagem do Brasil está muito relacionada aos instrumentos de percussão, ao samba, à nossa cultura musical. Com relação à Hering, por exemplo, o pessoal acha até interessante quando dizemos que é uma marca brasileira, porque Hering é um sobrenome alemão, mas é uma empresa fundada por um imigrante alemão no Brasil. No geral, a visão que eles têm do produto fabricado no Brasil é muito boa.
M&M: O que você espera para a empresa no futuro próximo?
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Maikel: Alguns contatos foram feitos, por exemplo, na Musikmesse passada, então estamos abrindo novos mercados. Nossa intenção é viajar de novo para trabalhar os mercados emergentes europeus, os países que recentemente ingressaram em um espaço único europeu, como Bulgária, Hungria, Romênia. Queremos também trabalhar o relacionamento com os clientes de países primordiais. A partir do Brasil, trabalharemos os relacionamentos, os contatos, algumas vendas que fizemos durante a participação nessa feira. Eu provavelmente estarei viajando mais para a Europa para dar continuidade a esse trabalho, pois, como eu disse, tem de ser um trabalho com persistência, feito de modo contínuo.
O último trimestre do ano não só traz um aumento natural nas vendas, impulsionado por eventos como Black Friday, Cyber Monday e Natal, como também a necessidade de estabelecer as bases para o planejamento estratégico para 2026.
No setor de instrumentos musicais e áudio profissional, onde a volatilidade do dólar, os custos logísticos e as tendências de consumo ditam o tom, avaliar com precisão os resultados financeiros e operacionais torna-se fundamental para mensurar a verdadeira lucratividade do negócio.
Essa análise não apenas valida o desempenho mensal, mas também identifica onde estamos dessincronizados e quais fatores estratégicos precisamos ajustar para garantir um crescimento sustentável.
Avaliação do Desempenho Financeiro
Um diagnóstico preciso exige ir além dos números brutos e analisar indicadores-chave adaptados ao setor:
Receita e lucratividade: Comparar as vendas de categorias críticas (caixas de som profissionais, controladores de DJ, guitarras, equipamentos de gravação) com as margens em comparação com períodos anteriores.
Estrutura de custos: Diferenciar custos fixos (aluguel de showroom, equipe de vendas, licenças de software) de custos variáveis (importações, frete, marketing sazonal), identificando oportunidades de otimização.
Fluxo de caixa: Meça a liquidez necessária para financiar estoques que muitas vezes são pagos em dólar, mas vendidos a prazo ao cliente final.
Dívida: Avalie o ônus financeiro e o nível de alavancagem diante das flutuações da taxa de câmbio.
Ações Positivas e Áreas de Melhoria
Após a análise dos números, a pontuação revela o que funcionou e o que precisa de ajustes:
Ações bem-sucedidas: Campanhas digitais em mídias sociais, acordos com academias e distribuidoras de música e o boom do e-commerce de acessórios e peças de reposição.
Fraquezas operacionais: Estoques mal calibrados, com escassez, distribuição lenta nas regiões ou serviço de pós-venda fraco.
Tendências de Mercado: Crescimento da música urbana e demanda por equipamentos de home studio, além de consumidores mais sensíveis a preços devido à inflação e à queda do crédito ao consumidor.
Repensando Estratégias e um Plano de Ação
Com a pontuação claramente definida, o plano deve estabelecer diretrizes específicas:
Otimização de Custos: Negociar com fornecedores internacionais, consolidar importações e automatizar processos de estoque.
Expansão de Mercado: Abra novos canais em regiões, exporte para países vizinhos ou explore nichos como equipamentos para igrejas e eventos corporativos.
Fortalecimento Digital: Amplie o e-commerce com integração ERP-marketplace e aprimore campanhas segmentadas por tipo de músico.
Treinamento de Equipe: Treine a equipe de vendas em produtos de alta qualidade, fidelização de clientes e serviços de vendas cruzadas (por exemplo, aluguel + vendas).
Implementação e Monitoramento
Toda orquestra precisa de um maestro e uma pontuação clara:
KPIs definidos: Margem bruta por categoria, giro de estoque, vendas online vs. físicas e índice de endividamento.
Revisão periódica: Reuniões trimestrais para avaliar o progresso e reajustar a estratégia de preços e estoque.
Feedback contínuo: Envolva toda a equipe, do depósito ao marketing digital, na busca por eficiência e inovação.
Uma revisão financeira de 2025 é uma oportunidade para ajustar os negócios antes de entrar em uma nova temporada. Com análises rigorosas, replicando o que gerou impacto positivo e corrigindo o desempenho desafinado, a indústria de instrumentos musicais e áudio profissional pode se projetar com maior força, transformando a volatilidade em harmonia financeira a longo prazo.
*Autor: Camilo Ramírez Mestre em Administração de Empresas (MBA) pela Universidad del Desarrollo, Mestre em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Gestão Financeira pela Universidad Adolfo Ibáñez, Diploma em Finanças Corporativas pela IEDE Business School Chile e Bacharel em Administração de Empresas e Administração Universitária pela Universidad de las Américas. Sócio Sênior da Price Capital Spa. E-mail: corporativo@pricecapital.cl Visite: www.pricecapital.cl
A histórica fabricante de violões cria um cargo de COO para impulsionar a excelência operacional e sua próxima fase de crescimento.
A C. F. Martin & Co., Inc. anunciou a nomeação de Scott Gervais como Diretor de Operações (COO). Com mais de duas décadas de liderança executiva em operações, manufatura, compras e gestão da cadeia de suprimentos, Gervais ocupou cargos de liderança na Polaris Marine e na Conn-Selmer, Inc., onde liderou e expandiu operações globais com melhorias mensuráveis em segurança, qualidade, eficiência e satisfação do cliente.
Violonista acústico de longa data, Gervais enfatizou a conexão pessoal com sua nova função: “É uma verdadeira honra ingressar na C. F. Martin & Co., uma empresa que admiro desde que peguei em um violão pela primeira vez. A Martin sempre representou o auge da arte acústica para mim, e agora contribuir para seu legado é ao mesmo tempo gratificante e inspirador. Esta posição alinha minha carreira em operações com meu amor pela música.”
Da empresa, o Presidente do Conselho, Chris Martin IV, comemorou a chegada: “Estou muito feliz que Scott esteja se juntando à minha empresa familiar. Sua experiência e entusiasmo serão um trunfo para nossas equipes de fabricação e compras.”
Por sua vez, o Presidente e CEO Thomas Ripsam enfatizou que o COO é uma posição recém-criada com foco na excelência operacional: “É um componente crítico para possibilitar a próxima onda de crescimento e lidar com a crescente complexidade e custos do negócio. Estou confiante de que o talento e a experiência de Scott nos ajudarão a enfrentar com sucesso essas oportunidades e desafios.”
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Gervais é bacharel em administração de empresas pela Universidade Purdue e possui certificações profissionais como Lean Six Sigma Black Belt e Certified Supply Chain Professional. Com sua chegada, Martin busca fortalecer processos, eficiência e capacidade de resposta em um contexto de expansão e aumento da demanda global por seus instrumentos acústicos.
A experiência de compra mudou. Hoje, os consumidores não separam mais o digital do físico: esperam o melhor dos dois mundos.
Nesse contexto, o conceito “figital” — a integração entre os ambientes físico e digital — torna-se uma estratégia essencial para lojas de instrumentos musicais que desejam se manter competitivas.
Do balcão ao smartphone
Para muitas lojas, o primeiro passo rumo ao figital é construir um ambiente digital que complemente a experiência presencial. Ter um site atualizado, com catálogo, preços, disponibilidade e informações técnicas, é fundamental. Mas não basta estar online: é preciso garantir uma navegação rápida, compatibilidade com dispositivos móveis e canais de contato acessíveis.
Presença que conecta
As redes sociais permitem apresentar produtos, processos de luteria, unboxings, reviews e conteúdos educativos. Não se trata apenas de vender, mas de construir comunidade. Mostrar como soa um pedal, como ajustar uma guitarra ou montar uma bateria ao vivo gera proximidade e confiança.
O físico continua essencial
No universo figital, a loja física não desaparece — ela ganha protagonismo. Muitos clientes pesquisam online, mas querem experimentar o instrumento antes de comprar. Oferecer atendimentos personalizados, testes com especialistas ou experiências imersivas na loja pode ser um grande diferencial.
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Click & collect: o melhor dos dois mundos
Uma das práticas mais eficazes do figital é permitir que o cliente compre online e retire na loja. Essa opção acelera a venda, elimina custos de frete e atrai novos consumidores ao espaço físico. Além disso, abre espaço para vendas adicionais no momento da retirada.
Tecnologia a favor da música
Implementar recursos como catálogos interativos em tablets, sistemas de estoque integrados entre a loja e o e-commerce, ou até QR codes nos instrumentos com acesso às fichas técnicas, são soluções simples que melhoram a experiência de compra.
Capacitação da equipe
A transformação não é apenas tecnológica. A equipe de vendas também precisa estar preparada para atuar em um ambiente híbrido. Saber responder dúvidas via WhatsApp, oferecer suporte nas redes sociais ou produzir conteúdos simples são habilidades cada vez mais valiosas.
Investir com inteligência
Adotar o figital não exige grandes investimentos iniciais. É possível começar com ações simples e eficazes: otimizar o perfil no Google, responder mensagens em redes sociais, integrar um sistema de vendas com controle de estoque ou criar vídeos curtos destacando os produtos da loja.
Adotar uma estratégia figital não é uma tendência passageira, mas uma resposta direta ao comportamento do consumidor atual. Para as lojas de instrumentos musicais, trata-se de transformar o ponto de venda em um ponto de encontro — onde o físico e o digital se complementam para criar experiências memoráveis.